Metal Underground

GWYDION - Horn Triskelion / 2010



Tomando como referência os 13 anos necessários para gravar «Ynys Mön», ainda bem que não passou assim tanto tempo para os Gwydion voltarem às lides discográficas. Com uma bagagem superior, não só pela experiência adquirida, mas também graças à significativa actividade ao vivo - neste período o sexteto alfacinha chegou a andar em tournée com bandas como Tyr ou Alestorm, tendo também participado em eventos importantes no nosso país - este registo supera em diversos aspectos o seu predecessor. Lançado pela editora alemã Trollzorn, destaca-se a produção a cargo de Fernado Matias dos F.E.V.E.R. que permitiu à banda preocupar-se com o fundamental, abrindo caminho para que alguém como Børge Finstad recebesse em mãos um trabalho em bruto indiscutivelmente capaz. A diversidade é outra das facetas evidentes através do cuidado posto nos detalhes, anteriormente algo limitados aos teclados de Dani, onde os coros, a presença de alguns convidados, as vozes femininas e a introdução de um ou outro instrumento pontual tornam esta mistura de Heavy / Folk bem mais atractiva. A cultura nórdica e a mitologia Viking cruzam-se com a nossa em «Ofíussa (A Terra das Serpentes)» onde Odin parece derramar gotas de hidromel divino em honra das gentes lusitanas. Abr-10 [ 83 / 100 ]
other stuff

Gostei

Boa critica Bronze.

Gostei imenso deste trabalho e dou os parabéns aos Gwydion que se esmeraram neste álbum em todos os pormenores.

De qualquer forma, penso que teriam muito a ganhar se apostassem mais na vossa própria identidade e abandonassem definitivamente as influências vikings.

Deixo o desafio para o próximo álbum.

Eu vou aqui um pouco contra a corrente, não achei muita piada a este disco. A fórmula viking metal está mais do que gasta, e a verdade é que os Gwydion não apresentam novidades dentro do que tem sido uma das sonoridades mais em voga dos últimos tempos. É um trabalho satisfatório, mas longe de constituir um disco de excepção. Gostei bastante da «Mead of Poetry».
Na minha opinião, apostar no imaginário das descobertas, seria uma mais valia para a banda e porventura um foco de inspiração, porque os Gwydion tem claramente capacidade para chegar longe.

paulo figueiredo Escreveu:Na minha opinião, apostar no imaginário das descobertas, seria uma mais valia para a banda e porventura um foco de inspiração, porque os Gwydion tem claramente capacidade para chegar longe.

Gostei do álbum, e sou desta mesma opinião.

Bah, Gwydion é mesmo bom bom mas é ao vivo!

Ao vivo ou em album...uma das melhores bandas portuguesas. Muito bom.

Gwydion é uma das minhas bandas de eleição, mas sinceramente achei este trabalho mediano, talvez por haver tantas bandas similares na sonoridade.
Mas apesar de o achar mediano, penso que estará nos melhores trabalhos de bandas lusas este ano.
Força com isso e ao vivo é que uma banda prova a sua qualidade onde poucas sabem-no fazer como voçes.

O nível de surpresa que se embateu na minha pessoa quando ouvi este album foi extremo. Simplesmente a melhor banda de portuguesa no registo do folk metal (há quem lhes chame viking, mas isso pra mim é caso para dizer "parem de criar sub-sub-sub-géneros"). Uma produção excelente, aliada à voz do Ruben Almeida, que encaixa naquela atmosfera na perfeição.

Entre diversos pontos altos neste disco tenho de realçar temas como:

- Fara a Viking: Grande 1º tema apos a introdução, a transbordar de métrica e sonoridade viking com cantos que la não se poderiam encaixar melhor.
- Ofiussa (A Terra das Serpentes): Num turbilhão sensacional onde o épico batalha com o melancólico, todo o tema mantém um equilíbrio melódico fantástico, onde a passagem narrada em português está simplesmente brilhante, o que prova que a lingua lusitana é um complemento lírico genial.
- Mead Of Poetry: A bela da jarda para o bailarico à la Finntroll encaixa sempre bem, e este tema não perde em termos de qualidade. Rápido, alegre, épico
- At The Sumbel: Este pequeno tema acústico é dos meus favoritos neste album. Sereno, fazendo lembrar wardruna mas com um ligeiro acréscimo em termos de diversidade de instrumentos, é um tema que faz viajar até ao topo de uma cordilheira silenciosa, o qual se ergue sobre uma furiosa tempestade de gelo.

Nenhum tema me desiludiu ao ponto de lhe fazer destaque de forma negativa, mas os acima referidos foram mais que surpreendentes.

Para além de ser evidente o crescimento brutal da banda desde o Ynis Mön, arrisco-me mesmo a dizer que o Horn Triskelion é album para concorrer com o Rekreatur (Equilibrium) ou até mesmo com o Karkelo (Korpiklaani). É de facto uma pena que o mercado da música em portugal em termos de metal seja o que é, porque bandas como Gwydion sem dúvida que merecem maior reconhecimento.

Para quem é fa de folk, comprem este disco. Vale mesmo apena