Política - Discussão ou algo do género.

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Cthulhu_Dawn
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Cthulhu_Dawn » terça mai 03, 2011 8:41 am

The Morning Star Escreveu:Diário Económico:

O que a 'troika' quer mudar no mercado de trabalho:
* Aumento salarial definido por intervalo Imagem
* Acabar com reintegração em despedimentos ilegais Imagem
* Despedimento individual mais fácil Imagem (Aleluia!)
* Medidas recuperadas e reforçadas (PEC IV) Imagem
* Subsídio de desemprego mais curto e mais baixo Imagem



Link aqui, para os interessados, já que há um pouco mais de informação.

Não nego a necessidade ou a inevitabilidade deste género de medidas serem tomadas, dadas as circunstâncias. Mas não fico satisfeito por aí além com elas...
Especialmente quando vejo este género de medidas elogiadas pela internet, por comentadores ditos "liberais", confortavelmente instalados em Faculdades, dando aulinhas e escrevendo o artigozinho ocasional para a revista ou o jornal...
Hmm, hoje acordei para o lado esquerdo provavelmente...

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Audiokollaps » terça mai 03, 2011 10:02 am

Cthulhu_Dawn Escreveu:
The Morning Star Escreveu:Diário Económico:

O que a 'troika' quer mudar no mercado de trabalho:
* Aumento salarial definido por intervalo Imagem
* Acabar com reintegração em despedimentos ilegais Imagem
* Despedimento individual mais fácil Imagem (Aleluia!)
* Medidas recuperadas e reforçadas (PEC IV) Imagem
* Subsídio de desemprego mais curto e mais baixo Imagem



Link aqui, para os interessados, já que há um pouco mais de informação.

Não nego a necessidade ou a inevitabilidade deste género de medidas serem tomadas, dadas as circunstâncias. Mas não fico satisfeito por aí além com elas...
Especialmente quando vejo este género de medidas elogiadas pela internet, por "foristas" ditos "liberais", confortavelmente instalados em Faculdades, assistindo a aulinhas e escrevendo merda ocasional para o forum...
Hmm, hoje acordei para o lado esquerdo provavelmente...


Fixed!

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Audiokollaps » terça mai 03, 2011 10:15 am

MeBathory Escreveu:
The Morning Star Escreveu:Diário Económico:

O que a 'troika' quer mudar no mercado de trabalho:



E assim se perdem direitos que custaram mt a adquirir!
E tu contente! :shock: És patrão, ou vives dos rendimentos, ou melhor, do rendimentos dos papás? Eu não digo k o pessoal, vem para aqui arrotar postas de pescada, mas da vida real conhece muito pouco, ou mesmo nada.


O "Anti-esquerdismo" básico é um novo partido, nascido na modernidade capitalista redneck dos EUA e com cada vez mais filiados na Europa.

O que importa não é retrocesso civizacional , mas sim o esgrimir uma superioridade ideológica da visão capitalista-liberal, que como os ultimos 10 anos tem vindo a demonstrar é autofágica (tal como o comunismo "as we know it") e irá colapsar.

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor raxx7 » terça mai 03, 2011 11:08 am

MeBathory Escreveu:E assim se perdem direitos que custaram mt a adquirir!
E tu contente! :shock: És patrão, ou vives dos rendimentos, ou melhor, do rendimentos dos papás? Eu não digo k o pessoal, vem para aqui arrotar postas de pescada, mas da vida real conhece muito pouco, ou mesmo nada.


Deixa estar, tu deves ser mais um pateta que não dá para mais que ataques ad hominem. :)
Shrödinger's cat has left the building.
When in doubt, ban!

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor MeBathory » terça mai 03, 2011 12:07 pm

raxx7 Escreveu:Deixa estar, tu deves ser mais um pateta que não dá para mais que ataques ad hominem. :)


UMA pateta se faz favor!!! é que chamarem-me pateta ainda vá, agora dizerem que sou um gajo, é que não!!! dasse.

quanto ao resto amigo, poderia desejar que levassem um tiro num pé, mas como portuguesa que sou, logo tenho brandos costumes, desejo, ao invés disso, que vivam um ano com o salario minimo, que sejam postos na rua, so porque sim, e que tenham de viver com o subsidio de desemprego com base no ultimo rendimento. :mrgreen: Assim que passarem esta prova, ai sim poderei achar que V. Exas conhecem a realidade de muitos portugueses.
Quando se esta numa posiçao confortavel, é muito facil cagar de alto.
Awaiting the exorcist....

