Metal Underground

Mais uma data de uma banda nacional no Sabotage (após o concerto de Sinistro em fevereiro), que assinala sempre, de alguma forma, um concerto especial. Desde logo, porque é um concerto da banda, e não uma aparição em festival, (e nem sequer há banda de abertura), portanto quem vai, vai mesmo porque gosta bastante da banda. A sala, mais uma vez, encheu e, se é verdade que não é propriamente muito difícil, pois o espaço é pequeno, não deixa de ser relevante assinalá-lo, especialmente num período com tanta e tão variada oferta de concertos que tem ocorrido nas últimas semanas. Relativamente ao concerto propriamente dito, foi um concerto de Process of Guilt e, para quem já os viu e gosta da banda, isso significa necessariamente um enorme concerto. E assim foi, mais uma vez. Começaram com um ligeiro atraso em relação ao que estava anunciado, mas nada de especial (felizmente, houve progressos muito positivos nesta sala relativamente a horários). A setlist focou-se, como já era expectável, no seu colossal Black Earth e, mais uma vez, mostraram a qualidade imensa deste trabalho que, quando transposto para atuação ao vivo, atinge proporções incríveis de peso, intensidade e negritude. A banda é um portento ao vivo e, mais uma vez, comprovou-o. Aqueles quatro músicos tocam juntos de olho fechados, sendo de destacar que a banda tem o mesmo line-up desde a sua formação, já lá vão 17 anos, o que é obra, ainda para mais em Portugal. O som, que muitas vezes nesta sala pode ser problemático, esteve bom (bastante alto, mas em concertos de PoG já sabemos como é), permitindo absorver toda aquela enorme parede de som que a banda debita. Excelente concerto de uma das maiores e mais consistentes bandas do panorama nacional.

Havia gente a fumar?

Preciso de saber quando posso ir finalmente ver um concerto ao Sabotage.

RuySan Escreveu:Havia gente a fumar?

Preciso de saber quando posso ir finalmente ver um concerto ao Sabotage.

Pensei o mesmo quando li a review, faltava esse apontamento do fumo. Deve ter sido um dos piores bars a que já fui, em termos de fumo.

Infelizmente, havia gente a fumar. Mesmo assim, não foi das piores noites, no Sabotage, nesse aspeto.

Ainda está para vir um concerto mau de Process Guilt.

Este, como não seria de esperar, foi muito bom. Um som colossal, uma devassidão sonora durante 1h e pouco. A demonstrar mais uma vez porque é uma das melhores bandas no panorama nacional. Foi um excelente sábado à noite, embora podia ter sido com uma cerveja um pouco mais barata. Uma casa cheia a demonstrar os fãs que esta banda conseguiu angariar durante o seu longo percurso.

Até um próximo concerto deles!