"The Bronze Age" - Análises

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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » sábado nov 07, 2015 6:10 pm

My DYING BRIDE - Feel the Misery / 2015

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Parece ser uma opinião unânime que o novo álbum dos My Dying Bride inflecte de uma forma consistente numa direcção a que a banda de Halifax nos habituou desde muito cedo e que os trabalhos mais recentes, mais envoltos em melodias arrastadas e alguma perda de interesse, pouco evidenciavam. O regresso aos Academy Studios aparenta ter sido bastante inspirador, assim como o retorno, já com «Feel the Misery» praticamente todo escrito, do guitarrista fundador Calvin Robertshaw, ausente desde o distante «34.788%... Complete» de 1998, como que provocaram no sexteto uma retoma de forma, num disco emocional, com uma cadência mais forte e com uma qualidade inquestionável. Por vezes bebendo da água de «The Angel and the Dark River» ou até perdendo-se nos tempos de «Turn Loose the Swans», o 12º opus em 25 anos de estúdio dos britânicos revela-se através de 8 obscuros e pesarosos temas. Stainthorpe assinala aqui uma extraordinária performance vocal, Andrew e Calvin não evidenciam em momento algum os 15 anos de separação e Shaun Macgowan consegue transmitir aquelas passagens arrepiantes sacadas dos teclados e violino como há algum tempo não sentíamos. Num ano em que os Paradise Lost voltaram a tocar forte, aguardemos agora que os Anathema deixem o Pop. Nov-15 [ 83 / 100 ]
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Mensagempor [BR11] » sábado nov 28, 2015 3:56 pm

MOTÖRHEAD - Bad Magic / 2015

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Uma coisa é certa, os Motörhead são eternos. Mesmo com os problemas de saúde que mais recentemente se agudizaram, obrigando Lemmy a cortar no tabaco e deixar de lado o Jack Daniel's (ok... vodka pode ser), qualquer disco deste trio britânico é um fortificante para o corpo e um lenitivo para a alma. Em 40 anos de lançamentos ininterruptos, «Black Magic» é o take #23, Phil Campbell acompanha Kilmister desde 1984, enquanto Mikkey Dee está sentado atrás da bateria há 23, não existem questões... é tocar e andar. Do alto dos seus 69 anos, apenas durante a balada «Till the End» Lemmy aparenta a passagem do tempo de uma forma que até fortalece o tema em carga emotiva, pois nas restantes malhas a sua voz e o baixo condutor não vacilam, Phil é um catalisador de riffs incríveis, linhas de guitarra terríficas e solos do caralho, enquanto Dee funciona como um rolo compressor. Com a atitude habitual, numa mistura do que tem feito ao longo de décadas, «Bad Magic» soa pesado, fresco e obviamente primário. No ano em que acaba por desaparecer "Philthy Animal", o baterista da formação clássica dos Motörhead que participou em todos os discos antes da entrada de Mikkey Dee, com a excepção de «Orgasmatron», mais uma certeza, o Snaggletooth jamais deixará de nos atormentar. Nov-15 [ 86 / 100 ]
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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » sábado nov 28, 2015 3:57 pm

W.A.S.P. - Golgotha / 2015

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Seis anos de espera por um novo álbum dos W.A.S.P. é um intervalo de tempo nada comum, despertando alguma curiosidade adicional relativamente ao 15º trabalho da banda liderada por Blackie Lawless. Se há muito se perdeu a faceta Shock Rock da fase inicial ou a provocação descarada de temas como «Animal (F**k Like a Beast)», o quarteto americano foi-se mantendo em velocidade de cruzeiro, num misto Heavy / Glam muito característico, como se cada disco fosse um sucessor natural do emblemático «The Headless Children», lançado já no longínquo ano de 1989. De uma forma mais ou menos conceptual, todos os registos mais recentes possuem semelhanças notórias, sendo praticamente impossível dizer a que disco pertence um determinado tema, caso se escute a discografia em modo aleatório. Com a mesma formação desde «Dominator», entretanto o baterista Mike Dupke abandonou o posto após as gravações, a música dos W.A.S.P. permanece naquele estado mais emotivo, onde a voz de Lawless se assume como o fio condutor. Não sendo um guitarrista com o mesmo nível de empatia com Blackie como o foi Chris Holmes, Douglas Blair funciona como um excelente complemento instrumental, sendo dele alguns dos momentos mais arrepiantes e bem sacados de «Golgotha». Nov-15 [ 81 / 100 ]
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Mensagempor [BR11] » sábado dez 26, 2015 3:41 pm

