Literatura

Critica, comenta e divulga tudo: álbuns, livros, filmes
Regras do Fórum
Novas Regras em vigor!
Os tópicos que não respeitarem as Regras desta secção serão removidos!

Passa a ser obrigatório o seguinte formato do título dos tópicos: Nome da banda (sem Caps Lock!) - "Título do trabalho" [formato, caso não seja o comum álbum] (data, caso seja relevante)
Restantes críticas:
Categoria (ex: Cinema, Literatura) - "Título da obra" (data, caso seja relevante)
Avatar do Utilizador
Old_Skull
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 3131
Registado: quinta nov 08, 2007 9:35 pm
Localização: Viseu

Re: Literatura

Mensagempor Old_Skull » segunda fev 02, 2009 8:08 pm

Orwell é de confiança...

Depois de acabares o 1984, aconselho "Animal Farm"... depois destes, se não agarrares a Orwell não podes ser boa pessoa!

Avatar do Utilizador
diabox
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 8208
Registado: quinta abr 06, 2006 10:02 am
Localização: Mafra

Re: Literatura

Mensagempor diabox » segunda fev 02, 2009 8:12 pm

'a quinta dos animais' uiui...

estudei.a na Uni, para uma oral de ingles...
"where would we be without black sabbath?" justin E.W. MAD FER IT! dowhatthouwiltshallbethewholeofthelaw

http://www.myspace.com/paranoyadesign http://www.paranoyadesign.deviantart.com

repressão política... só para alguns...

Avatar do Utilizador
Almah Perditae
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 1024
Registado: sexta mai 02, 2008 5:02 pm
Contacto:

Re: Literatura

Mensagempor Almah Perditae » terça fev 03, 2009 7:17 am

Eu ainda não acabei, mas... falta pouco e já ando em pulgas para falar disso há que tempos... recomendaram-me um escritor chamado Mircea Cartarescu que é simplesmente fantástico. o livro chama-se "Nostalgia" e salvo erro não existe tradução em português, comprei a versão inglesa e só posso dizer COMPREM!!!! O livro é teoricamente um romance, mas está estruturado enquanto 5 contos, sem nenhuma ligação entre eles (o escritor diz que há), mas a ligação acaba por ser relativamente irrelevante, cada conto é por si só uma pequena obra de arte. Não me perguntem porque, mas a mim deu-me um vipe e comecei pelo fim, li primeiro o ultimo conto, e a faltar-me acabar apenas o 4º só posso dizer, quem gosta de José luis peixoto prepare-se, isto é mil vezes melhor!!!! Aquele ultimo conto (O Arquitecto) é apenas e só das coisas mais loucas que já li. nem tenho coragem nem sequer de aflorar sobre o que é, porque é algo completamente além do transcendente. Sério, se gostam do José Luis Peixoto, nem hesitem, isto vai simplesmente arrebentar toda a escala :)

Imagem
Imagem

Avatar do Utilizador
Le Point Noir
Metálico(a) Supremo(a)
Mensagens: 828
Registado: sábado abr 28, 2007 2:11 pm
Localização: alfragide ou pataias
Contacto:

Re: Literatura

Mensagempor Le Point Noir » terça fev 03, 2009 8:58 am

se é assim tão bom vê se chateias a Cavalo de Ferro a ver se traduzem.. :P
Oui oui la baguette

Fallen Abaddon [RIP]

Re: Literatura

Mensagempor Fallen Abaddon [RIP] » terça fev 03, 2009 12:14 pm

The Birth Of Venus by Sarah Dunant
Imagem
Spoiler: Mostrar
Sarah Dunant plunders the past with exquisite detail, sorting through the fifteenth century for the finest jewels of nuance and intricacy. She inhabits the blooming young Alessandra Cecchi with the enthusiasm found in the yet untested, when innocence is flawless and the serpent sill sleeping in the garden. But such purity of heart is fleeting in pre-Savonarola Florence, where curiosity thrives.

The city is ripe with its own beauty in the worship of God as painters enjoy a period of artistic freedom that serves to stimulate genius; paintings and frescoes adorn ceilings, walls and villas. The world of Florence is alight with creation. It is a difficult time to be an intelligent, vibrant young woman stimulated by the lush art and the luxury of the Medici court.

