2017.07.05 - Anthrax + TBC - Route Resurrection - Cine Teatro Ginásio Clube de Corroios

[Enigma]

Mindtaker - começo de noite com esta banda de crossover nacional que aqueceu o público para Anthrax. Não que fosse propriamente necessário aquecer a sauna de Corroios... Estiveram bem, bastante enérgicos e cumpriram perfeitamente aquilo que lhes era exigido. Embora a casa ainda não estivesse cheia durante a sua atuação, é de realçar que por esta altura já estava mais gente na sala do que no dia de Onslaught/Destruction do Hell of a Weekend.

Anthrax - casa esgotada para ver a banda que muitos já aguardavam há demasiado tempo em Portugal (mais ainda após a vinda falhada ao VOA). Tendo em conta a predisposição do público - o entusiasmo era evidente mesmo antes dos primeiros acordes - o concerto tinha tudo para ser memorável e só uma banda muito desinspirada poderia estragar a noite. Coisa que não aconteceu, muito antes pelo contrário. Entraram logo a todo o gás e com uma sequência de temas que deixou em efervescência (ainda mais) o público. Among the Living, Caught in a Mosh, Got the Time e Madhouse arrasaram por completo e a sala quase que ia abaixo, tamanho foi o entusiasmo dos presentes. De notar que o som esteve também bom, o que nem sempre se verifica em Corroios. Fight 'Em 'Til You Can't, do mais recente álbum, foi o tema que se seguiu e manteve a toada bem enérgica do concerto, desacelerando com a também excelente (embora nada thrashy) Breathing Lightning, também do For All Kings. Regresso aos temas mais antigos com Intro to Reality e Belly of the Beast, voltando a acelerar o ritmo, ao que o público correspondeu imediatamente. A banda mostrou-se sempre extremamente enérgica e comunicativa, departamento no qual se destacou o Scott Ian (que até fez um comentário bem cómico acerca de ainda ter cabelo da última vez que a banda visitou Portugal). Ainda tocaram mais um tema do último álbum - All of Them Thieves - que manteve a toada, embora o melhor estivesse naturalmente guardado para o fim, desde logo com o tema Medusa. O encore (embora na verdade a banda não tenha propriamente abandonado o palco, ou se o fez foi por escassos instantes) contou desde logo com a Be All, End All - grande momento de sing along e de comunhão entre banda e público - seguida de Antisocial - mais uma para berrar o refrão a plenos pulmões e, para finalizar, a incontornável Indians que seria o final perfeito para um concerto fantástico! E digo seria porque a banda decidiu, agradecendo ao público o seu enorme entusiasmo, tocar ainda mais um tema, I Am The Law. Fazendo fé nas setlists que constam no setlist.fm, a banda não tinha mesmo previsto tocar este tema, pois tinha terminado todos os anteriores concertos com a Indians. Foi um gesto muito simpático, e que o público bem fez por merecer, e que terminou da melhor forma um concerto inesquecível de um dos grandes nomes do thrash!

Nota final para a venue: tenho grandes recordações de concertos em Corroios mas, caramba, a sala não oferece as mínimas condições para o público (e para as bandas suponho que também não). A ideia de ir para um concerto não é ir fazer sauna, mas sim divertir-se e ver/ouvir boa música. E já existem opções de salas, com diferentes dimensões, em Lisboa, e que oferecem bastante melhores condições. Outro exemplo: no dia anterior, para entrar na Meo Arena demorei cinco minutos (provavelmente estou a pecar por excesso), ontem para entrar no recinto (entre levantar bilhete e entrar no recinto), foram uns bons 40 minutos. Único aspeto negatico da noite, embora já fosse expectável...

[Vooder]

Grande noite ontem.
Os Anthrax são uma das bandas da minha adolescência e era daquelas que me faltava ver.

