2017.04.27-30. SWR BARROSELAS METALFEST

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aetheria
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Re: 2017.04.27-30. SWR BARROSELAS METALFEST

Mensagempor aetheria » segunda mai 01, 2017 6:23 pm

abyssum Escreveu:Gostei muito do comentário, é tudo verdade e até concordo, menos com a baixa qualidade do português escrito.


Sim! mas isso, cá para mim, deve fazer parte de um código secreto deste grupo anti-metalfestas satânicas, que, como se confirma por esses comentários fora, tem uma base de apoio crescente. Qual antifa qual quê!
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Xapas
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Re: 2017.04.27-30. SWR BARROSELAS METALFEST

Mensagempor Xapas » segunda mai 01, 2017 7:56 pm

Porra, mas vcs não dormem?!?!

Fdd, fdd é ter que tar numa banca a vender CDs/LPs e não poder assistir aos concertos do palco 2...

A única banda que tive mesmo pena de não ter visto foi Corpus e pelos vistos parece que foi (mais) um excelente concerto...

Mayhem foi mesmo bom!!!!
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aetheria
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Re: 2017.04.27-30. SWR BARROSELAS METALFEST

Mensagempor aetheria » segunda mai 01, 2017 9:33 pm

Xapas Escreveu:Porra, mas vcs não dormem?!?!


Muito pouco :'(

Meanwhile, para quem não foi... (e porque ainda não estou em condições de tecer comentários elaborados)


Com tentativas de chegar ao palco, que depressa acabaram pois o próprio público puxava, com insultos meus, rouquidão (já 'tou afónica), mas acima de tudo a interpretação da banda! (aqui o som não ficou perfeito, pois estava muito colada ao palco...)

Cena gira de Avulsed. Os fulanos estavam lá a gozar aquilo como se estivessem entre o público.



Oranssi
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raxx7
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Re: 2017.04.27-30. SWR BARROSELAS METALFEST

Mensagempor raxx7 » segunda mai 01, 2017 10:15 pm

aetheria Escreveu:Sim, deveria vir aqui dizer coisas decentes mas ainda não fiz a minha higiene mental.
Por isso...

1º COMENTÁRIO, no Público!... <3
"de aldeia de lavradores a aldeia de jovems drogados satanistas.. portugal tornou se um pais que apoia o satanismo..os metalfestas sao festas ao demonio disfarçardas.. existe um plano maçonico para destruir a cristandade em portugal, sao os que apoiam financeiramente ou politicamente essas festas de gritos hurros e barulho que nao é em nada musica, mas cantos e honras ao demonio..." E CONTINUA... AHAHAHAHAH

https://www.publico.pt/2017/04/30/cultu ... st-1770553


Esse comentário torna-se particularmente delicioso tendo em conta que o festival foi encerrado pela banda dos escuteiros de Barroselas. \m/
Homework: diferença entre escuteiros e escoteiros.
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sosus
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Re: 2017.04.27-30. SWR BARROSELAS METALFEST

Mensagempor sosus » terça mai 02, 2017 9:47 am

De acordo com a obrigação ou não religiosa, uns gostam de cucu e outros de coco, lol.

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Ulfilanis
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Re: 2017.04.27-30. SWR BARROSELAS METALFEST

Mensagempor Ulfilanis » terça mai 02, 2017 2:35 pm

Não sei fazer rescaldos mas sei que adorei o SWR XX! Mais uma vez, só a segunda, saí de Barroselas com um sorriso e já ansioso pelo XXI.
Gostei de quase todas as bandas que vi, mesmo tendo em conta que conhecia poucas delas. Acabei o fim-de-semana de rastos, com várias marcas no corpo, mas com a sensação de que gosto mesmo desta merda! Até a (pouca) chuva que caiu quase nem fez notar no meio de tantos aspectos positivos.

Quanto aos comes e beber, salvou-me a senhora das sandes de porco! :beer:

Já agora, quem eram aqueles dois que deram um show do crl à entrada da tenda logo depois dos Steel harmonics?


PS. Moro em Aveiro e apenas falhei Vagos uma vez. É, ou era, um ponto obrigatório de romaria anual. Mas se tivesse que escolher entre um e outro festival, nem hesitaria. São diferentes e não quero iniciar nenhuma discussão por aqui, mas não saio de Vagos com o mesmo sorriso com que saí de Barroselas nos últimos anos.

