Phobos Escreveu:OrDoS Escreveu:Eu tenho algumas ideias "políticas" que gostaria de ver a serem implementadas. Na minha opinião, a subida das condições económicas/sociais portuguesas parte:
- pela melhoria e incentivos à exportação em Portugal, menos impostos para as pequenas e médias empresas, mas mais aperto na fiscalização. Os empresários deviam ser ligados à e devia ser do alcance fácil da justiça a informação da percentagem das mesmas que estes possuem, da ligação dos lucros à ostentação. Estas medidas vão de encontro ao sentido em que defendo um sistema económico liberal (pois é o melhor que gera concorrência, investigação, conhecimento e riqueza), em que toda a gente possa ter a oportunidade de cumprir os seus "sonhos" reais e possíveis. Para se ter uma boa casa, um carro ou condições de viajar todos os anos durante as férias devia ser mais simples do que ter de trabalhar SEMPRE mais do que as 8h horas diárias sem tempo para si próprio. É claro que quem quiser mais terá de o fazer, tal como fazem todos os empresários e empregados de sucesso, mas ninguém devia ter o seu posto de trabalho em causa só porque faz o seu trabalho com qualidade dentro do horário previsto e não se quer ver obrigado a mais. Outro exemplo será o das empresas texteis e outras por cá (principalmente nas zonas do interior) onde as pessoas trabalham que nem mouras, onde há violações claras dos direitos.
- pela proibição de fecharem empresas que dão lucro e que têm uma boa carteira de clientes, só porque os donos/sócios se querem livrar delas de um momento para o outro. A força trabalhadora de qualidade das mesmas muitas vezes vai para o desemprego quando não existe necessidade (conheço pelo menos um caso assim). Devia ser facilitada a venda das mesmas e, por exemplo, os bancos podiam ser fiadores de novos gestores/empresários interessados em comprar este tipo de empresas, visto que o risco seria menor.
Podiam existir leilões públicos ou serem criadas entidades para gerir estes casos. A dissolução/desmantelação destas empresas devia ser o último passo a ser tomado.
- pela mudança no sistema do subsídio de desemprego, sendo que uma das medidas que podia apoiar a primeira seria a colocação de desempregados em empregos part-time ou ajustados às suas capacidades mas de cariz temporário, sendo que continuariam inscritos nos centros de desemprego e continuariam a receber propostas de emprego ajustadas ao seu perfil. Trabalhos nos McDonalds, caixas de hipermercados, etc..., podiam muito bem ser este tipo de empregos. A força de trabalho desempregada é imensa e seria útil em outros casos, mas as pessoas não podem perder as oportunidades de agarrarem aquele emprego que sempre gostariam de ter só porque precisam de trabalhar para sobreviver. Se o trabalho fosse em part-time, então melhor, daria oportunidade ao desempregado para fazer as tão famosas formações que o governo está a promover para os mesmos.
- pela atribuição de maior autoridade e poder às forças políciais, vamos deixar de brincar aos polícias e ladrões e deixar as autoridades fazerem o trabalho deles. É ridículo o que se passa neste país em que as forças políciais são motivo de chacota, são mal pagos para o trabalho que fazem, e nem sob clara ameaça pública podem ripostar na moeda da força (o sistema policial americano neste sentido é o que se devia, de certa forma adaptar)
- pela simplificação da burocracia dos processos judiciais para uma rápida aplicação das leis e não sobrecarregar o sistema com processos ridículos que se arrastam durante anos sem justificação plausível. 10 anos para resolver certos casos é incompreensível e os sucessivos recursos só favorece que pode pagar os altos custos legais dos processos
- pela atribuição de maior autoridade aos professores e punição dos pais no caso de clara negligência na sua educação (sendo este o caso extremo, já que há miúdos que simplesmente fazem o que lhes dá na cabeça, muitas vezes sem os pais serem os únicos culpados). Se os alunos cometem actos graves de indisciplina, devem ser punidos com alguma forma de serviço à comunidade escolar.
- A simplificação das leis de emigração e imigração, não no sentido do facilitismo, mas na aceleração dos processos. Quando a taxa de emigração aumenta e temos mais gente a sair do país que a entrar, é preciso garantir um fluxo decente de imigrantes e proporcionar-lhes boas condições soció-económicas para poderem ter sucesso e não se tornarem em mais um desempregado nos bairros sociais. Acho que só faz sentido condicionar a imigração quando um país gera suficiente riqueza para mentalizar os cidadãos locais/naturais a ficarem no país.
