Touradas

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Re: Touradas

Mensagempor aftermath » sexta out 15, 2010 9:38 am

Texto introdutório à petição em defesa das touradas por Francisco Moita Flores

Petição EM DEFESA DA FESTA BRAVA Para:TodosEM DEFESA DA FESTA BRAVA

Em Defesa da Festa Brava
Em Defesa da História, da Terra e dos Homens
Em Defesa dos Animais e da Natureza

Chamo-me Francisco Moita Flores. Sou escritor. Sou pai de três filhos, avô de três netos. E, neste momento da minha vida pessoal, por decisão do Povo de Santarém, sou Presidente de Câmara.
Nasci num monte alentejano entre Moura e Amareleja. Cresci repartido entre a cidade e o campo. Estudei na escola primária desse monte, depois numa vila, depois nas cidades do país, depois em cidades de outros países. Aprendi a vida convivendo com manadas de vacas, imensos rebanhos de ovelhas, cavalos, mulas, porcos, cabras, com o rio Ardila e tinha uma cadela que se chamava Maravilha. Durante 15 anos servi a Polícia Judiciária. Fui testemunha e actor do sofrimento mais pungente, de tragédias inimagináveis, de lágrimas feitas de tanta dor que não havia consolo. Conheci, vivi, convivi com o luto e a morte durante este tempo. Tempo demais para não sermos tocados por esse mundo invisível de dor e pranto. E este rasto de sofrimento e morte, de miséria e desespero, de violência e brutalidade em contraste com as memórias de outros tempos de menino converteu-me ao franciscanismo. S. Francisco, o irmão de todos os rios, irmãos de todos os pássaros, irmão do sol e da vida, irmão dos animais, das árvores, dos homens, das crianças, ensinou-me o caminho ético e moral para educar os meus filhos e amar os meus netos e a gente que em mim deposita confiança para governar.
Aprendi nos campos alentejanos a ser aficionado. Uma pulsão emotiva que não sabia explicar. O touro bravo, fera negra, símbolo da morte e do medo, olhava-nos arrogante e valente. Aprendi a admirá-lo. E descobri em Knossos, nos frescos deixados pela civilização cretense, que essa admiração era velha. Em Esparta e na civilização grega. Reencontrei-a em Roma e na civilização romana. Depois nos enormes frescos de Miguel Ângelo, nos poemas de Garcia Lorca, na pintura de Picasso, nas páginas de Hemingway e de tantos outros poetas, escritores, pintores, escultores que percebi que o irmão touro bravo integrava o psicodrama essencial do Homem. A sua inquietude perante a morte e a necessidade de a vencer para aspirar à imortalidade. Numa arena, em cada combate, vence a vida ou vence a morte. Não há meio termo. Esta dimensão trágica do simbólico enredo taurino está presente em todas as manifestações populares, nomeadamente, nas largadas, que arrebatam milhões de entusiastas que procuram apostar a vida, nem que seja numa corrida medrosa com o touro a quinhentos metros de distância. E o ritual cumpre-se pelo exorcismo da negação evitabilidade finitude.
O crescimento das cidades, e das culturas urbanas, produziu novos mitos. Novas falas, como lhe chama Roland Barthes. Produziu novos ritos sociabilitários, novos discursos simbólicos, novos afectos e importantes discursos sobre o mundo e os nossos destinos colectivos. Representou grandes ganhos revolucionários, culturais e civilizacionais e bem se pode dizer que, hoje, o mundo é comandado pelas cidades. Porém, também desvarios, radicalismos, intolerância e a irrupção de um pensamento que destrói a memória, que expropria e marginaliza os ritos, os mitos, os valores, os símbolos que durante séculos consolidaram Portugal, lhe deram identidade e o afirmaram como Língua, como Povo, como Pátria, como Território. As culturas urbanas radicais desprezaram os campos e desprezam os seus costumes, gostos, atitudes psico-afectivas. Consideram-nos ganga, ruído, ‘pimba', decadência face ao brilho multicolorido das cidades. Como disse a grande poetisa Sophia de Mello Breyner, são pessoas sensíveis que detestam ver matar galinhas, mas adoram canja de galinha! Culturas, ou microculturas radicais que surpreendidos pela devastação que provocaram, desertificando os campos, envelhecendo-os, matando-os, matando a agricultura, as aldeias, as vilas, a vida da pastorícia, das florestas - tudo submetido à ordem e aos valores da cidade - descobriram que valia a pena lutar por adereços. Não pelos campos ou pela multiplicação dos animais como estratégia de recuperação do mundo agrícola, muito menos por respeito pelos homens que desprezam e tratam como meros servos, mas para apaziguar consciências consumistas que na irracionalidade do consumismo despedaçaram qualquer outro valor, ideia, ou respeito pelos outros, seja pelos Homens, seja pela Natureza, seja pelos Animais.