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Re: 2017.04.27-30. SWR BARROSELAS METALFEST

Mensagempor PeiXotO » terça mai 02, 2017 3:35 pm

Para os desgraçados como eu que não conseguiram ir já anda pelo tubes os concertos dos vários dias. Tudo preparado para jogar ao "Encontra o MUser à roleta pelo chão no mosh"?! :mrgreen:

"O problema da vida real é não ter música de fundo..."

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Indigente
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Re: 2017.04.27-30. SWR BARROSELAS METALFEST

Mensagempor Indigente » terça mai 02, 2017 4:00 pm

Ulfilanis Escreveu:Já agora, quem eram aqueles dois que deram um show do crl à entrada da tenda logo depois dos Steel harmonics?

Test. Também tocaram no bar na madrugada de sábado.
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aetheria
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Re: 2017.04.27-30. SWR BARROSELAS METALFEST

Mensagempor aetheria » terça mai 02, 2017 4:47 pm

Ulfilanis Escreveu:
Já agora, quem eram aqueles dois que deram um show do crl à entrada da tenda logo depois dos Steel harmonics?



és tão menino!... a ir cedinho pra cama :roll:
Se tivesses passado pelo bar, saberias... ok, seriam já umas quatro da manhã :roll:
E, para quem como eu não esteve na quinta, também tocaram nesse "after party".
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Santyago
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Re: 2017.04.27-30. SWR BARROSELAS METALFEST

Mensagempor Santyago » terça mai 02, 2017 11:09 pm

Quando as memórias estão ainda frescas, vamos resumir então o que foi Barroselas deste ano.

Spoiler: Mostrar
Dia 1

Aneurose e Chaos Synopsis - Foram as bandas que deram início ao dia 1 do festival no palco 3. Ambas tinham em comum serem bandas de Thrash Metal e do Brasil. Gostei mais dos segundos que os primeiros, embora ambas deram concertos agradáveis e que fizeram abanar a carola ao pessoal que chegava ao recinto, ansioso claro que a tenda dos palcos principais abrisse.

Valborg - Foi a banda que deu início aos concertos nos palcos principais. Um som invulgar, sendo uma banda com bastante peso nas guitarras, uma toada quase industrial, e duas vozes de comando, por parte do guitarrista e do baixista. Foi um bom concerto, foram uma boa surpresa. Não os conhecia e fiquei extremamente agradado com o que ouvi. Foi um concerto curto mas que satisfez bastante.

Holocausto Canibal - Uma apresentação inicial indicando uma matança ao porco e foi o que se ouviu. Bastante coesos, deram um bom concerto também, tocando as suas malhas conhecidas e criando os primeiros de muitos pit's que seriam uma imagem de marca durante o festival (Isso e os stage divings).

Besta - Aqui já estava a dar alguns sinais preocupantes no que seria o som no palco 2, com a guitarra às vezes a ficar abafada. Não foi assim tão problemático, o concerto foi porreiro. Não estava muito na disposição do crust/grind deles, mas deu para abanar a cabeça.

Pillorian - Os Agalloch se enveredassem mais pelo Black Metal. Outro concerto porreiro, foi agradável ouvir as músicas, e elas tinham peso quando comparadas com as da banda precedente. Só não gostei foi dos "Gracias" dele, mas pronto, o concerto em si dá para não dar relevância a esse pequeno pormenor.

Aborted - O regresso esperado neste dia, a banda que deveria ter tocado na edição XIX mas que como não podia, foi novamente calendarizada para a edição dos XX anos. Já sendo uma banda com algumas participações no festival, até assentou o regresso deles nesta edição. Foi um concerto de Grind/Death que se esperava deles, uma artilharia pesada e um público sedento para abanar a cabeça e participar no mosh pit, com muito stage diving também. Uma banda coesa no som, a disparar músicas a uma velocidade estonteante que no final do concerto já estavam estoirados. Até passou rápido o concerto, gostei bastante!

