"The Bronze Age" - Análises

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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » sábado out 19, 2013 3:39 pm

TÝR - Valkyrja / 2013

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Englobando uma série de referências dentro do Heavy Metal, a música dos Týr revela-se apelativa e fatalmente enleante. Ao 7º álbum, agora pela Metal Blade, a banda proveniente das místicas Ilhas Faroe mantém-se na sua zona de conforto, com um disco repleto de energia e canções baseadas, como não poderia deixar de ser, na mitologia nórdica. Com elementos Prog, Thrash e Power Metal, o quarteto recorre frequentemente à língua materna, num registo exclusivamente limpo, com o maior destaque a recair sobre o trabalho de guitarra e os coros, quase sempre a altura mais empolgante de cada tema. Sem acordeões e flautas à mistura, a conotação folclórica que lhes é habitualmente atribuída fica-se pelos cânticos tradicionais e proveniência geográfica. Com a participação de George Kollias como baterista de serviço e pela visita de Liv Kristine para, em dueto com Heri Joensen, nos oferecer um dos momentos mais emocionantes de «Valkyrja», o disco ganha uma dimensão ainda mais global. Para o final ficam duas fantásticas versões, a dos Iron Maiden para reforçar uma das suas influências mais evidentes e a dos Pantera, mas que grande homenagem esta, a sublinhar, caso tal fosse necessário, a categoria dos Týr. A produção de Jacob Hansen é demasiado polida para o resultado pretendido. Out-13 [ 76 / 100 ]
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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » sábado out 26, 2013 6:51 pm

FILII NIGRANTIUM INFERNALIUM - Pornokrates: Deo Gratias / 2013

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Para quem esperou 14 anos pela edição do primeiro álbum dos Filii Nigrantium Infernalium, este interregno para «Pornokrates: Deo Gratis» nem parece assim tanto tempo. Com o EP «Rëtrofornicatör» pelo meio, Belathauzer volta a destilar veneno e blasfémia sob a forma de uma ecuménica hóstia de vinil negro ou, para aqueles mais abastados, através de um sacro suporte dourado, restando a todos aqueles que já não veneram os aparelhos de leitura mais old-school o saque via cyber espaço.
Secundado por Helregni, Mantus e Maalm, o line-up que registou o anterior sacrilégio, Bthzr esvai-se em ironia e sátira religiosa, derramando sobre a seita de infiéis salmos de rancor e homilias de pornografia. Instrumentalmente este longa duração não se desvia muito do rumo há muito traçado, uma sonoridade crua e negra, uma eucaristia de sonoridades ríspidas, uma amálgama de atrocidades thrash /black / punk que fazem de «Fellatrix Discordia Pantokrator» um missal orgástico bem mais elaborado. Descréditos para Paulo Vieira no resultado obtido, mais um passo em falso: cadafalso. Um disco de necro rock'n roll, repleto de novas metástases dignas de serem lançadas sobre o rebanho de lobos que se digne aparecer numa das próximas matanças celebradas pela banda lisboeta.
Out-13 [ 88 / 100 ]
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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » sábado nov 16, 2013 4:28 pm

RUNNING WILD - Resilient / 2013

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Ultrapassada a fase da indecisão entre colocar um fim aos Running Wild ou uma carreira orientada para o Hard Rock, onde os Giant-X e o descaracterizado último álbum são exemplos menos conseguidos, Rock'n'Rolf toma aqui a única escolha possível, tentar devolver a sonoridade típica à banda que comanda desde 1984. E se a capa estilizada de «Shadowmaker» deixava antever um conteúdo mais polido e insosso, já o regresso de Adrian à face de «Resilient», só por si, quer dizer bastante. Entre temas de orientação tradicional, onde a temática pirata não poderia faltar, um épico na linha de um «Treasure Island» e malhas mais down-tempo, a colaboração com Peter Jordan (escritor, compositor e produtor que se juntou a Kasparek nesta 2ª encarnação) parece começar a resultar, num disco que é seguramente o melhor desde «Victory». Amiúde temos de volta aqueles riffs inimitáveis, as melodias contagiantes, os ritmos característicos e os refrães que nos moem a memória durante algum tempo e, mesmo sem beliscar os clássicos, este álbum transparece aquele sentimento que a marca RW sempre transportou. É consensual que actualmente a tecnologia consegue colmatar todas as lacunas mas qualquer solução continua a ser melhor que manter o maquinal Angelo Sasso atrás do kit. Nov-13 [ 78 / 100 ]
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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor meninobesta » segunda nov 18, 2013 1:45 pm

não sabia desta, a ouvir!
god's business, witchfinding!