Os diferentes nichos que surgem pelo país, em defesa do lince, em defesa do lobo, em defesa da água, contra a festa brava, na maior parte dos casos apenas olha a árvore e recusa-se a ver a floresta. São, na sua maioria, contra qualquer vínculo que afirme o respeito pelos Direitos do Homem casados e em sintonia com os Direitos da Terra. Não quero, nem é possível discutir os argumentos contra a Festa Brava. São do território da fé e jamais chegaríamos ao fim. Não é possível argumentar contra visões fundamentalistas, transformadas em beatério de confrades laicos. Que gozam as graças de meios de comunicação que adoram ruído e conflito e acreditam piamente nas verdades gritadas por aguerridos beatos, quais velhas inquisidoras. Na verdade, limpando a hipocrisia, a nenhum interessa os direitos dos animais, nem os direitos dos homens. Gritam o folclore politicamente correcto e giro! E fazem abaixo assinados, procurando destruir sem compreender, protestar quando a verdadeira essência do seu protesto são as suas próprias consciências. Nem é o sofrimento do animal, como eles dizem, que os move. Pois se o fosse, estariam aos gritos em todos os locais em que se ‘fabricam' com hormonas, frangos, vacas, ovelhas para alimentar a cidade. Estariam às portas dos grandes matadouros escutando os urros de milhares de animais que adivinham o cheiro da morte. Estariam nas barricadas contra as guerras que matam homens e crianças, na linha da frente da luta pelo renascimento do campo e das culturas rurais, na linha da frente contra a violência doméstica. Não! Nada disto. Apenas contra a pretensa violência contra os touros bravos. Nem pelo outro argumento comodista e repetido de que não são contra o abate dos animais mas sim contra o espectáculo que, no caso português, nem os abate. Maior hipocrisia não existe. Nem paciência para discutir a fé de angustiados.
Cheguei à idade onde já não há paciência para ser insultado por uma horda de analfabetos. Embora respeite os seus gritos, pois creio nesta terra da liberdade sem excepção de ninguém. Até daqueles que assiste o direito ao disparate. Cheguei á idade da tolerância mas também ao tempo onde, mais do que nunca, acredito que só é possível salvar os Direitos do Homem se com eles salvarmos os Direitos da Terra. É a minha crença profunda. E sei que o combate passa por afirmar a defesa dos símbolos, dos valores, dos ritos, das cargas simbólicas que consolidaram a nossa secular matriz identitária. E esse combate feito de muitas frentes de luta, tem numa delas os ‘talibãs' que em nome dos direitos dos animais procuram destruir os animais, a economia que os sustenta e os animais sustentam, além da cultura a eles imanentes. Por isso mesmo decidi lançar este abaixo assinado que vos envio. Já que a moda é o abaixo assinado, assinemos. Em defesa da Festa Brava, em defesa da Festa, em defesa dos valores da Terra, da Vida e dos ritos exorcizadores da Morte, em defesa dos animais, dos touros, dos cavalos, dos pastores e dos campinos, da economia agrícola e animal associada à Festa e ao espectáculo, em nome do progresso com Memória, em nome do desenvolvimento sem perder o sentido da História.
Proponho-vos chegarmos a CEM MIL assinaturas até Julho de 2011. CEM MIL! Convido-vos a todos. Aos meus irmãos homens, às minhas irmãs mulheres, que afirmem por este abaixo assinado fora, este combate pela cidadania e pelos direitos da Terra para que ninguém se amedronte perante a gritaria histérica de alguns. Convido-vos com a serenidade da razão a subscrever este abaixo assinado e definitivamente mostrar ao país que não nos submetemos à ditadura do ‘hamburger' urbano e que somos muitos, disponíveis para lutar, resistir e assumir Portugal na sua unidade complexa e diversa. Sem intolerância, em nome da Liberdade, mas também em nome dos direitos naturais sagrados que nos tornaram portugueses, filhos de Portugal, netos de almocreves, cavaleiros, campinos, guardadores de rebanhos, de escritores e de poetas, de guerreiros e camponeses, nascidos do mesmo ventre de terra à qual um dia regressaremos.