The Ruins of Beverast - A primeira música foi para esquecer. Foi trucidada por um rolo compressor que era a bateria e a voz. Estávamos todos com receio do que se ouviria no resto do concerto, mas lá se conseguiu aumentar um bocadito o som das guitarras o que ajudou a que se criasse uma melhor atmosfera sob o concerto. Tocaram só 4 músicas, mas foram suficientes para um concerto bem pesado e negro e que se tornou num concerto agradável. Pena o som, poderia ter estado melhor.

Inquisition - O sapo dos pântanos do inferno estava de volta e estava diabólico. Belo concerto deste duo! Era das bandas que tinha mais expectativas de os rever ao vivo, especialmente após o último álbum deles ter crescido à medida que ouvia. Dagon estava surpreendido pela reacção do público, fazendo gestos de gostar da reacção do público durante o concerto. Um concerto que poderia ter durado mais, mas que foi bom enquanto durou. Nem a guitarra ter tido uma falha na última música ofuscou o concerto. Prontamente resolvido, prosseguir com a música e fechar com chave de ouro um belo concerto!

Antichrist - A desilusão do festival. Não por culpa própria, mas estava um som péssimo. Aliás, péssimo é elogio. Estava horrível. Som de bateria e da voz demasiado elevado, guitarras completamente abafadas. Não se ouvia solos nem nada, tirando uma música. A diferença entre Antichrist e uma banda de brutal death era nula com o som que foi. Um concerto estragado por um som horrível.

Master - Quando o Speckmann está de boa disposição, já se sabe que vai ser um outro bom concerto. Gostei de terem um setlist mais variado, não tão focado no primeiro álbum. Tocaram uma malha de cada álbum, com o seu Death Metal característico a levar o pessoal a curtir bastante. Foi muito bom, foi um óptimo fecho dos concertos do palco principal nesse dia. Master e Barroselas assentam que nem uma luva!

The Ominous Circle - Tinha curiosidade em vê-los ao vivo e quis aproveitar esta oportunidade para os ver. Embora muito cansado pelo longo dia que foi, curti do concerto. Foi um concerto pesado com uma boa atmosfera e que me deu maior vontade de os voltar a ver quando abrirem para Asphyx no final de Maio.


Spoiler: Mostrar
Dia 2:

Vircator e My Master The Sun - Duas bandas que iniciaram as hostes no palco 3. Uma que era praticamente uma banda instrumental que buscava influências das bandas de Stoner/Desert Rock (Vircator) e uma que tocava um rock quase na mesma linha da primeira, mas com mais variações e com voz (My Master The Sun). Gostei destes últimos, foi um concerto bastante agradável deles.

Fides Inversa - Black Metal numa toada mais lenta e atmosférica. Ganhou mais com a presença do vocalista de Darvaza na última música,
foi um forte poderio sonoro nessa música.

Cobalt - Porque é que as coisas boas duram tão pouco tempo? Foi um belo concerto, o som estava bom, e finalmente viu-se Cobalt ao vivo.
Tocaram algumas coisas do Gin e do Slow Forever, com um vocalista completamente vidrado e dentro da sua cena (as drogas eram boas). Foi bastante porreiro, só tive pena que tenha durado pouco tempo. Respeito também ao guitarrista com uma t-shirt de "Good Night White Pride".

Goldenpyre - A banda da casa, a banda dos irmão Veiga! Foi um bom concerto, deu para abanar a cabeça. Apesar do som não ter sido o melhor, não prejudicou o concerto em si. Um Death Metal de acordo com as influências dos irmãos, Incantation à cabeça!

Dead Congregation – Um autêntico tanque de guerra movido no mais puro Death Metal. Há anos para ver estes gregos ao vivo, e que concertão! Pena não terem deixado a banda tocar mais uma música como eles pensavam, mas o que tocaram criou devastação durante o concerto. O aparecimento era há muito aguardado, e deram marcas da sua qualidade!

Darvaza – Que ninguém se mete com o vocalista! Um concerto de Black Metal rápido, feroz e sem fazer prisioneiros, com um vocalista com vontade de ir ao público e espancar alguém. Gostei bastante do concerto, foi o melhor do Palco 2 neste dia!

Venom Inc. – Há uns anos tivemos Venom com Cronos. Agora temos Venom com Mantas e Abaddon (E The Demolition Man nos vocais com um microfone à la Lemmy). Foi um belo concerto, cheio de clássicos da banda e um público sedento em continuar a vender a alma ao diabo. E sempre bom fechar com um Countess Bathory!

