2019.07.25-28 Laurus Nobilis Music Famalicão 2019
Enviado: terça jul 30, 2019 12:38 am
Mequié, já todos destilaram o verde branco da adega cooperativa local? Já se pode falar deste ebento?
Antes que a rotina torne a atacar e eu já não tenha tempo para mais coisa nenhuma, vou deixar aqui um resumo de mais esta edição do festival mais surpreendente da cena actual.
A esta altura já toda a gente sabe: Hypocrisy foi c'o car*lho porque o Tägtgren deixou o vôo para o próprio dia, e esse vôo se atrasou. Não houve hipótese. Foi um daqueles baldes de água fria que arrefeceu ainda mais um Domingo já de si ameno. Parece que houve muita gente a pedir a devolução do bilhete - os que o tinham comprado só para aquele dia, claro está. Mas isto foi o que ouvi dizer, não testemunhei. A organização esteve impecável por, desde logo, disponibilizar essa 'solução'. Era a única coisa lhes restava, de facto, fazer.
A ver se para o ano os confirmam.... E que venham de véspera!
E falado que está o ponto mais negativo do fest, vamos ao resto:
- WC's em contentores, como em Barroselas. Oh pá. Ma-ra-vi-lha. Eu não me cansarei nunca de louvar quem se lembra dos/das que querem aliviar-se em condições. Cubículos portáteis são tão 2010 que até dói. Fds. Vagos, ponde-vos a pau que a partir do momento em que o Laurus e o Barroselas têm disto, vocês não podem ter menos. Lembrai-vos que há gente (nomeadamente, gajas) que pensam "se tenho que ir mijar naquilo [aka, cubículos nojentos, minúsculos e sem luz], então prefiro beber menos". Tenho dito. Os senhores do verde branco só saíram a ganhar.
- Palcos com uma qualidade de luz e som impecáveis (só num par de bandas é que notei o som um pouco mais embrulhado, mas mesmo assim, nada de crítico)
- Samael, a banda do festival. Tão bom, caramba, já tinha saudades. A única vez que os tinha visto tinha sido no HC em 2011, e achei o concerto do Laurus superior.
- Sinistro, surpreendentemente cativantes. Ok, eu sei: para muita gente já o eram, mas desde que os apanhei em Barroselas há uns anos, em substituição de última hora de Aborted, que os achava uma seca. Foi, certamente, pelo contexto, porque agora consegui estar ali do princípio ao fim a apreciar a intensidade do que põem em palco.
- Entombed AD: uma das poucas que deu para a roda. E que roda! Que competência de senhores!
- Contradiction: não conhecia e fiquei fã. Som a seguir atentamente.
- E as bandas que dão sempre, garantidamente, um bom espectáculo, não defraudaram: Analepsy (novamente sem o Marco, como no UMTB, o que se passa?), Gwydion, Besta, Peste & Sida, Simbiose, Tales for the Unspoken. Estais lá.
- Fleshgod Apocalypse... Bom. É já a 3ª vez que os apanho num qualquer festival (primeira vez foi no Bracara em 2011, ainda sem a cantora), e das três vezes sempre lhes dei o benefício da dúvida e fiquei para ouvir. Não adianta, não são a minha cena e acabou. Serão muito competentes dentro do seu género, não discuto isso... eu é que não aprecio o género. De uma próxima já não estarei a ocupar espaço lá no meio, darei o lugar a quem melhor o aproveite.
- O mesmo se passou com Crematory. Excelentes músicos, mas saí a meio quando me começaram a cansar.
- Soilwork, Miss Lava, Sollar, a mesma história. Serei eu que estou a ficar sem paciência para ouvir coisas fora da minha onda?
- as bandas que não mencionei, foi porque não vi, ora por estar ocupada a seguir o meu puto que insistia em correr para todo o lado, ora por estar na cavaqueira com gente que, como já é da praxe, quase só vejo nestas ocasiões.
Mais um ano, mais um passo em frente para este festival que ainda outro dia nasceu, e já tem uma dimensão do caraças. De ano para ano são claras as diferenças, e nunca para pior.
Só estranhei que estivesse menos gente do que no ano passado, no geral dos dias. Mesmo no sábado. E a gente que estava, era muito sossegadinha. Não sei se o peso de cartazes recentes que houve em Lisboa poderá ter relação (as pessoas fazem €scolhas, não há volta a dar a isso).
Mesmo a afluência de locais à zona gratuita, não teve nada a ver com a quantidade que foi em 2018. Será que o estacionamento a 5€ teve a ver com isso? Se eu fosse da zona (e não me podendo deslocar a pé), não ia dar 5 paus só para matar a curiosidade, isso era certinho... Aliás, 5€ para deixar o carro numa zona onde não há muita oferta de estacionamento perto, foi um bocado puxado. No ano passado, se não me engano, eram 2€. Vejam lá isso. Ou damos 15€ ao estacionamento, ou aos senhores do vinho!
Portanto, aspectos a melhorar para 2020:
- estacionamento mais baratinho, ó faxavori!
- mais oferta de comes. Este ano esteve fraquito.
- não era má ideia ter disponíveis à saída uns testes de alcoolémia para a malta ver se está OK. No sábado a GNR andava por todo o lado à caça de festivaleiros.
Um 'até à próxima' a todos os que reencontrei ali. Sem vocês não era a mesma coisa, vos garanto.