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor raxx7 » terça mai 03, 2011 3:44 pm

Oops. Mil desculpas por esse erro crasso. :D
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor MeBathory » terça mai 03, 2011 4:06 pm

No Problem, desde que não repitas o erro... é que na proxima faço queixa de ti aos gajos de verde/vermelho :P
Awaiting the exorcist....

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Lapeno Enriquez » terça mai 03, 2011 4:21 pm

Make up sex. O bella-morte filma.
...natasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatasnatas...
MORTE AO FALSO METAL Imagem

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor aftermath » terça mai 03, 2011 4:48 pm

MeBathory Escreveu:
raxx7 Escreveu:Deixa estar, tu deves ser mais um pateta que não dá para mais que ataques ad hominem. :)


UMA pateta se faz favor!!! é que chamarem-me pateta ainda vá, agora dizerem que sou um gajo, é que não!!! dasse.

quanto ao resto amigo, poderia desejar que levassem um tiro num pé, mas como portuguesa que sou, logo tenho brandos costumes, desejo, ao invés disso, que vivam um ano com o salario minimo, que sejam postos na rua, so porque sim, e que tenham de viver com o subsidio de desemprego com base no ultimo rendimento. :mrgreen: Assim que passarem esta prova, ai sim poderei achar que V. Exas conhecem a realidade de muitos portugueses.
Quando se esta numa posiçao confortavel, é muito facil cagar de alto.


Deixa tar que muito cagão vai começar a estrebuchar, ainda os vais ver na rua aos berros. Como? O BES (só para começar) vai fechar 20 agências!

http://www.rr.pt/informacao_detalhe.asp ... did=153752
"Now before my demons roll the night across my eyes
I tremble as I wait perhaps to sin
Yield unto temptation and be ruler of the world
And all I do is let the beast come in"
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor The Morning Star » terça mai 03, 2011 6:15 pm

MeBathory Escreveu:
The Morning Star Escreveu:Diário Económico:

O que a 'troika' quer mudar no mercado de trabalho:
* Aumento salarial definido por intervalo Imagem
* Acabar com reintegração em despedimentos ilegais Imagem
* Despedimento individual mais fácil Imagem (Aleluia!)
* Medidas recuperadas e reforçadas (PEC IV) Imagem
* Subsídio de desemprego mais curto e mais baixo Imagem



E assim se perdem direitos que custaram mt a adquirir!
E tu contente! :shock: És patrão, ou vives dos rendimentos, ou melhor, do rendimentos dos papás? Eu não digo k o pessoal, vem para aqui arrotar postas de pescada, mas da vida real conhece muito pouco, ou mesmo nada.


raxx7 Escreveu:Deixa estar, tu deves ser mais um pateta que não dá para mais que ataques ad hominem. :)


Obrigado rax, por saíres em minha defesa.

Ora eu já dormi anos em cima de colchões buscados ao lixo. Mas não vou por aí porque não é isso que interessa. Acusar-me de que não conheço a vida real... enfim.

Para os teus direitos adquiridos:
António Pires Lima in Expresso Escreveu:Coesão política à parte, creio que na Europa subsistem outras razões de descompetitividade talvez mais passíveis de superação a nível nacional. Desde logo estou a pensar na cultura dos 'direitos adquiridos', de que Portugal é um belo exemplar, contrária à essência da competitividade. Na vida, o único dado adquirido é que nascemos para um dia... morrermos. Ora, uma cultura que dá por adquirido e gratuito o ensino até ao fim da licenciatura, o trabalho uma vez conquistado, o subsídio sempre que o trabalho excepcionalmente falha, é inimiga da competitividade. Sobretudo quando se vê confrontada com outros mundos onde o mérito é valorizado e premiado - às vezes de forma selvagem, diga-se - ou onde cada passo dado por um jovem é conquistado a pulso. A Europa amoleceu no caldo dos direitos adquiridos. Sem risco, tensão e pressão não se formam gerações vencedoras.

Adoro viver na Europa e em Portugal. Adoro muitos dos direitos que nos são reconhecidos e vi recentemente, com emoção, Barack Obama aprovar nos EUA o direito a cuidados de saúde em voga na Europa há décadas. Mas algum equilíbrio precisamos de criar entre direitos e competitividade que devolva à Europa a vontade de se reproduzir, estudar, trabalhar, poupar e investir. Direitos adquiridos em excesso e a esperança perdida no futuro: este é o legado que deixaremos aos nossos filhos se os nossos credores não nos obrigarem a mudar de vida. Será que, ao contrário do que diz Obama, nós não podemos ter esperança?


