Posta aqui que assim ele sobe? wtf.

[Liwyatan]

Pessoalmente antes do meu filho nascer fazia questão de comprar um LP (mais do que CDs) todos os meses, no mínimo. Mas desde que o miúdo nasceu (há 2 anos e pico) que faço uma seleção do que compro, acabando por apenas comprar aquilo que quero mesmo ter em físico, ao invés de comprar tudo aquilo que gosto.
Se comprei 15 discos nestes últimos anos é muito. É verdade que também tenho ouvido muito menos música nova, talvez por falta de tempo, e algum desinteresse por vezes, admito, mas o que oiço e gosto mesmo acabo por comprar, seja pelo Bandcamp da banda, site ou às vezes pelo DIscogs quando é algo que não encontro com facilidade (dessas vezes é preciso fazer uma conferência com a esposa e mostrar o quanto vai custar, pois costuma sair mais caro).

Quanto ao comentário do Zyk em relação a "comprar e não mexer", confesso que não uso o gira-discos há uns largos meses, mas pelo menos uma vez por mês decido reorganizar a coleção e acabo por passar horas a ver os artworks.

[Psychoneurosis]

mas pelo menos uma vez por mês decido reorganizar a coleção e acabo por passar horas a ver os artworks.

Mas reorganizas como? ALfabeto, estilo, ao calhas?
Eu nos últimos 10 meses mudei de casa duas vezes e foi a altura em que só me apetecia dizer que ia mandar os discos todos fora, tal como se diz "nunca mais bebo"...

[Passenger]

De qualquer forma, hoje em dia quase toda a música que ouço é via youtube, e eu que sempre fui um defensor da qualidade de som do cd, e sempre olhei com desconfiança para a crescente hegemonia de um formato inferior como o mp3, já cheguei a dar por mim a ouvir directo da net um álbum que tenho em cd...

Já experimentei agarrar num CD e "rippar" a mesma música em vários formatos: WAV, FLAC, APE e MP3 a diferentes bitrates, e para ser sincero, para MP3 de boa qualidade de bitrate (192kbps para cima) não noto grande diferença na qualidade de som. Abaixo disso sim, especialmente nas frequências mais agudas. Entre WAV, FLAC e APE não noto diferença nenhuma aos meus ouvidos.
(De notar que regra geral um vídeo de youtube é comprimido a cerca de 126 kbps em AAC, o que já implica perda significativa da qualidade sonora. Mas agora digam-me, sinceramente, vocês notam diferença significativa entre ouvir uma música no youtube de um vídeo com qualidade razoável e a mesma música a ouvir do CD?)

Outra facto interessante é que o tempo que passo hoje em dia apenas a ouvir música, sem nenhuma outra actividade em simultâneo, é praticamente zero, quando antigamente não era assim.

Hoje em dia oiço música praticamente todos os dias mas é maioritariamente nos transportes... Aqueles dias de me sentar a ouvir um álbum de uma ponta à outra sem fazer absolutamente mais nada ao mesmo tempo são cada vez mais raros por falta de tempo, mas ainda assim, sempre que posso e me dá ganas, faço-o.
Digamos que andar de leitor de CD atrás de um lado para o outro não dá muito jeito, e imaginem em vinil... Os formatos digitais são de facto muito mais práticos nesse aspecto.

[Psychoneurosis]

Mas agora digam-me, sinceramente, vocês notam diferença significativa entre ouvir uma música no youtube de um vídeo com qualidade razoável e a mesma música a ouvir do CD?)

Eu todos os meus CDs e o que saco é sempre 192 (os meus CDs e que ripo) e no mínimo 192 o que saco, excetuando coisas antigas como demos que já foram passadas de cassete para mp3 e afins, e aí é o que arranjo e não me chateio muito. Mas sim, não noto diferença, entre ouvir um CD e um rip nas colunas ou fones de PC. Por uma questão de logística faço questão de tudo o que tenho em físico ter no PC, porque ouço muita musica fora de casa, e porque me irrita os constantes anuncios de youtube, sei que há formas de os ultrapassar mas até para me ir ajudando a saber o que é para passar para a wantlist de compras vou sacando tudo o que quero ouvir e vou ouvindo e guardando/apagando. E mesmo em vinil que é o que mais compro, hoje em dia e contra mim falo a malta compra CDs em LPs, a qualidade sonora do LP há muito que se foi. Hoje em dia consegue-se mascarar de certa forma, mas apenas isso.

