"The Bronze Age" - Análises

Critica, comenta e divulga tudo: álbuns, livros, filmes
Regras do Fórum
Novas Regras em vigor!
Os tópicos que não respeitarem as Regras desta secção serão removidos!

Passa a ser obrigatório o seguinte formato do título dos tópicos: Nome da banda (sem Caps Lock!) - "Título do trabalho" [formato, caso não seja o comum álbum] (data, caso seja relevante)
Restantes críticas:
Categoria (ex: Cinema, Literatura) - "Título da obra" (data, caso seja relevante)
Avatar do Utilizador
[BR11]
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 2468
Registado: sexta set 19, 2008 10:03 pm
Localização: ->#0044<-
Contacto:

Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » domingo abr 22, 2012 10:24 pm

ANATHEMA - Weather Systems / 2012

Imagem

Uma das abordagens possíveis à carreira dos britânicos Anathema é ir percorrendo a sua discografia sentindo, a cada disco, um aprofundar na suavidade musical que a banda vai construindo. Embora sempre melódicos e com uma enorme vertente atmosférica, os temas viraram canções e alguma da agressividade e crispação iniciais perderam-se por completo. Entre «Eternity» e «A Fine Way to Exit» a electricidade flui de forma gradual numa direcção mais progressiva até que a interacção mais recente entre os irmãos Cavannah / Douglas, mantendo toda a melancolia em torno do projecto, injectou-lhe uma faceta bem mais ligeira do que seria desejável. Após um interregno enorme, o álbum «We're Here Because We're Here» trouxe-nos uns Anathema bem menos excitantes, não só pelo facto de teimarem em tocar o disco ao vivo na íntegra antes de nos oferecerem aquilo que realmente queríamos, mas porque realmente o álbum, embora muito bem composto e interessante, revela-se demasiado introspectivo, só nos tocando se para aí estivermos mesmo virados.
E com «Weather Systems» não vamos muito mais longe, pois este trabalho é praticamente uma extensão do anterior, o qual já não divergia assim tanto do «A Natural Disaster». Uma boa vantagem é que podem mostrar isto a toda a gente, ou utilizar como boa música ambiente. E pronto, é bonitinho...
Abr-12 [ 72 / 100 ]
other stuff

Avatar do Utilizador
Matusalem
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 2225
Registado: quarta fev 23, 2005 11:35 pm

Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor Matusalem » quarta abr 25, 2012 9:40 am

[BR11] Escreveu:ANATHEMA - Weather Systems / 2012

Imagem
............. E pronto, é bonitinho... [/i] Abr-12 [ 72 / 100 ]
other stuff


Por acaso tambem o achei bastante frouxo....

Avatar do Utilizador
[BR11]
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 2468
Registado: sexta set 19, 2008 10:03 pm
Localização: ->#0044<-
Contacto:

Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » quarta abr 25, 2012 6:00 pm

SAINT VITUS - Lillie: F-65 / 2012

Imagem

A decisão de realizar alguns espectáculos em 2003 foi o rastilho para fazer com que uma das mais clássicas e influentes bandas que há memória nos doomínios do som mais arrastado tenha voltado ao activo. Nem a morte de Armando Acosta, membro formador e desde sempre o homem por trás da secção rítmica dos Saint Vitus, agora superiormente substituído nas peles pelo experiente Henry Vasquez, refreou os ânimos ao trio composto por Mark Adams, Dave Chandler e pelo regressado e cada vez mais activo Scott "Wino" Weinrich.
18 anos após «Die Healing» e um quarto de século depois do grandioso «Born Too Late», um álbum que seria provavelmente gravado com o mesmo line-up não fosse o referido infortúnio, o retorno do quarteto da California não deixa de fazer todo o sentido, não só pela onda revivalista que nos assola actualmente mas, essencialmente, pelo facto deste novo trabalho evidenciar todas as características basilares do género em si. Embora com pouco mais de meia hora de duração, «Lillie: F-65» funciona não só como um valoroso anti-depressivo como engloba também uma série de riffs e passagens alucinógenas bebidas às influências nunca escondidas e autênticas pérolas retiradas ao próprio fundo de catálogo. Vai uma passa?
Abr-12 [ 83 / 100 ]
other stuff

