2018.12.07/08 - UNDER THE DOOM VI - Lisboa ao Vivo - Lisboa

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Enigma
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2018.12.07/08 - UNDER THE DOOM VI - Lisboa ao Vivo - Lisboa

Mensagempor Enigma » domingo dez 09, 2018 10:50 pm

Dia 1:

Wyatt E. - vi menos de metade da atuação, o restante apenas ouvi, enquanto estava na fila para trocar o bilhete impresso da unkind pelo bilhete propriamente dito do festival... Ainda assim, do que vi e principalmente do que ouvi, fiquei com pena de não ter podido ver o concerto todo. Banda instrumental, criam uma atmosfera com muitas paisagens sonoras, desde o drone ao post-rock, que me agradou de sobremaneira. O aparato cénico, embora hoje em dia um pouco gasto, ajudou a criar um ambiente cerimonial que caracterizou a atuação da banda.

The Wounded - provavelmente não será o maior elogio para uma banda que deambula pelo doom/gothic e que se apresenta com um nome destes, mas realmente o adjetivo que me vem à cabeça é mesmo...agradável (sem qualquer ironia). Banda que já anda nisto há muitos anos e que mostrou muita competência, bons temas, e principalmente um excelente vocalista. No último tema, particularmente, o vocalista mostrou todos os seus atributos e fechou uma atuação bem conseguida. Antes, foi interessante ouvir a cover de Smells Like Teen Spirit, com uma abordagem muito própria da banda.

Desire - única banda nacional do primeiro dia, foi mais que justificado e merecido terem um lugar de maior relevo no alinhamento. Desde logo, é bom saber que uma das principais bandas de doom nacional se encontram no ativo e a gravar material novo. Apresentaram-se com dois convidados, a vocalista de Enchantya e um músico dos Corvos, que ainda mais valorizaram mais um excelente concerto da banda. É certo que não atingiu os patamares do concerto do RCA de há cerca de um ano (não seria fácil, convenhamos), mas foi bastante bom. Atmosfera bem negra e pesada, como um bom concerto de doom deve criar.

While Heaven Wept - não sendo seguidor da banda (apenas ouvi alguns temas na semana anterior ao evento), não sabia propriamente com o que contar, apesar de já ter ouvido e lido muitos elogios à banda. Pois bem, deram um concerto fabuloso, mostrando uma musicalidade e virtuosismo (sem cairem em exercícios masturbatórios desnecessários) dignos de registo. A dupla de vocalistas (o frontman principal e a teclista) estiveram também em muito bom plano. Não tendo sido um concerto curto, soube a pouco. Foi um dos melhores concertos de todo o fest.

Draconian - banda que já ouvi muito, nomeadamente os dois primeiros álbuns, que são de indiscutível qualidade. Entretanto, perdi-lhes um pouco o rasto e não sabia, até há pouco tempo, que tinham mudado de female singer (felizmente o Johan mantém-se, gosto muito dos seus growls). Esta pequena introdução serve apenas para justificar porque, tendo estado bem, acabaram por não ter tanto impacto como teriam tido noutra altura da sua carreira. O facto de não terem tocado os seus dois melhores temas, como me lembrou o Peixoto, Death Come Near Me e The Cry of Silence, também não ajudou. De qualquer modo, foi uma atuação sólida de um dos melhores nomes do gothic/doom.

