Descobri a sua música com o lançamento do seu último álbum, Dead Magic, que é verdadeiramente assombroso (no melhor sentido possível). Ao vivo, esses temas já em si belos, negros, opressivos, que nos atingem em cheio no peito e na alma, ao vivo as coisas tornam-se, em certos momentos, transcendentais. Dona de uma voz absolutamente incrível, com uma amplitude de deixar qualquer um de queixo caído, a sua presença em palco é como a sua música, marcante. É daquelas artistas (aqui o termo cantora, ou música, é redutor para a sua dimensão...artística) que, torna cada concerto especial, como um momento único.
A atuação, de cerca de 80 minutos, acabou por saber a pouco (quando ela anunciou que iam tocar o último tema eu fiquei..."Já?"), mas foi, como já disse atrás, fantástico. O Teatro Tivoli revelou-se uma excelente escolha, perfeitamente adequada para a ocasião (embora confesse que, muitas vezes, preferiria estar levantado a curtir o som, mas pronto). A setlist focou-se maioritariamente no Dead Magic que, repito, é qualquer coisa de muito especial.
The Truth, The Glow, The Fall e Ugly and Vengeful, que foram os dois primeiros temas (e dos meus preferidos), foram o arranque perfeito de uma grande noite. Seguiu-se a sinistra (novamente, no melhor dos sentidos) The Marble Eye e a belíssima Källans återuppståndelse (momento arrepiante! que voz!). Seguiu-se The Mysterious Vanishing of Electra que ainda ecoa na minha cabeça (aqueles gritos da Anna neste tema assustam mais que muita banda de metal extremo). Que prestação vocal fantástica! Os dois últimos temas do set foram do álbum anterior - Pomperipossa e Come Wander with Me/Deliverance, que fecharam o set da melhor forma possível.
Ainda regressaram ao palco para o encore, tendo tocado a Gösta (aqui o melhor termo será, cantado). Aqui, a Anna von Hausswolff desceu do palco e cantou o tema percorrendo o corredor central do teatro... No more words needed...Que concerto!
