Começo de noite com os portugueses Her Name Was Fire, formação com apenas dois elementos - guitarra/voz e bateria/voz - com um som que me pareceu enquadrado para abrir para The Vintage Caravan. Não os conhecia e acabaram por deixar boa impressão, embora se deva também acrescentar em abono da verdade que um pouco mais de energia e garra não teria feito mal (ou se calhar são os islandeses que têm de sobra e depois deixam as outras bandas mal na fotografia...)
The Vintage Caravan voltaram mais uma vez a provar que são uma banda top! Apesar de ser bastante difícil (pois adorei o concerto de Almada) este conseguiu ainda ser melhor. Estão em grande forma, com uma energia em palco de fazer inveja a qualquer uma e, acima de tudo, um verdadeiro gozo de estar em palco e isso, obviamente, reflete-se nas suas atuações. Acrescente-se ainda a grande interação com o público (guitarrista/vocalista e baixista terminaram o concerto no meio do público), e estão juntos os condimentos para um concerto daqueles que fica na memória. O alinhamento não diferiu quase nada do concerto de Almada (talvez apenas a ordem de alguns temas), e passou por todos os grandes (será que poderá já dizer?) clássicos da banda, como Craving, Babylon, Crazy Horses, Expand Your Mind, Cocaine Sally, Midnight Meditation, Shaken Beliefs, Innerverse e Last Day of Light. Por mais que goste de concertos com grandes produções (como Iron Maiden há algumas semanas) ou grandes festivais, para mim não há nada como um small club show e, se a isso, se juntar uma banda que dá cada concerto como se fosse o último da carreira, então ainda muito melhor.

Quanto à venue, não há muito a dizer em relação a horários e fumo (que já não tenha referido noutroas ocasiões) embora, comparando com o Sabotage, não seja tão mau e faça parecer (quase) aceitável terminar concertos à 1 da manhã em dias de semana...