Já há muito que se diz o que Daniel Bessa diz: Hoje a actual legislação laboral, é "tão rígida" mas na qual "ninguém quer mexer", não promove a criação do emprego e atira os trabalhadores para contratos a prazo e recibos verdes, e sim, estou prestes a licenciar-me em engenharia e não quero sucumbir aos recibos verdes, esses recibos verdes onde quem ganha mil euros passa a receber apenas 598. A nossa rigidez laboral tem um efeito "aristocrata": dificulta a ascensão social. Essa rigidez não defende os "trabalhadores", defende uma certa "hierarquia social". Um estudo da OCDE coloca Portugal na cauda da mobilidade social. Ou seja, um miúdo pobre português tem poucas probabilidades de chegar "lá acima". O contexto social e familiar ainda é uma "prisão" para um jovem português. Porque "quanto mais difícil for despedir alguém, mais complicada é a ascensão social dos menos privilegiados". O código laboral português é uma forma de perpetuar uma mentalidade aristocrata, que detesta a ideia de uma sociedade assente no mérito. É que o mérito não liga muito ao "respeitinho" pelos meninos de sangue azul, sejam eles empresários ou sindicalistas.

Henrique Raposo in Expresso Escreveu:Por outras palavras, a minha geração não pode continuar a ser principescamente tramada em nome de regalias intocáveis. Olhe, por exemplo, para o novo código contributivo: se um jovem ganhar 1000 euros a recibo verde, leva 500 euros para casa. Isto é um saque. Isto é um convite à emigração. Aliás, a minha geração já está a repetir a gesta forçada da geração dos meus avós. Estamos a emigrar por necessidade. Perante isto, meu caro Presidente, eu posso afirmar - com toda a pompa kantiana - que faço parte da geração lixada (para usar um eufemismo publicável).

E, meu caro Aníbal, os jovens não estão a emigrar apenas por causa da Segurança Social. As regras laborais também não ajudam. É por isso que lhe digo o seguinte: quando afirmou que a mudança do quadro laboral não é uma prioridade, V. Exa. mostrou, mais uma vez, a sua ignorância em relação aos problemas dos jovens. Nesse ponto, até Sócrates já o ultrapassou (sim, aquela licenciatura da Independente já é mais presciente do que o seu doutoramento de York). Num momento de inteligência (importada), o primeiro-ministro disse uma grande verdade: o nosso quadro laboral não pode continuar a ser o iéti da União Europeia. Por amor de Deus, nós temos as regras laborais mais rígidas da Europa. E, como é óbvio, essas regras são uma fonte de desemprego, porque só têm um objetivo: proteger os empregos criados há 20 ou 30 anos. A nossa lei pugna por uma blindagem vitalícia em redor dos empregos já criados, e despreza os vectores que levam à criação de novos empregos. Não por acaso, quando entrou na vida adulta, a minha geração encontrou um terreno de jogo minado.


Eu amo o liberalismo porque possibilita que alguém por mérito e árduo trabalho chegue longe e melhore as suas condições de vida. Ora na situação actual, com impostos asfixiantes, código laboral rígido que nem uma viga de aço e direitos adquiridos que protegem certos empregos ignorando a situação macroeconómica a curto, médio e longo prazo de Portugal é muito difícil ascender socialmente.

A emigração de portugueses está a aumentar. Aparentemente, é a maior vaga desde os anos de 1960. Talvez emigre para Holanda ou Suécia quando acabar o curso, propostas de lá não faltam. E os concertos lá abundam e são brutais :twisted:.

Na Suécia, horror dos horrores, o mercado de trabalho é extremamente desregulamentado. Não apenas pode-se contratar sem burocracias, como também é possível demitir sem qualquer justificativa e sem qualquer custo. E tudo com o apoio dos sindicatos, pois eles sabem que tal política reduz o desemprego. Aparte: Ao contrário de um amigo meu do CDS que quer "fuzilar" todos os sindicatos, prefiro a sua renovação e democratização, sim, democratização e que passem a ter uma atitude construtiva e não destrutiva, como cá.

