Metal Underground

Até estranhei que ninguém tivesse aberto um rescaldo ainda, por isso aqui fica.

Estive no concerto do Passos Manuel e foi (tal como em Lisboa, segundo consta) uma noite absolutamente inesquecível.

Franklin Pereira foi engraçado, muito calmo, muito curto.

SC3 foi uma brutalidade. Sem dúvida dos melhores concertos dos últimos tempos. O set dividido em três partes resulta muitíssimo bem, e gostei de todas por motivos diferentes. A primeira parte totalmente do ROCK, jarda a seguir a jarda, uma energia absolutamente contagiante, que me deixou um pouco aborrecida por ter de estar sentada. A segunda parte foi a minha preferida simplesmente porque tenho um apreço especial pela onda mais... orientalista, vá, dos SC3. Um ambiente espetacular e aquela guitarra do Spruance (que, por ignorância, não sei como se chama nem exactamente o que é) é algo de fenomenal. Ou melhor, o que ele faz com ela é. Tão poucas cordas e um som tão fascinante. Ele faz daquilo o que quer. A terceira parte foi um retorno às rockalhadas com um lado um pouco mais... psicadélico, talvez? Seja como for, foi o poder! E aquele encore partiu a sala toda.

Esteve um ambiente bastante bom na sala, cada vez melhor à medida que o concerto se ia desenvolvendo, com merecidas ovações em pé no(s) final(is).

Digam de vossa justiça, que sei que muitos MUsers estiveram presentes, quer no Porto quer em Lisboa.

O concerto foi no domingo e ainda hoje penso no gig.



Franklin Pereira foi meh.. Já da ultima vez o tinha achado bastante secante e esta vez só o veio comprovar.

No que toca a SC3.. Brutal. Passei o concerto com um sorriso estúpido na cara, fiquei cheio de pica. Quando tocaram a exodus soltei uma lágrima.. Nota ainda para o baterista. Quando partiu a baqueta logo na primeira musica fiquei :O, javardou muito.


Até agora, melhor concerto do ano.

Sim, o baterista era o gajo mais alucinado que vi nos últimos tempos. Esqueci-me de referir isso Eu não sei que droga o gajo estava a tomar, mas não me importava de experimentar um décimo. O gajo tomava conta daquela bateria... Nem sei como é que aquele suporte alto (coiso, perdoem-me a ignorância nos termos técnicos) não caiu ao chão. Esteve quase quase várias vezes.

E pareceu-me que todos os membros da banda interagiam bem em palco e estavam a gostar do que estavam a fazer

Fui ver ao Santiago Alquimista e foi muito intenso.

a 1ª banda Budhi teve os seus momentos. Eram músicos competentes e tal, mas lá para o meio começou tudo a soar semelhante. O vocalista começou a perder a voz gradualmente e nas penúltimas musicas fez um discurso algo estranho. Contudo pareceu-me uma banda de qualidade, apenas acho que deviam ser menos pretensiosos. Ainda me lembro que ele disse na ultima música "agora vamos tocar a blbalbla em 3/4", quase que me ia descontrolando em riso, meus caros não estamos no Jazz e mesmo assim sempre me deu comichão comprar os álbuns que diziam isso.
Fizeram o seu papel e não foi desagradável teve sim bons momentos (Alguns à lá Radiohead) que achei bastante interessantes.

Quanto a SC3, não existem palavras mesmo. Fiquei espantado com a humildade (sem o uso da voz) e a precisão cirúrgica com que eles tocavam aqueles temas. Adorei quando tocaram a cover do Halloween, foi muito bem metido e faz sempre bem relembrar essas grandes composições. A parte do meio foi mais freak! E ele pareceu-me estar a usar uma espécie de citara eléctrica (digo isto dado que a disposição de cordas pareceu-me muito semelhante a este instrumento - mas comparado com o animal em palco que é usado em The Firstborn digamos que aquilo era uma versão muito light! com 1/3 das cordas - Sff corrijam-me se eu tiver errado, gostava de saber o nome exacto daquele instrumento).
Foram muito profissionais e competentes, muito acima das minhas expectativas (para ser sincero). Só tenho pena de eles não terem tocado musicas ainda mais dispares, como aquelas que tocam no extremo Death Metal. Acho que teria tido muita piada ver uma banda com aquele calibre adicionar ainda mais esse bocadinho de pimenta ao set apresentado.

