2019.11.05 - Moonspell + Rotting Christ + Silver Dust - Capitólio. Lisboa
Enviado: quinta nov 07, 2019 2:28 pm
Silver Dust - o início de noite coube a esta banda suíça que, verdade seja dita, se não fosse este concerto nem saberia que existia. Nem sequer os checkei antes, portanto não tinha qualquer expetativa ou ideia preconcebida acerca da mesma. Ora bem, em termos de género musical, só para se ter uma ideia do que se está a falar, é difícil de os categorizar, situando-se algures no groove (que, por vezes, usam e abusam), alternative e até gothic. No que à sua prestação diz respeito, opiniões pessoais à parte (já lá vou), estiveram bem, sempre a puxar pelo público, como uma boa banda de abertura deve fazer. E, pela reação do público conseguiram conquistar ou, pelo menos, entreter, boa parte do público. Mais a nível pessoal, se a nível musical estão nos antípodas dos meus gostos musicais, tendo-me passado ao lado, a excessiva teatralidade e gestos demasiados ensaiados soaram-me tão artificiais que me aborreceram de sobremaneira. Resumindo, é a chamada banda "moderna", com um som do mais estéril e sem "alma" nenhuma.
Rotting Christ - aqui, sim, começou a noite de concertos a sério. Veteranos da cena e com uma discografia de respeito, sempre me pareceu que a sua música (pelo menos os trabalhos mais recentes) resultam bem melhor ao vivo que em estúdio (pelo menos tem sido raro pegar nos últimos álbuns, enquanto que ao vivo me soam claramente melhor). Embora não os tenha podido ver na sua última presença em Portugal, esta foi a quarta vez que os vi ao vivo, continuam uma máquina muito bem oleada, e excelentemente comandados pelos irmãos Tolis (aliás, atualmente são mesmo os dois únicos membros permanentes no line-up, sendo o baixista e guitarrista live musicians). Por esta altura já a sala estava muito bem composta (não esgotou, mas estava cheia) para assistir à atuação dos gregos. A setlist que apresentaram foi a mesma que andam a tocar na tour, o que significou que tivemos direito a uma hora de atuação, o que foi bastante bom. Tocaram apenas dois temas do último álbum (que ainda nem ouvi), que me soaram bem - Fire God and Fear e Dies Irae - mas foi claramente com os clássicos (ora temas mais antigas ou até mesmo temas da fase mais recente, mas que já se tornaram temas obrigatórios nas atuações ao vivo, como dub-sag-ta-ke, Kata Ton Daimona Eaytoy ou Apage Satana) que o público foi rapidamente conquistado, iniciando-se o moshpit e mesmo algum crowsurfing, que não mais parou até ao final do concerto. Os dois músicos de sessão são de excelente nível, destacando-se o guitarrista, que assegurou todos os solos dos temas (era escusado a luz aquela luz branca a incidir sobre ele cada vez que solava... para uma banda como Rotting Christ, no thanks). O Sakis, como é habitual, não parou de puxar pelo público, tendo os seus esforços sido muito bem recebidos. Um dos melhores momentos do concerto terá sido mesmo a cover de Thou Art Lord (a outra banda do Sakis) - Societas Satanas - excelente tema! A terminar mais uma excelente passagem por Portugal, a excelente sequência In Yumen-Xibalba, Grandis Spiritus Diavolos e a incontornável Non Serviam. (Houve quem se tivesse queixado do som - por estar demasiado baixo... - não foi o meu caso, achei o som bom, equilibrado. Não é preciso furar os tímpanos, muito pelo contrário, para se ter um bom som).
Moonspell - já não os via em nome póprio desde o lançamento do 1755, no Lisboa ao Vivo, há cerca de dois anos (vi-os entretanto no VOA deste ano mas, ver uma banda em festival ou em concerto são realidades completamente diferentes, e isto tanto se aplica a Moonspell como a qualquer outra banda). Portanto já tinha saudades de os (re)ver e voltar a ouvir os temas do 1755 que, confesso, será o meu least favourite album deles, apenas um pouco à frente do The Buttefly Effect. E foi precisamente por aí que a atuação começou, primeiro com a Em Nome do Medo (dos melhores temas que a banda compôs ultimamente), seguida das 1755, In Tremor Dei e Desastre que, embora na minha opinião fiquem longe do melor que já fizeram, são ainda assim bons temas, e que ao vivo ganham outra dimensão e intensidade. Foi, no entanto, após estes momentos iniciais que o concerto passou para outro patamar quando a banda começou a desfilar, clássico atrás de clássico que, não importa quantas vezes já os ouvi ao vivo, me soam sempre tão bom e marcam invariavelmente os momentos mais especiais dos concertos de Moonspell. E, desta vez, não foi exceção, começando desde logo pela sequência mágica que é ouvir a Opium e logo de seguida a Awake, para de seguida acelerar um pouco as coisas com a Night Eternal (que, embora goste, trocaria de bom grado por um tema do Memorial, provavelmente o meu álbum favorito após os clássicos). Seguiu-se uma surpresa (não tinha visto a setlist que andavam a tocar), com um tesourinho do injustamente mal almada SIn Pecado - Abysmo. Grande, mas mesmo grande momento! Breathe (Until We Are No More) e Extinct marcaram o regresso a temas mais recentes, ambos resultam muito bem ao vivo. Everything Invaded foi outro dos melhores momentos, não só por ser um tema clássico como pela surpresa de o tocarem. Ainda tocaram Evento, do 1755, seguida da Mephisto (sempre brutal) e as incontornáveis Vampiria e Alma Mater (que, para mim, têm sempre muito mais magia quando são tocadas em concerto)., que fecharam o set. Regresso para o encore com a Todos os Santos (melhor tema do 1755), a Ataegina (que foi uma espécie de brinde ao público pelo seu enorme entusiasmo, pois não estava prevista), que é sempre algo de muito especial e, finalmente, como não poderia deixar de ser, a eterna Full Moon Madness. Excelente concerto!
