Pestifer - quando começaram a sua atuação e a presença de público era escassa, o que me fez recear o pior (felizmente, o pessoal foi chegando e a casa compôs-se razoavelmente). Não conhecia e a banda e deixaram-me uma ótima impressão! Death metal bruto (não confundir com brutal death metal, pelo menos não no sentido gore/slam), à séria, com todas as influências certas - Morbid Angel, Incantation - redundaram num belíssimo concerto. Gostei tanto que vou ter de pegar no seu álbum de estreia. Fazem faltas mais bandas deste género no metal nacional!
Morte Incandescente - uma das grandes bandas do metal nacional a, mais uma vez, não deixarem os seus créditos por mãos alheias. A atravessarem uma fase de grande produção criativa - novo álbum o ano passado, este ano split com Illum Adora que aproveitei para comprar na banca de merch), em palco continuam a demonstrar um grande poderio! Já com a casa bem composta quando iniciaram o seu concerto (com algumas caras novas por lá, segundo o NH... para quem não percebeu as bocas que ele mandou acerca de haver por ali pessoal que não devia conhecer a banda, apesar da sua já longa carreira, penso que isso se deveu a uma moça que decidiu tirar uma foto, a fazer pose, com o Vulturius no palco a tocar - uma cena do género da que se passou no moita em Sodom, só que a moça não subiu ao palco...), apresentaram uma setlist variada e que passou pelos vários trabalhos da banda (embora com destaque maior para o último álbum), apresentando também dois temas novos do split - Por entre o ser, que abriu o concerto e Eu Transcendo, ambas excelentes! Terminaram com a já clássica Black Skull Crushing Metal da melhor forma (embora eu estivesse à espera que fechassem com a Nunca Mais Irá Amanhecer). O NH a berrar atrás do kit de bateria tem mais poder e carisma que muitos vocalistas próximos do publico e com outra libertada de movimentos.

Kampfar - finalmente de regresso a Portugal, após longos anos desde a sua última presença, na altura no Side B, provaram que, (com maior ou menos reconhecimento "mediático"), continuam a ser uma das grandes bandas nascidas do movimento BM norueguês nos anos 90. Com uma excelente e enérgica presença em palco e liderados pelo carismático Dolk, deram um belíssimo concerto que só terá pecado pela relativa curta duração - apenas uma hora. No entanto, essa hora foi muito bem aproveitada para apresentar uma setlist bastante variada que passou pela excelente e já relativamente extensa discografia da banda (pena não terem tocado mais do 1º álbum, que é o meu favorito deles, mas isso é perfeitamente compreensível). Foram hinos atrás de hinos do melhor que se fez (e faz) no denominado pagan black metal (aquela Ravenheart foi um dos grandes destaques), em que à medida que o concerto foi decorrendo cada vez a interação entre público e banda foi sendo maior, terminado num belíssimo encore com Mylder e Our Hounds, Our Legion. Excelente fecho de (mais) uma excelente noite de metal no RCA.
