Política - Discute/Opina

[Psychoneurosis]

Sim, é comum ouvir-se isso, mas não penso dessa forma. Até tenho orgulho nas gerações mais novas. O Ruben Amorim é mais novo que eu!

[Zyklon]

Isso é o que todas as gerações mais velhas dizem das mais novas, não há futuro estes novos vão estragar tudo. Isto já é assim há milhares de anos. Desde a Suméria à Grécia antiga exitem registos a dizerem o mesmo.
Assumam, estamos velhos!

Verdade!
Mas existe um problema agora...os avanços cada vez mais brutais da tecnologia algo impensável alguns anos e o choque que cria com a humanidade.
Eu e muitos por aqui fazemos parte de uma geração que a dada altura foi chamada de "geração rasca", talvez tenhamos sido porque esta geração são os nossos filhos e os valores que lhes demos foram tão confusos e bizarros que deram origem a esta salganhada de moralismo, liberdade e hipocrisia que talvez em nenhuma outra fase da humanidade tenha sido tão assustadora como agora.

[Selvagem]

Isso é o que todas as gerações mais velhas dizem das mais novas, não há futuro estes novos vão estragar tudo. Isto já é assim há milhares de anos. Desde a Suméria à Grécia antiga exitem registos a dizerem o mesmo.
Assumam, estamos velhos!

True, mas eu não queria atribuir culpa às novas gerações. Se eles são como são a culpa é nossa enquanto sociedade, pela forma como falhamos na sua educação.
E com isto esqueci-me de referir que no meu post estava a generalizar, obviamente que há jovens excepcionais nas novas gerações, apenas apontei tendências.

Até é uma coisa que me irrita solenemente estar sempre a ler (nas caixas de comentários maioritariamente) coisas do género "em vez de andarem a brincar na rua", "em vez de andarem na escola", coisas deste género sempre que se vê jovens a mostrarem interesse e a participarem activamente em questões políticas e sociais. A Greta então está sempre a levar no "focinho".

Tenho admiração por esses jovens que lutam pela qualidade do seu futuro. Infelizmente acho que o modo como se fazem ouvir (referindo-me às acções dos activistas climáticos) acaba por prejudicar mais a sua luta do que ajudar. A maior parte das pessoas não esta devidamente consciencializada para o problema e essas acções deixam as pessoas irritadas e a menosprezar um problema já de si polarizador.

E entretanto:
https://observador.pt/2024/11/12/shell-vence-recurso-que-a-obrigava-a-petrolifera-a-reduzir-emissoes-de-co2/

alfas mimados que misturam misoginia e putedo quer do lado masculino quer do lado feminino.

Concordo. E recomendo, a quem tiver interesse, a ir ouvir o episodio do podcast da Comissão Política do Expresso do passado dia 5 de Novembro sobre as guerras culturais, muito interessante. Um dos convidados é um académico que estuda estes fenómenos e explica, como tanto à Esquerda como à Direita, se encontram os falhados e ressentidos do Socialismo e do Capitalismo que estão na génese destes movimentos.
Sucintamente, à esquerda estão as minorias e os grupos racializados cujos avanços sociais não foram suficientes para melhorar os seus problemas: continua a haver imenso racismo, misogenia, discriminação e desigualdade apesar de todos os esforços e conquistas da história recente nesse sentido.
À direita estão os falhados do capitalismo, homens brancos que sempre acharam-se historicamente numa posição superior, a quem lhes foi prometido que se trabalhassem veriam o retorno do seu esforço e seriam alguém na vida e que contudo nunca venceram. Aqui entram os populistas com o "nós" vs "eles" que canalizam esses ressentimentos para os que são diferentes, fazendo desses grupos uma ameaça com a qual têm de competir.
Isto é muito resumido, o problema em si é muito mais complexo obviamente.