Arcturus - a razão da minha presença no primeiro dia do festival. Depois do verdadeiro fiasco que foi o seu concerto em Vagos, queria ver se finalmente poderia ver uma banda, que gosto imenso, a fazer jus aos seus pergaminhos. E, felizmente, foi mesmo isso que aconteceu. Com aquela atitude muito peculiar e um pouco alienada, o ICS Vortex teve uma boa prestação vocal (sou grande apreciador da sua voz), e o público presente (menos que em bandas anteriores, talvez pelo adantar da hora e também porque Arcturus ou se gosta mesmo, ou não vale a pena) respondeu bem. A setlist passou pelos temas incontornáveis (um outro outro ficou de fora), como Kinetic, Collapse Generation, Chaos Path, Master of Disguise, Alone, Hibernation Sickness e alguns do último álbum, como a Crashland, Game Over e Arcturian Sign. Para o final a banda reservou dois temas do primeiro álbum - The Bodkin & the Quietus e Naar Kulda Tar (honestamente, teria preferido que tocassem mais um ou outro tema dos segundo ou terceiros álbuns, sem dúvida a melhor fase da banda e aquela em que adquiriram a sua identidade) e encerrou o concerto com a Of Nails and Sinners. Acima de tudo, fiquei com o sentimento de dever cumprido (da banda). A banda também me pareceu satisfeita com o concerto e com o público, tendo o Sver, o baixista e guitarrista ficado mais um pouco em palco a cumprimentar os presentes, ao contrário do Hellhammer que saiu logo do palco, como é seu hábito. Excelente final do primeiro dia do fest.

Dia 2:

Collapse of Light - nova banda nacional ou, pelo menos, com álbum lançado muito recentemente, que conta com a Natalie Koskinen como a voz feminina da banda. E foi precisamente a sua presença e excelente voz que mais marcaram a diferença neste concerto, aliás aqui a dupla vocal funcionou bastante bem, pois o Carlos também é dono de uns bons guturais. Espero que esta banda seja projeto para ficar, porque por aquilo que mostraram, têm todos os condimentos do death/doom (e com uma das melhores vocalistas no género).

Kontinuum - banda islandesa que tem algumas influências de Sólstafir, com uma abordagem mais rockeira mas perdendo muia atmosfera, que tão bem caracteriza os headliners deste dia. Deram um concerto pujante e enérgico, num registo um pouco diferente do line-up do fest, o que até foi refrescante.

Sinistro - nova oportunidade para re(ver uma das grandes bandas do panorama nacional, mais ainda com o excelente Sangue Cássia saído este ano. Ao contrário da maioria dos concertos, este teve um problema técnico numa das guitarras, que se prolongou praticamente por uma música inteira. No entanto, a maior falha que tenho a apontar nem é essa, mas sim a distorção exageradíssima (mesmo para os patamares de Sinistro) que abafou muitas vezes a voz da Patrícia Tavares, facto ainda mais irritante e notório em passagens relativamente mais calmas e introspetivas. Mesmo assim, deram um bom concerto e provaram estar a atravessar um momento excecional. E a Patrícia é uma vocalista tremenda! Mais que vocalista, que o é, é uma performer como não há muitas, o que aumenta, e de que maneira, a intensidade e envolvência de todo o concerto.

Antimatter - era, provavelmente, a banda de todo o cartaz com que menos me identifico musicalmente. Não é, definitivamente, my cup of tea. Reconheço-lhes talento e competência (e também uma considerável legião de fãs femininas, que foram bem audíveis durante a atuação. :P ), que demonstraram no fest. O vocalista tem um bom sentido de humor, o que ajuda sempre a criar uma boa interação entre público e banda. A título de curiosidade, deu também para verificar que, apesar de tudo, Antimatter é (um pouco) mais pesado que Anathema.

Shining - já fazia algum tempo desde que os vi no SWR, já há alguns anos. Como já é hábito, desde aí a banda sofreu algumas alterações na formação. Penso que desde esse concerto só um dos guitarristas e o baixista se mantêm. Apesar de algumas provocações ao público e algumas interações com os fotógrafos de serviço, o Niklas apareceu mais contido, o que é positivo, pois o que interessa é mesmo a música e não algum "circo". Não sendo grande seguidor da banda, parece-me que atualmente têm uma abordagem mais black n´roll, com alguns apontamentos prog pelo meio, que até não me desagradam. Curiosamente encerraram com a For a God Below, que é um dos seus temas mais proggy. Foi um bom concerto, embora tenha gostado mais do de SWR.

