Survival Is Suicide - não tenho memória de uma banda de abertura tão...má (não há mesmo forma de dizer isto de outra maneira). Aliás, a presença desta banda num pack de tão boa qualidade é de muito difícil justificação, ou talvez não, se tiver sido por influência direta do promotor espanhol desta tour. De uma forma ou de outra, foi um concerto sem ponta de interesse, apenas dois elementos, baixista/vocalista e baterista a tocarem (really?) ou, pelo menos, a tentarem tocar algo que se parecesse com metal extremo (no metal-archives está catalogada como death metal), sem qualquer variação, sem qualquer nuance, numa toada super aborrecida e mesmo entediante. Foi penoso.
Attic - foi uma excelente surpresa a reentrada, à última hora, da banda no cartaz deste evento. Aqui sim, as coisas começaram verdadeiramente a sério. Embora inicialmente a voz estivesse demasiado baixa relativamente aos restantes instrumentos, o que prejudicou um pouco os primeiros temas, as coisas melhoraram substancialmente, sendo possível ouvir e apreciar os vocais de Meister Cagliostro. Embora a banda seja relativamente recente, já se mostra bastante traquejada em palco, o que foi possível verificar logo desde o início, sabendo imprimir a toada certa, num concerto de heavy metal mas com uma atmosfera bem black metal. Mostraram também uma boa presença em palco, com destaque, mais uma vez, para o vocalista. As finais There Is No God e The Headless Horseman foram os maiores destaque de um concerto muito bom, que me deixou com vontade de os ouvir e ver mais vezes.
Valkryrja - segunda vez que os vejo, e novamente juntamente com Marduk (após o concerto no SWR de há uns anos). Para um ouvinte ávido de BM pode parecer talvez ser um pouco estranho pouco ter ouvido esta banda (apesar de ter gostado de os ver no SWR), mas é isso que me tem acontecido. Tal facto tem a ver fundamentalmente com falta de qualidade da banda, mas mais por alguma falta de algo que verdadeiramente os distingue das muitas outras propostas musicais nesta área. As referências com Watain são óbvias, e isso não é um facto negativo, pelo contrário. No entanto, e voltando novamente ao que referi, não lhes conheço um álbum verdadeiramente marcante ou distintivo (quem discordar, agradeço que sugira um álbum por onde pegar nesta banda.

Marduk - já os vi algumas vezes ao vivo mas já há algum tempo que não os via (thanks notredame!), por isso mal soube deste concerto anotei logo na agenda. Apesar desta tour pretender promover o último álbum Viktoria, já se sabe que o Morgan não gosta muito de mexer na setlist, por isso não tocaram tantos temas quanto seria de esperar de um novo álbum (apenas Werwold e Equestrian Bloodlust). Fiquei bastante satisfeito com esse facto, embora o Viktoria tenha rodado bastante por aqui, pois tornou a setlist bastante diversificada e passou por grande parte dos álbuns da banda, pelo menos os mais marcantes. Começo demolidor com a Panzer Division Marduk seguida da Baptism By Fire, marcaram logo uma posição bem forte da banda, arrancando para um concerto curto (não terão tocado muito mais de 60 minutos), mas de uma enorme intensidade e com uma grande entrega da banda, especialmente do Morgan e do Mortuus. Foi um verdadeiro concerto de BM à moda antiga, apenas corpsepaint, sem velinhas nem incensos (atenção: nada tenho contra, antes pelo contrário, mas em Marduk fica-lhes bem esta postura.