Este ultimo ponto remete para outra tendência que se vê muito ultimamente, e que por vezes até está associada a esses discursos de macho alfa, que são a praga dos life coachers, gurus teóricos do empreendedorismo, self-improvement e pró-ambiçao desmesurada, que tanto cativa os neo-fascistas como o neo-liberais mais fanáticos. "Se lutares, se te esforçares, podes conseguir o quer seja, os melhores empregos, os melhores bens de consumo, as melhores mulheres."
Infelizmente a realidade é diferente, nem todos podem vencer, por cada vencedor há imensos perdedores e, se é verdade que o trabalho e empenho são essenciais, a sorte e o acaso também desempenham um papel importante. É desonesto fazer acreditar que se chega longe só pelo esforço e nunca preparar a pessoa para a eventualidade do fracasso. A pessoa depois quando falha não vai procurar as razões do fracasso em si, vai canalizar as suas frustações nos outros.

mas depois há essa massa permeável a esse bombardear de informação e tendências. Basta perguntar-lhes por quem são os seus atuais heróis.

Deixa-me adivinhar, youtubers e influencers?

[aetheria]

Até é uma coisa que me irrita solenemente estar sempre a ler (nas caixas de comentários maioritariamente) coisas do género "em vez de andarem a brincar na rua", "em vez de andarem na escola", coisas deste género sempre que se vê jovens a mostrarem interesse e a participarem activamente em questões políticas e sociais. A Greta então está sempre a levar no "focinho".

x2
Continuo a achar que a maior parte da merda é feita pelos adultos/pais, mais do que por eles.
É certo, como refere o Selvagem, que há ações que só descredibilizam e causam o efeito contrário, mas se calhar o "desespero" vem-lhes do facto de, na maior parte da vezes, estarem a falar com esteios, que negam o óbvio ou gerem tudo em função da carteira.

Deixa-me adivinhar, youtubers e influencers?

Exatamente. Depois ficam espantados porque eu não conheço (o que não é de estranhar, no fosso de gerações, mas dessa área, como lhes explico, não, obrigada). Numa das vezes, fui ver quem era uma, que tanto espantou a miúda que eu não a conhecesse (já não lembro o nome): é brasileira, tem 22 anos, já fez várias operações estéticas, e acho que não faz mais nada a não ser "dar conselhos"
Por acaso, até nisto se vê o quanto o mundo está polarizado, porque tanto tenho miúdos ignorantes sobre questões essenciais do dia a dia, apenas "informados" sobre tiktokers e influencers, como tenho miúdos que deploram este tipo de fixação de outros jovens, que são informados e muitos mais conscientes politicamente do que eu era na idade deles.

Mas aquilo que se passa no mundo dos "influencers" é preocupante e daí que a vontade que dá é mesmo partir para a censura, porque, quer queiramos quer não, são "educadores" (muitos pais não sabem ter este papel, apenas são disciplinadores - quando o são - e provedores). E digo que é preocupante só com a pequena amostra que a Joana Marques me dá no seu "extremamente desagradável", que é onde descubro esses seres. E depois saber que têm milhares de seguidores. E depois pensar que muitos desses seguidores ou são pais ou são filhos... irra.

[Selvagem]

Por acaso, até nisto se vê o quanto o mundo está polarizado, porque tanto tenho miúdos ignorantes sobre questões essenciais do dia a dia, apenas "informados" sobre tiktokers e influencers, como tenho miúdos que deploram este tipo de fixação de outros jovens, que são informados e muitos mais conscientes politicamente do que eu era na idade deles.

Mesmo não lidando diretamente com jovens, pelo que me vou apercebendo também tenho essa noção.

Existem muitos jovens brilhantes. Vejam por exemplo as miúdas do Lei da Paridade, ainda que não concorde muitas vezes com alguns pontos de vista, não há como negar que são incrivelmente cultas e articuladas. Já estão na casa dos 20 mas o nível de conhecimento politico que têm não se atinge de um dia para o outro.
Mesmo o Bugalho, personagem que me irrita profundamente tanto em carácter como ideologia, não posso deixar de reconhecer o valor. Entre outros exemplos.