Oranssi Pazuzu – FENOMENAL! Era provavelmente a banda que mais expectativas tinha de os ver ao vivo, e deram um excelente concerto! Para mim, um dos melhores do festival deste ano! Um óptimo jogo de luzes, uma banda a tocar exemplarmente as suas malhas ao vivo, foi uma trip monumental para o cérebro! Só faltou venderem o último álbum, mas vá, comprei o penúltimo.

Grog – Gosto do novo visual do Pedra. Há muito que não os seguia, mas foi um bom concerto. Fiquei um pouco atrás a ver o concerto, mas foi porreiro. Espero voltar a vê-los em futuras oportunidades.

Extreme Noise Terror – RAPING THE EARTH CARALHO!!!!


Spoiler: Mostrar
Dia 3

Bulto e Stone Dead - Passaram-me ao lado. Ainda vi uma ou outra música, mas não fiquei atento durante esses concertos.

Warfect - Thrash Metal competente, com algo a favor: Ouvia-se os solos, coisa que infelizmente não se ouviu no de Antichrist. Foi uma boa forma de dar início ao 3º dia.

Avulsed - Os primeiros headliners do SWR a fazerem o seu regresso ao festival para a celebração das 20 edições do mesmo. Foi um outro belo concerto de Death Metal. O Dave Rotten a fazer moinhos e nunca perder o sentido para grunhir as músicas, a abrir um Wall of Death, stage diving. Pena não terem tido mais tempo para tocar, foi um belo concerto de facto!

Nader Sadek - Foi interessante, mas nada de extraordinário para mim. Gostei do cenário com as árvores secas, mas a música não me encantou o suficiente por aí além.

Corpus Christii - Concerto potente da mais que provável melhor banda de Black Metal Nacional! A disparar malha atrás de malha com um Nocturnus muito bem disposto a sentir o público a vibrar com o concerto! Foi um grande concerto! ALL HAIL MASTER SATAN!

Akercocke - Um Panzer autêntico! Que puta de poderio sonoro que eles deram! Fantástico! Verdelet e "A Skin For Dancing in" a serem tocados com um verdadeiro poder ao vivo! Jason Mendonça e os seus parceiros todos eléctricos em palco (O Mendonça então feliz da vida por voltar ao Barroselas) a tocar com mestria as malhas que demonstram o som único da banda no metal extremo! Mais outro grande concerto do SWR!

Mayhem - A oportunidade de ouvir De Misteriis Dom Sathanas no seu inteiro e com um cenário a condizer com a Bíblia do Black Metal. Apesar de Funeral Fog ter sido trucidada pelo alto som da bateria ou baixo som das guitarras, o resto do concerto conseguiu ouvir-se a magnitude daquelas músicas gélidas! Foi uma experiência única ao vivo, e um Attila a fazer do Papa Emeritus parecer um mero padre. Foi Mayhem e Attila no seu esplendor!

Lich King – Não era para ver o concerto, especialmente pelo que se presenciou com Mayhem. Mas foi feito um esforço e fomos ver o concerto. Bem, uma forte pomada Thrash que devastou o Palco 2. Com uns toques de Crossover, com um vocalista bastante eléctrico, um público selvagem a curtir à brava as músicas, foi um excelente concerto. Fiquei feliz em ver tal concerto!

Steel Harmonics – Ouvir Abigail, Painkiller, Countdown to Extinction, um medley de Black Sabbath, Fighting the World… foi um óptimo fecho das 20 edições do SWR Barroselas!

Test – Um concerto surpresa realizado entre o palco 1 e palco 2. Sem barreiras, sem seguranças, umas 100 pessoas a curtir à brava o concerto de Grind que a banda realizou. Foi algo primórdio, selvagem. Foi excelente! Creio que nunca assisti a tal concerto, foi uma grande experiência!


Apesar de alguns comes/bebes, em termos de oferta, até era pouca a variedade. Em merchandise, comprei o que queria felizmente!

De resto, foi uma óptima experiência, pelos concertos e pelo convívio. Para mim, e de certo para alguns, o Barroselas é um local especial pela quantidade de experiências que se passa nesses 3/4 dias na terrinha. Comida do melhor, convívio sempre excelente, e com concertos que podem-nos surpreender muito na positiva! Parabéns ao SWR pela 20ª edição e espero voltar na 21ª!