E em suma: mal sejam postos à venda os bilhetinhos 'às cegas', irei mais uma vez orientar um par deles cá para casa. Vale sempre a pena.
#sófaltouoTägtgren
Antes que a rotina torne a atacar e eu já não tenha tempo para mais coisa nenhuma, vou deixar aqui um resumo de mais esta edição do festival mais surpreendente da cena actual.
A esta altura já toda a gente sabe: Hypocrisy foi c'o car*lho porque o Tägtgren deixou o vôo para o próprio dia, e esse vôo se atrasou. Não houve hipótese. Foi um daqueles baldes de água fria que arrefeceu ainda mais um Domingo já de si ameno. Parece que houve muita gente a pedir a devolução do bilhete - os que o tinham comprado só para aquele dia, claro está. Mas isto foi o que ouvi dizer, não testemunhei. A organização esteve impecável por, desde logo, disponibilizar essa 'solução'. Era a única coisa lhes restava, de facto, fazer.
A ver se para o ano os confirmam.... E que venham de véspera!
E falado que está o ponto mais negativo do fest, vamos ao resto:
- WC's em contentores, como em Barroselas. Oh pá. Ma-ra-vi-lha. Eu não me cansarei nunca de louvar quem se lembra dos/das que querem aliviar-se em condições. Cubículos portáteis são tão 2010 que até dói. Fds. Vagos, ponde-vos a pau que a partir do momento em que o Laurus e o Barroselas têm disto, vocês não podem ter menos. Lembrai-vos que há gente (nomeadamente, gajas) que pensam "se tenho que ir mijar naquilo [aka, cubículos nojentos, minúsculos e sem luz], então prefiro beber menos". Tenho dito. Os senhores do verde branco só saíram a ganhar.
- Palcos com uma qualidade de luz e som impecáveis (só num par de bandas é que notei o som um pouco mais embrulhado, mas mesmo assim, nada de crítico)
- Samael, a banda do festival. Tão bom, caramba, já tinha saudades. A única vez que os tinha visto tinha sido no HC em 2011, e achei o concerto do Laurus superior.
- Sinistro, surpreendentemente cativantes. Ok, eu sei: para muita gente já o eram, mas desde que os apanhei em Barroselas há uns anos, em substituição de última hora de Aborted, que os achava uma seca. Foi, certamente, pelo contexto, porque agora consegui estar ali do princípio ao fim a apreciar a intensidade do que põem em palco.
- Entombed AD: uma das poucas que deu para a roda. E que roda! Que competência de senhores!
- Contradiction: não conhecia e fiquei fã. Som a seguir atentamente.
- E as bandas que dão sempre, garantidamente, um bom espectáculo, não defraudaram: Analepsy (novamente sem o Marco, como no UMTB, o que se passa?), Gwydion, Besta, Peste & Sida, Simbiose, Tales for the Unspoken. Estais lá.
- Fleshgod Apocalypse... Bom. É já a 3ª vez que os apanho num qualquer festival (primeira vez foi no Bracara em 2011, ainda sem a cantora), e das três vezes sempre lhes dei o benefício da dúvida e fiquei para ouvir. Não adianta, não são a minha cena e acabou. Serão muito competentes dentro do seu género, não discuto isso... eu é que não aprecio o género. De uma próxima já não estarei a ocupar espaço lá no meio, darei o lugar a quem melhor o aproveite.
- O mesmo se passou com Crematory. Excelentes músicos, mas saí a meio quando me começaram a cansar.
- Soilwork, Miss Lava, Sollar, a mesma história. Serei eu que estou a ficar sem paciência para ouvir coisas fora da minha onda?
- as bandas que não mencionei, foi porque não vi, ora por estar ocupada a seguir o meu puto que insistia em correr para todo o lado, ora por estar na cavaqueira com gente que, como já é da praxe, quase só vejo nestas ocasiões.
Mais um ano, mais um passo em frente para este festival que ainda outro dia nasceu, e já tem uma dimensão do caraças. De ano para ano são claras as diferenças, e nunca para pior.
Só estranhei que estivesse menos gente do que no ano passado, no geral dos dias. Mesmo no sábado. E a gente que estava, era muito sossegadinha. Não sei se o peso de cartazes recentes que houve em Lisboa poderá ter relação (as pessoas fazem €scolhas, não há volta a dar a isso).
Mesmo a afluência de locais à zona gratuita, não teve nada a ver com a quantidade que foi em 2018. Será que o estacionamento a 5€ teve a ver com isso? Se eu fosse da zona (e não me podendo deslocar a pé), não ia dar 5 paus só para matar a curiosidade, isso era certinho... Aliás, 5€ para deixar o carro numa zona onde não há muita oferta de estacionamento perto, foi um bocado puxado. No ano passado, se não me engano, eram 2€. Vejam lá isso. Ou damos 15€ ao estacionamento, ou aos senhores do vinho!
Portanto, aspectos a melhorar para 2020:
- estacionamento mais baratinho, ó faxavori!
- mais oferta de comes. Este ano esteve fraquito.
- não era má ideia ter disponíveis à saída uns testes de alcoolémia para a malta ver se está OK. No sábado a GNR andava por todo o lado à caça de festivaleiros.
Um 'até à próxima' a todos os que reencontrei ali. Sem vocês não era a mesma coisa, vos garanto.
E em suma: mal sejam postos à venda os bilhetinhos 'às cegas', irei mais uma vez orientar um par deles cá para casa. Vale sempre a pena.
#sófaltouoTägtgren