Mas aquilo que se passa no mundo dos "influencers" é preocupante e daí que a vontade que dá é mesmo partir para a censura, porque, quer queiramos quer não, são "educadores" (muitos pais não sabem ter este papel, apenas são disciplinadores - quando o são - e provedores). E digo que é preocupante só com a pequena amostra que a Joana Marques me dá no seu "extremamente desagradável", que é onde descubro esses seres. E depois saber que têm milhares de seguidores. E depois pensar que muitos desses seguidores ou são pais ou são filhos... irra.

É como eu, também descubro muitas dessas pérolas pelo Extremamente Desagradável e pelo Programa do Batáguas.

Não deve ser nada fácil educar um filho hoje em dia, tal como não deve ser fácil "ser filho", com tantas fontes de informação e educação a impor-lhes como devem ser e o que pensar: a família, a escola, as redes sociais, os amigos.
Isto tudo faz-me sentir sortudo por ter crescido na altura que cresci, era tudo mais simples e tranquilo, o final do século XX foi uma altura bastante priveligiada para se crescer.

[aetheria]

Isto tudo faz-me sentir sortudo por ter crescido na altura que cresci, era tudo mais simples e tranquilo, o final do século XX foi uma altura bastante priveligiada para se crescer.

Digo-o TAAAAANTAS vezes. Sinto que vivi um período áureo: pós-guerras, pós-ditadura, com desenvolvimento económico, cultural, de MENTALIDADES. Assistimos ao inverso, e isto não é ser fatalista, é a ordem natural das coisas/da História.
Apenas me faz pensar o quanto tudo isto é aleatório, nascemos quando nascemos sem intervenção nossa. Os que nascem agora terão de gramar com um período da História, talvez, menos positivo. E o que verdadeiramente me incomoda é ter filhas jovens... gostava que elas vivessem, pelo menos, com a mesma esperança e visão descontraída do futuro como eu tinha, na idade delas.

[Psychoneurosis]

Infelizmente acho que o modo como se fazem ouvir (referindo-me às acções dos activistas climáticos) acaba por prejudicar mais a sua luta do que ajudar. A maior parte das pessoas não esta devidamente consciencializada para o problema e essas acções deixam as pessoas irritadas e a menosprezar um problema já de si polarizador.

Essa é uma questão pertinente mas a verdade é que hoje em dia e casa vez mais, as coisas têm que criar um impacto para que sejam notadas e que nos preocupamos com as mesmas.
Veja-se a situação das greves por exemplo.
Quem vai de carro todos os dias para o trabalho não quer saber do porquê nem o que move os trabalhadores dos transportes a fazerem greve.
A não ser que necessites de um serviço público, não queres saber porque fazem greve .
Se não tiveres filhos na escola não te interessa o motivo porque os professores e ou restantes funcionários fazem greve, só te preocupas porque tem impacto e precisas de deixar os filhos em algum lado se tiverem em idade para que isso seja necessário.
É uma generalização, mas infelizmente acontece muito isto, a não ser que a coisa tenha algum impacto na tua vida, muitas vezes passa-te ao lado.
O problema da habitação em Portugal? Só quando muita gente começou a ver que não conseguia comprar nem alugar casa é que se abriu os olhos para ver o que já eles estava a ver que ia acontecer com tanto AL e coisas do género. Enquanto eram os velhotes a serem expulsos das suas casas de anos e anos, era só mais 2 minutos no telejornal.
E a culpa ou melhor o desinteresse por estas questões não é, nem pode ser atribuída aos miúdos de hoje em dia, mas sim ao pessoal da nossa idade na casa dos 30s, 40s, 50s e que de um momento para o outro começaram a levar com coisas que mexiam e mexem com as suas vidas.
A guerra na Ucrânia, por exemplo, chegou a um ponto em que a conversa à volta deste assunto era o crescimento dos preços provocados pela guerra, as mortes, o genocídio, a barbárie passou quase para segundo plano.