Palavra final para a sala - Capitólio - que oferece excelentes condições e que é um ótimo espaço para concertos entre a capacidade do LAV e da sala Tejo.
Rotting Christ - aqui, sim, começou a noite de concertos a sério. Veteranos da cena e com uma discografia de respeito, sempre me pareceu que a sua música (pelo menos os trabalhos mais recentes) resultam bem melhor ao vivo que em estúdio (pelo menos tem sido raro pegar nos últimos álbuns, enquanto que ao vivo me soam claramente melhor). Embora não os tenha podido ver na sua última presença em Portugal, esta foi a quarta vez que os vi ao vivo, continuam uma máquina muito bem oleada, e excelentemente comandados pelos irmãos Tolis (aliás, atualmente são mesmo os dois únicos membros permanentes no line-up, sendo o baixista e guitarrista live musicians). Por esta altura já a sala estava muito bem composta (não esgotou, mas estava cheia) para assistir à atuação dos gregos. A setlist que apresentaram foi a mesma que andam a tocar na tour, o que significou que tivemos direito a uma hora de atuação, o que foi bastante bom. Tocaram apenas dois temas do último álbum (que ainda nem ouvi), que me soaram bem - Fire God and Fear e Dies Irae - mas foi claramente com os clássicos (ora temas mais antigas ou até mesmo temas da fase mais recente, mas que já se tornaram temas obrigatórios nas atuações ao vivo, como dub-sag-ta-ke, Kata Ton Daimona Eaytoy ou Apage Satana) que o público foi rapidamente conquistado, iniciando-se o moshpit e mesmo algum crowsurfing, que não mais parou até ao final do concerto. Os dois músicos de sessão são de excelente nível, destacando-se o guitarrista, que assegurou todos os solos dos temas (era escusado a luz aquela luz branca a incidir sobre ele cada vez que solava... para uma banda como Rotting Christ, no thanks). O Sakis, como é habitual, não parou de puxar pelo público, tendo os seus esforços sido muito bem recebidos. Um dos melhores momentos do concerto terá sido mesmo a cover de Thou Art Lord (a outra banda do Sakis) - Societas Satanas - excelente tema! A terminar mais uma excelente passagem por Portugal, a excelente sequência In Yumen-Xibalba, Grandis Spiritus Diavolos e a incontornável Non Serviam. (Houve quem se tivesse queixado do som - por estar demasiado baixo... - não foi o meu caso, achei o som bom, equilibrado. Não é preciso furar os tímpanos, muito pelo contrário, para se ter um bom som).
Moonspell - já não os via em nome póprio desde o lançamento do 1755, no Lisboa ao Vivo, há cerca de dois anos (vi-os entretanto no VOA deste ano mas, ver uma banda em festival ou em concerto são realidades completamente diferentes, e isto tanto se aplica a Moonspell como a qualquer outra banda). Portanto já tinha saudades de os (re)ver e voltar a ouvir os temas do 1755 que, confesso, será o meu least favourite album deles, apenas um pouco à frente do The Buttefly Effect. E foi precisamente por aí que a atuação começou, primeiro com a Em Nome do Medo (dos melhores temas que a banda compôs ultimamente), seguida das 1755, In Tremor Dei e Desastre que, embora na minha opinião fiquem longe do melor que já fizeram, são ainda assim bons temas, e que ao vivo ganham outra dimensão e intensidade. Foi, no entanto, após estes momentos iniciais que o concerto passou para outro patamar quando a banda começou a desfilar, clássico atrás de clássico que, não importa quantas vezes já os ouvi ao vivo, me soam sempre tão bom e marcam invariavelmente os momentos mais especiais dos concertos de Moonspell. E, desta vez, não foi exceção, começando desde logo pela sequência mágica que é ouvir a Opium e logo de seguida a Awake, para de seguida acelerar um pouco as coisas com a Night Eternal (que, embora goste, trocaria de bom grado por um tema do Memorial, provavelmente o meu álbum favorito após os clássicos). Seguiu-se uma surpresa (não tinha visto a setlist que andavam a tocar), com um tesourinho do injustamente mal almada SIn Pecado - Abysmo. Grande, mas mesmo grande momento! Breathe (Until We Are No More) e Extinct marcaram o regresso a temas mais recentes, ambos resultam muito bem ao vivo. Everything Invaded foi outro dos melhores momentos, não só por ser um tema clássico como pela surpresa de o tocarem. Ainda tocaram Evento, do 1755, seguida da Mephisto (sempre brutal) e as incontornáveis Vampiria e Alma Mater (que, para mim, têm sempre muito mais magia quando são tocadas em concerto)., que fecharam o set. Regresso para o encore com a Todos os Santos (melhor tema do 1755), a Ataegina (que foi uma espécie de brinde ao público pelo seu enorme entusiasmo, pois não estava prevista), que é sempre algo de muito especial e, finalmente, como não poderia deixar de ser, a eterna Full Moon Madness. Excelente concerto!
Palavra final para a sala - Capitólio - que oferece excelentes condições e que é um ótimo espaço para concertos entre a capacidade do LAV e da sala Tejo.