Ora bem, regressado ao Vagos após duas edições sem poder ir, saí de lá de alma cheia.
Estava algo reticente por ser 4 dias (foi a 1ª vez com 4 dias certo?), quer pelo cansaço, quer pela eventual menor presença de publico no 1º e último dia, mas ainda que se tenha verificado, nada de substancial. Ambiente 5*, e para mim terá sido mesmo a melhor edição (contando mesmo com as do campo de futebol). Estrutura e som (sim, mesmo com o som do palco 2, que mesmo não estando perfeito, esteve no global aceitável).
Começando pelo que deveriam melhorar. Multibanco como meio de pagamento concentrado em 2 ou 3 quiosques para senhas/fichas wtv.
Mais oferta de casas de banho, em contentores e mais próximas dos palcos. Aquilo no cu de judas é um convite à badalhoquice urinária.
BANDAS:
Dia 1- Entrei em meio de Jinjer, e como é um som que nada me diz, aproveitei para fazer o reconhecimento das ofertas, merchandise, etc...
Process of Guilt, mais um concerto que nos habituaram, sempre com uma qualidade superior. Na minha opinião tocaram foi cedo de mais. Dado o som que têm teriam caído melhor depois de Candlemass.
Candlemass, que era talvez a principal razão da minha presença no fest, deram um concerto imaculado. Cantei cada nota e fiz o meu headbanging mais furioso de todo o fest, o que fez com que nos outros dias me doesse o pescoço. PDI. Som perfeito, postura da banda excelente (já não vão para novos), e o Johan foi como se nunca tivesse saído da banda. Se bem que tive pena de nunca os poder ver com o Marcolini.
Equaleft, não é a minha cena, fui-me abrigar para perto do Calabouço. Já agora, um à parte, dito pela rapariga do Calabouço, fui o seu melhor cliente durante o fest.

Se estiveres a ler isto sabes quem sou.
Ouvi
Dallian debaixo da barraca onde estava o porco no espeto (e lá encontrei a Fátima)

porquê ali? Ah, porque estava a chover. Mas agradou-me o instrumental e estou a ouvi-los neste momento.
Dia 2- Cheguei a meio de
Exumer, e gostei bastante. Quer da postura, quer do som oldschool. Tenho andado a ouvir a banda pela sua vinda cá e sinto que perdi os melhores momentos quando me passaram a lado.
Necrophobic, grande presença em palco, mas àquela hora fiquei com a sensação que não resultou assim tão bem. Tal como os Exumer, é uma banda que tenho ouvido porque vinham ao fest, e assim continuarei.
TÝR, para mim um dos melhores concertos do fest, Acho que não deixaram ninguém indiferente, quer conhecedores do som deles ou não. Têm subido a pulso e estimo que ainda vão crescer mais, assim continuem a escrever discos com a qualidade do Hel, porque basta um golpe de sorte para ficarem grandes.
Primal Fear, embora tenha algumas malhas que goste, a fome apertava e ouvi-os enquanto malhava um caldo verde do inferno. O vocalista é um abuso, uma precisão e um ataque brutal.
Watain, outra das que queria mesmo ver. Sigo a banda desde o Sworn to the Dark, e são para mim como que os novos Dissection (um pouco mais extremos). O fogo é mesmo um elemento que nos esmaga. A rever em nome próprio, a par com os Mayhem são neste momento talvez a melhor banda de BM ao vivo.
SFU, outra das que constava na listinha para riscar. O que dizer? Barnes a ser ele próprio. Já o Owen, mesmo sabendo que ele tem aquela postura (não sei se é por não se conseguir mexer ou se é por pensar que é cool por não se mexer), estar lá ele ou um cão de loiça ia dar ao mesmo. Ainda não vi comentado em lado nenhum, mas a banda estava sem baixista (pneunomia) e pensei "queres ver que ainda não é desta"? Na zona onde estava vi 3 pessoas a desistirem por causa do gritos agudos lol
The Godiva achei a ideia boa ( orquestra era de onde?). A orquestra já agora esteve superior à banda. Houve um momento em que existiu um problema técnico, que durou uns 2 ou 3 minutos e o vocalista parecia que não era nada com ele lol. Onde está o desenrascanço à portuguesa? Musicalmente até não achei mau, mas poderia ter sido muito melhor. Deduzo que falte palco à banda, e sempre embirrei com o facepainting para quem tem penteado de contabilista. Como estava cansado e tinha de me preparar para sábado, saí a meio.
Dia 3- Cheguei a tempo de
Alestorm. Mesmo para quem não goste do estilo, não dá como não esboçar um sorriso. Sim eu vi lá malta do BM a sorrir.
E nesta onda os Alestorm neste momento estão a ficar enormes. No ultimo dia até acho que vi mais ppl com t-shirts da banda do que no dia que tocaram, o que quer dizer que resultaram mesmo.
Death Angel. Para mim, outro dos momentos de celebração. Thrash Metal como deve ser feito. Com personalidade, grande instrumental, grandes solos e sem o vocalista gritar por gritar (como se vê hoje milhares de bandas). Pena realmente o som do palco 2 não estar no melhor. O som deste palco nos primeiros 2 dias até que não esteve pior. Nos últimos 2 dias piorou a olhos vistos, mas mesmo assim sem comprometer. Outra a rever em nome próprio.
Satyricon. Pelo que tenho lido, foi talvez 0 concerto do festival. Tinha-os visto no Garage aquando da edição do Volcano (o momento certo para ver a banda), e estava com algum receio. Será que o Satyr ainda se mexe? será que o Frost ainda se aguenta? E sim, resposta positiva a ambas. De facto as musicas mais recentes resultam melhor ao vivo, mas para mim (que são a minha BM fave) preferia que se tivessem focado mais nos albuns até ao Volcano e deixar só 3 ou 4 mais recentes. Penso que até têm-se focado no Rebel em concertos mais recentes, mas ali talvez não resultasse tão bem. No global, foi um grande concerto em que a música techno terá sido o auge.
Wormwood- Outra das bandas que comecei a ouvir por causa do festival, e é outra que vou seguir com atenção. Gostei bastante do concerto, teve desde momentos pink floyd até ao mais grim BM. E achei piada à timidez do vocals. Pelo que sei ainda só têm 2 albuns. Quem puder que os agarre agora. A banda, não os tomates.
Depois foi castigar o figado no Calabouço ao som do Freitas e do Tribe? Metade do que passam nestes afters só me aborrecem, e terminar às 4h? muito cedo para um sábado. Aqui voltei a ver a Fátima e a schwarze_engel. Estavam com um rapaz que julgo andar por aqui, não cheguei a perceber. Muito tempo no calabouço e a seguir as instruções do Chris Barnes foi no que deu.
Dia 4- Estava ao longe ao ouvir
Ignea e pareceu-me interessante. Outra das que prometi que iria ouvir qd chegasse a casa. No recinto entrei em
Iron Reagan. Infelizmente no palco 2, mas foi um concertão, sempre em alta rotação (grande batera). Os I/R com os Alestorm terão sido as 2 bandas que causaram mais impacto em quem estava lá e não conhecia as bandas ou até não era conhecedor de metal.
Vltimas- Dizer desde já que não concordo 100% com a Fátima qd diz que o David é azeiteiro.

