2024.07.07_09 - NADA - Na Alma do Alentejo Fest 2024 - Beja - Portugal

[emperium]

Apesar de todos os percalços gostei de rever TAAKE. Mas de facto podia ter sido melhor. Agora vão ser mais 10 anos até o Hoest voltar a tocar em Portugal

[schwarze_engel]

Também convém esquecerem as luzes flashadas viradas para o público

Isto!! Por favor... Queria olhar para o palco e não conseguia.

Essa foi só uma das 3 coisas que não me deixaram aproveitar Taake como devia.
Uma outra foram as constantes distracções por causa das avarias em palco, e a última (ou primeira) foi aquela espera toda, que me matou. Mais um pouco sem aparecerem em palco, e bazava para o hotel...
Foi pena porque Taake foi se calhar a principal razão para ter feito aqueles Kms todos, mas enfim, um concerto não faz o festival e no geral o balanço foi positivo.

- O sítio é porreiro - longe das casas o suficiente para não chatear ninguém com barulho, mas perto do centro o bastante para se poder ir a pé.
- Tinha WCs a sério, que é coisa que não só prezo muito, como permite ingerir uma maior quantidade de cerveja - que, btw, era Super Bock.
- Gostei muito das 'cartas fora do baralho' que foram Spiritual Front e Christian Death. Ambos estiveram muito bem a integrar-se num meio que à partida não é o deles, e quanto a mim foram uma quebra na brutalidade surpreendentemente bem-vinda. Sou uma poser.

Os atrasos e troca de slots sem aviso por acaso a mim não fizeram qualquer diferença, mas para quem estivesse, porventura, a fazer contas a horas para jantar fora dali ou algo do género, teria dado jeito um aviso qualquer. Nem que fosse um papel afixado junto à porta, a dizer "Fulanos trocaram de slot com sicranos", ou algo assim.
Quando Dark Oath estavam a preparar o palco, veio um tipo ter comigo: "Eu vi umas imagens dos Impaled na net e não se parecem muito com estes, pois não? "
Outros estavam a guardar lugar na frente para ver Enchantya e quando deram conta que ia ser Destruction, tiveram que sair dali para salvaguarda da integridade física.

Também estranhei as grades, especialmente não havendo um contingente de seguranças capaz de segurar as 'ondas'... As senhoras eram simpáticas, mas eram só duas, e mais um, acho eu. Depois percebi: as ondas éramos nós quem as segurava, porque os Destruction não permitiam que a malta saísse do crowdsurf pela frente do palco. Muita sorte não ter havido quem se aleijasse a sério. Um caiu de cabeça no chão, mas vi-o sair pelo próprio pé. Um outro bateu com ela em cheio na grade, mas também continuou por lá... fora os que não terei visto.

Eu tb já devia estar torcido, mas eu sou do público. Lamento mas isso mostra falta de profissionalismo. Se a pessoa em causa tinha um compromisso tinha de o cumprir. Ou alguém que o fizesse por ele. Ou para a próxima ponham no cartaz "afterparty se o dj não se enfrascar à grande."

Atão mas isso está subentendido, pá! Avisar para quê? É claro que se o DJ estiver emborrachado não comparece. OU ENTÃO... comparece e passa José Pinhal e Graciano Saga... Oh! Isso é que era!!

Mas enfim, é como foi já aqui dito: dores de crescimento que se perdoam pelo bem que soube um fim de semana no Alentejo, terra onde tão raramente vou e onde se come e bebe tão bem (eu sei, pareço um camone quando vem a um qualquer sítio de Portugal e se baba todo a elogiar a gastronomia, mas é verdade, porra).

Belas tardes na Pracinha para se digerir o almoço, com bom musicol - e sim, incluindo a amostra de Cante Alentejano.
Belas migas e secretos de porco preto, e belo tinto a acompanhar - a única pena foi no recinto não terem igual para se jantar, mas não se pode ter tudo.
Quisera eu ter conseguido estar lá cedo na sexta para aproveitar mais, mas mesmo só chegando às 23h, valeu a pena o esticão da viagem, sob chuva e trovoada.
Faço votos que haja mais NADAs que me puxem a território alentejano.