otnemeM Escreveu:Autorização per se, não, mas a refinaria já estava em negociações com o Governo e o ministro no fim disse que o projecto ficou pelo caminho porque o Patrick Monteiro de Barros "pedia dinheiro vivo" (ou algo desse género). Até disse que a questão ambiental já estava salvaguardada por estudos ambientais.
Creio que as negociações estoiraram antes do estudo de impacto ambiental do Ministério do Ambiente ter sido concluído.
A mesma notícia diz ainda: "O nuclear permite, contudo, a Espanha ter custos de produção de electricidade mais baixos quando comparados com Portugal.A energia nuclear é, em média, 28 por cento mais barata que o carvão, 24 por cento do que o gás natural e 53 por cento do que a energia eólica.
Jornalismo de secretária. A mesma RTP teve um representante da Iberdola afirmar peremptoriamente o contrário a respeito das centrais da empresa no "Prós e Contras" em que se discutiu a possibilidade de uma central nuclear em Portugal.

Os custos atribuídos à energia nuclear parecem variar brutalmente de país para país.
Em Espanha até funciona bem, na Suécia acho que funciona ainda melhor, no Reino Unido parece que é substancialmente financiada pelo Estado.
Apesar do que citei acima, e deixando em aberto a hipótese de teres razão, já se sabe que o carvão é ao preço da chuva, mas nesse caso o que dizer do parque de painéis solares que é o maior (ou dos maiores?) do mundo, foi mais caro que chispe e que nem a 1% das nossas necessidades domésticas chega?
Não creio que a refinaria tenha ficado pelo caminho por causa de Kioto, mas se ficou, então a central nuclear ter ficado pelo caminho quando essa seria a principal razão é um tudo-nada néscio.
Depois, as centrais de Espanha devem ter uma eficiência abaixo do que é possível hoje dada a idade delas, suponho. Como tal, uma por cá podia jogar com valores bastante diferentes.
Não me compreendeste. Não digo que uma refinaria ou uma central nuclear não fossem benéficas para o país.
Estou dizer que ambos os projectos que foram apresentados pelo Patrick Monteiro de Barros ficaram pelo caminho porque embora fossem amplamente divulgados como projectos com financiamento totalmente privado, na prática ambos procuravam apoios públicos que o Estado se recusou a fornecer, não foi uma simples questão de negar autorizações.
O da refinaria sabemos quais eram os apoios que procuravam: passou de 800 M€em benefícios para 1200 M€ de investimento.
Sobre a central, estava a especular sobre a natureza deles.
A central foto-voltaica da Amareleja vai custar, creio, uns 237M€.