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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » terça dez 24, 2013 3:17 pm

GWYDION - Veteran / 2013

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Com apenas 3 álbum, os Gwydion caminham a passos lagos para os 20 anos de carreira (a data de formação deste projecto remonta a 1995), razão suficiente para lhes conferir um estatuto de recomendada veterania. Fundindo sonoridades Folk / Viking com sons mais extremos, o sexteto sulista apresenta-se com um disco em linha com os anteriores, pleno de conteúdo bélico e batalhas repletas de guerreiros ensanguentados envoltos numa ruidosa confusão que, em termos instrumentais, nos trás à memória bandas tão dispares como Turisas ou Bal-Sagoth. Novamente produzidos por Fernando Matias e com ajuda de alguns convidados que acrescentam o seu contributo quer ao nível vocal, quer na execução de instrumentos menos clássicos, como a sanfona ou o bouzouki, «Veteran» respira grandiosidade por todos os lados, embora algumas vezes a quantidade de ideias por espira resvale para territórios mais complexos e ambiciosos do que seria necessário.
Atingido que está um patamar interessante, exige-se agora uma maior aposta na internacionalização, uma vez que internamente este tipo de sonoridades nem terá adeptos por aí além. Caso contrário, tal como o fazem com este trabalho, a banda continuará a lançar os seus próprios discos e a divertir-se junto aos mais fiéis.
Dez-13 [ 74 / 100 ]
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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » terça mar 04, 2014 11:59 am

BEHEMOTH - The Satanist / 2014

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Deixando para trás, de forma vitoriosa, a batalha pela própria vida, desenganem-se aqueles que supuseram que Nergal poderia enveredar por caminhos mais serenos e de temáticas menos polémicas. Ao 10º álbum os Behemoth revelam-se mais blasfemos do que nunca, destilando ódio cristão através de uma completa liturgia obscura em nome de Lucifer. Cinco anos passaram desde «Evangelion» mas mesmo acentuando a toada Black de contornos mais calculistas, o som do quarteto polaco continua magnífico e triunfante, graças a uma mistura final orgânica bem definida.
Trompas e outros instrumentos de sopro surgem ao longo de «The Satanist», proporcionando espaço para uma libertação de angélicos momentos, imediatamente esquartejados pelas afiadas linhas de guitarra da dupla Nergal / Seth e varridos sem dó nem piedade pela brutal prestação de Inferno. Um contínuo rodopio entre mudanças de tempos, com o tal cuidado especial posto nas partes mais lentas, enfatizam a componente visual que a banda pretende exteriorizar, bem patente no exemplo que é o vídeo do tema que abre este manancial de heresia.
Escrito com o próprio sangue, os Behemoth regressam ao lugar que ainda lhes pertence, na facção mais letal da música extrema.
Mar-14 [ 83 / 100 ]
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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » sábado jul 11, 2015 11:20 am

de volta após março de 2014...

PARADISE LOST - The Plague Within / 2015

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Confesso que os Paradise Lost são uma das minhas bandas de referência e que a partir do momento em que começaram a flectir para uma onda à la Depeche Mode me começaram a tirar do sério. Desde «One Second» que ansiava pelo regresso ao rumo certo mas deixei de ter esperanças após o álbum homónimo de 2005. Dizem que o «Tragic Idol» já trazia algumas reminiscências mas é certo que só agora, voltamos a ver a luz. Eventualmente os Vallenfyre puxaram por Greg Mackintosh e os Bloodbath por Nick Holmes para que o quinteto britânico voltasse a enveredar por trilhos mais obscuros, numa fusão Death / Doom / Goth como há muito tempo não se ouvia. Nick Holmes já berra novamente à séria e os riffs arrastam recordações dos primeiros tempos. Mas nem tudo é passado à volta deste «Plague Within», as vocalizações melancólicas e límpidas prevalecem, as linhas de guitarra continuam numa linha mais melódica e a produção permanece bem poderosa. Ao 14º álbum, os Paradise Lost combinam de uma forma perfeita, elementos mais recentes com a agressividade dos primeiros 5 trabalhos, excelentes partes eléctricas, uma amplitude vocal a destacar, num disco que mergulha de caretas num legado importante mas continua perfeitamente válido actualmente. Jul-15 [ 84 / 100 ]
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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » terça ago 18, 2015 10:05 pm