Certainly Alessandra cherishes her own dreams of becoming an artist, especially when her father, a wealthy cloth merchant, brings a young painter into the household to paint the family chapel. Fascinated, Alessandra is drawn to the mysterious painter, her romantic fantasies mixed with the intoxicating smell of paint. But Alessandra is restricted by family obligation, born to honor whatever marriage her father arranges, adding to the family position in the city. Whatever her dreams, they must remain secret.

The death of Lorenzo de’ Medici portends the meteoric rise of the monk Savonarola, a man contemptuous of the corruption he sees in Florence and determined to wrest Satan from the corrupt heart of the city. The Church is clothed in dichotomy, long wallowing in excess, suddenly thrown into turmoil by the monk’s intimate visions of hell. Concupiscence and luxury have long defined the faithful, now humbled and fearful of the ranting of an ascetic whose power spreads like a cancer throughout the city. But the devil is in the details: with the advent of the Inquisition, no stone is left unturned, exposing fornication and lust to the ultimate wrath of God’s judgment, decrying “the power of art to undermine the purity of faith.”

In response to such rapidly changing circumstances, Alessandra marries an older man, as much for his sake as for her own, as the city turns upon itself, searching out sinners, fornicators and sodomites. Her husband allows the freedom she desires, although her beloved city has shriveled into a bland shadow of its former self.

Savonarola transforms the intellectual and artistic grandeur of Florence into The New Jerusalem, where women are subservient to their husbands, defiled by their very nature with the decadence of Eve. As the face of Florence is changed from beauty to self-effacing dullness, the Borgia Pope excels in flaunting excess, and the two men of God prepare for a struggle of Biblical proportions. The now-pious Florentines are caught in the middle, struck by drought in their fields, the “French disease” and a recurrence of the Plague, tested on all sides. The monk arranges for a “Bonfire of the Vanities,” a paean to the Lord’s mercy and an opportunity for the greedy to divest themselves of their ostentatious goods. The gauntlet is thrown before the Pope, although the monk’s monumental hubris has begun to erode his power over a captive audience, one that has grown weary of trials, torture and sacrifice.

It is left to Alessandra to search her soul and determine the course of her life. Marriage has awakened her to reality as her childish world disappears along with its foolish pretensions, replaced by the yearnings of a woman with the soul of an artist. In these tumultuous times, this extraordinary young woman discovers the true meaning of love, the nature of seduction and the pursuit of the spiritual life. Alessandra lives in a world within a world, one where her secrets are protected. Alessandra is privy to the erotic world of womanhood, where she keeps her own counsel, nourished by her inner life, a true child of the Florence of the Medici’s.

Whatever liberties lie within this tale are pure Dunant, for this is an author whose imagination has no use for convention or predictability. Indeed, it is the exuberant joy of such imagination that paints page after page with a great visual and emotional feast, “a single voice lost in a chorus of others.”


Um dos melhores livros que li até hoje. Cheio de pormenores; um livro de época, com arte, religião, justiça popular,... Mas leiam o spoiler, melhor não podia fazer. :D

Avatar do Utilizador
Cthulhu_Dawn
Moderador
Mensagens: 2427
Registado: sábado set 22, 2007 10:39 pm
Localização: Londres, Reino Unido

Re: Literatura

Mensagempor Cthulhu_Dawn » terça fev 03, 2009 2:39 pm

Consegui finalmente abstrair-me um pouco da "literatura académica"... :roll:
Estou a ler A Estrada, de Cormac Mccarthy.
Embora num registo diferente e sem vampiros, lembra o Eu Sou a Lenda de Richard Matheson, nomeadamente por se passar num cenário pós-apocalíptico (é isso e o Fallout :lol: ).
A história resume-se às duas personagens (pai e filho) a vaguearem pelo interior dos EUA completamente devastados, tentando sobreviver e chegar a paragens menos inóspitas.
Ofereceram-me a tradução e não sei como é no original, mas é um livro com diálogos muito bem construídos, um bocado pesado e introspectivo, mas até agora uma leitura muio interessante.