Eles que voltem! Convenceram-me. Banda incrível até desmotiva um gajo a pegar de novo num instrumento.

Até agora, foram os 12€ mais bem gastos de 2009.

Franklin Pereira a lembrar Ravi Shankar na parte final.

Os chefes secretos superaram as enormes expectativas, entraram com uma pujança do caralho e deram um concerto irrepreensível! tirando aquele minuto de atrofio no teclado do Jai

Exterminating Angel e Anthropomorphosis: Boxleitner seriam a cereja no topo do bolo.

Gravei o 2.º e 3.º set, em breve coloco mais vídeos:
"The 3"
"Ship of Fools (Stone of Exile)"

Ireth Escreveu:Um ambiente espetacular e aquela guitarra do Spruance (que, por ignorância, não sei como se chama nem exactamente o que é) é algo de fenomenal. Ou melhor, o que ele faz com ela é.

Esse senhor foi simplesmente o guitarrista/co-fundador/produtor de Mr.Bungle e gravou as guitarras do album King for a Day... Fool for a Lifetime de Faith No More.

Bem, pelo que percebi, aquela "guitarra" do Spruance é um Saz, ou Baglama, electrificado: http://en.wikipedia.org/wiki/Baglama.

MQ Escreveu: Quando tocaram a exodus soltei uma lágrima.

Haha, também fiquei :'). Um dos momentos altos.


Budhi - Deram um bom concerto. Quando entrei na sala pensei "manel cruz?", mas depois ao longo do tempo a voz do rapaz foi ficando mais mnhéee. O instrumental teve lá momentos muito bons, com um feeling todo étnico muito fixe. Gostei principalmente do baterista.

"agora vamos tocar a blbalbla em 3/4", quase que me ia descontrolando em riso, meus caros não estamos no Jazz

Ele disse que iam tocar kizomba em compasso ternário. Estavam a gozar, lol.... E por acaso essa música rullou e os primeiros minutos eram 100% jazz (imho).

SC3 - Porra. Que genialidade. Adorei as três partes. Nem vou estar aqui a esforçar-me por exprimir o quão bom foi que não tenho tempo. Quando eles entraram com fatinhos e óculos à CIA arrepiei-me logo toda, só podia ser um concerto épico .

Déjà loin Escreveu:

"agora vamos tocar a blbalbla em 3/4", quase que me ia descontrolando em riso, meus caros não estamos no Jazz

Ele disse que iam tocar kizomba em compasso ternário. Estavam a gozar, lol.... E por acaso essa música rullou e os primeiros minutos eram 100% jazz (imho).

Really bad joke Sim mas a música era boa...lá isso era.

Ireth Escreveu:Bem, pelo que percebi, aquela "guitarra" do Spruance é um Saz, ou Baglama, electrificado: http://en.wikipedia.org/wiki/Baglama.

Ah nice! Thanks.

De todos os concertos que houve por cá e que gostava de ter ido mas por uma razao ou outra nao pude este era provavelmente aquele que mais desejava ver, imagino que tenha sido um concerto fantastico, cada vez adoro mais esta banda.

Estive apenas no concerto do Santiago, e basicamente já foi tudo dito: SC3 foi algo de genial.
À parte do impacto visual, gostei francamente mais de os OUVIR ao vivo do que em disco.
Em concerto, com menos arranjos e com menos instrumentos do que nos discos, os ritmos e riffs mais "étnicos", resultaram numa sonoridade mais guitar/drum-oriented e por conseguinte, com um poder avassalador.
O Mestre Ches Smith na bateria é um animal. É sem dúvida um dos melhores e mais versáteis bateristas da actualidade.

Espero que voltem, e bem depressa!
Esta semana, o Book of Horizons tem-me acompanhado incessantemente a caminho do trabalho.

Quanto aos portugueses Bhudi, gostei; São competentes, têm a técnica, mas infelizmente tornam-se aborrecidos... falta-lhes aquele "qualquer coisa" para se tornarem numa banda muito boa.

The Meditant Escreveu:"Vajra"
"Dolorous Stroke"
"Bereshith"
"The 15"

Então e um rapidsharezinho disso para a malta guardar para a posterioridade?

Quanto ao concerto do Santiago, há alguns vídeos no Youtube e estou em negociações com a autora dos mesmos para ela disponibilizar para download...

Já agora, checkem o blog dela, anda muita coisa boa por lá:
http://nosacoresnaohaacores.blogspot.com/2009/07/o-segredo.html

Morram!