Avatar do Utilizador
[BR11]
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 2468
Registado: sexta set 19, 2008 10:03 pm
Localização: ->#0044<-
Contacto:

Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » sexta mai 04, 2012 9:43 pm

VERTIGO STEPS - Surface/Light / 2012

Imagem

A maior virtude deste terceiro álbum da banda de Bruno A é o facto de nos possibilitar, finalmente, o acesso a toda a obra deste projecto num formato físico. A decisão de o terem feito via digital, até à data, levou-me no passado a ter efectuado a minha primeira e única compra de música on-line e, embora não me arrependa de todo, o resultado é sempre muito mais descartável e provisório.
Pela mão da cada vez mais influente Ethereal Sound Works, os Vertigo Steps mantém toda uma equipa ganhadora, não só ao nível das colaborações permanentes de músicos como Niko Mankinen, Daniel Cardoso, Stein R Sordal ou Sophie, como os elos aos tempos de Arcane Wisdom continuam perceptíveis. Em termos de composição, este registo torna-se mais directo mas ainda assim estratificado, repleto de boas canções que crescem em si mesmas, a cada nova audição. Deambulando entre territórios limítrofes ao Metal, vagueando entre atmosferas melódicas e algum peso controlado, «Surface/Light» transmite-nos serenidade e, acima de tudo, uma excelente musicalidade. Por todos os motivos a escolha só poderá recair sobre a edição especial que, além de incluir todos os trabalhos de VS num único pack, ainda nos oferece 3 belíssimos vídeos elaborados como promoção a cada um dos álbuns.
Mai-12 [ 86 / 100 ]
other stuff

Avatar do Utilizador
[BR11]
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 2468
Registado: sexta set 19, 2008 10:03 pm
Localização: ->#0044<-
Contacto:

Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » domingo mai 06, 2012 9:24 pm

OVERKILL - The Electric Age / 2012

Imagem

Injustamente arredados da luz emitida pelos holofotes dos Big Four, a par dos Testament, os Overkill são sem dúvida a banda mais activa de entre todas as que estiveram na génese do movimento Thrash americano. Enquanto o estilo esteve quase moribundo o grupo de New Jersey continuou a editar desenfreadamente trabalhos que foram, a espaços, tentando adaptar-se aos sinais dos tempos mas nunca perderam aquele cunho característico que os destacou dos demais. Com a ressurgimento em força do revivalismo Thrash e coincidindo com entrada na Nuclear Blast, o quinteto como que ganhou nova vida com «Ironbound» que, aos trinta anos de carreira, consegue ser um dos melhores registos duma extensa e recheada discografia.
Neste mais recente «The Electric Age» toda a qualidade e pujança do álbum anterior é aqui revisitada, num compêndio de violência e desenfreada devastação sonora. A produção encorpada, agora a cargo da própria banda, confere uma enorme potência e modernidade aos temas quase sempre a abrir, numa mescla do groove apresentado durante os mais recentes trabalhos e a costela Punk / Old School que nunca abandonaram. Um line-up perfeitamente estável e em grande forma, proporciona-nos um disco a todos os níveis esmagador, diverso e cheio de energia.
Mai-12 [ 88 / 100 ]
other stuff

Avatar do Utilizador
[BR11]
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 2468
Registado: sexta set 19, 2008 10:03 pm
Localização: ->#0044<-
Contacto:

Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » domingo mai 13, 2012 10:49 am

