O evento decorreu na Sede dos Trovadores do Cano, bem no centro de Guimarães.
Em cartaz estavam oito dos emergentes nomes do underground vimaranense, Square, Hacksaw, In Vein, Rock Poets, NightMyHeaven, Cratera, Koltum e Orion Belt.
Pontualmente, os Orion Belt iniciaram a sua actuação com “Suidide” continuando de seguida com o tema “Mama Said”:

Esta foi a primeira vez que pude realmente ver e ouvir Orion Belt, e com as condições ideais.
Prosseguiram com a homónima “Orion Belt”, “These...” e “Deserved peace”, num rock com cheiro a mar e em tubo pela guitarra do Malheiro que guia muito bem as manobras.
Os Orion Belt não desiludiram e tiveram um bom espectáculo que foi terminado com a música “Master i'm here for you”.
De seguida, e à hora marcada, o palco é irrompido pelo Black Metal dos Koltum:

A promover “Course of Evil” (demo-tape recém lançada pela Hell Unleashed Records), os Koltum começaram o espectáculo com o mesmo tema que inicia a sua demo, “Hours of Darkness”, da qual podemos ouvir na íntegra os restantes temas, “Without Mercy”, “Course of Evil” e “Demon of War”.
Durante meia hora respirou-se maldade tendo-se os Koltum apresentado mais coesos e maduros e com uma actuação bem conseguida que foi terminada em glória com “Carpathian Forest” cover de Carpathian Forest.
Seguidamente o palco é enchido pela melancolia dos Cratera, banda vimaranense que também participa na compilação Vimaranes Metallvm “Actus I”:

Durante a sua actuação os Cratera levaram-nos ao seu imaginário vestido de Rock negro e depressivo do qual podemos ouvir os temas "Scream", "Run", "The End Of Me" e "Life Is Pain" - temas esses que figurarão no primeiro trabalho de estúdio a ser gravado em breve - . Os Cratera proporcionaram um momento mais calmo mas nem por isso menos interessante, sempre bem guiado pela voz e guitarra do nEk o baixo do Marco e a bateria do João.
A encabeçar este primeiro acto do Vimaranes Metallvm Fest estiveram os NightMyHeaven:

Ainda a promoverem “Nightfall in the Spiritual World” o seu bom trabalho de estreia, os NightMyHeaven mesmo sem baterista não deixaram os seus créditos por mãos alheias, tomaram o público desde o primeiro momento e deram novamente um bom espectáculo. À introdução seguiu-se “The passage”, “Out of the Shadows”, “NightMyHeaven”, “Scream of Dispair”, “Across the Styx”, “The other Side”, “Unknown Reality” para terminar em beleza com “Lost in Darkness”. Foi muito bom ver que os NightMyHeaven não desarmam perante as adversidades e que continuam em boa forma.
Terminado o primeiro acto, a iniciativa prosseguia no Restaurante da Veiga, a escassos metros do recinto, onde foi servido o Jantar Vimaranes Metallvm:

Fomos 57 pessoas à mesa e o convívio e a boa disposição imperaram.
À hora marcada, o segundo acto do Vimaranes Metallvm começou com a boa disposição do Rock’n’Roll dos Rock Poets:

Este era já o quarto concerto da Tour “Knell Before Rock” que os levará a todo o Portugal e Espanha.
Os Rock Poets iniciaram a sua prestação com o tema “Back Again”, logo seguido de “Hate” e “I Just Wanna Have Something To Do”.
Após um brinde de um bom Jack disparam com “Thank You Lord For Jack Daniels”, “Fly Away” e a cover de Ramones “The KKK Took My Baby Away” para finalizarem com o tema “El Rock Bar”.
De seguida, o palco do Vimaranes Metallvm Fest foi entregue aos In Vein, projecto que prepara o seu trabalho de estreia para muito breve:

Os In Vein iniciaram a sua prestação com “Voices of Dissent”, prosseguindo com os temas “Fall of Men” e “Sounds of Silence”.
Este era um espectáculo com um simbolismo especial já que era o concerto de despedida do Baixinho, e foi uma despedida em glória.
Tal como para todas as outras bandas, o som estava excelente pelo que podemos notar que os In Vein estão agora num caminho mais pesado, mais distante do Heavy/Trash das primeiras actuações e mais próximos de um Power Trash com uma claro evolução de todos os seus membros.
Os In Vein terminaram a sua actuação com “Across this Land” e “Left to Die”.
Seguidamente, a estreia de Hacksaw, e aqui passo para discurso directo:

A actuação de Hacksaw começou com o tema “B.T.K. (Bind Torture Kill!)” a promo-música de Dezembro de 2006 e “I Cum on Her Remains” – estes são dois temas liricamente inspirados em Dennis Rader o famoso serial killer de nome de código BTK (iniciais do seu “modus operandi”) que apenas foi preso à dois anos atrás – .
Em cima do palco, os quarenta minutos de actuação pareceram-me quatro. Foi sempre a disparar com “BloodSwap”, “Torture Squad”, “Meat to Grind” e “In Corpus” para finalizar com a cover de Cannibal Corpse “Striped, Raped and Strangled”.
Havia muita pressão e ansiedade nesta estreia de Hacksaw, mas, em cima do palco tudo se esvaiu e conseguimos por em prática o trabalho dos últimos dois anos que se revelaram uma estratégia vencedora.
No entanto, os verdadeiros vencedores foram todos aqueles que estavam lá apoiar e a fazer a festa com Hacksaw, a eles o meu/nosso muito obrigado por terem tornado este espectáculo um dia para jamais esquecer.
A fechar o Vimaranes Metallvm Fest estiveram os já bem conhecidos Square que só não surpreendem quem já os conhece:

Os Square, como usual trouxeram o seu espectáculo que combina um jogo de luz própria com os seus fatos inserindo todos na sua temática musical.
Começaram a sua actuação com “Keep on Fighting”, prosseguindo lutando com “Selfish Soul”, “Droids”, “Messed Up”, “Not Fall Down”, “Waiting For The End” e “Dead Inside”. O público aderiu ao Trash/Death moderno dos Square e foi presentiado com um tema nova e para terminar, “The Party Is Now”.
Os Square revelaram-se iguais a si próprios e demonstraram o porquê de terem sido a banda vimaranense mais regular neste ano de 2007.
Uma banda que já há muito merece ter um trabalho editado.
O Vimaranes Metallvm Fest primou pela competência, profissionalismo e pelo rigor.
Todos os horários foram cumpridos à risca e a organização não descurou nenhum detalhe.
A equipa técnica (JM Som e Luz) teve um trabalho com muito brio e competência e o som esteve impecável.
Na minha opinião este foi o melhor concerto que já vi de cada uma das bandas que tocaram já que as condições eram excelentes, o ambiente muito caloroso e todas as prestações foram de muito bom nível.
Em suma, este foi um evento que afirmou definitivamente esta comunidade como o movimento juvenil mais forte da cidade de Guimarães e como um bastião do underground nacional.