Sólstafir - se Arcturus justificou a minha presença no primeiro dia do fest, Sólstafir foi a principal razão de também ter marcado presença no segundo dia. Bem, e que dizer? Deram, para mim, o concerto do fest. Foi simplesmente sublime. É impressionante ver a forma como a banda tem, paulatinamente, ganho estatuto e notoriedade (mais que merecidos), subindo bastantes posições nos alinhamentos dos festivais (a primeira vez que os vi, já há uns bons anos, foi a abrir para Swallow the Sun, no Music Box). Falo de estatuto, porque muito antes desse reconhecimento, que surgiu com o Ótta, a qualidade já lá estava bem vincada, em álbuns como Köld e Svartir Sandar. Começo de concerto com um tema instrumental do melhor que já fizeram, - a 78 Days in the Desert, seguida da Köld. Este arranque agarrou logo o público, que não mais largou até aos últimos acordes. A postura da banda, de deixar falar a música, interagindo apenas com o público quando se justifica (como aconteceu quando o vocalista andou pela grade, com a ajuda do público, enquanto cantava a Bláfjall), só a beneficia, evitando os lugares comum e os clichés habituais. A setlist foi muito bem escolhida, passando pelos grandes temas da banda (e mostrando-me que o último álbum é bem melhor do que, na altura, eu pensei). Destaques, para além dos dois temas iniciais e a para a mencionada Bláfjall, Ótta, Svartir sandar, Fjara, e a fantástica Goddess of the Ages, que encerrou a atuação. Muito, mas mesmo muito bom! :metal:

Para mim, esta foi a melhor edição do fest, que tem tudo para se consolidar (e até crescer) no panorama nacional. Pontos muito positivos para o som, para o cumprimento dos horários (excetuando para os 30 minutos de atraso do segundo dia, mas que eu até dou de barato, pois a partir daí os horários foram cumpridos) e para as boas condições da venue.
A rever a questão das entradas no recinto, especialmente no primeiro dia. Não é aceitável que se tenha de aguardar numa fila meia hora para entrar, para algo tão simples quanto levantar o bilhete.
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Re: 2018.12.07/08 - UNDER THE DOOM VI - Lisboa ao Vivo - Lisboa

Mensagempor X-FrEaK » segunda dez 10, 2018 12:56 am

So fui ao segundo dia e entrei com Antimatter já a tocar. Conhecia a banda de nome e que era um ex Anathema mas nunca tinha ouvido. Gostei bastante to concerto.

Shining foi a banda que me fez ir ao fest, são das minhas bandas de eleição. Ficou um pouco aquém, o som não tava espetacular e parece que acabou demasiado rápido. De resto o alinhamento nem foi mau e o Niklas teve contido pelo que já tinha visto de vídeos e lido, dado que este foi o meu primeiro concerto deles. Anyway aquele bla bla bla todo em Espanhol lol..

Finalmente Solstafir, que são uma banda que gosto qb mas não são das minhas bandas favoritas... Que concerto, muito muito bom, adorei a postura dos membros e a música contemplativa dos islandeses funciona muito bem ao vivo (ajuda também o vocalista ao vivo cantar quase igual ao álbum). Vou ter que voltar a pegar na discografia deles mais a fundo.

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RuySan
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Re: 2018.12.07/08 - UNDER THE DOOM VI - Lisboa ao Vivo - Lisboa

Mensagempor RuySan » segunda dez 10, 2018 10:46 am

Só fui ao primeiro dia, mas fica aqui o meu resumo mesmo muito resumido:

The Wounded: Cheguei e estava o concerto a acabar. Achei piada o vocalista que parecia saído do departamento de informática de alguma empresa directamente para o palco. Tem boa voz o senhor.

Desire: Só conheço o Locus Horrendus e já não devo ouvir esse album há mesmo muito tempo. Dito isto foi um concerto competente mas que em algumas partes me passou um bocado ao lado.

