Metal Underground

29 Outubro

EAK: um excelente início do Amplifest. Confesso que só conhecia a banda de nome, mas fiquei com uma boa impressão. Foi pena as guitarras estarem tão baixas, que dificultava a audição das melodias que elas foram fazendo durante todo o set.

Cuzo: Foi a primeira, de muitas, surpresas. Que concertão que estes espanhóis deram. A energia do guitarrista era contagiante e a música... a música era formidável mesmo. Tão bom ouvir uma banda a misturar tão bem Sabbath, Hawkwind e Rush. Comprei os dois álbuns da banda.

Sungrazer: Já conheci a banda e estava ansioso pelo concerto, muito por causa do fantástico segundo álbum que estes holandeses lançaram há pouco tempo. As excepctativas foram corrospondidas, apenas fiquei um pouco tristes por não terem tocado a grande "Wild Goose".

Rorcal & Solar Flare: Bem que o Zyk tinha dito que esta banda era poderosa. Que peso, que riffs tão demolidores. Prestação impecável.

Rise and Fall: Não é o meu tipo de hardcore. Engraçadito mas não passa disso.

OvO: Houve quem dissesse que os OvO foram os Ghost do Amplifest. Realmente foi uma surpresa de 'outro mundo'. As máscaras com o facto do baterista ter uma bateria super-reduzida contribuiu para enaltecer uma performence que já por si foi sublime. Lindo. Comprei o último álbum dos italianos.

Jesu: Desculpem lá mas a minha opinião resume-se a uma palavra: boring!


30 Outubro

L' Enface Rouge: Estava tudo cortado e tudo cheio de carros no Porto, por causa da porcaria da Latada, o resultado foi chegar uns 20 minutos atrasado a este concerto que eu ansiava por ver. Mesmo com os vinte minutos de atraso a banda conseguiu manter-me literalmete colado. Grande qualidade da banda que já tem sido elogiada pelo líder dos Sonic Youth e pelo Mike Patton. Comprei os dois álbuns que tinham para venda.

Enablers: Esta banda deixo-me de boca a berta com muita baba. Mas o que é isto? Imaginem um Nick Cave careca com uma energia muito própria a fazer-se acompanhar por uma banda que destila genialidade a cada nota, então conseguiram imaginar? Não? Comprei os dois álbuns desta magnifica banda, como eu fiz, que não se vão arrepender mesmo nada.

Witchburn: Uma guitarrista, um baixista, uma vocalista e um baterista, banda de Seattle. São estas as informação de uma banda que deu um concerto electrizante. Confessos fãs de Black Sabbath, com influências de tudo o que advém do stoner e doom, esta banda deu um concerto onde riffs espectaculares foram tocados um atrás do outro. Mais uma compra minha... a banda ainda só tem um álbum lançado.

Dirge: Acredito que esta banda fará as delicias de muita boa gente. Um sludge com pontas de drone, em 60 minutos com um peso inacreditável. A genialidade da música fez-se acompanhar por imagens que encaixaram na perfeição com o que se ia fazendo com os instrumentos. Tive que comprar dois álbuns destes gajos.

Acid Mothers Temple: Para muitos o concerto do festival. Estes japoneses são qualquer coisa que não consigo por em palavras. Como dizia a Amplificasom é uma experiência muito 'fora'. BRILHANTE. Comprei um live álbum de uma tour de 99.

Godflesh: O fim do festival, uma das bandas mais esperadas do fim-de-semana. Que os Godflesh são uma banda espectacular, já todos sabíamos disso, agora dar um concerto como deram é que não é normal. O som estava a roçar a perfeição, o baixo foi para mim a estrela da noite destilando destruição e ódio por onde passava. Espectacular.


Conclusão: foi um festival espectacular, mágico que eu tive a felicidade de marcar presença. Foram tantos os concertos de grande qualidade que eu tive que me auxiliar dos horários para fazer esta review. Foi também uma boa oportunidade para quem gostar de ter os trabalhos fisicos das bandas, eu pessoalmente perdi a cabeça e adquiri 11 álbuns.

Obrigado Amplificasom e que o Amplifest se repita com este tipo de qualidade.

Foi tããão bom. Parabéns à Amplificasom pela organização. Os horários bateram praticamente certos, o ambiente estava muito bom, tudo impecável. Consegui ver os concertos todos. O que de melhor tiro desta experiência foi o facto de ter conhecido uma série de bandas que se relevaram uma surpresa enorme.

