2019.05.01 - Metallica + Ghost + Bokassa - Estadio do Restelo Lisboa WORLD WIRED TOUR
Enviado: sábado mai 04, 2019 11:31 am
Bokassa - tiveram a ingrata tarefa (ingrata tarefa com muitas aspas, obviamente. Abrir para Metallica é uma oportunidade única para qualquer banda) de abrir a tarde/noite, quando ainda muita gente não tinha entrado, o sol e o vento ainda se faziam sentir com intensidade, e os ecrãs gigantes não funcionavam. O som também não estava propriamente bom, o que também não ajudou nada. Confesso que não retive muito dos seus 30 minutos de atuação, excetuando que se empenharam bastante e tudo fizeram para galvanizar o público (tê-lo-ão conseguido eventualmente com quem estava no golden circle).
Ghost - terceira vez que os vejo, esta foi a que menos me cativou, mais por culpa da organização do que propriamente da banda (mais adiante já abordarei os aspetos organizativos e o muito que falhou nesta noite). Dispuseram de um set de cerca de uma hora, o que é muito bom para uma banda de abertura, mais ainda se o headliner se chama Metallica. Tocaram muitos dos seus clássicos, se assim lhes podemos chamar, embora já quase nada toquem do primeiro álbum (excetuando a excelente Ritual), o que é uma pena. Do último álbum tocaram a Ashes, Rats (que abriram o concerto), Faith, Miasma e Dance Macabre. Destaque maior para a já mencionada Ritual e ainda Cirice, Year Zero, Mummy Dust e Square Hammer, com que encerraram o set. Foi um bom concerto mas fiquei com a sensação que num espaço fechado, e com uma maior proximidade do público, teria sido bem melhor, como o foi nas duas ocasiões em que os vi (Garage e Sala Tejo). De qualquer modo, cimentaram a sua posição de destaque no espectro mais mainstream da cena rock/metal.
Metallica - regresso da banda a Portugal, pouco mais de um ano após a sua última vinda a Lisboa. Como se tratava da primeira data da tour, a expetativa era grande em saber qual a setlist que apresentavam. Nesse aspeto, houve de tudo um pouco, ou seja, apresentaram algumas agradáveis surpresas, tocaram também outros clássicos que, não sendo surpresa, sabe sempre bem ouvir novamente e, ainda, tocaram alguns temas que já poderiam (e deveriam) ter saído da setlist. Começaram com o tema-título do último álbum e, quanto a mim, começaram muitíssimo bem. É um excelente tema, rápido e agressivo, para abrir o set. Seguiu-se a magnífica (e para surpresa minha) Disposable Heroes. Um dos grandes momentos da noite, sem qualquer dúvida! Ride The Lightning foi o tema seguinte que redundou numa das melhores sequências de todo o concerto, que ultrapassou largamente as 2h (não terá faltado muito para atingir as 2h30). Seguiram-se dois temas do Black Album - o primeiro, The God That Failed, que foi uma excelente surpresa e The Unforgiven, que é das tais que já poderiam ter excluído da setlist - mas, lá está, há pessoal que vai lá para esta e para a Nothing Else Matters… Gostei também bastante da Here Comes Revenge - pesadona e mais cadenciada - e a Moth Into Flame. Por esta altura, ou um pouco antes ou depois, já não sei precisar exatamente, os ecrãs gigantes deixaram de funcionar o que, como é fácil de perceber, fez com que a maioria do público (excetuando quem estivesse no golden circle ou bancadas superiores) só ouvisse os temas, pouco ou nada vendo do palco… Primeiro concerto da tour tem destas coisas… Ainda se passaram alguns temas até que o problema fosse resolvido mas, felizmente, as projeções foram repostas o que melhorou, de sobremaneira, o espetáculo. Sad But True (eu sei que é das favoritas de muita gente) já me cansa e é das tais que eu já teria retirada da setlist há muito tempo, mas pronto. Seguiu-se Welcome Home (Sanitarium) que nunca desaponta (embora tenha sido escolhida em detrimento da Fade To Black, que constava da setlist, o que foi uma pena). No final do tema o Rob e o Kirk tocaram (e cantaram.XD) Censurados (a grande surpresa da noite!) e Xutos (neste caso, uma repetição do que fizeram no ano passado), conquistando ainda mais a simpatia e empatia do público. Já se vai tornando um hábito este tipo de atenção da banda, o que só lhes fica (muito) bem. A Frantic foi das maiores surpresas e dos meus momentos prediletos de toda a noite. Sempre gostei bastante desta malha. Seguiu-se a melhor sequência de clássicos da noite, com a incontornável One, Master of Puppets, From Whome The Bell Tolls, Creeping Death e Seek & Destroy. Magnífico! Se tivesse terminado aqui ninguém se poderia queixar. Voltaram ao palco para o encore que, pelo menos para mim, foi despiciendo e não acrescentou nada ao concerto - Lords of Summer (que acho que nunca tinha ouvido, mas isso o problema é meu) e depois as já muito gastas Nothing Else Matters e Enter Sandman. Foi mais uma grande espetáculo que os Metallica proporcionaram, como já é habitual (mesmo com o tal problema técnico), com algumas excelentes surpresas na setlist e uma enorme cumplicidade com o público e com a cidade de Lisboa (aquele Thank You Lisbon nos ecrãs enquanto passavam imagens da cidade foi um gesto bonito).
