Myrkur - Ouvi o EP e o album mais numa de fazer trabalhos de casa e para mim aquilo é basicamente Alcest com a Liv Kristine a cantar (mas não tão bom como seria de esperar). Em relação ao concerto, achei uma decepção exactamente por a música em estúdio evocar um determinado ambiente que ao vivo não foi de todo correspondido. A começar pelo trabalho de luzes, que foi simplesmente horrível. Nunca tinha visto tanta iluminação naquele palco, mesmo em músicas onde apenas havia uma voz e piano. A própria prestação/postura da banda foi do mais banal possível. Aquelas pinturas dos senhores... Seria bem mais interessante que arranjassem um segundo guitarrista pois nas vezes em que a senhora teve de tocar guitarra, alem de ela estar apenas a fazer festas no instrumento, restringia os já poucos movimentos que fazia.
No geral, o concerto em si não foi mau, eles tocaram o suficiente, mas deixaram muito a desejar na transmissão de emoções para com o público.
Ainda são uma banda nova, tendo muito para evoluir tanto em estúdio como em palco, portanto, até poderia ter sido bem pior.
Deafheaven - Quem me conhece sabe que tudo o que seja blastbeats e batidas demasiado "rápidas" apenas servem para me dar sono e retirar todo o interesse à música. Isto é uma opinião e um gosto pessoal. Portanto vamos começar com os pontos negativos. Tendo em conta o que foi referido anteriormente e uma vez que cerca de 50% da música de Deafheaven possui esses elementos, eu não apreciei nem um pouco desses momentos. A voz (gritaria) do senhor é monótona como tudo. Uma hora e meia de concerto e o registo não muda nada, logo ajuda a puxar pela minha sonolência. Como já foi referido anteriormente por outros espectadores e pelo que também me pareceu (um dos guitarristas estava escondido atrás de um poste e o outro estava fora do meu campo de visão) a banda é toda relativamente paradinha com a excepção do vocalista e do baterista. E é aqui que entram os pontos positivos. A presença de palco do vocalista é irrepreensível. O homem não parou e tem uma postura muito activa, muito diferente de um típico vocalista de black metal (mas também, Deafheaven não é tipico black metal). O homem mais parecia saído de um concerto de hardcore. O baterista é um animal. O tipo toca que se farta e deve ter partido pelo menos umas 4 baquetas! As partes mais calmas/lentas/progressivas/shoegaze/wtv estiveram todas muito boas e gostei bastante.
Em relação à conversa dos putos, pelo que me informaram chegou a haver malta a correr para as grades... No mínimo estranho. Vi para lá muitos jovens com t-shirts de Napalm Death e Obituary e cheguei a comentar na brincadeira que aquilo bem parecia que era malta cujo primeiro concerto de peso a que foram foi a Deathcrusher tour, portanto compraram a t-shirt e agora têm de a utilizar em tudo o que é concerto, por muito deslocado que pareça

Daquilo que vi da miudagem não me pareceram incomodar ninguém e estavam a curtir os concertos na deles, portanto não me fizeram confusão. Há putos que fazem figuras bem piores (sim malta da Moita, estou a falar de vocês!)
Uma nota para os inumeros "repórteres/fotógrafos profissionais" que correm a plateia e incomodam toda a gente para tirar 200 fotos cheias de filtros, onde no fim só aproveitam 3 ou 4 para os blogues ou seja lá onde foram que publicam: "Ide apanhar no buraco que vos doer mais". E para os outros, os amadores que passam os concertos de telemóvel no ar: "Vão apanhar na peida!"
E já agora, 2 paus por uma garrafa de água é um abuso, seja em que situação for.