RUNNING WILD - Shadowmaker / 2012

Imagem

Pouco depois de ter anunciado o fim dos Running Wild, Rolf Kasparek tenta nova abordagem, coadjuvado pelo guitarrista Peter Jordan e um arsenal de maquinaria. Mesmo partindo do princípio que tudo não deve ter passado de uma decisão precipitada, o impacto inicial perante a capa do novo álbum não deixou de ser um mau presságio e as coisas não melhoraram com o tempo dedicado ao vídeo do "making of". Resultado, as expectativas moderadas como que foram abalroadas por um enorme galeão e, recordando os mais recentes registos que não deixaram grandes saudades, submergiram a pique. Entretanto os piores receios comprovaram-se passando à escuta de «Shadowmaker», ou talvez não...
Pronto a saltar da prancha para um mar infestado de tubarões, diluído numa produção ridícula, uma sessão rítmica programada e um tema, que de tão horrível se entranha nas nossas veias para sempre, até conseguimos roubar a este disco malhas com potencial e, caso lhes fosse proporcionado um outro tratamento, capazes de integrar o vastíssimo espólio do tesouro há muito perdido na ilha do Jolly Roger. A orientação mais Hard Rock, um som demasiado flat e a falta de vigor vocal são compensados por algumas boas linhas de guitarra e uma ou outra pérola mais polida que proporcionam a este retorno um pouco da chama dos velhos flibusteiros.
Mai-12 [ 74 / 100 ]
other stuff

Avatar do Utilizador
[BR11]
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 2468
Registado: sexta set 19, 2008 10:03 pm
Localização: ->#0044<-
Contacto:

Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » sábado mai 19, 2012 10:11 pm

MOONSPELL - Alpha Noir / Omega White / 2012

Imagem

Quatro anos entre discos de estúdio não é um tempo normal olhando para o que os Moonspell fizeram nos últimos 20, mas se analisarmos esta nova entrega como contendo dois registos distintos, estatisticamente esse interregno reduz-se para metade. E é assim que devemos abordar esta obra, uma vez que seria injusto para com «Omega White» considerá-lo apenas um bónus ao álbum principal.
Numa toada agressiva, onde Fernando Ribeiro adopta predominantemente uma postura gutural e toda a banda o acompanha num desempenho mais pesado e menos complexo, «Alpha Noir» contém 9 temas simples e directos, algo que os Moonspell já não faziam há algum tempo. A portugalidade continua bem presente em malhas como «Em Nome do Medo», na qual atingem o ponto mais alto desta dupla oferta. Relativamente ao lado mais acessível, experimental e melódico, a faceta que foi sempre a menos interessante do quinteto, perdem-se no habitual turbilhão de trejeitos góticos e manifestos de alguma pseudo-intelectualidade que os torna algo prepotentes e, ao mesmo tempo, maçadores.
Esteticamente superior, o regresso dos Moonspell oferece-nos música para todos os gostos, num processo variado e para marcar presença.
Mai-12 [ 83-74 / 100 ]
other stuff

Avatar do Utilizador
[BR11]
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 2468
Registado: sexta set 19, 2008 10:03 pm
Localização: ->#0044<-
Contacto:

Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » domingo mai 20, 2012 9:28 pm

PROCESS OF GUILT - Fæmin / 2011

Imagem

A terceira ogiva dos eborenses Process of Guilt já assola os palcos nacionais e quem teve a oportunidade de os ver no recente Steel Warriors Rebellion assistiu à actuação de uma banda cada vez mais coesa e ciente do caminho que pretende percorrer, numa altura em que a industria discográfica caminha a passos largos para o abismo. Depois da estreia com «Renounce», um opus de Death / Doom como mandam as regras, o quarteto envereda por caminhos ainda mais negros, onde a melodia dá lugar ao feedback e à deconstrução instrumental, criando um monstro de Post-Rock chamado «Erosion».
Numa linha ainda mais intrincada, os 5 temas de «Fæmin» escorregam lentamente ao longo de todo o registo de forma quase catártica. A cadência repetitiva, uma ambiência quase tribal e um tempo infinito para que se alcance um outro estado de alma, obrigam o ouvinte a estar comprometido com os sentimentos que emanam deste processo de distorção e negritude. Novamente gravado nos estúdios 5ª Dimensão, com a excepção da bateria, «Fæmin» tem selo da Division Records, só por si uma garantia de reconhecida qualidade, naquela que é talvez a aposta nacional com maior possibilidade de singrar internacionalmente nos dias que correm.
Mai-12 [ 77 / 100 ]
other stuff

