
Mesmo assim, achei por bem debitar os meus 2cent sobre esta edição do Laurus.
Novo recinto, mais pequeno e comedido. Estava com algum receio quando vi as plantas do espaço, mas acabou por se revelar suficiente para o público que marcou presença. Ainda me lembro da volta gigante que tínhamos que dar no ano passado para chegarmos aos palcos, e do descampado que havia na área de restauração... Aqui, esteve tudo mais próximo e tornou-se mais fluida a circulação entre os vários espaços. Os pés agradeceram e ninguém se atropelou sem ser no pit.
Portanto, o novo espaço está aprovado, contanto que seja para estes números de público. Se lhe meterem mais umas 150/ 200 pessoas já é capaz de atulhar.
Comes e bebes podiam ser mais diversificados (cachorros, hambúrgueres e bifanas básicas. Para 1 dia estaria ok, mas para 3 satura um pouco).
Vinho verde: nunca tirem de lá os senhores do vinho verde, se faz favor. Especialmente se for para manter a Estrella Galicia em vez de cerveja.
Quanto aos palcos, gostei de todos.
O "faz a tua cena", na área de acesso livre, teve o ponto alto com Capela Mortuária no 3º dia, que deram um show do crl.
O palco interior, na 'escola', estava muito fofinho embora um pouco quente durante o dia - mas isso provou ser bom depois, nas after parties (que em Vagos, por exemplo, pecam por ser ao ar livre, levando uma pessoa a desistir a meio pelo frio e pelo cansaço).
O palco principal esteve com a qualidade de sempre, com bom som, e não perdeu nada com a mudança de espaço.
Bandas:
1º dia valeu por Chaoseum, que eu não conhecia mas que surpreenderam por soarem tanto a Korn.
AxDxT deram a festa habitual, provavelmente incompreendida por muitos.

Dentro da escola, os Godark fizeram a festa, mas estava muito calor para mim por isso ouvi lá de fora.
2º dia ganho por Suicidal Angels (porrada!), sendo que os Attick Demons também puseram a malta toda a cantar no palco principal.
Na escola, Anzv e Cape Torment a merecer os destaques do dia, não desmerecendo os restantes.
Quanto aos cabeças de cartaz, tenho a dizer que os Faketushka cumpriram com o esperado: missinha com muitas velas, incenso e ícones... e uma sensação de imitação daquilo que Batushka um dia foram. Encheram os olhos, mas o sermão não convenceu. Venham os Truetushka, mas é.
3º dia com a maior afluência de público, como esperado. Casa esgotada para ver Katatonia. Não aprecio a banda, ainda tentei mas não consegui ficar a ver (e em alguma altura tinha que jantar, não é verdade?), mas fiquei contente pela organização.
Antes deles, já Pitch Black e Hate tinham passado com o rolo compressor em toda a gente, cada um à sua maneira.
Pontos positivos:
- espaço mais acolhedor
- vinho verde branco
- lugares para sentar à sombra a ver os concertos
Pontos a melhorar:
- regresso dos WCs a sério em contentor, como tem Barroselas e como chegou a ter o Laurus antes da pandemia.
- mais diversidade na restauração
- ventilar mais o palco interior, se possível
Louvor à organização por não desistir perante as adversidades. Adapt & Survive, como dizem os nossos amigos.
Por mim, siga neste formato mais maneirinho no próximo ano!
