Entre encontrar um bom spot (na medida do possível, já que, bem cedo, a zona mais próxima do palco estava completamente cheia), e dar dois dedos de conversa com algumas pessoas, não dediquei muita atenção às bandas de abertura. Acrescente-se que o som não esteve muito bom nestas bandas e o forte vento que se fazia sentir na altura também não ajudou nada.Ainda assim, posso dizer que gostei mais da primeira banda - Tyler Bryant and the Shakedown - que até entreteve bem nos cerca de 30 minutos de atuação, sempre a puxar pelo público e com alguns momentos musicais interessantes pelo meio. Num espaço mais pequeno e com outra atenção da minha parte, até poderia ter gostado bem mais.
Já o mesmo não posso dizer de Mark Lanegan Band, que achei bem mais maçador. Talvez por ser a banda que antecedia os Guns e por naquela altura já se esperar mais pela hora dos headliners, a atuação destes passou-me ao lado.
Finalmente, chegou a hora dos headliners e da banda que as cerca de 60 mil pessoas aguardavam por (no meu caso, finalmente), os Guns N'Roses com (parte) da sua formação clássica de novo reunida na muito bem denominada Not In This Lifetime Tour.
Tendo sido Guns a primeira banda que me fez enveredar pela música do demo.
, e também por nunca os ter visto (e nem pensar sequer em que essa possibilidade pudesse surgir, pelo menos com Axl+Slash), este concerto revestia-se de alguma carga nostálgica mas que, desde o início, a banda provou que iria ser muito mais do que isso. Durante as quase 3 horas de duração do concerto (uma verdadeira raridade nos dias que correm), a banda deu um concerto irrepreensível, em que praticamente não falhou um único dos temas clássicos (e são muitos!), talvez com a única exceção de não terem tocado a Don't Cry, mas que ficam perfeitamente desculpados por a terem substituído pela Patience. O começo foi muito bom com a It's So Easy e a Mr. Brownstone - grandes malhas do Appetite - e nem o terceiro tema (tema título do mais fraquinho Chinese Democracy) esmoreceu o entusiasmo do público que, por esta altura, já era bem grande. Welcome to the Jungle e Double Talkin' Jive voltaram a elevar os níveis de intensidade que se mantiveram até ao final do concerto (se excetuarmos a fraquinha Better do Chinese Democracy). A sequência Estranged (um dos melhores tema da carreira dos Guns, na minha opinião), Live and Let Die, Rocket Queen e You Could Be Mine foi das melhores de todo o concerto. Seguiu-se um tema cantado (e bem!) pelo Duff Mckagan, uma cover dos The Damned e seguida de uma balada (que até não é nada má) - This I Love.
Civil War e Coma foram outro dos melhores momentos do concerto (que foram muitos, como já se notou.XD) intercaladas pela cover de homenagem ao Chris Cornell - Black Hole Sun. Uma noite que teve várias coversa, das quais se destacam ainda a excelente cover instrumental da Wish You Were Here, Knockin on Heaven's Door, Whole Lotta Rosie e o tema do Godfather, que mostrou todo o virtuosismo do Slash, um dos mais icónicos guitarristas do rock n´roll que finalmente pude ver ao vivo.
Outa Get Me e Nightrain foram outros dos momentos mais enérgicos e rockeiros de todo o set que iria terminar, quase três horas depois do seu início, com a incontornável Paradise City.
Concertão de uma das mais míticas bandas do rock n' roll.
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E o Enigma nem disse nada!