Santarém, 25 de Agosto de 2010
Francisco Moita Flores
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Re: Touradas

Mensagempor Vooder [RIP 2011/01/03] » sexta out 15, 2010 9:47 am

Li na diagonal, e estou convencido...not

Mas fiquei a saber onde nasceu e que é pai e avô.
Mas disse alguma coisa que fudamentasse a sua opinião? Não creio.

Como ele muito bem diz, para os defensores das touradas é tudo uma questão de fé, porque ao contrário dos anti-touradas, não mostram argumentos práticos, científicos, wte nenhuns. Basta ver o baile que levam de cada vez que há debates públicos.

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Re: Touradas

Mensagempor aftermath » sexta out 15, 2010 10:29 am

Vooder Escreveu:Li na diagonal, e estou convencido...not

Mas fiquei a saber onde nasceu e que é pai e avô.
Mas disse alguma coisa que fudamentasse a sua opinião? Não creio.

Como ele muito bem diz, para os defensores das touradas é tudo uma questão de fé, porque ao contrário dos anti-touradas, não mostram argumentos práticos, científicos, wte nenhuns. Basta ver o baile que levam de cada vez que há debates públicos.


"O crescimento das cidades, e das culturas urbanas, produziu novos mitos. Novas falas, como lhe chama Roland Barthes. Produziu novos ritos sociabilitários, novos discursos simbólicos, novos afectos e importantes discursos sobre o mundo e os nossos destinos colectivos. Representou grandes ganhos revolucionários, culturais e civilizacionais e bem se pode dizer que, hoje, o mundo é comandado pelas cidades. Porém, também desvarios, radicalismos, intolerância e a irrupção de um pensamento que destrói a memória, que expropria e marginaliza os ritos, os mitos, os valores, os símbolos que durante séculos consolidaram Portugal, lhe deram identidade e o afirmaram como Língua, como Povo, como Pátria, como Território. As culturas urbanas radicais desprezaram os campos e desprezam os seus costumes, gostos, atitudes psico-afectivas. Consideram-nos ganga, ruído, ‘pimba', decadência face ao brilho multicolorido das cidades."

Este é o excerto que me interessa e com o qual concordo absolutamente. Não posso aceitar que meninos urbanos que nunca viram uma galinha julguem comportamentos e vivências aos quais são totalmente alheios.

De resto, não vejo razões pra defender a tortura de animais. O que me choca é a desertificação do interior, o abandono do mundo rural, o fosso entre cidades "iluminadas" e mundo rural "patego e rude".
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Vooder [RIP 2011/01/03]

Re: Touradas

Mensagempor Vooder [RIP 2011/01/03] » sexta out 15, 2010 10:34 am

aftermath Escreveu:
Vooder Escreveu:Li na diagonal, e estou convencido...not

Mas fiquei a saber onde nasceu e que é pai e avô.
Mas disse alguma coisa que fudamentasse a sua opinião? Não creio.

Como ele muito bem diz, para os defensores das touradas é tudo uma questão de fé, porque ao contrário dos anti-touradas, não mostram argumentos práticos, científicos, wte nenhuns. Basta ver o baile que levam de cada vez que há debates públicos.