Um forte abraço ao pessoal com quem estive durante o festival, e que estejamos novamente lá para o ano :cheers:

(Tragam Demolition Hammer)
Old_Skull Escreveu:Esta MUrda é cada vez mais um antro de Guerrilheiros de Teclado. Até dá gosto... :grim:

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aetheria
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Re: 2017.04.27-30. SWR BARROSELAS METALFEST

Mensagempor aetheria » terça mai 02, 2017 11:59 pm

Santyago Escreveu: e um Attila a fazer do Papa Emeritus parecer um mero padre.


:lol: :lol: :lol: :lol: :lol: a FRASE do dia!
Melhor que essa só a de um amigo que se saiu com um entusiasmado "melhor que Mayhem só o amor da minha mãe!" :lol:
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Enigma
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Re: 2017.04.27-30. SWR BARROSELAS METALFEST

Mensagempor Enigma » quarta mai 03, 2017 12:37 am

Dia 1:
Spoiler: Mostrar
Começo de dia com os brasileiros Aneurose a animarem o pessoal que ia chegando ao recinto, com o seu thrash bem enérgico. Até que, por problemas técnicos, a atuação foi interrompida por alguns minutos, o que acabou por esmorecer e desmobilizar algum do pessoal. Voltaram ainda a tocar mais um ou dois temas. Ficou a boa vontade e atitude da banda. Seguiram-se os também brasileiros (e thrashers) Chaos Synopsis que apresentaram melhores argumentos que os seus antecessores, notando-se também uma melhoria no som. Algo que também se notou foi a forte influência de Sepultura no som da banda.
Coube aos germânicos Valborg abrir o Loud!Dungeon. Não conhecia minimamente a banda e não me poderiam ter deixado melhor impressão. O som estava bastante bom e a banda, com o seu doom/sludge pesadão, ritmado e, até, hipnótico deixou muita gente (incluído eu) de queixo caído. Foi uma das melhores surpresas (e descobertas) de todo o fest. No palco principal, foram os portugueses Holocausto Canibal a abrirem as hostilidades. Já não os via há algum tempo, por isso pude confirmar que continuam a máquina de guerra do costume, motivando o primeiro (de muitos) circle pit do fest no palco principal. De volta ao palco secundário, os Besta fizeram o costume, ou seja, prego a fundo, sem abrandar praticamente um único segundo. Foi dos melhores concertos da banda a que já assisti.
Pillorian era das bandas que mais curiosidade e interesse tinha em ver no primeiro dia do fest. Com uma abordagem bem mais agressiva e agreste que Agalloch, deram um belíssimo concerto, comprovando o selo de qualidade que é a presença (e liderança) do John Haughm. Destaco também, pela positiva, o facto de se terem cingido a apresentar os temas do álbum de estreia (bem bom, por sinal), não tendo tocado qualquer tema de Agalloch. Quiseram apenas e só apresentar o trabalho de uma nova banda, sem qualquer ligações ou amarras do passado, e fizeram-no muitíssimo bem.
Não vi Marginal, pois estava na hora de recarregar baterias para um final de noite que prometia bastante. Os headliners do dia - Aborted - deram um valente concertão de brutal death. Não sendo banda (nem estilo) que siga muito atentamente, mostraram claramente que são das melhores bandas do género, sendo foram extremamente competentes em palco. Se o circle pit se tinha iniciado com Holocausto Canibal, aqui as coisas atingiram outra magnitude.
The Ruins of Beverast eram claramente outro dos concertos que mais queria ver do primeiro dia, tendo a sua atuação deixado um sabor agridoce, devido à deficiente qualidade sonora (bateria a abafar as guitarras, que mal se ouviram). Ainda assim, na medida do possível, deixaram uma boa impressão, dando a melhor prestação possível naquelas circunstâncias num concerto que, acredito, com outro som, poderia ter deixado um forte impacto.
De regresso ao palco principal para ver Inquisition que eram, do primeiro dia, a minha banda favorita e, por isso mesmo, aquela que mais queria ver. Pois bem, deram um concerto fabuloso. Com um som em ótimas condições, Dagon e Incubus mostraram todos os argumentos que fazem atualmente desta banda um dos expoentes máximos do black metal. Sublime a todos os títulos, foi claramente um dos melhores concertos de todo o fest.
Seguiram-se os suecos Antichrist no palco 2 e, que dizer? Uma das melhores bandas thrash da nova vaga que, com o pior som de todo o festival (absolutamente miserável), arruinou por completo a sua atuação. Guitarras inaudíveis, solos que se só se descortinavam muito a espaços, foi realmente uma pena, pois têm mais que qualidade para poder ter proporcionado um grande concerto de thrash. Assim sendo, fica a esperança que possam regressar para mostrar devidamente a sua música.
Master foi a banda escolhida para encerrar o palco principal deste dia. E não poderia ter sido melhor a escolha. A par de Inquisition (embora eu, talvez por razões de gosto pessoal coloque estes um pouco acima) deram o melhor concerto do dia e dos melhores do fest. Aquela hora e pouco foi um verdadeiro compêndio de old school death metal. Grande Speckmann!
Seguiram-se os The Ominous Circle na SWR Arena e, apesar do som não estar nas melhores condições, deram um bom concerto e mostraram que são das mais interessantes bandas da atualidade no metal nacional. Fico desde já expectante para os ver novamente a abrirem para Asphyx. Já não vi Enlighten, portanto quem os tenha visto que se pronuncie.