Quanto às bandas...

Dia 1:
Jesu, que era o que mais queria ver, desapontou-me... não senti, tanto que saí antes da última música terminar. Quando comecei a ouvir a Conqueror e a Silver em seguida, pensei que a partir dali só pudesse melhorar, mas tal não veio a acontecer. Na minha opinião os concertos do dia foram Rise and Fall (que power. <3) que soube mesmo bem para quebrar todo aquele ciclo de stoners e psicadelismos, Sungrazer (outros dos motivos que me levou lá acima) e, no palco 2, a atitude e profissionalismo que os Stearica mostraram. Que senhor concerto!!! Uma dos tais que fui ver sem conhecer e saí completamente rendida, a par de Cuzo.
Tive pena que os nossos EAK tenham tocado ainda para poucos, mas estiveram muito bem a representar as cores nacionais neste dia.

Dia 2:
Para mim foi o melhor dia do festival. Acho que não vi um único concerto que não tenha gostado (tirando Dirge e L'Enfance Rouge que me passaram um bocadinho mais ao lado). Então aquele combo Bardo Pond + Process of Guilt + Barn Owl + Acid Mother's Temple + Orthodox + Godflesh... mil sorrisos e dores no pescoço. especialmente por Godflesh, já que entrei na sala com as expectativas perto do zero por causa do concerto da véspera e acabou por ter sido o melhor concerto do festival para mim.

Antes de fazer a analise a este festival, gostava só de dar os parabéns ao pessoal da Amplificasom, um grande obrigado por conseguirem fazer um festival destes por cá, foi tudo perfeito, desde o sitio que é excelente e perfeito para um evento destes, aos horários que foram sempre cumpridos, as grandes bandas que trouxeram e tudo o que fizeram para que as pessoas que lá estiveram tivessem um fim de semana para não esquecer, também de realçar o convívio e o bom ambiente que sempre houve, e claro a enorme proximidade entre músicos e publico, isto é um exemplo do que deve ser um festival.

29 de Outubro

Blood sweat and vinyl - Entrar num festival destes e primeira coisa que se ouve é Neurosis a tocar foi a coisa mais perfeita que podia ter acontecido, tenho pena de só ter chegado a meio do vídeo, mas foi fantástico igual, tenho que ver se consigo arranjar esse filme em algum lado

Sungrazer - Muito bom, tenho pena de não ter visto o concerto inteiro e acho que isso diz tudo.

Rorcal & Solar Flare - Muito provavelmente o concerto mais "pesado" do festival, realmente conseguem criar um ambiente sufocante com o seu som, mas mesmo assim na minha opinião falta-lhes qualquer coisa, fez-me muito lembrar Celeste mas não tão bom.

Ovo - Epa aquilo é musica para gente doida, o baterista foi fantástico e aquele ambiente esquizofrénico que criam é porreiro mas foda-se aqueles berros histéricos da vocalista o facto do som ser muito repetitivo foram coisas que não gostei, mesmo assim foi engraçado e diferente.

Jesu - Podia ter sido melhor, na minha opinião Jesu não é assim uma banda propicia para dar concertos ao vivo, tornou-se um bocado secante com o passar do tempo, mesmo assim gostei de ouvir 2 musicas que gosto muito, além disso devo realçar a simpatia e a humildade do Broadrick.

Drumcorps - Ahahahahahahaha, que puta de festarola para acabar a noite.

Tenho pena de não ter visto Cuzo e Mugstar mas a conversa e o convívio não o permitiram.


30 de Outubro


Enablers - A nível instrumental é porreiro mas a nível vocal não gostei nada, alem disso com o passar do tempo tornou-se um bocado secante.

Witchburn - Isto sim foi bom, não estava nada a espera de um concerto tão bom, foi uma grande dose de bom Stoner/doom, pena não ter visto até ao fim mas os Bardo pond estavam a começar.

Bardo pond - Em primeiro lugar de realçar que a vocalista era muito sexy e também que estava com uma grande pedrada hehehehe, quanto ao concerto foi muito bom, conseguiram transmitir na perfeição aquilo que esperava deles uma boa dose psychedelic/Space rock misturado com muito Shoegazing e post rock, excelente.

Dirge - Fez-me muito lembrar Neurosis e isso claro que é bom, deram sem duvida um excelente concerto e aqueles vídeos que iam passando durante a actuação também ainda deram mais emoção e conteúdo a actuação, uma grande surpresa.