Quanto ao local escolhido para o concerto e à organização do mesmo, nota muito, mas mesmo muito negativa.
O Estádio do Restelo, apesar de ter uma localização numa zona muito bonita da cidade, não oferece as mínimas condições para um evento deste tipo. São escassas as entradas, o que fez com que no final do concerto se assistisse a muita gente passar por cima das cadeiras das bancadas para conseguir sair, pois as saídas propriamente ditas estavam completamente entupidas. Basta referir que, para as bancadas inferiores e relvado deviam contar-se pelos dedos o número de saídas disponíveis.
Quanto à organização do evento, foi simplesmente medíocre. O episódio das casas de banho é bem elucidativo a esse respeito. Para o relvado e toda a bancada inferior (ou seja, para muitos milhares de pessoas) só havia 40 casas de banho (para homens e outras tantas para mulheres), o que criou longuíssimas filas para as mesmas (nomeadamente na dos homens). Assim, facilmente se perdia mais de uma hora (sim, leram bem, mais de UMA hora) nas filas para a casa de banho. Assim, foram muitos os que decidiram pura e simplesmente urinar nos acessos das bancadas. Não os condeno, a culpa foi única e exclusivamente da organização. Uma vergonha absoluta!
Um episódio verdadeiramente terceiro mundista que nunca poderia ter acontecido. Considerando que a mesma promotora vai organizar o VOA no mesmo espaço, ou aprendem muito bem a lição, ou vai ser a última vez que irei a eventos neste espaço.
Ghost - terceira vez que os vejo, esta foi a que menos me cativou, mais por culpa da organização do que propriamente da banda (mais adiante já abordarei os aspetos organizativos e o muito que falhou nesta noite). Dispuseram de um set de cerca de uma hora, o que é muito bom para uma banda de abertura, mais ainda se o headliner se chama Metallica. Tocaram muitos dos seus clássicos, se assim lhes podemos chamar, embora já quase nada toquem do primeiro álbum (excetuando a excelente Ritual), o que é uma pena. Do último álbum tocaram a Ashes, Rats (que abriram o concerto), Faith, Miasma e Dance Macabre. Destaque maior para a já mencionada Ritual e ainda Cirice, Year Zero, Mummy Dust e Square Hammer, com que encerraram o set. Foi um bom concerto mas fiquei com a sensação que num espaço fechado, e com uma maior proximidade do público, teria sido bem melhor, como o foi nas duas ocasiões em que os vi (Garage e Sala Tejo). De qualquer modo, cimentaram a sua posição de destaque no espectro mais mainstream da cena rock/metal.