While Heaven Wept: Gosto muito da banda, e para mim foi o concerto da noite. Gostei muito de ouvir este vocalista a cantar as músicas do tempo em que o Tom Phillips era o vocalista. Ganham outra dimensão. O "Vessel" é mesmo um baladão. Se há uma coisa que é visível com o passar do tempo é que a percentagem de carecas presentes em palco e no público aumenta exponencialmente. Mas a careca do vocalista de WHW é mais brilhante e redondinha que a dos comums mortais. E a teclista da banda é grande. Literalmente.

Draconian: Da ultima vez fiquei desiludido por não terem trazido a vocalista certa, mas estranhamente gostei mais do concerto de há dois anos. A voz não se ouvia nas 3 primeiras músicas, e os músicas pareciam mais distantes. O vocalista dos Draconian é mesmo um personagem do caralho. O meu amigo descreveu-o como o "Salvador Sobral do Doom". Aquela postura ultra-teatral é sempre de chorar a rir, e depois ainda há o "trollanço" (como dizem os jovens!) continuo. Foi um "Gracias" depois um "Merci" a acabar a dizer que é a primeira vez dos Draconian em Portugal e que está a adorar.

Arcturus: Não sei se foi o avançado da hora ou a dificuldade de replicar o som dos Arcturus em palco, mas foi um bocado de desilusão o concerto. Gosto da voz do Vortex, mas nas primeiras músicas ele não puxava por ela, e como tal arruinou dois dos clássicos da era Garm. E o que aconteceu ali no "circle pit"? Qual de vocês é que andou à porrada?

Noite bem passada, mas gostava que tivesse acabado mais cedo. Olhem para o vosso público. A média de idades deve estar a aproximar-se dos 40. Não temos costas nem joelhos para isto.

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Re: 2018.12.07/08 - UNDER THE DOOM VI - Lisboa ao Vivo - Lisboa

Mensagempor X-FrEaK » segunda dez 10, 2018 10:49 am

RuySan Escreveu: A média de idades deve estar a aproximar-se dos 40. Não temos costas nem joelhos para isto.


A do dia seguinte devia tar mais pos 20, até me senti velho. Mas é bom saber que ainda há malta nova a ir a fests destes.

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Re: 2018.12.07/08 - UNDER THE DOOM VI - Lisboa ao Vivo - Lisboa

Mensagempor PeiXotO » segunda dez 10, 2018 12:51 pm

Como é normal, o Enigma acabou por dizer a maioria do que eu queria dizer. Os Desire redimiram-se por terem "acabado" e cancelado a sua atuação numa das edições anteriores. Neste primeiro dia o ponto alto foi a atuação dos While Heaven Wept. Não conhecia um único tema da banda e saí de lá a pensar que podiam tocar mais uma hora que não ia arredar pé. É sempre bom ver Draconian, e sendo a primeira vez com a nova vocalista estava com alguma curiosidade. Apesar de gostar bastante do Sovran acho que carregaram muito em cima desse album, enquanto que podiam ter tocado mais um clássico ou outro. O som não esteve perfeito e por vezes a voz feminina perdia-se ali no meio.Arcturus deram um concerto bem mais interessante do que em Vagos, mas devido a algum cansaço físico e algo desinteresse da minha parte acabei por sair a cerca de 20 minutos de terminar a atuação.
No segundo dia os Collapse of Light abriram as hostilidades com um bom concerto, ainda que mais célere do que aquele tinha visto na semana anterior em Alenquer. Lento, mas emotivo e com texturas muito interessantes. Os Kontinuum foram uma boa surpresa, criando aquela atmosfera atípica vinda lá de cima. Sinistro é daquelas bandas tipo Bizarra Locomotiva, podes ver 100 vezes num ano, mas se eles derem mais um concerto e houver oportunidade vale sempre a pena rever. Infelizmente o som estava alto e grave, mesmo bom para fazer a malta borrar a cueca. Antimatter em teoria destoavam um bocado do resto do cartaz, mas criaram um bom ambiente e o concerto foi interessante. Shining é sempre aquela relação amor-ódio. Se por um lado gosto imenso da componente instrumental dos albuns III ao VI, por outro detesto a abordagem vocal do Niklas. A set focou-se pouco em material que conhecia e tendo havido mudanças na formação, o concerto não me pareceu tão interessante como quando os tinha visto em Corroios. A atuação do Niklas foi "normal" tendo ficado visivelmente chateado com algum problema de som na fase inicial do concerto, onde fartou-se de reclamar com a malta na lateral do palco (não devo ter sido o único que teve aquele desejo/curiosidade de ver o Nocturnus dar um sopapo no gajo e dizer "... Black Metal"). E Sólstafir foi só o amor. Concerto do dia e muito provavelmente de todo o festival, com votos que regressem em breve.