AVATARIUM - The Girl with the Raven Mask / 2015

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Não sendo por unanimidade, é uma corrente favorável que pode ser observada nos mais dispares meios de opinião cibernética, os Avatarium são uma das formações mais bem recebidas pela crítica, e para alguns onde me incluo, a melhor banda que surgiu nos tempos mais recentes. Ao 2º álbum, os suecos já arrastam consigo temas de uma qualidade imensa e são uma aposta absolutamente segura. Das mãos de Leif Edling saem verdadeiras canções e embora o mentor por trás de bandas como Candlemass não seja um membro permanente nas performances ao vivo, onde é substituído pelo consagrado baixista Andres Iwers, todo o conjunto é magnífico, começando pelo desempenho do baterista Lars Sköld dos Tiamat e do teclista Carl Westholm que também têm acompanhado Leif noutros projectos. Mas é o guitarrista Marcus Jidell e a vocalista Jennie-Ann Smith que mais brilham em toda esta produção orgânica, com reminiscências nos Rainbow, Cathedral e até Trouble mas que bebe ainda dos momentos áureos aos já citados Candlemass. Um disco de Doom com uma veia progressiva, Rock psicadélico e Blues onde o Hammond se faz claramente ouvir e trejeitos Jazzy, frequências de onde Jennie provém, resultam num disco emocionante, repleto de sentimento e num clássico a curto prazo. Dez-15 [ 92 / 100 ]
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Mensagempor [BR11] » sábado fev 13, 2016 7:01 pm

MEGADETH - Dystopia / 2016

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Qualquer coisa que Dave Mustain fizesse após um desinspirado «Super Collider», o menos conseguido que o quarteto americano produziu em 30 anos de carreira (sim, chega a ser pior que «Risk»), dificilmente ficaria aquém desse álbum. Não é que após um conjunto de seis registos que marcaram uma época, os Megadeth nos tenham alguma vez oferecido um disco a esse nível, exceptuando talvez «Endgame» de 2009, mas qualquer oferta sólida e trilhando terreno seguro seria sempre bem recebida.
E é um pouco isso que podemos encontrar em «Dystopia», um trabalho que recupera a chama e um pouco da raiva que (quase) sempre caracterizou o som dos Megadeth. Com Kiko Loureiro (Angra) a partilhar as partes de guitarra, substituindo Chris Broderick que assumiu esse papel nos anteriores 3 registos, os riffs e os solos da velha escola voltam à cena e de forma bem vincada, não ficando descurada a faceta mais melódica que uma sonoridade mais Heavy nunca poderá desmerecer. Dave Ellefson marca mais uma vez o seu lugar enquanto que Chris Adler dos Lamb of God, outro dos ingressos no actual colectivo, acentua uma componente thrashy algo arredada nos últimos tempos. O mundo dorme enquanto os seus senhores nos fazem acreditar numa realidade bem diferente mas isso já nos dizem os Megadeth desde 1985.
Fev-16 [ 86 / 100 ]
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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » sábado fev 20, 2016 4:37 pm

ABBATH

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Passados os anos de lutas internas e das batalhas legais pela utilização do nome Immortal, Abbath abandona uma instituição que ajudou a criar e da qual era o principal compositor, resultando daí este álbum a solo do vocalista / guitarrista nórdico. E se «Between Two Words» do side-project criado pelo próprio Abbath em 2006 já poderia dar indícios de alguma insatisfação pessoal, o músico recorre novamente ao baixista King ov Hell dos Gorgoroth para uma letal oferta que em nada se desvia do caminho traçado até ao momento, honrando o passado mais recente dos Immortal, bebendo obviamente dos momentos mais polidos dos próprios I mas apresentando-se ao mesmo tempo com um conjunto de temas diversos, como a recriação «Nebular Ravens Winter» de «Blizzard Beasts», como «Riding on the Wind» de «Screaming for Vengeance» dos Judas Priest. Mas isso são apenas as faixas bónus pois Abbath extravasam o Epic Black Metal para outras zonas, do Thrash ao Rock mais compassado. Apesar do desempenho feroz de Creature dos Benighted na bateria, Abbath é a figura central, pela sua voz glaciar e também pelo exímio trabalho de guitarras, diversificado e fluído. Se os restantes Immortal conseguirem algo da mesma qualidade, ficaremos duplamente satisfeitos. Fev-16 [ 88 / 100 ]
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Mensagempor [BR11] » sábado mar 19, 2016 5:50 pm