Process of Guilt - Bem que filho da puta de concerto, quando entrei já estavam na 2a musica, mas dai até ao final foi sempre a aumentar o peso e a emoção que ia saindo daquele palco, a ultima musica que tocaram é uma das novas e foi sem duvida a melhor musica que ouvi deles na minha vida, até disse a um amigo meu que tinha sido a musica do festival até aquele momento, depois em conversa com alguns dos elementos da banda deu para constatar que o próximo álbum vai ser mais pesado que tudo o que fizeram até a data(depois de ouvir aquela musica não tenho duvida nenhuma disso)grande banda das melhores senão mesmo a melhor nacional da actualidade.

Acid mothers temple - Não existem palavras para descrever isto, foi dos concertos mais psicadélicos e insano que assisti em toda a minha vida, que músicos fantásticos, apesar de alguns problemas de som em algumas partes mas nada disso impediu este de ser o melhor concerto do festival até as 23:30

Godflesh - Em conversa com o pessoal uns minutos antes do inicio do concerto lembro-me de dizer que Godflesh foi a banda que mais me fez ir ao festival mas não dava 50 euros só para os ver, depois do concerto até dava 100 para voltar a vê-los, foi sem duvida o melhor concerto que vi este ano(tirando GY!BE) e um dos melhores de sempre, não estava nada a espera disto, o som esteve completamente perfeito, aquele ambiente de destruiçao e peso foi qualquer coisa, já a muito tempo que não saia tão atordoado de um concerto como deste, foi sem duvida um concerto perfeito e a melhor maneira de encerrar este festival.

Foi tudo perfeito, grandes concertos e grande organização. Muito muito bom.

Bardo Pond. <3

Pena a gaja sair ao pai.

Ora bem, antes demais o que já foi dito, amplificasom de parabéns e um excelente festival, excelentemente organizado.

dia 29

Eak, já tinha visto duas vezes, foi uma descarga jeitosa como de costume, mas sem grande resposta do publico, já que aquilo estava a começar. Mas valeu.
Suzuki Junzo apanhei 2 minutos no final, não vou tecer comentários.
Acabei por ir ver Cuzo e não o Blood Sweat and Vinil, apesar de ter sido decisão dificl. Gostei do concerto e estava um kraut/prog/psicadélico divertido e com uns espanhóis muito animados. Não me arrependi da escolha.
Sungrazer, uma das bandas que queria muito ver, e que deram uma excelente concerto, soube a pouco, podiam ter tocado mais um bocado por mim.
Stearica, vi apenas um pouco mas pareceu-me uma coisa extremamente animada e um rock experimental até bom. Destaque para o baterista enquanto grande entertainer
Rorcal Que filhadaputa de concerto. Ainda não me consegui decidir, mas sem dúvida um dos melhores do festival, e para mim o ponto alto do primeiro dia. A sério, um dos concertos mais negros e pesados que já vi e que me envolveu imenso. A ultima música, a puxar mais para o black metal é um verdadeiro mimo, estou ansioso pelos próximos trabalhos deles. A introdução de Solarflare encaixou-se muito bem e criou ambiente, mas preferia ter tido mais tempo de Rorcal.
Mugstar vi pouco, não consigo opinar muito, mas pareceu-me engraçado, embora esperasse mais teclados.
Rise and Fall... Rise and fail. Á primeira música até pareceu giro, pena que as outras fossem todas iguais. Sentei-me na sala, foi o concerto desilusão do dia.
OvO só vi uma parte no final e tive pena porque até me pareceu uma coisa que valia a pena, toda aquela esquizofrenia e máscaras de wrestling.
Jesu, afinal não foi só de mim que não foi envolvente o suficiente. Mas, de qualquer modo, gostando da banda como gosto, foi também um concerto muito bom, apenas rorcal superou no primeiro dia. Senti mais o concerto de olhos fechados, o ambiente e postura de palco estavam demasiado desinteressantes e tornavam a experiência aborrecida.

dia 30

Ora, começar por dizer, que este dia foi para mim, em muito superior ao primeiro, pelo menos a nível de surpresa e satisfação.