Avatar do Utilizador
[BR11]
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 2468
Registado: sexta set 19, 2008 10:03 pm
Localização: ->#0044<-
Contacto:

Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » domingo mai 27, 2012 2:49 pm

UNLEASHED - Odalheim / 2011

Imagem

Que haverá a acrescentar a tudo que já foi escrito sobre os Unleashed e que este 11º trabalho traga de original? Enfim, nada. Já reza a história que, a par de bandas como os Grave, Dismember e Entombed, pertenceram a uma corrente sonora que actualmente ainda vai influenciando novas gerações de forma marcante. Uma sonoridade Death / Thrash, ora mais ou menos acelerada, melódica q.b. e plena de atitude, servem para ir completando a discografia do quarteto escandinavo.
A temática de «Odalheim» começa onde termina o anterior «As Yggdrasil Trembles», um conceito bélico, despoletado pela força da natureza, contra o poder religioso instituído e onde uma nova era de batalhas a nível global está em marcha. Mantendo a velocidade dos álbuns mais recentes, os Unleashed destilam Death Metal clássico, onde o baixo e a voz proeminente de Johnny Hedlund continuam a prevalecer como imagem de marca, sobre linhas de guitarra muito bem construídas. Os temas desaguam em cânticos guerreiros, quase marciais e embora «Odalheim» não nos ofereça nada de novo, a banda continua em excelente forma, com pequenos pormenores instrumentais que vão funcionando de forma refinada numa sonoridade própria e sem qualquer tipo de compromissos.
Mai-12 [ 77 / 100 ]
other stuff

Avatar do Utilizador
[BR11]
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 2468
Registado: sexta set 19, 2008 10:03 pm
Localização: ->#0044<-
Contacto:

Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » quinta jun 07, 2012 2:00 pm

THE CULT - Choice of Weapon / 2012

Imagem

Há bandas que nos marcam para sempre, acompanhando sonhos, amores de juventude, os momentos mais electrizantes das nossas vidas e os concertos de air guitar no templo do nosso quarto. Há bandas que nunca mais deixarão de nos marcar, mesmo que entretanto tenham enveredado por caminhos de maior parcimónia, mais introspectivos, realizado coisas menos boas, renascendo novamente embora de forma menos conseguida. Há bandas que façam o que fizerem possuem aquela acendalha capaz de despoletar em nós muitos dos sentidos outrora efervescentes.
«Choice of Weapon» é um álbum cheio dessas reminiscências que, embora moderno e com uma personalidade muito própria, traz-nos também à memória as etapas mais conseguidas pelo quarteto de Yorkshire. A dupla Astbury / Duffy permanece, como não poderia deixar de ser, como o fio condutor por onde passam esses elementos profundos e que, dependendo do nosso estado de espírito, coloca-nos à disposição as ferramentas necessárias para darmos esse desejado mergulho temporal. Em suma, é só escolher a arma...
Fundamental encontrarem a edição especial que contém um bónus CD com as gravações efectuadas em 2010 para o conceito «Capsule».
Jun-12 [ 81 / 100 ]
other stuff

Avatar do Utilizador
[BR11]
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 2468
Registado: sexta set 19, 2008 10:03 pm
Localização: ->#0044<-
Contacto:

Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » sábado jun 09, 2012 6:05 pm