"O crescimento das cidades, e das culturas urbanas, produziu novos mitos. Novas falas, como lhe chama Roland Barthes. Produziu novos ritos sociabilitários, novos discursos simbólicos, novos afectos e importantes discursos sobre o mundo e os nossos destinos colectivos. Representou grandes ganhos revolucionários, culturais e civilizacionais e bem se pode dizer que, hoje, o mundo é comandado pelas cidades. Porém, também desvarios, radicalismos, intolerância e a irrupção de um pensamento que destrói a memória, que expropria e marginaliza os ritos, os mitos, os valores, os símbolos que durante séculos consolidaram Portugal, lhe deram identidade e o afirmaram como Língua, como Povo, como Pátria, como Território. As culturas urbanas radicais desprezaram os campos e desprezam os seus costumes, gostos, atitudes psico-afectivas. Consideram-nos ganga, ruído, ‘pimba', decadência face ao brilho multicolorido das cidades."

Este é o excerto que me interessa e com o qual concordo absolutamente. Não posso aceitar que meninos urbanos que nunca viram uma galinha julguem comportamentos e vivências aos quais são totalmente alheios.

De resto, não vejo razões pra defender a tortura de animais. O que me choca é a desertificação do interior, o abandono do mundo rural, o fosso entre cidades "iluminadas" e mundo rural "patego e rude".

Sim, mas isso não justifica a fé dele.
Eu conheço bem os dois ambientes (se é que se pode chamar de urbano às cidades portuguesas), e sei, ou penso que sei diferenciar as coisas.

O Moita Flores que vá para presidente da Câmara de Moura então.

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SamuraiRui
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Re: Touradas

Mensagempor SamuraiRui » sexta out 15, 2010 11:12 am

Antes de mais, quero deixar bem claro que a minha posição em relação à tourada é igual à de 99% deste fórum:

- Tradições vão e vêm de acordo com a forma como a sociedade evolui

- Se acabar com a tourada extingue o toiro, ou o metam em reservas financiadas pelo estado, como ja foi dito. O problema aqui é que o ser humano é demasiado egoísta para fazer investimentos que não tenham um retorno tão elevado como a tourada. A tourada rende mais, logo é melhor... as vezes só o facto de haver dinheiro, só por si mete-me nojo.

- Toureiro que leva cornadas não me da prazer mas também não me dá pena. Se ele sabe que são riscos que corre, e tendo em conta que la está com uma tremenda vantagem, o problema é só dele se a coisa correr mal para o seu lado.

- As pegas são de valor e são o único aspecto da tourada que eu aceito (tirando o facto do toiro estar exausto e com 700 mil farpas espetadas no lombo)

Agora não posso deixar de constatar aqui que ha certos argumentos por parte das organizações de defesa dos animais são, além de falsos, ridículos e só com o propósito de chocar e angariar novos "membros da causa" mais facilmente. Epa a sério... cortar as cordas vocais aos cavalos?? Vaselina nos olhos do touro??

O meu pai é adepto de tourada (infelizmente, e já tivemos discussões de meia noite por isso) e já vi algumas touradas com ele (mais para lhe dar na cabeça do que outra coisa mas enfim), porque acredito que para argumentar-mos contra um conceito, devemos conhecer esse conceito o melhor possível. E... quantas vezes não eu eu esses supostos cavalos sem cordas vocais a relinchar? Conheço pessoal que é dono de ganadarias, até ja visitei algumas e isso da vaselina pros olhos é mentira! Eu próprio já consultei N fórums de taoromaquia a procura de provas que isso é verdade e só encontro argumentos desses vindos dos belos dos defensores dos animais. Agora vão-me dizer que todos os outros membros desses fórums estão a omitir a verdade? Pfv... até acredito que alguns o façam, mas TODOS...?

Agora já se acredita em tudo o que se lê na internet? Concordo a 100% com aqueles de nós que são contra a tourada, epa mas abram os olhos e não acreditem em qualquer argumento que supostamente favorece a vossa posição!
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Re: Touradas

Mensagempor aftermath » sexta out 15, 2010 11:23 am

Com isto quero dizer, e já aqui o escrevi antes, que não me surpreende a ligação que os jovens do interior alentejano sentem pela tourada, pois não têm mesmo mais nada e ainda por cima se sentem julgados, ostracizados e apelidados de bárbaros e criminosos.
Como neto e filho de aficionados - até aos 15 anos fui a várias touradas - compreendo o que leva toda essa gente a apreciar o "espectáculo", por vezes de maneira completamente fanática, não muito diferente do fanatismo demonstrado pela Associação Animal e outras semelhantes.