Avatar do Utilizador
pinkmetal
Participante Inspirado(a)
Mensagens: 80
Registado: segunda nov 03, 2008 2:41 pm

Re: Literatura

Mensagempor pinkmetal » terça fev 03, 2009 6:30 pm

Old_Skull Escreveu:Orwell é de confiança...

Depois de acabares o 1984, aconselho "Animal Farm"... depois destes, se não agarrares a Orwell não podes ser boa pessoa!


OK!!! Podes ter a certeza que vou ler,estou espantada com o 1984 portanto vou devorar tudo de Orwell... :D

Avatar do Utilizador
Almah Perditae
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 1024
Registado: sexta mai 02, 2008 5:02 pm
Contacto:

Re: Literatura

Mensagempor Almah Perditae » quarta fev 04, 2009 6:41 am

Le Point Noir Escreveu:se é assim tão bom vê se chateias a Cavalo de Ferro a ver se traduzem.. :P


É assim tão bom é... Já me lembrei até de traduzir eu mesmo :D deve é dar uma trabalheira desgraçada, mas... Hum... Vou mandar um mail a esses gajos a ver se me pagam para o traduzir :D
Imagem

Vooder [RIP 2011/01/03]

Re: Literatura

Mensagempor Vooder [RIP 2011/01/03] » quarta fev 04, 2009 10:23 am

Imagem
"A Fabricação da Informação" de Florece Aubenas e Miguel Benasayag:::
propõe uma abordagem crítica da maneira como os media concebem e tratam a informação.
Interessante, especialmentre se relacionar-mos com a actualidade. Dá que pensar...

Avatar do Utilizador
Sethlad
Moderador
Mensagens: 773
Registado: segunda mai 12, 2008 5:26 pm
Localização: Montvevideo, Uruguay
Contacto:

Re: Literatura

Mensagempor Sethlad » quarta fev 04, 2009 12:52 pm

Eu estou com 2 leituras simultâneas bastante distintas:

Eduardo Galeano - Patas arriba: la escuela del mundo al revés
Imagem

Típico Galeano, para quem conhece este autor Uruguaio. Um homem obcecado com a História e as suas "causas de estimação", a queixar-se non-stop sobre o estado mundo actual e da sociedade capitalista contemporânea durante mais ou menos 300 páginas.

Este livro está-me a cansar um bocado, mas adorei o último livro dele: Espejos - Una Historia casi Universal.

e

The Pythons Autobiography by The Pythons
Imagem

Monty Python = Genial

Avatar do Utilizador
Cthulhu_Dawn
Moderador
Mensagens: 2427
Registado: sábado set 22, 2007 10:39 pm
Localização: Londres, Reino Unido

Re: Literatura

Mensagempor Cthulhu_Dawn » quarta fev 04, 2009 1:28 pm


The Pythons Autobiography by The Pythons
Imagem

Monty Python = Genial


Podes dar alguns pormenores acerca deste último? :) Já várias vezes pensei em comprar, mas acabei sempre por adiar...Vale mesmo a pena, então?

Avatar do Utilizador
korpus
Metálico(a) Supremo(a)
Mensagens: 520
Registado: segunda dez 15, 2008 7:11 pm
Contacto:

Re: Literatura

Mensagempor korpus » quarta fev 04, 2009 2:28 pm

Vou começar "Berlim vida ou morte" do ex soldado Miguel Ezquerra...........confissões de um voluntário espanhol na defesa do bunker de Adolf Hitler.

mais um bom livro de como foi tudo....escrito por quem viveu os factos :twisted:

Avatar do Utilizador
Le Point Noir
Metálico(a) Supremo(a)
Mensagens: 828
Registado: sábado abr 28, 2007 2:11 pm
Localização: alfragide ou pataias
Contacto:

Re: Literatura

Mensagempor Le Point Noir » quarta fev 04, 2009 3:16 pm

Almah Perditae Escreveu:
Le Point Noir Escreveu:se é assim tão bom vê se chateias a Cavalo de Ferro a ver se traduzem.. :P


É assim tão bom é... Já me lembrei até de traduzir eu mesmo :D deve é dar uma trabalheira desgraçada, mas... Hum... Vou mandar um mail a esses gajos a ver se me pagam para o traduzir :D


só se o traduzires do original :lol:
Oui oui la baguette

Karamazov [RIP 2012/07/27]

Re: Literatura

Mensagempor Karamazov [RIP 2012/07/27] » quarta fev 04, 2009 3:38 pm

Hoje acabei de ler o livro de Van Gogh.