L'enfance Rouge. Gostei do concerto deles e fiquei curioso para ouvir mais, acho que lhes favorecia um ambiente mais pequeno e intimista.
Enablers. Gostei de enablers, e o spoken word não me perturbou minimamente, aliás, para spoken word acho que o vocalista até tinha bastante carisma, só que tendia a tornar-se aborrecido por vezes.
Witchburn. Foleiro, muito foleiro, não vejo como a amplificasom trouxe algo tão cheio de clichés batidos do rock e com um discurso e atitudes tão rockstar fail.
Bardo Pond. Lindo, muito lindo mesmo, uma das surpresas, fiquei totalmente vidrado durante o concerto todo, nomeadamente na vocalista que como já disseram, tinha a sua sexyness. A flauta também dava momentos magnificos. Para mim uma das surpresas do festival. Tinha planeado sair mais cedo para ir ver dirge, mas não o fiz, e ainda bem, porque foi um dos melhores concertos do festival para mim.
Dirge, como já disse antes, com pena, não pude ver tudo, gostei do som, e gosto do trabalho deles, mas tal como em estúdio, senti que faltava lá algo, não sei... mas um bom concerto na mesma.
Process of guilt, não vi muito, e não me fez muita espécie porque devo vê-los no bracara, ou em outras oportunidades. De qualquer modo estava um som muito poderoso e é para mim uma das melhores bandas nacionais sem dúvida.
Barn Owl. Uma viagem magnifica. Quer-me parecer que houve aqui malta que não viu. Eu acho que perderam um magnifico concerto e experiência. E também destacar o pormenor da amplificasom ter arranjado lugares sentados, que era de facto o que se adequava a este concerto. Perdi noção de tudo lá dentro e só sei que voltei uma hora depois e estava extasiado.
Acid Mothers Temple... Fantástico, brilhante e completamente envolvente, estes japoneses sabem muito bem o que fazem. Outro potencial concerto do festival.
Godflesh. Foi violento, muito poderoso e soube-me muito bem por isso. O som estava perfeito e completamente demolidor, fiquei de barriga cheia com este concerto.

Godflesh, Acid Mother's Temple, Enablers, Process of Guilt e Eak no meu top5. Jesu, a desilusão. Sungrazer e Dirge foi porreiro mas também senti que aos segundos falta qualquer coisa para elevar aquilo a outra dimensão.

Excelente organização e excelente ambiente. Isto pode ter sido o princípio de algo muito especial em Portugal. Apesar da crise, o Amplifest tem potencial para crescer mesmo sem entrar em loucuras (mas de certeza que Amplificasom sabe isso muito melhor que eu).

PicklesTheEmperor Escreveu:Barn Owl. Uma viagem magnifica. Quer-me parecer que houve aqui malta que não viu. Eu acho que perderam um magnifico concerto e experiência. E também destacar o pormenor da amplificasom ter arranjado lugares sentados, que era de facto o que se adequava a este concerto. Perdi noção de tudo lá dentro e só sei que voltei uma hora depois e estava extasiado.

Por acaso tive pena de não ver Barn owl, mas aproveitei para comer qualquer coisa e descansar um bocado naqueles sofás fantásticos que haviam lá, tive que fazer uma pausa para estar preparado para o que ai vinha.

Module 90M 061659 Escreveu:Godflesh, Acid Mother's Temple, Enablers, Process of Guilt e Eak no meu top5. Jesu, a desilusão. Sungrazer e Dirge foi porreiro mas também senti que aos segundos falta qualquer coisa para elevar aquilo a outra dimensão.

Excelente organização e excelente ambiente. Isto pode ter sido o princípio de algo muito especial em Portugal. Apesar da crise, o Amplifest tem potencial para crescer mesmo sem entrar em loucuras (mas de certeza que Amplificasom sabe isso muito melhor que eu).

Realmente é um festival que tem muito potencial para crescer, mas penso que isso só poderá acontecer com pessoal de outros países pois já se sabe que em Portugal toda a gente vai mas depois no momento da verdade ficam em casa.

Ou dizem que é caro e gastam o mesmo em cerveja na baixa.

Ou dão 25€ para ver In Flolmes.

Eu por acaso gostava de saber quantas pessoas, ao certo, estiveram no Amplifest.

Ouvi falar em 400 e qualquer coisa bilhetes vendidos. Foi mais ou menos esse o meu cálculo também.

Creio que significativamente menos, mas espero estar enganado.

Module 90M 061659 Escreveu:Ouvi falar em 400 e qualquer coisa bilhetes vendidos. Foi mais ou menos esse o meu cálculo também.

Por acaso também pensei que estariam umas 400 pessoas, não é nada mau para uma 1a edição, mas um festival desta categoria merecia muito mais.