Marduk - Serpent Sermon / 2012

Imagem

O Black Metal sueco, quando comparado com o seu semelhante norueguês, sempre se distinguiu pela sonoridade mais melódica e por um posicionamento não tão agreste. Isto se não estivermos a falar dos Marduk. Com uma revolução a nível de line-up protagonizada em 2004 aquando do lançamento de «Plague Angel», álbum que contou com o regresso do baixista Devo e com o ingresso de Mortuus, vocalista e mentor do projecto Funeral Mist, a banda como que encetou uma busca aprofundada no que concerne ao alargamento dos seus horizontes. «Rom 5:12» e «Wormwood» deixaram-nos alguns indícios que o quarteto poderia deixar para trás um estilo assente basicamente em blastbeats e num som devastador, cada vez mais brutal.
Desta feita, algumas nuances multi-facetadas e incursões esporádicas com elementos mais dinâmicos, trazem a variedade necessária a esta 12ª proposta, quer pelas partes declamadas de forma distorcida ou pelas passagem mais lentas onde o Doom e o Post-Rock parecem querer emergir. No entanto, na generalidade tudo volta a ser rápido e agressivo, sendo diminuto o espaço deixado à melodia e emoção. Em termos sonoros, Magnus "Devo" Andersson continua a desempenhar um valoroso trabalho no campo da produção, num disco seguro e ao mesmo tempo moderno.
Jun-12 [ 79 / 100 ]
other stuff

Avatar do Utilizador
[BR11]
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 2468
Registado: sexta set 19, 2008 10:03 pm
Localização: ->#0044<-
Contacto:

Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » sábado jun 16, 2012 10:10 pm

KREATOR - Phantom Antichrist / 2012

Imagem

Este promete ser um ano de arromba no que diz respeito a um movimento revigorado mas que nunca chegou a perder as suas bandas emblemáticas. Com o excelente álbum dos Overkill e o regresso dos Testament já na forja, os Kreator, a gozar uma das mais reconhecidas fases da sua longínqua carreira, apresentam-se com «Phantom Antichrist», um manancial de caos e destruição, ainda mais poderoso que os discos responsáveis em trazer o quarteto teutónico de volta ao som mais aclamado.
A fórmula usada neste 13º trabalho é uma sequência lógica da progressão dos Kreator desde que se revigoraram em «Violent Revolution», deixando de parte a exagerada postura gótico-industrial. Formando uma dupla cada vez mais rotinada com Sami Yli-Sirino, sob o fogo cruzado projectado pela bateria de Ventor, Mille vomita ante uma cortina de excelentes riffs e solos magistrais, hinos versando temáticas apocalípticas acerca dos desígnios da humanidade, culminado em coros que nos invadem as entranhas. Moderno e ainda mais obscuro, épico e brutal, a banda não deixa de recorrer a apontamentos góticos e linhas mais melódicas, proporcionando ao disco uma maior longevidade. Como bónus, vale a pena escolher a edição em DVD com memoráveis apanhados durante as actuações de 2008 e 2011 do WOA.
Jun-12 [ 85 / 100 ]
other stuff

Avatar do Utilizador
[BR11]
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 2468
Registado: sexta set 19, 2008 10:03 pm
Localização: ->#0044<-
Contacto:

Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » domingo jul 15, 2012 8:51 pm

CANDLEMASS - Psalms for the Dead / 2012

Imagem

O canto do cisne ou um álbum para preencher mais um interregno entre edições de estúdio, à espera que algumas questões internas se resolvam? Certo que Leif Edling já garantiu ser este o último trabalho dos Candlemass e a substituição apressada de Rob Lowe por Mats Leven, para garantir a série de concertos que se seguem, indicia algum mal estar interno com o vocalista americano, mas sempre fica a esperança que o grande monge possa regressar pela 3ª vez.
Centrando-nos em «Psalms for the Dead», o terceiro opus com Lowe no microfone, este é sem dúvida o disco mais épico e back to the basis dos 3, trazendo-nos à memória o grandioso «Tales of Creation». A intensidade e uma série de influências mais seventies, entre as quais o uso frequente de órgão ao longo de todo o disco, incutem a estes salmos um brilhantismo arredado do colectivo sueco desde o álbum homónimo, o tal que testemunhou o regresso fugaz de Messiah Marcolin. Além da melhor performance por parte de Lowe, o restante colectivo apresenta-se em grande forma, não faltando espaço para os excelente solos saídos da guitarra de Lars Johansson por entre compassos geniais debitados por Leif Edling. Não sendo o encerramento de carreira perfeito, são escrituras com um impacto superior.
Jul-12 [ 87 / 100 ]
other stuff

