

Após uma breve discussão com o Under no tópico de Death Metal Sueco (sim, eu sei, nada a ver), lembrei-me de vir ver se já havia algum tópico específico sobre estes americanos, tocadores de melodic death metal, embora frequentemente denominados de metalcore, algo que porventura faria algum sentido no segundo álbum So Sedated, So Secure, mas que após o fantástico Hidden hands of a Sadist Nation tornou-se numa enorme falácia.

Formados em 1995, estes americanos começaram de maneira modesta com The Mark of the Judas em 2000, que por acaso já demonstrava uma clara propensão para os ganchos e riffs melódicos de origem sueca. É um álbum agradável embora nada de especial, talvez devido à produção fraquinha com que se faz acompanhar, todavia demonstra logo à partida um enorme potencial para criação de melodias épicas.

De seguida veio o que pessoalmente considero ser o pior álbum da carreira deles. De início comecei por gostar deste So Sedated, So Secure e ainda o ouvi umas quantas vezes, mas passado algum tenho desenvolvi um estranho ódio a ele e de momento a única faixa que sou capaz de ouvir é mesmo a An Epitaph.

Hidden Hands of a Sadist Nation é o que se pode considerar um verdadeiro hino aos At the Gates, In Flames (old), Dark Tranquillity, Ceremonial Oath e todas essas bandas que deram origem ao melodic death metal. É também o segundo melhor álbum dos DH, que decidiram gravá-lo na Suécia penso eu e logo na faixa inicial contam com a ajuda do famoso Thomas Lindberg, vocalista dos At the Gates. Penso que não há pontos baixos neste álbum sendo constituído todo por boas faixas, desde a agressiva música de abertura The Sadist Nation, passando pela épica Acessible Losses, atravessando o puro worship de ATG em The Patriot Virus (aquele riff inicial diz tudo) e culminando com a majestosa, gloriosa, quasi-perfeita intrumental de nome Aquetis Vertunis.

Este é "O álbum" dos DH, o momento mais alto da sua carreia, o seu pico de forma, onde houve uma maior variedade de ideias, uma capacidade de composição mais aguçada e um nível estrutural mais coeso de sempre. Em Undoing Ruin os magníficos solos que já nos tinham habituado aqui têm um power ainda mais pujante, os riffs estão mais precisos e cortantes do que nunca, o baixo está perfeitamente audível e preponderante, assim como o trabalho de bateria que em algumas alturas roça o insano, tudo aqui é excelso e bem construído. Uma pérola de melodic death metal americano com influências suecas.

Deliver Us foi para mim uma enorme desilusão, visto estar com uma enorme expectativa após ter digerido, semanas após semanas o magnífico Undoing Ruin. A única coisa que se salva aqui é talvez a faixa inicial e a final (esta última conta com um solo bastante bom) e porventura o artwork a cargo do homem que tratou do último álbum dos Pig Destroyer e dos álbuns de Baroness, entre outras bandas. Vamos a ver o que é que os DH têm preparado para 2009.
Quem não conhecer, que oiça no MySpace:
http://www.myspace.com/darkesthour