Ele criou esta imagem para esta banda, sinceramente ainda não a percebi bem, será um undertaker que nos avisa com o dedo indicador constantemente? Vi-o há um par de meses em I Am Morbid e tem uma postura diferente. Mas o que é certo é que mete i público em ordem. O resto da banda muito competente, com destaque para o Flo. Que maquinão

Sairam abruptamente do palco à bad ass. Hoje essa postura é apenas triste. Mas no geral gostei do concerto e que mande o 2º album rapidamente porque temos aqui um tesourinho do DM. Já agora David Vincent, Chris Barnes e Barney no mesmo fest. 3 dos mais icónicos vocalistas dos growls juntos no mesmo fest...
Napalm Death. deve ter sido a 10ª vez que os vi ou algo parecido, e foi das que gostei mais. Ao contrário de outras vezes não senti que a banda estivesse em piloto automático e via-se que o Barney estava a genuinamente a curtir. Não sei se foi impressão minha, mas o som em ND estava um pouco melhor (palco 2). Alguém sabe o que se passa com o Mitch Harris que continua a não aparecer?
Stratovarius. Deste tipo de bandas só acompanho 2 ou 3 e estes não são uma delas. Basicamente conheço a 1ª música que tocaram e a última.
E aquelas baladas lá no meio? Só mesmo para diehardfans. Mas que dizer dos músicos. Destaque neste caso para o baixista. Grande abuso. Com uma postura à 70's, até cheguei a comentar que estava na banda errada. Acho que não foram a banda ideal para fechar o fest.
Pronto, basicamente isto.
Pedidos para o ano, apenas duas pelos estilos que mais gosto:
Doom- My Dying Bride, Electric Wizard
Heavy Metal- Hammers of Misfortune, Satan
Metal/Stoner- Sagh, Naam
TM- Kreator, Sodom
DM- Cannibal Corpse, Morbid Angel, Deicide ou Obituary (uma das actuais 4 grandes)
BM- Emperor, Sigh
e para
Bailarico- Finntroll e Serrabulho