Avatar do Utilizador
[BR11]
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 2468
Registado: sexta set 19, 2008 10:03 pm
Localização: ->#0044<-
Contacto:

Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » segunda ago 06, 2012 6:00 pm

NILE - At the Gate of Sethu / 2012

Imagem

Em velocidade de cruzeiro, cada álbum dos Nile envolve-nos como uma tempestade de areia, causando uma desconfortável sensação de desorientação face ao meio misterioso e complexo em redor. Ao sétimo álbum, a banda liderada por Karl Sanders prossegue na direcção que nos habituou, num estilo incomparável e claustrofóbico.
Com Sandres e Toler-Wade mergulhados em labirínticas estruturas, vocalizações desgarradas e maníacos gritos de horror, cabe à performance explosiva de George Kollias a tarefa de marcar os compassos capazes de guiar uma turbe de riffs vertiginosos pelas inclinadas paredes prismáticas que envolvem cada um dos temas de «At the Gate of Sethu». Necessitando de algumas audições suplementares devido à caótica desconstrução de cada peça deste intrincado puzzle, a componente Death progressiva, intensa e precisa, aliada a uma veia mais arrastada e enleante, desagua num imenso oásis de imagens cinematográficas, projectadas pelos diversos interlúdios e partes instrumentais, de forte conteúdo oriental e reminiscências milenares. Perdendo pontos face à inovação trazida pelos trabalhos anteriores, o novo mandamento dos Nile não desmerece o seu legado faraónico, o que por si já é brutal e gratificante.
Ago-12 [ 78 / 100 ]
other stuff

Avatar do Utilizador
[BR11]
Ultra-Metálico(a)
Mensagens: 2468
Registado: sexta set 19, 2008 10:03 pm
Localização: ->#0044<-
Contacto:

Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » quarta ago 15, 2012 6:41 pm

MANOWAR – The Lord of Steel / 2012

Imagem

Menos frequente tem sido a incursão em estúdio desde que, nos saudosos anos 80’, gravaram «Kings of Metal», considerado unanimemente um dos expoentes máximos do Heavy / Power Metal. A partir daí, a banda enveredou por uma série de lançamentos mais ou menos interessantes e cinco anos depois de «Gods of War» e uma década após «Warriors of the World», já não era sem tempo… Longe de serem uma banda consensual, os Manowar são uma instituição junto da sua legião de seguidores. Para os outros, não passam de uma caricatura daquilo que sempre criticaram mas, isso são conversas completamente irrelevantes.
Concentrando-nos em «The Lord of Steel» algo nos soa, desde logo, muito estranho. A produção a cargo de Joey DeMaio, ao tentar recrear ambientes primitivos em detrimento da sumptuosidade mais moderna, retira pujança aos temas, efeito ainda mais vincado pelo excessivo destaque dado ao baixo. Entretanto o álbum vai correndo sem grande sentido parecendo estarmos na presença de uma demo. Ainda com a esperança desta «Hammer Edition» não ser a versão final a sair oficialmente em Setembro, é evidente que, apesar de todos os defeitos, os Manowar continuam a fazer excelentes malhas. E para quem gosta dos condimentos habituais, isto já é mais do que suficiente!
Ago-12 [ 77 / 100 ]
other stuff


Voltar para “Críticas & Divulgação”

Quem está ligado:

Utilizadores neste fórum: Nenhum utilizador registado e 3 visitantes