Metallica - regresso da banda a Portugal, pouco mais de um ano após a sua última vinda a Lisboa. Como se tratava da primeira data da tour, a expetativa era grande em saber qual a setlist que apresentavam. Nesse aspeto, houve de tudo um pouco, ou seja, apresentaram algumas agradáveis surpresas, tocaram também outros clássicos que, não sendo surpresa, sabe sempre bem ouvir novamente e, ainda, tocaram alguns temas que já poderiam (e deveriam) ter saído da setlist. Começaram com o tema-título do último álbum e, quanto a mim, começaram muitíssimo bem. É um excelente tema, rápido e agressivo, para abrir o set. Seguiu-se a magnífica (e para surpresa minha) Disposable Heroes. Um dos grandes momentos da noite, sem qualquer dúvida! Ride The Lightning foi o tema seguinte que redundou numa das melhores sequências de todo o concerto, que ultrapassou largamente as 2h (não terá faltado muito para atingir as 2h30). Seguiram-se dois temas do Black Album - o primeiro, The God That Failed, que foi uma excelente surpresa e The Unforgiven, que é das tais que já poderiam ter excluído da setlist - mas, lá está, há pessoal que vai lá para esta e para a Nothing Else Matters… Gostei também bastante da Here Comes Revenge - pesadona e mais cadenciada - e a Moth Into Flame. Por esta altura, ou um pouco antes ou depois, já não sei precisar exatamente, os ecrãs gigantes deixaram de funcionar o que, como é fácil de perceber, fez com que a maioria do público (excetuando quem estivesse no golden circle ou bancadas superiores) só ouvisse os temas, pouco ou nada vendo do palco… Primeiro concerto da tour tem destas coisas… Ainda se passaram alguns temas até que o problema fosse resolvido mas, felizmente, as projeções foram repostas o que melhorou, de sobremaneira, o espetáculo. Sad But True (eu sei que é das favoritas de muita gente) já me cansa e é das tais que eu já teria retirada da setlist há muito tempo, mas pronto. Seguiu-se Welcome Home (Sanitarium) que nunca desaponta (embora tenha sido escolhida em detrimento da Fade To Black, que constava da setlist, o que foi uma pena). No final do tema o Rob e o Kirk tocaram (e cantaram.XD) Censurados (a grande surpresa da noite!) e Xutos (neste caso, uma repetição do que fizeram no ano passado), conquistando ainda mais a simpatia e empatia do público. Já se vai tornando um hábito este tipo de atenção da banda, o que só lhes fica (muito) bem. A Frantic foi das maiores surpresas e dos meus momentos prediletos de toda a noite. Sempre gostei bastante desta malha. Seguiu-se a melhor sequência de clássicos da noite, com a incontornável One, Master of Puppets, From Whome The Bell Tolls, Creeping Death e Seek & Destroy. Magnífico! Se tivesse terminado aqui ninguém se poderia queixar. Voltaram ao palco para o encore que, pelo menos para mim, foi despiciendo e não acrescentou nada ao concerto - Lords of Summer (que acho que nunca tinha ouvido, mas isso o problema é meu) e depois as já muito gastas Nothing Else Matters e Enter Sandman. Foi mais uma grande espetáculo que os Metallica proporcionaram, como já é habitual (mesmo com o tal problema técnico), com algumas excelentes surpresas na setlist e uma enorme cumplicidade com o público e com a cidade de Lisboa (aquele Thank You Lisbon nos ecrãs enquanto passavam imagens da cidade foi um gesto bonito).
Quanto ao local escolhido para o concerto e à organização do mesmo, nota muito, mas mesmo muito negativa.
O Estádio do Restelo, apesar de ter uma localização numa zona muito bonita da cidade, não oferece as mínimas condições para um evento deste tipo. São escassas as entradas, o que fez com que no final do concerto se assistisse a muita gente passar por cima das cadeiras das bancadas para conseguir sair, pois as saídas propriamente ditas estavam completamente entupidas. Basta referir que, para as bancadas inferiores e relvado deviam contar-se pelos dedos o número de saídas disponíveis.
Quanto à organização do evento, foi simplesmente medíocre. O episódio das casas de banho é bem elucidativo a esse respeito. Para o relvado e toda a bancada inferior (ou seja, para muitos milhares de pessoas) só havia 40 casas de banho (para homens e outras tantas para mulheres), o que criou longuíssimas filas para as mesmas (nomeadamente na dos homens). Assim, facilmente se perdia mais de uma hora (sim, leram bem, mais de UMA hora) nas filas para a casa de banho. Assim, foram muitos os que decidiram pura e simplesmente urinar nos acessos das bancadas. Não os condeno, a culpa foi única e exclusivamente da organização. Uma vergonha absoluta!
Um episódio verdadeiramente terceiro mundista que nunca poderia ter acontecido. Considerando que a mesma promotora vai organizar o VOA no mesmo espaço, ou aprendem muito bem a lição, ou vai ser a última vez que irei a eventos neste espaço.