E algures consegui contar oito fotógrafos no fosso em frente ao palco, que por vezes tinham de se atropelar para tirar aquela foto especial do pingo de suor do artista. Não invejo o vosso trabalho, felizmente não andaram a importunar a malta como acontece no RCA.
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Re: 2018.12.07/08 - UNDER THE DOOM VI - Lisboa ao Vivo - Lisboa

Mensagempor aetheria » segunda dez 10, 2018 1:26 pm

PeiXotO Escreveu:E algures consegui contar oito fotógrafos no fosso em frente ao palco, que por vezes tinham de se atropelar para tirar aquela foto especial do pingo de suor do artista. Não invejo o vosso trabalho, felizmente não andaram a importunar a malta como acontece no RCA.


Tu e a tua relação de amor com fotógrafos e video-reporters :lol:
Só é tua a loucura Onde, com lucidez, te reconheças. Torga
A partir de um determinado ponto já não há retorno. É esse ponto que se tem que alcançar. Kafka

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Re: 2018.12.07/08 - UNDER THE DOOM VI - Lisboa ao Vivo - Lisboa

Mensagempor PeiXotO » segunda dez 10, 2018 2:21 pm

aetheria Escreveu:Tu e a tua relação de amor com fotógrafos e video-reporters :lol:

Como disse, eles neste festival não incomodavam ninguém. Mesmo quem estava na fila da frente não tinha a visão perturbada pelas movimentações dos fotógrafos. De vez em quando havia um ou outro que se projetava para trás para tirar uma ou outra foto, mas acho que não magoou ninguém. É muito mais incomodativo quando circulam sem respeito nenhum pelas filas da frente de recintos pequenos. Mas pronto temos de ver o lado positivo disto, se existem muitos fotógrafos "profissionais" nestes eventos é porque trabalham para empresas/plataformas de promoção à música em Portugal, o que não é uma má coisa.
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Re: 2018.12.07/08 - UNDER THE DOOM VI - Lisboa ao Vivo - Lisboa

Mensagempor RuySan » quarta dez 12, 2018 10:27 am

Essa gente está lá para tirar fotos para não termos nós de andar com os braços no ar a tirar. Por mim não me fazem diferença, até porque já não vou para a frente de um concerto há mesmo muito tempo. Acho que nem reparo neles.

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Re: 2018.12.07/08 - UNDER THE DOOM VI - Lisboa ao Vivo - Lisboa

Mensagempor PeiXotO » quarta dez 12, 2018 1:55 pm

RuySan Escreveu:Essa gente está lá para tirar fotos para não termos nós de andar com os braços no ar a tirar.


Ya é isso. Estão a fazer um serviço público.
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Re: 2018.12.07/08 - UNDER THE DOOM VI - Lisboa ao Vivo - Lisboa

Mensagempor aetheria » quarta dez 12, 2018 4:49 pm

PeiXotO Escreveu:
RuySan Escreveu:Essa gente está lá para tirar fotos para não termos nós de andar com os braços no ar a tirar.


Ya é isso. Estão a fazer um serviço público.