Spoiler: Mostrar
Dia 2:
Depois das fortes emoções da véspera, nada como começar com o post metal dos Vircator. Com uma atuação quase exclusivamente instrumental (excetuando-se o último tema com voz, que nem foi dos meus favoritos), criaram uma excelente atmosfera para o começo do dia. Excelente viagem sonora. Seguiram-se os My Master The Sun que, com o seu stoner/sludge, também me deixaram boa impressão (embora até tenha preferido Vircator).
A partir daqui, as coisas iriam começar mais a sério nos palcos principais, num dia que se adivinhava assombroso (no melhor dos sentidos). Começaram os italianos Fides Inversa, comandados pelo baterista (de múltiplas bandas, desde Blut Aus Nord, Darvaza, Martröd, entre muitas outras) e também vocalista Omega. A nível de som (onde se tinham verificado os maiores problemas no dia anterior, nomeadamente em Antichrist e The Ruins of Beverast) as coisas começaram bem melhor. Globalmente deram um bom concerto, embora se tenha notado a falta de um vocalista mais próximo do público, que desse outro poder à atuação. Talvez por isso mesmo, o melhor tema (e momento do concerto) foi o que contou com a participação do vocalista de Darvaza que, em escassos minutos em palco, mostrou ao que vinha, com uma presença verdadeiramente demoníaca em palco.
Cobalt foram os senhores que se seguiram...e que senhores! Se já era fã da banda, mais ainda fiquei após assistir a este concerto fabuloso. Desde aos temas fantásticos apresentados, à qualidade do som, à performance dos músicos e à presença bem sui generis (e totalmente adequada à música da banda) do vocalista, nada faltou neste concerto que passou num abrir e fechar de olhos. Muito, mas mesmo muito bom!
De regresso ao palco secundário para ver os irmãos Veiga com os Golden Pyre. Aqui o som voltou a não estar propriamente nas melhores condições, mas ainda assim num plano aceitável (e nada que se pudesse comparar com o que se passou no dia anterior). Foi um concerto de emoções, de memórias e também de agradecimento (isto, da parte do público) a quem muito tem feito pelo metal underground nacional. :metal:
Dead Congregation foi, simplesmente, demolidor! Se a expetativa era elevada, a mesma foi suplantada por todo o poderio destes gregos. Aqui não houve momentos mais festivos de circle pits e stage diving, tão só do death metal mais letal e demoníaco que se faz atualmente. Foi pena não terem tido tempo para tocar o último tema que tinham previsto, já que foi outra das atuações que se passaram num ápice.
Seguiram-se os Darvaza no palco secundário que deram o melhor concerto de todo o fest no palco 2. Foi um verdadeiro manual daquilo que um concerto de black metal deve ser. Com uma setlist suportada pelos dois excelentes EP's lançados, com um som em excelentes condições, e com um vocalista tremendo (aqui não houve vivalmente que tentasse, cretinamente subir ao palco...), foi uma atuação que vai perdurar na minha memória. Sendo uma banda de um italiano e de um sueco, o seu som é claramente norwegian black metal at its best. Espero que lancem o álbum de estreia brevemente, pois isto não pode ser mais uma (excelente) banda a ficar em banho maria (Mare, One Tail One Head...). Num tempo marcado pelo politicamente correto, que bem faz ver bandas adotar uma postura de maior transgressão em palco. :metal:
Depois da sequência infernal (e fantástica) de concertos, não seria fácil aos Venom Inc. prenderem-me a atenção. Mas quem tem clássicos como Live Like an Angel (Die Like a Devil), Don't Burn the Witch, Welcome to Hell, Black Metal ou Countess Bathory não tem que recear e comprovaram a excelente impressão que já tinham deixado no RCA no ano passado. Ou seja, são atualmente a encarnação mais aproximada ao line-up clássico dos Venom. Excelente concerto!
Perante a oferta de tremenda qualidade, Nashgul foi a banda escolhida para descansar e comer alguma coisa.
De regresso ao palco principal, era a vez dos finlandeses Oranssi Pazuzu, uma das bandas de todo o fest que mais queria ver (e também das maiores e melhores surpresas que tive quando soube da sua inclusão no cartaz). Foi uma viagem sónica de proporções inimagináveis...Ia escrever que teve momentos mágicos, mas não...o concerto foi, isso sim, mágico! Divinal!
Grog foi a banda seguinte no palco secundário e, também com um som em boas condições (fazendo definitivamente esquecer os problemas da véspera) deram (mais um) competentíssimo concerto, mostrando estar na linha da frente no que se refere ao brutal death/grindcore em Portugal.
Coube a tarefa de fechar o dia nos palcos principais aos britânicos Extreme Noise Terror. Foram uma ótima escolha para o efeito: concerto sempre a abrir, mosh pit e stage diving a rodos foram os condimentos ideais para fechar um dos melhores dias de sempre do SWR (opinião pessoal baseada nas minhas 8 presenças no fest). Assim sendo, já não houve energia para ver os Systemik Violence e os Alcoholocaust.