Chegados ao local fomos comprar os bilhetes (só soube que poderia ir quase de véspera) e despachámo-nos literalmente num minuto, enquanto que a fila para a troca para quem tinha comprado antecipadamente era enorme, o que não faz muito sentido. . Seguimos para as tascas.
Voltámos para o cine teatro a tempo de ver pelo menos metade dos Mindtaker e deparei-me com a maior fila que já vi em Corroios, e vi pela primeira vez o SOLD OUT colado na entrada daquela sala. Ainda entrámos a tempo de ouvir duas músicas, mas porque já os vi algumas vezes, fomos dedicar-nos à compra das senhas para a cerveja (nova fila). Mas não tenho dúvidas que os rapazes se safaram bem, porque eles são bons. (Quando é que sai esse album de originais pah?)
Continuando... a cerveja estava péssima, quente e chocha, mas a malta dos bares não sabe já o que a casa gasta? Espreitar o merchandise... caríssimo, esquece lá isso...
Ao som dos Maiden, chegam os Anthrax e que ínicio... Basicamente e musicalmente falando concordo com quase tudo o que disse o Enigma, excepto de que as músicas do último album, exceptuando a Fight 'Em 'Til You Can't, quebraram claramente o ritmo do concerto e foi a fase em que a banda teve de puxar pelo público. Como não vinham cá há séculos poderiam ter tocado mais musicas de outros albuns, como por exemplo a "The Giant" do Worship Music, que é uma música daquelas...
O final do concerto foi muito bom, demonstrando que os Anthrax têm mesmo muita tarimba. Fiquei com curiosidade de ir constatar se o que o Scott disse sobre o plus que foi a "I am the law" era mesmo verdade, mas o Enigma já o confirmou.

Notas: Assim de cabeça já devo ter ido a Corroios umas dez vezes, e esta foi de longe a noite com melhor som. Apenas subiria a voz do Belladona um pouco.
As portas laterais estiveram sempre abertas, sem a paranóia de as fecharem como em outras ocasiões, pelo que a sauna comparando com outras vezes, até foi suportável.
A cerveja péssima... espera já tinha dito...
Estavam lá uns mitras, daqueles com cap (ou estavam enganados ou tinha chinado alguém para entrar de borla), que passaram o tempo a fumar triturbines, e na Indians, viraram-se um para o outro e resolveram ir ao bar buscar uma imperial. Altos fãs portanto....
Estava lá uma loira monumental, cum caraças (peço desculpa se tiver namorado) e eu a ser abordado por um trambolho...
A pulseira é altamente.
Estou quase rouco.

E foi isto.

[PeiXotO]

Isto fez-me lembrar um bocado o concerto de Hatebreed na República da Música. O que interessa é confirmar a banda e encher a sala... condições para as pessoas não interessa.
Com a excepção da entrega do público, da banda e do som, tudo o resto foi meio vergonhoso. Não sei se foi de já não meter os pés naquela sala desde a Deathcrusher Tour, que me esqueci daquelas condições, mas porra, foi mesmo mau.
Começando pelas casas de banho... havia uma à entrada e a outra... era na rua contra uma árvore. Que mimo...
Com o guito que gastaram a imprimir as senhas todas paneleiras mais valia terem comprado mais uns quantos barris e colocado mais umas torneiras, especialmente no primeiro andar.


Apesar de todas as boas memórias de concertos que tenho em Corroios, espero não voltar lá num futuro próximo, porque tal como o Enigma disse, já não se justifica, nos dias que correm, onde temos imensas alternativas a esta sala, meter concertos esgotados no Cineteatro.
Só lamento que o Under The Doom tenho sido colocado nesta sala... e espero sinceramente que aquilo não esgote, para não apanhar este filme de novo.

[Vooder]

Havia outra casa de banho ao lado do palco.
"Ok rest of the world, you're going to have to compete with the awesomeness of Portugal!! ."
FB da banda

[PeiXotO]

Havia outra casa de banho ao lado do palco.