Quando houve as presidenciais, um inquérito concluiu que a classe média e média baixa preferia o Cavaco Silva e que na média Alta e Alta o Manuel Alegre era o mais popular. Fiquei estupefacto, não percebi o porquê disto. Uma das hipóteses é que estão moralmente preocupados com os pobres, pensamento fértil na ignorância. Outra, mais obscura é que uma vez que eles chegaram lá, querem impedir que outros lá cheguem. Depois de reflectir sobre isto, cheguei a uma conclusão que descobri depois que Hayek chegou em 1944, na tese defendida por Hayek, a implementação de um sistema económico centralizado, que nunca atingiria seus objectivos, levaria à supressão de quase todas as liberdades civis. Apenas numa sociedade livre, em que o mercado estivesse submetido somente à ordem espontânea oriunda do estabelecimento voluntário de relações entre as pessoas, conjugar-se-ia progresso económico e liberdades civis. A tese central de Hayek é que todas as formas de colectivismo, seja o fascismo ou o socialismo ou outro regime moralista, levam inevitavelmente à tirania e à supressão das liberdades. Isto é, quanto mais se navega para à esquerda, mais o regime e os seus governantes tendem a ser autoritários. Isto também aplica-se aos regimes moralistas de direita. Para saber mais, leia "O Caminho da Servidão", não se irá arrepender.

Sou liberal porque para mim a liberdade é o mais alto valor que se alevanta. Sou liberal porque defendo que qualquer um tem o direito de ascender na vida pelos seu mérito, meios e capacidades e não o quero impedir. Sou liberal porque o metal é um produto das democracias ocidentais, isto é, capitalistas. Sou liberal porque tenho os pés assentes na terra e que não sou sonhador, utópico nem controlador. Sou liberal porque é este sistema, de mercado livre que possibilita-me escrever agora num laptop para o MU.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Pedrof » terça mai 03, 2011 6:22 pm

The Morning Star Escreveu:Sou liberal porque para mim a liberdade é o mais alto valor que se alevanta. Sou liberal porque defendo que qualquer um tem o direito de ascender na vida pelos seu mérito, meios e capacidades e não o quero impedir. Sou liberal porque o metal é um produto das democracias ocidentais, isto é, capitalistas. Sou liberal porque tenho os pés assentes na terra e que não sou sonhador, utópico nem controlador. Sou liberal porque é este sistema, de mercado livre que possibilita-me escrever agora num laptop para o MU


Isto!
:cheers:

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Lapeno Enriquez » terça mai 03, 2011 6:39 pm

The Morning Star Escreveu:
Spoiler: Mostrar
MeBathory Escreveu:
The Morning Star Escreveu:Diário Económico:

O que a 'troika' quer mudar no mercado de trabalho:
* Aumento salarial definido por intervalo Imagem
* Acabar com reintegração em despedimentos ilegais Imagem
* Despedimento individual mais fácil Imagem (Aleluia!)
* Medidas recuperadas e reforçadas (PEC IV) Imagem
* Subsídio de desemprego mais curto e mais baixo Imagem



E assim se perdem direitos que custaram mt a adquirir!
E tu contente! :shock: És patrão, ou vives dos rendimentos, ou melhor, do rendimentos dos papás? Eu não digo k o pessoal, vem para aqui arrotar postas de pescada, mas da vida real conhece muito pouco, ou mesmo nada.


raxx7 Escreveu:Deixa estar, tu deves ser mais um pateta que não dá para mais que ataques ad hominem. :)


Obrigado rax, por saíres em minha defesa.

Ora eu já dormi anos em cima de colchões buscados ao lixo. Mas não vou por aí porque não é isso que interessa. Acusar-me de que não conheço a vida real... enfim.

Para os teus direitos adquiridos:
António Pires Lima in Expresso Escreveu:Coesão política à parte, creio que na Europa subsistem outras razões de descompetitividade talvez mais passíveis de superação a nível nacional. Desde logo estou a pensar na cultura dos 'direitos adquiridos', de que Portugal é um belo exemplar, contrária à essência da competitividade. Na vida, o único dado adquirido é que nascemos para um dia... morrermos. Ora, uma cultura que dá por adquirido e gratuito o ensino até ao fim da licenciatura, o trabalho uma vez conquistado, o subsídio sempre que o trabalho excepcionalmente falha, é inimiga da competitividade. Sobretudo quando se vê confrontada com outros mundos onde o mérito é valorizado e premiado - às vezes de forma selvagem, diga-se - ou onde cada passo dado por um jovem é conquistado a pulso. A Europa amoleceu no caldo dos direitos adquiridos. Sem risco, tensão e pressão não se formam gerações vencedoras.