Spoiler: Mostrar
Dia 3:
Infelizmente no dia 3 só me foi possível chegar ao recinto a tempo (felizmente!) para ver Mayhem. Muita pena minha por perder Nader Sadek, Corpus Christii (parece que está mesmo enguiçado, após também não os ter podido ver no Moita. Espero recompensar em breve esta grande falha!) e Akercocke. Assim, acabadinho de chegar ao recinto, que estava completamente cheio para presenciar o momento mais esperado de todo o festival. Para mim, ver Mayhem (finalmente) e, ainda por cima, tocarem o De Mysteriis Dom Sathanas na íntegra, foi uma espécie de 2 em 1 perfeito! E assim se cumpriu outro dos grandes acontecimentos, não apenas do festival, mas mesmo do ano de 2017 em Portugal. E cumpriu-se na perfeição. Verdadeiro compêndio do black metal, o DMDS foi apresentado e revivido da melhor forma possível. Som um bocas condições, componente cénica à medida da ocasião e um Atilla que é um suplemento fantástico a todo o espetáculo em si. Para fechar os headliners do fest, não se poderia ter escolhido melhor banda (e álbum) para tocar na celebração do vigésimo aniversário do SWR. :metal:
Mas as coisas ainda não tinham terminado. Seguiram-se os thrashers/crossover Lich King que deram um concerto bem enérgico, granjeando uma grande festarola a fechar os concertos no palco 2. Nem sequer se levou a mal uma música de provocação ao black metal.XD Para concluir os concertos no palco principal, os Steel Harmonics fecharam com chave de ouro esta edição. Foi um verdadeiro regalo ouvir clássicos de King Diamong, Angel Witch, Black Sabbath, Moonspell, Metallica, Megadeth, Iron Maiden, Judas Priest apresentados com esta "roupagem". Foi verdadeiramente fantástico e uma experiência que tem tudo para se voltar a repetir. :metal:
Antes ainda de se realizar a The Fire March para concluir oficialmente mais uma grande edição do SWR, os brasileiros Test demoliram os últimos resistentes numa atuação realizada entre os dois palcos, junto à saída da tenda, na melhor representação do underground.