THE CULT - Hidden City / 2016

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O décimo álbum dos The Cult, quinto com o produtor Bob Rock que tem acompanhado a banda desde «Sonic Temple», com a excepção ali pelo meio de «Ceremony», toca em praticamente todas as facetas do quarteto britânico, com maior enfoque e até mais perto do que qualquer outro trabalho anterior nos registos iniciais, os seminais «Dreamtime» e «Love». Finalizando a trilogia de discos que a banda encetou em «Born into This» de 2007, «Hidden City» contém um conjunto de temas com uma paleta de estilos que vão do Psychedelic Goth ao Post-Punk, os quais na verdade sempre evidenciaram. Ian Astbury permanece um front-man de elevado gabarito, com a sua voz emblemática e presença no auge, Billy Duffy não esmorece no que à parte de linhas e solos de guitarra diz respeito, num desempenho sólido e marcante, não descurando aquele esquema de riffs à la Zeppelin e John Tempesta não deixa os seus créditos à margem nas peles.
A caminho de 33 anos de actividade e mesmo que nem todos os temas mantenham este 10º capítulo num nível galáctico, os The Cult continuam a manifestar uma forma e a deter um estatuto que justifica plenamente a decisão de terem regressado ao activo, já tomada em 2005 mas perfeitamente actual nos dias que correm.
Mar-16 [ 83 / 100 ]
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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » sábado mar 26, 2016 5:32 pm

ANTHRAX - For All Kings / 2016

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Três álbuns nos últimos 18 anos, período que abrange praticamente metade da carreira da banda de Nova Iorque, não evidenciam grande actividade de estúdio mas apesar desta inconstância, o quinteto tem-nos servido discos interessantes e que não destoam relativamente a um passado que, por mérito, os colocou ao nível dos restantes Big Four. Com o regresso de Belladonna ao lugar que foi ocupado, por John Bush durante 4 álbuns, os Anthrax voltam a penetrar na sua faceta mais old-school mas sem abandonar aquele ritmo a meio gás e com uma direcção mais moderna que vinham revelando mais actualmente. Se bem que o vocalista da formação mais clássica brilhe nos temas mais rasgados, fica a sensação que nos momentos mais lentos Bush teria um posicionamento mais consistente, embora essa impressão fique bem mais esbatida neste registo quando comparado com o anterior «Worship Music». Charlie Benante e Frank Bello não abdicam de marcar a cadência de cada espira, Scott Ian possui em Jonathan Donais (ex- Shadows Fall) um parceiro compatível para com ele debitar riffs que deambulam desde a agressividade mais thrash às melodiosas e, por vezes, calmas linhas de guitarras. «For All Kings» tem assim os seus momentos, o que já é bastante bom. [b]Mar-16 [ 83 / 100 ]
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Última edição por [BR11] em quarta mai 04, 2016 9:09 pm, editado 1 vez no total.

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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » sábado abr 16, 2016 4:23 pm

AMON AMARTH - Jomsviking / 2016

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Como que capitalizando um estilo cimentado ao longo de nove capítulos, os álbuns mais recentes dos Amon Amarth foram-se sucedendo sem acrescentar muito a uma fórmula já de si enraizada e que ajudou a tornar os suecos num dos casos mais bem sucedidos da história do Death Metal. Com «Jomsviking», o primeiro trabalho que segue um mesmo conceito ao longo de toda a sua duração, o quinteto escandinavo investe novamente nas linhas mais melódicas das guitarras, numa poderosa muralha rítmica e num sempre imponente vocalista e desagua em composições envolventes, com coros poderosos e talhadas para serem tocadas ao vivo. Com uma dinâmica afinada e uma densidade atmosférica de relevo, malhas como «Raise Your Horns» estão mesmo construídas para serem entoadas em uníssono, enquanto temas como «At Dawn's First Light» quase que nos obrigam a colocar um elmo, cuspir na mão, pegar num machado e correr. À semelhança de «Hel» que trouxe o contributo de Messiah Marcolin ao anterior «Deceiver of the Gods», desta feita é Doro Pesch que durante «A Dream That Cannot Be», num registo totalmente distinto do de Johan Hegg, nos oferece o seu talento vocal e alguma sensibilidade e fragilidade a um registo repleto de gelo, sangue e fogo. Abr-16 [ 81 / 100 ]
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Mensagempor [BR11] » quarta mai 04, 2016 9:08 pm