Adoro viver na Europa e em Portugal. Adoro muitos dos direitos que nos são reconhecidos e vi recentemente, com emoção, Barack Obama aprovar nos EUA o direito a cuidados de saúde em voga na Europa há décadas. Mas algum equilíbrio precisamos de criar entre direitos e competitividade que devolva à Europa a vontade de se reproduzir, estudar, trabalhar, poupar e investir. Direitos adquiridos em excesso e a esperança perdida no futuro: este é o legado que deixaremos aos nossos filhos se os nossos credores não nos obrigarem a mudar de vida. Será que, ao contrário do que diz Obama, nós não podemos ter esperança?


Já há muito que se diz o que Daniel Bessa diz: Hoje a actual legislação laboral, é "tão rígida" mas na qual "ninguém quer mexer", não promove a criação do emprego e atira os trabalhadores para contratos a prazo e recibos verdes, e sim, estou prestes a licenciar-me em engenharia e não quero sucumbir aos recibos verdes, esses recibos verdes onde quem ganha mil euros passa a receber apenas 598. A nossa rigidez laboral tem um efeito "aristocrata": dificulta a ascensão social. Essa rigidez não defende os "trabalhadores", defende uma certa "hierarquia social". Um estudo da OCDE coloca Portugal na cauda da mobilidade social. Ou seja, um miúdo pobre português tem poucas probabilidades de chegar "lá acima". O contexto social e familiar ainda é uma "prisão" para um jovem português. Porque "quanto mais difícil for despedir alguém, mais complicada é a ascensão social dos menos privilegiados". O código laboral português é uma forma de perpetuar uma mentalidade aristocrata, que detesta a ideia de uma sociedade assente no mérito. É que o mérito não liga muito ao "respeitinho" pelos meninos de sangue azul, sejam eles empresários ou sindicalistas.

Henrique Raposo in Expresso Escreveu:Por outras palavras, a minha geração não pode continuar a ser principescamente tramada em nome de regalias intocáveis. Olhe, por exemplo, para o novo código contributivo: se um jovem ganhar 1000 euros a recibo verde, leva 500 euros para casa. Isto é um saque. Isto é um convite à emigração. Aliás, a minha geração já está a repetir a gesta forçada da geração dos meus avós. Estamos a emigrar por necessidade. Perante isto, meu caro Presidente, eu posso afirmar - com toda a pompa kantiana - que faço parte da geração lixada (para usar um eufemismo publicável).

E, meu caro Aníbal, os jovens não estão a emigrar apenas por causa da Segurança Social. As regras laborais também não ajudam. É por isso que lhe digo o seguinte: quando afirmou que a mudança do quadro laboral não é uma prioridade, V. Exa. mostrou, mais uma vez, a sua ignorância em relação aos problemas dos jovens. Nesse ponto, até Sócrates já o ultrapassou (sim, aquela licenciatura da Independente já é mais presciente do que o seu doutoramento de York). Num momento de inteligência (importada), o primeiro-ministro disse uma grande verdade: o nosso quadro laboral não pode continuar a ser o iéti da União Europeia. Por amor de Deus, nós temos as regras laborais mais rígidas da Europa. E, como é óbvio, essas regras são uma fonte de desemprego, porque só têm um objetivo: proteger os empregos criados há 20 ou 30 anos. A nossa lei pugna por uma blindagem vitalícia em redor dos empregos já criados, e despreza os vectores que levam à criação de novos empregos. Não por acaso, quando entrou na vida adulta, a minha geração encontrou um terreno de jogo minado.


Eu amo o liberalismo porque possibilita que alguém por mérito e árduo trabalho chegue longe e melhore as suas condições de vida. Ora na situação actual, com impostos asfixiantes, código laboral rígido que nem uma viga de aço e direitos adquiridos que protegem certos empregos ignorando a situação macroeconómica a curto, médio e longo prazo de Portugal é muito difícil ascender socialmente.

A emigração de portugueses está a aumentar. Aparentemente, é a maior vaga desde os anos de 1960. Talvez emigre para Holanda ou Suécia quando acabar o curso, propostas de lá não faltam. E os concertos lá abundam e são brutais :twisted:.