[Liwyatan]

mas pelo menos uma vez por mês decido reorganizar a coleção e acabo por passar horas a ver os artworks.

Mas reorganizas como? Alfabeto, estilo, ao calhas?
Eu nos últimos 10 meses mudei de casa duas vezes e foi a altura em que só me apetecia dizer que ia mandar os discos todos fora, tal como se diz "nunca mais bebo"...

Ao calhas seria um óptimo exercício!

Agora tenho organizado por ordem alfabética (grupos/artistas), depois por ordem de lançamento. Mas ocasionalmente decido separar os artistas por géneros ou assim. I know I have a problem. Faço o mesmo com os livros. Por vezes apetece-me mudar de prateleira e trocar tudo.

[Psychoneurosis]

I know I have a problem.

Ahahah já deixei de ver isso como um problema! Uma das minhas últimas pancas foi separar os splits, tinha no meio das discografias, alfabeticamente, pela banda com que começava o Split. Mas há uns tempos juntei da mesma forma, mas junto às compilações. Mas conheço malta com muitos discos e cds que metem um pouco ao calhas, com a "justificação" de que é fixe ir à estante e sacar algo do género "olha é mesmo isto que vou ouvir". Os livros tb separo por temática, exceptuando os relacionados com música que tenho perto da música. Mas de ínicio até as tshirts punha alfabeticamente, hoje em dia vai tudo ao calhas!

[GoncaloBCunha]

Já experimentei agarrar num CD e "rippar" a mesma música em vários formatos: WAV, FLAC, APE e MP3 a diferentes bitrates, e para ser sincero, para MP3 de boa qualidade de bitrate (192kbps para cima) não noto grande diferença na qualidade de som. Abaixo disso sim, especialmente nas frequências mais agudas. Entre WAV, FLAC e APE não noto diferença nenhuma aos meus ouvidos.

A qualidade inferior de um mp3 a 192kbps é um mito. Abaixo disso, sim, nota-se. Mas quem afirma isso peremptoriamente, ou está a debitar balelas que se vão perpetuando na internet ou tem um grande equipamento de som (na ordem dos milhares de euros!) e uns ouvidos do caralho! Se assim for, mais vale fazer carreira como engenheiro de som ou produtor.

E ainda mais piada acho a essas criticas quando vêm dos snobs do vinil. Portanto, deixem-me ver se consigo compreender...hoje em dia olham do alto do seu elitismo para todos os formatos que não sejam vinil com alto desdém, mas não se importam com o facto de um trabalho de estúdio, depois de gravado, misturado, masterizado, etc lhe seja feito um downgrade e o enfiem num formato cheio cliques, pops, surface noise, distorção, etc. You name it! Contradição, não?

E sim, obviamente que estou a par da, felizmente cada vez mais defunta, loudness wars existentes nos CD.
O CD, para mim, continua a ser o meu formato de eleição e o que mais se aproxima da obra finalizada.

Outra facto interessante é que o tempo que passo hoje em dia apenas a ouvir música, sem nenhuma outra actividade em simultâneo, é praticamente zero, quando antigamente não era assim.

Guilty! Geralmente com a condicionante que estou a fazer alguma coisa relacionada com música.

Quanto à questão da organização da música, é simples: organizada alfabeticamente e cronologicamente, com a nuance de dividir o móvel em bandas descaradamente Metal e as outras todas (jazz, electrónica, prog, grunge, etc, etc).

Edit: typo.