SINISTRO - Semente / 2016

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Ao segundo álbum os Sinistro vêem cair sobre eles uma atenção generalizada que os poderá rapidamente colocar como porta-estandarte no que à música nacional de exportação diz respeito. Patricia Andrade adicionou uma versatilidade imensa ao colectivo luso e a entrada em cena da Season of Mist fez o resto.
Por cima de um emaranhado sonoro, por vezes pesaroso mas a espaços verdadeiramente avassalador, a parte instrumental, outrora o foco do trabalho do colectivo, serve agora como uma base de apoio à voz de Patricia. A sedução e encanto que cada estrofe cantada em português confere a «Semente» potencia de forma eficaz todo o impacto que as composições poderiam apresentar isoladamente.
Em termos instrumentais os Sinistro vagueiam entre várias atmosferas mas o conjunto é tipicamente Post-Doom com laivos Gothic à mistura mas juntando a vertente vocal, o resultado final é transportado para terrenos que ultrapassam claramente as fronteiras do Metal. Adicionando uma teatralidade exuberante às actuações ao vivo, é em cima de um palco que este álbum tem o ambiente propício para ser apreciado em toda a sua plenitude, quer seja no espaço acanhado do Cave 45, no reputado Roadburn ou como banda surpresa do mais recente SWR.
Mai-16 [ 82 / 100 ]
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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » quinta mai 26, 2016 12:36 pm

HEAVENWOOD - The Tarot of the Bohemians / 2016

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Editando os 2 primeiros álbuns através da Massacre Records, os Heavenwood foram umas das primeiras bandas lusitanas a conseguir o ambicionado salto mas a desejada progressão internacional acabaria cortada por um interregno de uma década. Em linha com o passado o colectivo regressa em força em 2008 reassumindo-se como uma das mais importantes bandas do movimento Goth Metal nacional. Com Ernesto Guerra e Ricardo Dias à frente desta quinta incursão discográfica, a banda de Gaia volta a contar com o contributo de Daniel Cardoso naquela que pretende ser a primeira parte de um conceito dedicado às cartas mais enigmáticas do Tarot.
Mais agressivos e ríspidos que anteriormente e com uma produção não totalmente feliz, faltam talvez em «The Tarot of the Bohemians» momentos marcantes, refrães inesquecíveis e até aquelas canções de referência, embora no seu conjunto estas 12 cartadas possuam diversos pontos de interesse e uma diversidade digna de registo ao nível das composições. OK, não temos aqui nenhum «Judith Heavenwood», nem sequer um «Rain of July», o Jeff Waters a rasgar num «Bridge to Neverland» ou um sublime «Leonor» mas temas como «The Empress» são suficientes para que os Heavenwood continuem a merecer a nossa atenção.
Mai-16 [ 74 / 100 ]
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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » sábado jun 11, 2016 2:17 pm

DESTRUCTION- Under Attack / 2016

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A caminho dos 35 anos, os Destruction mantém uma regularidade discográfica e uma vitalidade assinalável, não deslocando um milímetro da restante legião teutónica que, decorrendo todo este tempo, não parece dar mostras de qualquer desaceleração. Com um maior número de convidados ou trabalhando isolados, mais agressivos ou varrendo campos mais progressivos mas sem nunca descorar a essência pura do Thrash Metal, os Destruction chegam a «Under Attack» com a mesma formação que tem trabalhado junta nos últimos 5 anos. Vaaver atrás da bateria tem acrescentado uma componente técnica e uma destreza brutal à sonoridade do trio germânico, sublinhando de forma letal as linhas de baixo arranhadas por Schmier, os riffs mais melódicos, por vezes lentos mas não raras vezes totalmente desenfreados e os solos vertiginosos executados por Mike Sifringer. Balanceando entre a melodia e a agressividade, os temas assentam invariavelmente em estruturas compostas por versos galopantes e coros mais catchy, com a voz rasgada e ácida de Schmier a comandar as hostilidades. Ainda não terá sido desta que chegaram perto do avassalador regresso com a dupla «All Hell Breaks Loose» e «The Antichrist» mas «Under Attack» possui todos os genes necessários estando em linha com os álbuns mais recentes. Jun-16 [ 75 / 100 ]
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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » sábado jun 25, 2016 1:00 pm

