Para o início da noite estava reservado o concerto de Vetala, banda que, apesar de todo o seu reconhecimento nacional e, até internacional, nunca tinha tido oportunidade de ver e também não estava familiarizado com a sua música. No início da atuação o som estava bastante mau, o que também não ajudou, bem como a menor atenção prestada devido a muita conversa com pessoal que ia chegando. O som entretanto melhorou e, também devido a isso, apreciei bastante mais a segunda metade do set que consistiu, se a memória não me atraiçoa, de um único tema. Pontifica, como destaca do line-up, o Vulturius, aqui apenas na guitarra. Ficou a vontade de os ver novamente, noutro contexto, para poder apreciar melhor. Cumpriram bem o seu papel de banda de abertura.
Seguiram-se os Corpus Christii (penso que já não os via desde o concerto de comemoração dos vinte anos da banda, também no RCA), que, como seria de esperar, deram novamente um grande concerto, sempre comandados pelo carismático e excelente frontman que é o NH. A setlist (já não me lembro bem de todos os temas e da sequência) passou um bocadinho por (quase) toda a discografia da banda, desde temas mais recente como o excelente I See, I Become, com a subida ao palco do Vulturius, Night of Flaming Hatred, Become the Wolf, Under Beastcraft e por outros mais antigos, com grande destaque para uma das minhas personal favourites - Stabbed, que é sempre um ponto alto em qualquer concerto de CC, assim como a Crimson Hour, outra das minhas favoritas. Por todas as condicionantes que referi anteriormente, registou-se ali uma comunhão (passe o termo) entre banda e público que foi mesmo muito especial, inclusive conheço pessoal que lá estava e quem sequer são propriamente grandes apreciadores de BM e que curtiram imenso. O fecho com a incontornável All Hail! foi mesmo um momento catártico e de expulsão de todas as nuvens negras que têm sobrevoado a nossa existência nos últimos tempos. Que venha o novo álbum para mais um pretexto (como se fosse necessário) de ver CC novamente.