Tão prática como a casa de banho da Cine-Incrível.

[Kustu Rica]

A sala é barata, por isso é que justifica.

[aetheria]

"Ok rest of the world, you're going to have to compete with the awesomeness of Portugal!! ."
FB da banda

[Uforia]

O concerto foi de tal maneira poderoso que me consegui abstrair das péssimas condições da sala. O que, para quem tem um feitio sui generis, não deixa de ser um feito assinalável.

Atenção que a Fight 'Em 'til You Can't não é do último álbum, mas sim do anterior, Worship Music.

"Ok rest of the world, you're going to have to compete with the awesomeness of Portugal!! ."FB da banda

Normalmente isso é conversa para boi dormir, mas neste caso, a banda pareceu-me genuinamente satisfeita com o concerto.

[Vooder]

O concerto foi de tal maneira poderoso que me consegui abstrair das péssimas condições da sala. O que, para quem tem um feitio sui generis, não deixa de ser um feito assinalável.

Atenção que a Fight 'Em 'til You Can't não é do último álbum, mas sim do anterior, Worship Music.

"Ok rest of the world, you're going to have to compete with the awesomeness of Portugal!! ."FB da banda

Normalmente isso é conversa para boi dormir, mas neste caso, a banda pareceu-me genuinamente satisfeita com o concerto.

Tens razão. Não sou tão conhecedor da fase mais recente. Só prova que o Worship Music é melhor que o último, que até nem é mau.
O concerto serviu para andar a ouvir o material mais recente deles.
Já agora, porque que o Benante não toca ao vivo?

[aetheria]

https://www.giantmicrobes.com/us/products/anthrax.html

(caso queiram dar peluches fofos à namorada, este site é uma mina... eu não sou namorada, mas podem dar-me a Yersinia, aka, peste negra )

[PeiXotO]

O mundo está mesmo perdido...

[Uforia]

O concerto foi de tal maneira poderoso que me consegui abstrair das péssimas condições da sala. O que, para quem tem um feitio sui generis, não deixa de ser um feito assinalável.

Atenção que a Fight 'Em 'til You Can't não é do último álbum, mas sim do anterior, Worship Music.

"Ok rest of the world, you're going to have to compete with the awesomeness of Portugal!! ."FB da banda

Normalmente isso é conversa para boi dormir, mas neste caso, a banda pareceu-me genuinamente satisfeita com o concerto.

Tens razão. Não sou tão conhecedor da fase mais recente. Só prova que o Worship Music é melhor que o último, que até nem é mau.
O concerto serviu para andar a ouvir o material mais recente deles.
Já agora, porque que o Benante não toca ao vivo?

Dos mais recentes, o Worship Music é claramente o melhor. Na minha opinião, o último grande disco que os Anthrax lançaram foi o Sound Of White Noise.

Quanto ao Charlie Benante:

"Most of you know I had to have hand surgery a couple of years ago for the carpal tunnel syndrome that I developed. Since then, I've continued to have regular physical therapy and doctor's office visits, and while my hand has gotten a lot better, it just hasn't fully healed.

"My doctor says it could continue to get better, but that's going to take as much time as it takes.

"When we were recording our new album, I realized that after three or four weeks straight in the studio, playing every day, not only would my hand start hurting like hell, but I would lose all feeling in it for a couple of days. And the same with being on the road — I seem to be OK for a couple of weeks, but after that, the carpal tunnel flares up, the pain sets in, my hand goes numb, and I simply cannot play the drums, especially with the intensity that ANTHRAX's music requires".

[spiegelman]

Foi bruto. Concerto old school. Muito gajo em tronco nu, muito circle pit. Muito calor. recuei até 1991 e voltei de lá vivo. Já não tenho andamento para o circle pit em espaços fechados mas visto lá de cima do balcão conseguia-se respirar o ambiente (e o suor também).

Grande concertaço.