:lol:
Só é tua a loucura Onde, com lucidez, te reconheças. Torga
A partir de um determinado ponto já não há retorno. É esse ponto que se tem que alcançar. Kafka

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Re: 2018.12.07/08 - UNDER THE DOOM VI - Lisboa ao Vivo - Lisboa

Mensagempor pafg » quarta dez 12, 2018 5:12 pm

Terá sido da expectativa alta que tinha e por ser a banda que me levou ao fest, mas penso que o gig de WHW foi meio sloppy e valeu essencialmente pela Vessel (para quem não conhece, a balada que tocaram lá pelo meio) e pela Of Empires Forlorn (a última música). Começou por dispensarem o soundcheck e com isso arruinaram a The Furthest Shore e acabou com o vocalista, mesmo sendo detentor de um alcance de respeito, a falhar vários versos. Isto para não falar do improviso durante a Thus With a Kiss I Die porque o homem não subiu ao palco quando devia. Planeado ou deu-lhe uma súbita cólica de nervos?
Atenção, não acho que tenha sido má, mas se a actuação tivesse sido toda como durante as malhas que mencionei em cima teria sido mil vezes melhor. Fico contente que tenham angariado novos fãs.

De resto, The Wounded interessante mas o vocalista aqui e ali over the top.

Desire brutalmente competentes. A nova malha faz lembrar.... Draconian.

Estes focaram-se no mais recente álbum Sovran que é o meu preferido deles. Não me posso queixar. A Heavy Lies The Crown é simplesmente brilhante.
Caricata mas já famosa actuação OCD do vocalista. Algumas calinadas na comunicação, mas nada de grave. Foi o concerto que mais gostei apesar dos persistentes problemas de feedback entre os microfones/colunas do vocalista e do guitarrista.

Arcturus.... o que dizer.... já em Vagos achei aquilo meio desprovido de conteúdo e neste concerto a coisa foi ainda mais cringy. Às tantas parecia que estava a ver um grupo de artistas vestidos de bobos ali na Rua Augusta a tentar sacar uns trocos aos turistas. Valeu por ouvir malhas do La Masquerade Infernale que por mais que tentem são impossíveis de arruinar.

Segundo dia vi apenas Sinistro e Antimatter, e gostei bastante de ambos os concertos.

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Re: 2018.12.07/08 - UNDER THE DOOM VI - Lisboa ao Vivo - Lisboa

Mensagempor xtr3me » terça dez 18, 2018 2:25 pm

Fui essencialmente por Arcturus, embora tivesse curiosidade para ver Draconian também.

Em Draconian posso dizer que perdi logo a pica no início do concerto. Som absolutamente miserável ... a voz da vocalista simplesmente não se ouviu nas primeiras 2 ou 3 músicas e as guitarras estavam demasiado altas. Isto acabou por estragar a experiência toda, no meu caso.

Arcturus fui com bastante expectativa, visto que nunca tinha visto ao vivo e posso dizer que gostei bastante. Embora tenha achado o som também pouco conseguido no início, achei a setlist bastante interessante. Vortex começou meio morno mas depois a coisa acabou por ir ao sítio. Sem ter sido um concerto absolutamente deslumbrante, valeu bem a ida a Lx :metal:

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Re: 2018.12.07/08 - UNDER THE DOOM VI - Lisboa ao Vivo - Lisboa

Mensagempor firewalker » terça dez 18, 2018 4:30 pm

PeiXotO Escreveu:
E algures consegui contar oito fotógrafos no fosso em frente ao palco, que por vezes tinham de se atropelar para tirar aquela foto especial do pingo de suor do artista. Não invejo o vosso trabalho, felizmente não andaram a importunar a malta como acontece no RCA.


Já tirei fotos nesse pit, cada vez que queres mudar de posição tens mesmo de te expremer um bocado para o pessoal ir passando. Também é do caralho dar com as canelas nos bocados de metal da barreira que separa o palco do publico. Mas ao menos existe o fosso. Por acaso tenho gostado de ir ao LAV.

No RCA é de facto incomodativo tares a ver 1 concerto e levares com os fotografos, é chato para o publico, e também para os fotografos que tem o trabalho dificultado. Depende do fotografo, alguns têm cuidado, mas já apanhei malta que anda ali a furar á campeão.


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