Assim, quando eram 21h10m subiram ao palco os espanhóis Eternal Storm para abrirem a noite. Provaram ter sido uma boa escolha para supporting band dos Wolfheart nesta mini-tour ibérica. Bastante simpáticos e humildes, tentaram desde logo estabelecer empatia com o público, o que resultou muito bem ao longo dos cerca de 40 minutos de atuação. Os temas também me pareceram bem, dentro dos padrões habituais do melodic death. Deixaram boa impressão e a sala bem animada para os headliners.
Foi o regresso dos finlandeses Wolfheart a Lisboa (e à mesma sala), depois de terem por aqui passado como supporting band dos Swallow the Sun. Na altura ainda pouco conhecia a banda, mas deixaram logo excelentes indicações, por isso estava curioso em ver como se sairiam desta vez com um set mais longo (e já com novo álbum na bagagem). Com um som excelente (é sempre de destacar as excelentes condições do RCA, que deixam a milhas de distância qualquer outra sala de Lisboa), deram um concerto irrepreensível, com uma setlist que deu natural destaque ao novo álbum, mas em que acabaram até por tocar mais temas dos álbuns anteriores. Começaram com a Shores of the Lake Simpele e Boneyard (replicando a excelente sequência do novo álbum) e, a partir daí, (curiosamente só tocaram mais uma música do novo álbum, a World on Fire), apostando (e bem, pois foi a primeira vez em Portugal como headliners) nos temas dos dois primeiros álbuns - I, Veri, Strenght and Valour, Routa pt.2 Ghost of Karelia, Zero Gravity, Abyys e, a fechar, Aeon of Gold. De destacar também a simpatia e também a grande satisfação que se notou claramente que a banda teve com a excelente receção que teve no RCA, o que se refletiu numa atuação muito solta e descomprometida (e, desta vez, até o Tuomasfalou com o público, algo que não é muito habitual, já que normalmente ele deixa essa tarefa para o guitarrista e o baixista). Excelente noite no RCA.