O Moita Flores não tem hipoteses, pelo menos por agora, em Moura, aliás, esta visibilidade toda é exactamente por estar no municipio de Santarém e aparecer muito na televisão.
Câmara Municipal de Estremoz também vai reabilitar a praça de touros, obras com orçamento de 2,5 milhões de euros. Enquanto outros municipios proibem a "festa brava", ou seja, as diferentes facções estão a extremar-se. Não me parece que nada de bom venha a emergir disto.
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Re: Touradas

Mensagempor Cthulhu_Dawn » sexta out 15, 2010 11:33 am

Portanto, é uma petição para a "defesa da Festa Brava" mas é suposto levar a alguma coisa, ou é só mesmo para mostrar que os aficionados também sabem fazer petições?
Por acaso tinha ouvido falar que o homem tinha feito qualquer coisa, mas pensei que estivesse ligada a alguma ideia para Santarém em si, reabilitar a Praça de Touros e os antigos terrenos da feira agrícola ou assim.
Mas pelos vistos é só um texto (demasiado lírico para o meu gosto) mas que não lhe percebo grande propósito, confesso.

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Re: Touradas

Mensagempor aftermath » sexta out 15, 2010 11:57 am

Cthulhu_Dawn Escreveu:Portanto, é uma petição para a "defesa da Festa Brava" mas é suposto levar a alguma coisa, ou é só mesmo para mostrar que os aficionados também sabem fazer petições?
Por acaso tinha ouvido falar que o homem tinha feito qualquer coisa, mas pensei que estivesse ligada a alguma ideia para Santarém em si, reabilitar a Praça de Touros e os antigos terrenos da feira agrícola ou assim.
Mas pelos vistos é só um texto (demasiado lírico para o meu gosto) mas que não lhe percebo grande propósito, confesso.


Sim, basicamente é isso! Acho que é reagir prontamente, uma vez que se sentem acusados pelo cada vez maior número de municipios a proibir as touradas, e desta maneira pretendem, presumo, demonstrar a sua força através dos números.
Mas ainda hei-de ver o dia em que irão sair à rua. Isso sim era bonito, forcados, os "clãs" dos toureiros (que são uma dúzia de familias) e as "burdaleras" (raça esta que tem vários nomes, normalmente são as betas loiras/oxigenadas rurais carregadas de verde/castanho caça, botas de cano alto cardadas, fivelas, brincos, malas com ferraduras e cavalinhos cujo sonho é serem as próximas a darem umas voltas com os valentes da arena), tudo a desfilar rua abaixo em nome da tradição.

http://www.peticaopublica.com/PeticaoVe ... P2010N2951
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Re: Touradas

Mensagempor SamuraiRui » sexta out 15, 2010 12:26 pm

Vamos masé fazer como na noruega nos anos 90 mas em vez de ser com igrejas fazemo-lo com praças de toiros!! :metal:
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Re: Touradas

Mensagempor Last Light » domingo out 17, 2010 4:34 pm

Eu cortia bué que reeditassem as tradições de Nero.

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Re: Touradas

Mensagempor Vooder [RIP 2011/01/03] » domingo out 17, 2010 5:05 pm

Nero :metal:

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Re: Touradas

Mensagempor Cyberquake » domingo out 17, 2010 5:57 pm

Vooder Escreveu:Nero :metal:

Prefiro o Roxio.

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Re: Touradas

Mensagempor spiegelman » segunda out 18, 2010 1:53 pm

SamuraiRui Escreveu:Vamos masé fazer como na noruega nos anos 90 mas em vez de ser com igrejas fazemo-lo com praças de toiros!! :metal:


I dare you to! E em paralelo cria-se uma çena de Black Metal vegetariano :mrgreen:
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Re: Touradas

Mensagempor otnemeM » terça out 19, 2010 9:00 am

Essa carta já foi tão respondida e ridicularizada que até dá pena.

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Re: Touradas

Mensagempor napenum6ra » terça out 26, 2010 4:07 pm

Não há nenhuma tradição que justifique a violência gratuita.
Será que os aficionados também defendem a violência doméstica enquanto tradição milenar.


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