VIRGIN STEELE - Nocturnes of Hellfire & Damnation / 2015

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É conhecido que a voz de David Defais é uma das mais versáteis no meio, chegando a abarcar 3 oitavas e meia numa escala que vem sendo percorrida há 35 anos. Com Edward Pursino a seu lado desde que o guitarrista substituiu Jack Starr em 1985 e com uma formação inalterável há cerca de 2 décadas, os caminhos trilhados pelos Virgin Steele atravessam enredos neoclássicos e conceptuais de dimensões épicas, no estilo das mais inspiradas metal operas, ou ainda em peças soltas onde a teatralidade potencia a amplitude do vocalista nova-iorquino. Seguindo numa direcção semelhante à das últimas propostas, o que até nem correu muito bem com «Visions of Eden», este trabalho perde-se na quantidade de temas em detrimento da qualidade, faltando-lhe alguma energia e feeling nas baladas, temas a meio gás que abundam tanto neste 13º registo, como em toda a carreira do quarteto. O facto de a produção colocar de uma forma exagerada a voz de Defais em primeiro plano, além do mais repleta de efeitos desnecessários, em detrimento do conteúdo instrumental, não abona em favor do resultado final. No entanto, nem tudo se perde em «Nocturnes of Hellfire & Damnation» uma vez que há momentos marcantes e orquestrações dignas de registo, num álbum orientado para as canções e menos dado a histórias rebuscadas. Ago-15 [ 78 / 100 ]
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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » domingo set 13, 2015 9:11 am

CRADLE OF FILTH - Hammer of the Witches / 2015

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Nos limites do Black Metal, a forte componente gótica e a faceta mais sinfónica, tornaram os Cradle of Filth numa banda que acaba por não caber em nenhuma gaveta em particular. O som extremo proposto pela banda de Ipswich, foi-nos presenteando com uma série constante de bons trabalhos, mais ou menos conceptuais, num misto de teatralidade grotesca com actividades circenses. Mantendo as melodias Maidenescas nas guitarras, os elementos orquestrais, os teclados e as vozes mais operáticas, este 11º trabalho dos COF está longe de ser um dos mais acessíveis, soando natural e menos polido que habitualmente, repleto de numerosas camadas de som, a descobrir a cada nova audição. Com nova revolução no line-up, novamente sem Paul Allender, a dupla de guitarristas agora composta por Richard Shaw e Marek Smerda é a grande responsável pela versatilidade e peso, num trabalho de conjunto assinalável, de duelos constantes e ritmos galopantes. A juntar à base rítmica mais sólida do que nunca, Skaroupka é um baterista incrível, a voz de Dani Filth não passa despercebida, embora menos proeminente do que era costume.
Mais directo, genuíno e "metal" que os seus antecessores, recuemos talvez até alturas de «Midian», este parece ser um trabalho consensual.
Set-15 [ 84 / 100 ]
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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor HFVM » domingo set 13, 2015 1:36 pm

Um álbum surpreendente. Pelo menos para mim. Não esperava por algo tão bom.
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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » sábado set 19, 2015 6:31 pm

IRON MAIDEN - The Book of Souls / 2015

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Naquele que é o maior interregno entre álbuns, em parte relacionados com os problemas de saúde que afectaram Bruce Dickinson, os Iron Maiden colocam cá fora o seu 16º trabalho de originais em 40 anos de uma monstruosa carreira. Logo após a fase Bayley e do retorno de Dickinson à banda em 1999, o sexteto britânico envereda por um caminho mais progressivo, como se «Rime of the Ancient Mariner» fosse a pedra basilar de todo um legado, tendo sido esse o rumo traçado desde aí.
Começando de uma forma mais directa, «The Book of Souls» cedo tende a crescer para uma longa obra que nos recorda os longos épicos passado. Ao longo de 11 temas que perfazem o primeiro duplo-álbum de estúdio do colectivo, triplo se falarmos do vinil, com algumas malhas a poder ter minutos a menos não houvesse alguma tentação para arrastar as composições, este é mais um disco que coabita na perfeição com todos aqueles que foram sendo gravados após «Brave New World». Assim mesmo, a marca está bem presente ao longo de mais de uma hora e meia de som, não só através do duelo infindável das 3 guitarras, na voz mais do que familiar de Bruce, naquele baixo inimitável e nas peles, de onde parece nunca de lá ter saído o Eddie. Por falar nele, este artwork lembra o horroroso «Dance of Death».
Set-15 [ 79 / 100 ]
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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » sábado out 10, 2015 3:47 pm

SLAYER - Repentless / 2015

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A mudança dos Slayer para a Nuclear Blast acaba por não ter grande impacto quando comparado a tudo o que tem acontecido à banda desde a edição de «World Painted Blood» de 2009. O desaparecimento de Jeff Hanneman, o principal compositor do quarteto, uma nova saída de Dave Lombardo e o regresso de Paul Bostaph, a inclusão de Gary Holt dos Exodus como novo guitarrista e a entrega da produção deste disco a Terry Date, sem Rick Rubin aparentemente no radar, são demasiadas alterações num colectivo que até à data, salvo os arrufos de Lombardo, sempre se manteve estável. Felizmente o 11º álbum dos Slayer não desmerece quando comparado com todos aqueles que foram lançando após «Seasons in the Abyss», os da era moderna portanto, segundo os mais puristas. Numa mistura de Punk meets Thrash e o groove adquirido mais recentemente, «Repentless» é facilmente um dos melhores trabalhos que os thrashers da Bay Area gravaram este século. Não parecendo querer abrandar, graças a uma agressividade e peso assinaláveis e com Kerry King como compositor quase exclusivo, recorrendo à inata e natural violência, a um Tom Araya cheio de ódio na voz e aos riffs e standards que lhes são característicos, os Slayer acabam por vencer este round com o infortúnio de forma clara. Out-15 [ 81 / 100 ]
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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » domingo out 11, 2015 2:56 pm