[GoncaloBCunha]

Como estou extremamente fatigado e como também não tenho muito a acrescentar às excelentes dissertações postulados pelos meus queridos colegas, venho só acrescentar que estamos a assistir em directo à mais rápida e maior transformação da História da Humanidade. Principalmente alguns de nós, que crescemos num mundo pré-internet. A diferença é avassaladora.

[abyssum]

Eu e muitos por aqui fazemos parte de uma geração que a dada altura foi chamada de "geração rasca",

Tive uma professora que dizia, não eramos a geração rasca mas sim a geração à rasca, na altura não percebia mas poucos anos depois ao entrar na idade adulta com o flagelo do desemprego e as sucessivas crises económicas , isto de facto não se vê melhorias nem para as novas gerações.

[aetheria]

A propósito de IA e jovens e futuro e tal...

https://guinote.wordpress.com/2024/11/12/a-web-summit-presta-se-a-parolice/

Ah e isto! A parte de deixar cair telemóveis em sanitas seria altamente do meu interesse (já me aconteceu três vezes... don't ask ), mas o relato do Markl no início da peça é muito interessante...
https://open.spotify.com/episode/2lpfpm2y6Z7PaJKAV9VqSD?si=uk1DQxeHTeiCZwpcoLdHjA

[pafg]

Estou a gostar de ler as opiniões. Teria muito a dizer sobre os assuntos, especialmente sobre redes sociais e os seus efeitos nas diferentes gerações. Fenómenos como diminuição drástica do "attention span", superestimulação visual, narcisismo rampante, diminuição drástica do exercício da empatia, excesso de fluxo de informação, acesso precoce a conteúdos impróprios, adição a pornografia... etc etc...
Talvez outro dia.
Só para rematar, um pouco por todo o Ocidente esta viragem à Direita surge como resistência directa ao chamado "wokeismo" e a políticas de imigração desastrosas. Assistimos ao regresso em força do Conservadorismo que assim se legitima a fazer o que bem entende por falta de alternativas que respondam às preocupações da classe média (foi assim que o Trump ganhou as eleições), como a inflação e a crise da habitação, em vez de viverem obcecados com políticas de imigração, diversidade e inclusão.
Vejo tudo isto com apreensão mais pela polarização de opiniões e progressivo radicalismo de Esquerda e Direita com vista agradarem ao seu eleitorado. Moderação e Centrismos são, aparentemente, coisas do passado.

[Selvagem]

Essa é uma questão pertinente mas a verdade é que hoje em dia e casa vez mais, as coisas têm que criar um impacto para que sejam notadas e que nos preocupamos com as mesmas.
(...)
É uma generalização, mas infelizmente acontece muito isto, a não ser que a coisa tenha algum impacto na tua vida, muitas vezes passa-te ao lado.
(...)
E a culpa ou melhor o desinteresse por estas questões não é, nem pode ser atribuída aos miúdos de hoje em dia, mas sim ao pessoal da nossa idade na casa dos 30s, 40s, 50s e que de um momento para o outro começaram a levar com coisas que mexiam e mexem com as suas vidas.

Concordo com tudo, e sei que é preciso abanar bem as coisas para que a nossa voz se faça ouvir. A questão é que nos exemplos que referes os problemas são tangíveis e qualquer pessoa consegue pôr-se na pele do outro nessas questões. Eu posso não ser professor ou funcionário dos transportes, mas sei o que custa ganhar pouco ou ter más condições de trabalho. Quando o efeito das greves acaba por ter impacto nas nossas vidas, na sua maioria somos solidários com esses movimentos porque já todos passámos por algo semelhante.