- Desenvolvimento e incentivos fortíssimos à povoação e industrialização das zonas interiores do país. Para mim seria mais lógico um aeroporto no centro/interior do país do que um novo aeroporto da Ota ou de Alcochete. Todos os outros países europeus têm um interior bem povoado, no nosso parece um deserto e quer ir tudo para o litoral devido às condições económicas muito melhores. Há zonas do interior do país lindíssimas, com bastantes recursos e muito subaproveitadas.
- Não defendo a privatização da saúde, educação e seg. social. Um governo moderno é uma entidade que trabalha em prol das pessoas, do bem-estar das mesmas e de assegurar as condições mínimas humanas de cada ser humano. Defendo sim um afastamento da importância dos "números" que tanta polémica tem vindo a levantar, defendo que todos os cidadãos têm direito a uma escolaridade mínima de 12 anos sendo que os últimos 3 possam ser divididos como o sistema actual, mas criar cursos totalmente práticos para aqueles que decidirem começar a trabalhar mais cedo, com estágios em empresas profissionais ou mesmo tornar as próprias escolas em "empresas" produtoras, com uma força trabalhadora amadora no 1º ano (10º ano), semi-profissional no 2º ano (11º ano) e (quase) profissional no 3º ano (12º ano). A diferença será que os alunos pagam os seus próprios estudos com o seu trabalho e os manuais, material, PC's, etc..., seriam fornecidos pelas escolas.
Quanto à saúde, o conceito de empresa pública deveria existir como sendo o intermédio entre o público e o completamente privado. Neste sentido, defendo que os actuais hospitais/centros de saúde continuem públicos e sejam incentivadas a criação de empresas intermédias associadas ao estado, onde a classe média (média e média/baixa) poderia usufruir de um sistema mais rápido e pago com taxas RAZOÁVEIS de acordo com o seu escalão de rendimento. Os actuais públicos ficariam reservados então às pessoas com menos possibilidades.
Defendo, como o MEP, a introdução dos miúdos nas pré-primárias aos 3 anos, liberta os pais mais cedo, dá aos miúdos mais cabeça, um início de interacção mais cedo com outros miúdos, com outras pessoas e ambientes intelectualmente estimulantes.
- pela mudança da mentalidade no que toca ao "erro" e às "notas baixas". É verdade que nem todos temos as mesmas capacidades, mas toda a gente é boa em alguma coisa. Há notas que são baixas por desleixo, há outras por falta de capacidade. Parte dos pais se aperceberem disto para depois conseguirem informar/comunicar melhor com os professores, em que cada um faz o seu papel de estar alerta para as qualidades/insufiências do aluno, para que este possa ser melhor orientado.
- pela inclusão de mais espaços verdes, lúdicos, auditórios e anfiteatros onde a cultura possa ser estimulada. Obrigar ao estudo da música pelo menos até ao 9º ano e começar logo desde a pré-primária (está provado que a música é o único elemento que activa todas as zonas do cérebro). Obrigar as crianças a ler, começar com as bandas desenhadas e com a fantasia para depois conseguirem absorver a realidade e as obras dos nossos melhores artistas em anos vindouros. Da cultura advém a creatividade e o bem-estar das pessoas, em vez de termos robots a comer apenas o que nos dão, deviamos ter mais capacidade de procurar novas ideias, novos caminhos, sermos mais empreendedores, etc...
- por último, legalização das drogas leves e consequente agravamento de penas associadas a acidentes causados pelo consumo destes, para que pelo menos a responsabilidade na utilização destas seja imposta por própria consciência das pessoas. Não faz sentido perder tempo e um monte de forças políciais na caça ao tráfico de drogas leves, que podiam estar mais focados na segurança pública. Defendo também a legalização da prostituição em prol da saúde pública e da sáude financeira (parece ridículo, mas faz todo o sentido que um "serviço" destes seja alvo de fiscalização e descontos para o fisco, muito dinheiro se perde aqui também).
São apenas algumas ideias gerais que tenho, que nem sequer sei se seriam realmente viáveis, mas que eu acredito que poderiam ser a base para um país melhor. Algumas são actuais, inspiradas nos modelos que alguns partidos propoẽm, outras são ideias próprias após ter vivido estes últimos anos a trabalhar e mais atento ao que se passa no mundo. Até agora o MEP foi o partido que mais me agradou na busca de um país mais "social".
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Vives mesmo a cena.
Pah, gosto de me estimular mentalmente com a busca por um país/mundo melhor. Nada melhor do que puxar pela cabeça e tentar perceber o que pode ser melhorado. Além disso, no meu ramo de profissão a busca pelo melhor desempenho possível através dos melhores métodos é uma busca constante. Aplicada ao mundo real é nada mais nada menos do que procurar soluções para problemas.