Na Suécia, horror dos horrores, o mercado de trabalho é extremamente desregulamentado. Não apenas pode-se contratar sem burocracias, como também é possível demitir sem qualquer justificativa e sem qualquer custo. E tudo com o apoio dos sindicatos, pois eles sabem que tal política reduz o desemprego. Aparte: Ao contrário de um amigo meu do CDS que quer "fuzilar" todos os sindicatos, prefiro a sua renovação e democratização, sim, democratização e que passem a ter uma atitude construtiva e não destrutiva, como cá.

Quando houve as presidenciais, um inquérito concluiu que a classe média e média baixa preferia o Cavaco Silva e que na média Alta e Alta o Manuel Alegre era o mais popular. Fiquei estupefacto, não percebi o porquê disto. Uma das hipóteses é que estão moralmente preocupados com os pobres, pensamento fértil na ignorância. Outra, mais obscura é que uma vez que eles chegaram lá, querem impedir que outros lá cheguem. Depois de reflectir sobre isto, cheguei a uma conclusão que descobri depois que Hayek chegou em 1944, na tese defendida por Hayek, a implementação de um sistema económico centralizado, que nunca atingiria seus objectivos, levaria à supressão de quase todas as liberdades civis. Apenas numa sociedade livre, em que o mercado estivesse submetido somente à ordem espontânea oriunda do estabelecimento voluntário de relações entre as pessoas, conjugar-se-ia progresso económico e liberdades civis. A tese central de Hayek é que todas as formas de colectivismo, seja o fascismo ou o socialismo ou outro regime moralista, levam inevitavelmente à tirania e à supressão das liberdades. Isto é, quanto mais se navega para à esquerda, mais o regime e os seus governantes tendem a ser autoritários. Isto também aplica-se aos regimes moralistas de direita. Para saber mais, leia "O Caminho da Servidão", não se irá arrepender.

Sou liberal porque para mim a liberdade é o mais alto valor que se alevanta. Sou liberal porque defendo que qualquer um tem o direito de ascender na vida pelos seu mérito, meios e capacidades e não o quero impedir. Sou liberal porque o metal é um produto das democracias ocidentais, isto é, capitalistas. Sou liberal porque tenho os pés assentes na terra e que não sou sonhador, utópico nem controlador. Sou liberal porque é este sistema, de mercado livre que possibilita-me escrever agora num laptop para o MU.


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spiegelman
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor spiegelman » terça mai 03, 2011 9:18 pm

Sim oh Morning Star... Mas a Suécia é provavelmente o melhor exemplo do estado socialna Europa. Tens uma política absolutamente liberal no emprego porque em contrapartida tens uma política social completamente socialista.

Eu queria o modelo sueco para o meu país... Mas o meu país é Portugal.

Mas acalmem as passarinhas que os homens não acabam com o 13º nem o 14º mês nem desatam a despedir nem privatizam a CGD nem a saúde nem despedem a função pública.

Esperem mais impostos indirectos. E, taçvez seja desta, uma redução radical no peso do estado.

E com esta Sócrates posiciona-se cada vez mais para a reeleição...

Será?
"Sim, esta veio do silêncio E livres habitamos a substância do MU!" (HumbertoBot)

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Vooder » terça mai 03, 2011 9:18 pm

Simplesmente brutal o momento de campanha eleitoral do Sócrates a anunciar as medidas que NÃO vão ser tomadas.
E a pose do Teixeira dos Bancos? Parecia que ia implodir a qualquer momento...

...e mais uma estocada no PPC!
ImagemImagemImagem
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Pedrof » terça mai 03, 2011 9:28 pm

spiegelman Escreveu:E com esta Sócrates posiciona-se cada vez mais para a reeleição...

Será?


O Sócrates como jogador político é do melhor que há, o problema é esse.

Com o discurso de hoje tentou novamente limpar a imagem, e voltar a atacar a oposição por causa do PEC, afirmando que as medidas que a Troika impôs, eram as suas medidas do PEC IV.
Mas lá está, o que ele fez foi dizer o que não vai ser feito, como forma de atenuar o resto, e ganhar pontos, dando aquela imagem de "eu consegui que isto não acontecesse".

O que me parece é que o Sócrates ganha vez sobe mais, o que me deixa triste, parece que os portugueses têm memória curta.
O PSD podia perfeitamente ganhar estas eleições, e com maioria absoluta. O problema são as vozes que se levantam dentro do partido, não havendo uma única voz, e uma linha de política geral. Nisso o PS, mesmo sem estarem todos do lado do Sócrates, conseguem fazer bem.
Mas também acho que, actualmente, o Sócrates ainda não vai à frente, mas por este caminho, não sei se não chegará lá...


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