ENFORCER – From Beyond / 2015

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A nova vaga do Heavy Metal tradicional (NWOTHM) está aí e recomenda-se, sendo os Enforcer um dos projectos de maior sucesso. Após um bem sucedido «Diamonds», lançado pela Earache em 2010, a banda liderada por Olof Wikstrand assina pela Nuclear Blast e a exposição tem sido crescente. Bebendo dos primeiros dois álbuns dos Iron Maiden, mergulhando de uma forma revivalista no Heavy Metal britânico ou no Speed norte-americano de uns Agent Steel, Exciter ou Anvil, o quarteto sueco emana 80's por todos os poros. Cada tema do quarteto sueco é um clássico de pura clase, assente em guitarras harmoniosas a uma velocidade esmagadora, Speed Metal robusto e suficientemente retro, uma autêntica descarga de adrenalina para quem já teve a sorte de os apanhar ao vivo. De uma forma mais trabalhada, quando comparado com os seus 3 predecessores, «Far Beyond» é um disco competente e que termina com um dos riffs mais viciantes que ouvi ultimamente, daqueles que já não se fazem. Numa altura em que as bandas que são influências notórias destes movimentos mais old-school desapareceram ou se arrastam em tentativas progressivas de acompanhar o passado, é refrescante e profilático receber estas propostas totalmente directas e genuínas. Out-15 [ 84 / 100 ]
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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » sábado out 17, 2015 6:44 pm

AMORPHIS - Under the Red Cloud / 2015

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«Under the Red Sun» é já o sexto trabalho de originais dos Amorphis que conta com a participação de Tomi Joutsen, tornando-o o frontman com a maioria absoluta de participações como vocalista na banda finlandesa. Foi a partir de «Eclipse» que o sexteto de Helsínquia flectiu para uma nova fase, uma mescla do som mais progressivo e folclórico que vinha até então a desenvolver com os contornos mais Death Metal dos primeiros tempos. Numa produção moderna e encorpada, Jens Bogren transmite-lhe um dinamismo acrescido, através de um corrupio de tempos e ritmos que abraçam as permanentes e irresistíveis melodias. A atmosfera melódica prevalece mas a cascata de riffs poderosos, solos assinaláveis e leads fantásticos protagonizados pela dupla Esa Holopainen / Tomi Koivusaari, o eterno núcleo duro do grupo e os rosnados do próprio Joutsen, tornam este registo numa das mais fortes gravações da banda nestes últimos tempos. Como que se reinventando a cada álbum, eis-nos perante mais um punhado de grandes canções, belos e marcantes interlúdios e alguns pormenores deliciosos, abrilhantados por algumas interessantes participações como as de Chrigel Glanzmann dos Eluveitie, Aleah Stanbridge ou de Martin Lopez. Out-15 [ 79 / 100 ]
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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » sábado out 31, 2015 6:06 pm

ANNIHILATOR - Suicide Society / 2015

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Quinze álbuns de estúdio é uma façanha ao alcance de muito poucas bandas mesmo sendo certo e sabido que os Annihilator são Jeff Waters. Tomando todas as rédeas e voltando a mexer na equação, apenas Mike Harshaw se mantém na bateria, substitui Dave Padden que já se encontrava na função desde «All for You», de 2004. Se nunca um vocalista se manteve tanto tempo à frente do colectivo canadiense, também não é estranho a Waters voltar ao que já tinha feito entre «King of the Kill» e «Remains», coincidentemente os trabalhos mais atribulados e talvez os menos conseguidos da sua carreira. Felizmente seguindo num registo menos agressivo, bem mais versátil e por vezes até limpído, as vozes de Waters conduzem estes 9 temas, recheados de riffs arrebatadores, solos vertiginosos, passagens a remeter para o glorioso passado thrash, por rápidas, pesadas, directas malhas, face a outras bem mais calmas e melódicas. As esquizofrénicas mudanças de tom e de tempo não ficaram de parte numa produção clara e moderna realizadas pelo próprio, para um trabalho que, a par do excelente álbum homónimo de 2010, pode ser desde já considerado dos melhores que lançaram nos tempos mais recentes. Entretanto já foi constatado que algumas destas malhas funcionam muito bem ao vivo junto dos antigos clássicos. Out-15 [ 82 / 100 ]
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