Muito boa ideia, a deste tópico.
Para além de muitos dos já citados, assim de repente estou-me a lembrar de 2 casos extremamente under rated:
Rebellion - Sheakespeare´s McBeth (a tragedy in steel) Um dos meus álbuns preferidos dentro do Heavy mais tradicional. Trata-se do primeiro álbum da banda formada por 2 ex-elementos de Grave Digger. O som da banda é algo na onda de Grave Digger, mas significativamente melhor, imho. Neste álbum a banda constrói uma obra prima de puro Heavy Metal ao mesmo tempo que nos apresenta a famosa peça de Sheakespeare, intercalando grandes malhas com partes narradas e partes representadas directamente da peça. Uns anos antes, já os Jag Panzer tinham explorado essa ideia, no seu álbum "Thane to the Throne"; mas enquanto esse era "apenas" um bom álbum de Heavy Metal com letras sobre a peça, o álbum dos Rebellion vai muito mais longe no que toca a transportar o ouvinte directamente para o interior da história. É um dos álbuns que conheço que mais próximo chega de ser uma Metal Opera sem o ser verdadeiramente.
como é que isto passou de uma simples referência ao álbum e se transformou numa review? não faço ideia...
Ah, vou acrescentar também que o álbum seguinte da banda é musicalmente e liricamente, o típico álbum de Heavy Metal tradicional, mas muito bem feito. No entanto, no terceiro e em todos os seguintes, as letras debruçam-se todas sobre a História e mitologia Viking, transformando a banda numa espécie de Amon Amarth do Heavy Metal mais tradicional. Quem gosta da ideia, vale a pena conhecer.
Blaze Bayley - Infine Entanglement Triology Como o nome indica, trata-se de 3 álbuns, lançados em 3 anos consecutivos, em que Blaze Bayley nos apresenta uma história de ficção científica (parece ser o seu assunto fetiche). Musicalmente, trata-se de Heavy Metal do bom, com inclusão pontual de alguns instrumentos atípicos (não, não é Folk Metal
) e actores vocais representando personagens em alguns momentos, o que nos ajuda a mergulhar na história.
Blaze Bayley para mim, é um dos músicos mais underated do Heavy Metal. Depois da curta passagem pelos Iron Maiden onde não encontrou grande aceitação (embora eu pessoalmente ainda hoje adore ouvir o Virtual XI, que foi o primeiro álbum de Maiden que ouvi do princípio ao fim), ele conseguiu construir uma carreira a solo extremamente sólida e muito rica, com um Heavy Metal Pesado (mais do que os Maiden) mas sem deixar de ser imensamente criativo, criatividade essa que atinge o expoente máximo nesta trilogia. Destaco também o álbum "The Man Who Would Not Die", talvez o mais pesado dele, e que, mesmo para aqueles que não gramam a voz dele (e que não são poucos), vale a pena ouvir só pelos riffs.
Peço desculpa pelo testamento, se me lembrar de mais álbuns conceptuais que eu goste, irei também referi-los, espero bem que com muito menos palavras...