Em suma, Long Live SWR. :metal:
Abraço ao Santyago, eternal champion, aetheria, schwarze engel, rpa, xapas e ulfilanis. :cheers:
Valfar, ein Windir

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Ulfilanis
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Re: 2017.04.27-30. SWR BARROSELAS METALFEST

Mensagempor Ulfilanis » quarta mai 03, 2017 8:25 am

Indigente Escreveu:
Ulfilanis Escreveu:Já agora, quem eram aqueles dois que deram um show do crl à entrada da tenda logo depois dos Steel harmonics?

Test. Também tocaram no bar na madrugada de sábado.



aetheria Escreveu:
Ulfilanis Escreveu:
Já agora, quem eram aqueles dois que deram um show do crl à entrada da tenda logo depois dos Steel harmonics?



és tão menino!... a ir cedinho pra cama :roll:
Se tivesses passado pelo bar, saberias... ok, seriam já umas quatro da manhã :roll:
E, para quem como eu não esteve na quinta, também tocaram nesse "after party".


Oh, pá! Fdx! Olha que não é nada fácil estar a carregar malta para cima do palco durante 8 horas.
Chega a um ponto em que já só sonho com porco no espeto e com a minha tenda. :mrgreen:

Mas obrigado a ambos pela info. Adorei aqueles minutos! Que dose! :jam:

Faltou mandar abraços e beijinhos para a malta que reencontrei e para aqueles que por lá conheci à custa da inevitável aetheria. :jeroen:

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rpa
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Re: 2017.04.27-30. SWR BARROSELAS METALFEST

Mensagempor rpa » quarta mai 03, 2017 7:40 pm

Foi lindo. Ainda pouco recuperado, que além das memórias trouxe também de Barroselas a constipação da praxe, resta apenas dizer Longa Vida ao SWR, venha o XXI depressa que lá estarei, e um grande abraço aos MUsers que vi e revi.

À vossa! :beer:
ROMANES EUNT DOMUS

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schwarze_engel
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Re: 2017.04.27-30. SWR BARROSELAS METALFEST

Mensagempor schwarze_engel » quarta mai 03, 2017 10:40 pm

Não sou de tecer comentários banda a banda, até porque ainda mal pus o sono em dia. Fds lá para o crl do frio daquelas noites quando uma pessoa tentava dormir... (Sim, eu dormia ainda de noite, sou uma pessoa decente).

Terceiro SWR a que vou, terceiro que me deixa consoladinha e a contar os dias para o próximo. É que o SWR é um fenómeno: vou para lá sem conhecer mais de metade das bandas do cartaz (porque o meu nível de trveness não é tão alto como a média aqui do MU), e saio feliz da vida, com aquela sensação "que concerto do caralho!" de uma porção deles! E trago mais umas novidades para ouvir melhor em casa.

Mas divago.

Basicamente e resumindo este SWR: Cobalt; Fides Inversa e a botifarra do man de Darvaza (que mais um pouco e ia levando um enxerto daqueles à antiga); ver Venom Inc com 'side vocals' do Belathauzer ao meu lado; a simpatia e humildade do Demolition Man no meet&greet; trazer para casa um dos panos de palco de Nader Sadek sem o ter pedido; a carga histórica que teve ver Mayhem a tocar o De Mysteriis (e só isso, porque continuam sem me agradar por aí além); a besta que foi Besta; Ominous Circle; Grog; os reencontros com aquele pessoal que só se vê nesta altura; conhecer mais uns 'cromos' (no bom sentido) do MU :D ; Akercocke; Lich King; ver o Tiago Veiga a dar pregos uns atrás dos outros e acreditar plenamente na desculpa: "não tive tempo para ensaiar!"; cantar os parabéns ao SWR perante uma bruta vela.

E um parágrafo especial para os Steelharmonics. Oh pá.
Algum dia eu imaginava ver um puto de um pit ao som de uma banda filarmónica? Não.
Eu só conseguia ver as caras dos das filas da frente, mas havia nas suas expressões um misto de surpresa, alegria e confusão. :D Que grandes! Gostava bem que se tornassem tradição em todas as edições do festival.

Até para o ano, Barroselas!
Hear the words I sing,
War's a horrid thing.
So I sing, sing, sing...
...ding-a-ling-a-ling.


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