Engraçado que grande parte das suas obras primas como Noite Estrelada e aqueles quadros lindíssimos com ciprestes a elevarem-se no céu, banhados por brilhantes searas de trigo, são todos resultados de uma fase altamente conturbada da vida dele. Após a depressão/desilusão resultante da vivência com Gauguin, Van Gogh passou a ter pontualmente ataques epilépticos com alucinações à mistura e podiam aparecer do nada e prolongavam-se por tempo indeterminado, sendo precedidos de sonolência e seguidos por apatia. Além disso a vivência com outras pessoas que "não jogavam com o baralho todo" transmitia-lhe uma certa tristeza, adicionando o facto de se ter sentido excluído pela sociedade (que se uniu para um abaixo-assinado exigindo que Van Gogh fosse internado, após o famoso incidente com a orelha). No entanto o mais impressionante é o facto de quadros dessa altura terem sido todos pintados sem interrupções, pois os ataques pareciam virem em alturas em que não interrompessem o trabalho do génio, para além de que os próprios quadros davam a impressão de uma intensidade exaltada, como se Van Gogh fosse possuído por uma fúria criadora para recuperar o tempo perdido com ataques. Foi aí que atingiu um certo grau de semelhança com Monet extremamente interessante, pois decidiu passar a pintar a Natureza em todo o seu esplendor, completamente a céu aberto, relegando para segundo plano os seus fabulosos retratos e auto-retratos.

Este período não durou contudo muito tempo (1 ano) pois Van Gogh cedo se apercebeu que "se tratava de um falhado, tinha falhado na vida sob todos os aspectos". Motivado talvez pelos insucessos de todas as relações humanas que tentou obter (excepto talvez com Theo van Gogh, seu irmão, que desde sempre o sustentou economicamente, independentemente da sua situação), Vincent dirigiu-se por fim para o campo, numa bela tarde, ao crepúsculo e tentou suicidar-se com um tiro de revólver no peito, mas só viria a morrer passados dois dias.

As últimas palavras do livro são bastante boas e vou transpô-las para aqui:
"Ele queria sempre com a sua arte dar consolo - o consolo de que ele mesmo necessitaria, ele que dava ao mundo e à vida o seu amor - e do amor sempre ficou vazio. Sofreu neste mundo e nele se dilacerou - e criou com a sua arte um mundo próprio e novo, colorido e movimentado que contém tudo o que ele sabia da existência."

Karamazov [RIP 2012/07/27]

Re: Literatura

Mensagempor Karamazov [RIP 2012/07/27] » quarta fev 04, 2009 3:52 pm

Dos impressionistas só me falta mesmo ler sobre Toulouse-Lautrec mas ainda não consegui perceber o que há de especial na obra dele, sempre me pareceu uma espécie de ovelha negra impressionista, portanto nem tenho qualquer livro dele.

Agora tenho é de voltar à Áustria do início do século passado, com Egon Schiele. Já tinha lido sobre Gustav Klimt e gostado bastante do seu trabalho, embora não me lembre se tenha estabelecido alguma relação com o Shiele, sendo ambos austríacos e vivendo na mesma época, pelo menos seria de esperar... Ambos têm um estilo muito interessante de representar pessoas e corpos, mas muito diferentes à sua maneira. Schiele é o primeiro expressionista que vou descobrir, ainda não consegui também descobrir o porquê do expressionismo ser algo assim tão grandioso, vamos ver se isso muda agora.

Só para dar o exemplo vou mostrar dois quadros, primeiro de Schiele e outro de Klimt:

Imagem

Imagem


Voltar para “Críticas & Divulgação”

Quem está ligado:

Utilizadores neste fórum: Nenhum utilizador registado e 2 visitantes