FLOTSAM AND JETSAM / 2016

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Aliando uma componente marcadamente Power Metal a estruturas próprias da sonoridade Thrash, os Flotsam and Jetsam foram construindo uma carreira sustentada e sólida o longo das últimas 3 décadas, sem nunca terem alcançado a exposição e mediatismo de muitas das bandas que nasceram e cresceram nessa mesma época. Após um arranque onde conseguiram alguma atenção, não só e apenas por terem sido a banda onde os Metallica foram buscar o substituto para Cliff Burton, o quinteto do Arizona tem gravado ininterruptamente ao longo dos anos, por vezes de uma forma menos conseguida, uma discografia que chega agora ao 12º original.
Em nome próprio e apenas com Eric A.K. como membro original, embora o guitarrista Michael Gilbert e o baixista Michael Spencer apesar das (re)entradas mais recentes sejam velhos conhecidos, principalmente o primeiro que já tocou em 8 álbuns do colectivo, estamos perante mais um conjunto de temas onde a voz inconfundível do vocalista que além da boa forma nos trás um pouco da nostalgia dos tempos passados, a melodia brilha através das canções e as guitarras manifestam-se num excelente trabalho de execução e groove. Com «Iron Maiden» presta-se uma homenagem a uma das referências base num tema absolutamente devastador.
Jun-16 [ 82 / 100 ]
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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » quarta jul 20, 2016 7:09 pm

RAGE - The Devil Strikes Again / 2016

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Abdicando de Victor Smolski, o virtuoso guitarrista e extraordinário compositor russo que integrou a banda germânica durante 16 anos, aparentemente por divergências musicais entre ambos, Peter "Peavy" Wagner conduz os seus Rage novamente num sentido mais directo, ríspido e pesado. Sem a pompa e circunstância dos últimos tempos, preterindo os teclados, as estruturas grandiosas e uma costela mais Metal-Opera, «The Devil Strikes Again» como que inflecte para uma fase pré-«Ghosts», onde as influências mais clássicas e a melodia se voltam a diluir na esmagadora maioria dos temas, agora rápidos, agrestes e viscerais. Com uma tonalidade mais Thrash, Peavy vê-se coadjuvado pelo guitarrista venezuelano Marcos Rodríguez e por Vassalos Maniatopoulos, um antigo técnico de som de Chris Efthimiadis, também ele grego e que esteve na banda como baterista entre 1987 e 99. Não se avizinhando tempos fáceis na tarefa de suplantar algumas das formações anteriores, o tempo dirá se este novo trio será capaz de oferecer algum trabalho em linha com uma das fases mais emblemáticas da banda. Suplantando os 30 anos, os Rage recebem com a mudança seguramente uma nova injecção de adrenalina, mesmo que nunca tenham denotado necessidade de tal. Jul-16 [ 75 / 100 ]
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Re: "The Bronze Age" - Análises

Mensagempor [BR11] » sábado set 10, 2016 1:50 pm

CRADLE OF FILTH - Dusk... and Her Embrace - The Original Sin / 2016

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"Depois da arrasadora estreia em 94 e de «V Empire», aguardava-se com enorme expectativa a entrada da banda na poderosa Music For Nations. Aprimorando o contraste ente uma faceta melódica e uma sonoridade o mais caótica possível, os Cradle of Filth confirmavam-se definitivamente como os líderes de um movimento extremo que ajudaram a criar" - escrevia eu algo assim em meados de 1996.
Com a mesma formação de «The Principle of Evil Made Flesh» a banda gravaria em 1995 pela Cacophonous o seu sucessor que, por falta de consenso, ficaria na gaveta até aos dias de hoje. Entretanto o grupo desmembra-se com a saída de Paul Allender e dos irmãos Ryan para os The Blood Divine e só um ano mais tarde, e já com uma nova formação, «Dusk and Her Embrace» é regravado, com uma sonoridade mais polida, sinfónica, a qual acabaria por catapultar os Cradle of Filth para voos mais elevados. Curiosamente uma certa nostalgia parece ter voltado ao seio do grupo britânico com o lançamento orquestral de temas dos 4 primeiros álbuns em «Midnight in the Labyrinth», a versão remasterizada de «Total Fucking Darkness» e um último álbum de originais que trouxe a banda novamente para a linha da frente.
Set-16 [ nd / 100 ]
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