[Psychoneurosis]

E ainda mais piada acho a essas criticas quando vêm dos snobs do vinil. Portanto, deixem-me ver se consigo compreender...hoje em dia olham do alto do seu elitismo para todos os formatos que não sejam vinil com alto desdém, mas não se importam com o facto de um trabalho de estúdio, depois de gravado, misturado, masterizado, etc lhe seja feito um downgrade e o enfiem num formato cheio cliques, pops, surface noise, distorção, etc. You name it! Contradição, não?

Começa logo pelo processo de gravação. Antes gravas de forma analógica e o vinil era também analógico. Hoje em dia devem-se contar pelos dedos de uma mão, os álbuns que anualmente são gravados de forma analógica, portanto hoje em dia a malta compra vinil com som digital que é basicamente um CD. E lá está, contra mim falo...

[Indigente]

Quanto à questão da organização da música, é simples: organizada alfabeticamente e cronologicamente.

Idem. Também tinha uma secção para o metal e outra para o resto, mas depois comecei a achar que a "outra" estava a ficar uma salganhada grande demais. Ter Meredith Monk ao lado de Marcel Dettman parecia um pouco estranho Agora tenho mais estantes dedicadas a outros sub-géneros. E

[GoncaloBCunha]

Começa logo pelo processo de gravação. Antes gravas de forma analógica e o vinil era também analógico. Hoje em dia devem-se contar pelos dedos de uma mão, os álbuns que anualmente são gravados de forma analógica, portanto hoje em dia a malta compra vinil com som digital que é basicamente um CD. E lá está, contra mim falo...

Na mouche!! Era para esgrimir igualmente esse argumento mas escapou-se-me.

[Passenger]

A qualidade inferior de um mp3 a 192kbps é um mito. Abaixo disso, sim, nota-se. Mas quem afirma isso peremptoriamente, ou está a debitar balelas que se vão perpetuando na internet ou tem um grande equipamente de som (na ordem dos milhares de euros!) e uns ouvidos do caralho! Se assim for, mais vale fazer carreira como engenheiro de som ou produtor.

E ainda mais piada acho a essas criticas quando vêm dos snobs do vinil. Portanto, deixem-me ver se consigo compreender...hoje em dia olham do alto do seu elitismo para todos os formatos que não sejam vinil com alto desdém, mas não se importam com o facto de um trabalho de estúdio, depois de gravado, misturado, masterizado, etc lhe seja feito um downgrade e o enfiem num formato cheio cliques, pops, surface noise, distorção, etc. You name it! Contradição, não?

O verdadeiro audiófilo não ouve vinil nem CD e muito menos MP3 e outros formatos comprimidos... o verdadeiro audiófilo arromba as portas do estúdio para ouvir as "master tapes"

[GoncaloBCunha]

O verdadeiro audiófilo não ouve vinil nem CD e muito menos MP3 e outros formatos comprimidos... o verdadeiro audiófilo arromba as portas do estúdio para ouvir as "master tapes"

Ou prefere ouvir o ensaio gravado numa K7 manhosa do ZX Spectrum!

[aetheria]

Mas que converseta tão boa!

O verdadeiro audiófilo não ouve vinil nem CD e muito menos MP3 e outros formatos comprimidos... o verdadeiro audiófilo arromba as portas do estúdio para ouvir as "master tapes"

Bem, já ouvi coisas em processo de criação/gravação. O meu rate de audiofilia disparou agora

[Zyklon]

Comprar para "ajudar" é um dos maiores cancros que se instalaram no movimento ou neste meio na minha opinião.
Aliás eu era incapaz de comprar algo que se não gostasse ou me dissesse algo só para dar a tal palmadinha nas costas.
Uma banda boa ou má dependendo de quem a ouve deve ter o poder suficiente para apelar a quem realmente se identifica com o que ouve.

[Soulforged]

Comprar para "ajudar" é um dos maiores cancros que se instalaram no movimento ou neste meio na minha opinião.
Aliás eu era incapaz de comprar algo que se não gostasse ou me dissesse algo só para dar a tal palmadinha nas costas.
Uma banda boa ou má dependendo de quem a ouve deve ter o poder suficiente para apelar a quem realmente se identifica com o que ouve.

Nem mais.