A questão climática é a meu ver ligeiramente mais delicada em dois pontos. Primeiro é encabeçada maioritariamente por jovens, muitas vezes adolescentes, e acho que isso desvaloriza esses movimentos aos olhos dos mais velhos como sendo uma qualquer paranoia juvenil. Daí se ver com frequência nas caixas dos comentários coisas como "vão mas é prá escola" ou "eles sabem lá o que a vida custa", etc.
Em segundo, é um problema não tangível, hoje dia há mais uns quantos furacões, algumas tempestades mais violentas, mas isto sempre aconteceu, então ter uma percepção do aumento da frequência ou intensidade destes fenómenos é difícil para uma pessoa comum. Os jovens estão a lutar maioritariamente para evitar algo que, apesar de já estar a acontecer, ainda vai demorar até que os seus efeitos sejam mais catastróficos e globais. A maioria das pessoas vê isto como um não-problema ou como um problema secundário, basta ver a representação de partidos verdes na nossa assembleia.

O problema climático é em si difícil de compreender e explicar e alguns dos efeitos demorarão décadas a evoluir e a fazer-se sentir. Dizer a uma pessoa comum, sem nenhum background científico, a diferença que faz um ou dois graus de temperatura é complicado.
E nem quero entrar nos entraves criados pela indústria para retardar estas acções, veja-se o exemplo da Shell que dei lá atrás.

[Psychoneurosis]

Eu sei ou tenho noção que o problema das alterações climáticas é diferente.
E quase tão preocupante quanto a situação em si é a forma leve como muita gente o leva... Mais uma vez, basta ler as caixas de comentários...
Mas há pessoal que se está completamente a cagar para estas coisas, e nem uma merda de uma reciclagem faz, seja por ignorância ou por nem querer saber...
Há dias apanhei uma pessoa na casa dos 20 e poucos , no refeitório do trabalho, a deitar salada fora ( outra coisa que me irrita solenemente, deitar comida fora) no espaço da reciclagem das cápsulas de café, ainda por cima com um sinal por cima a dizer que ali era o lugar das cápsulas.
Fiquei tão estúpido , que nem fui capaz de dizer nada (erro meu, eu sei ).

[Selvagem]

Percebo a frustração, acho que todos os que minimante se preocupam passam pelo mesmo.

A mim o que mais me tira do sério é o lixo.. ir à praia, campo ou floresta e encontrar montes de lixo. Não sei como é noutros países mas Portugal é uma lixeira, as pessoas são porcas.
Encontra-se maioritariamente à beira da estrada, gente que não consegue guardar o lixo no carro e pôr depois no caixote.. ao ver o quanto falhamos em coisas tão simples, fica pouca vontade de remar contra a maré e tentar construir um mundo melhor.

Eu faço a minha parte e tento sensibilizar para os problemas e também tomar acções, mas por vezes vê-se que é uma luta inglória e infrutífera. Não é raro entrar em full-nihilist mode e achar que o melhor é o destino seguir o seu rumo and let the world burn.

[Selvagem]

Ainda sobre os jovens e redes sociais, encontrei agora esta notícia:

https://www.publico.pt/2024/11/07/tecnologia/noticia/australia-vai-proibir-utilizacao-redes-sociais-menores-16-anos-2110936

Penso que a solução será ir por uma via deste género. Outros países já tentaram algo assim mas dependia de decisão dos pais. A Austrália inova no sentido de a proibição ser total, quer os pais queiram ou não.

Por muito que seja contra proibições, penso que é uma medida razoável, não é um controlo transversal a toda a população, apenas àqueles que são mais directamente afectados e susceptíveis nas redes sociais.
É uma restrição como se faz à pornografia ou conteúdos violentos. Agora, como vai ser implementado não faço ideia, os jovens são bastante habilidosos com a tecnologia e decerto vão conseguir contornar o sistema, qualquer jovem também consegue aceder facilmente a porno e conteúdos violentos apesar de ser-lhes proibido..