2022.07.21 a 23 - LAURUS NOBILIS MUSIC FAMALICÃO 2022 - V.N.Famalicão

[schwarze_engel]

Vá, eu sei que ninguém foi, ou então que só foram aos 2 últimos dias porque o 1º era para a azeiteirada.
Mas fica aberto o rescaldo do regresso do Laurus, de qualquer modo.

Eu vou só ali acabar de tirar a roupa do tira-nódoas e já cá venho dizer como foi a coisa.

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Eu vou só ali acabar de tirar a roupa do tira-nódoas e já cá venho...

Foi essa a frase proferida pelo Varg antes de matar o outro....

És mesmo TRVE!

[aetheria]

O meu rescaldo é que o vinho verde e o rose estavam super bons! A Estrela Galicia é mesmo uma merda. No terceiro dia, de castigo, levei com Estrela Galicia de novo, mas na Galiza... não melhorou lá por ser na terra dela, lá tive de recorrer a outras misturas - fui ver Incantation e foi do CRL. Balmog já vi mil vezes, mas gosto sempre. Serrabulho encerrou a noite e os galegos receberam-nos em delírio.

Do Laurus, primeiro dia: nunca estive tão parada num festival na minha vida. Assim, quer Rhapsody quer Manowar foram uma delícia! Assim como o after party do Freitas, que me fez suar o que não tinha suado antes. Mesmo que repita a receita ad aeternum. Mas eu sou a vergonha da comunidade (black)metaleira e gosto muito de dançar... AZAR. Sempre consigo ser um ser feliz (o que também não me fica nada bem, eu sei sorry).

Segundo dia: foi quando fugimos à cerveja e enveredamos pelo vinho fresquinho. Trouxe muitas vantagens e Decapitated valeu pela noite. De outras coisas não me lembro bem... Orphaned Land bati palminhas lá num tema e três temas depois fui embora. Nem fiquei para o after-party que eu já sabia que o teria no sábado, lá no outro fest (e que foi gratuito... no dia anterior tinham tocado os ALtarage... damn!)

Com um blind ticket comprado em setembro de 2019, a 30 euros, não chorei o investimento. Apesar de ter lamentado não ver Hate, em particular, e At the Gates. Azar! especialmente da organização, percebeu-se uma clara redução da afluência (tinha vários amigos a irem só por At the Gates e acabaram por não ir).

A disposição do espaço mudou, estranhei, sou bicho de hábitos. Apreciei a grande tenda de mercearia na zona do campismo, onde ainda deu para sacar umas latas de superbock a euro e meio (luxos!) e comprar pão fresquinho e salame, para evitar as filas na zona da comida (pouca oferta para tanta gente, no 1º dia).

Eu vou só ali acabar de tirar a roupa do tira-nódoas e já cá venho dizer como foi a coisa.

Chuta Lena! neste antro as nódoas são pré-requisitos.
Ah! e by the way... quem se fartou de lavar roupa suja foi o DeMaio

[schwarze_engel]

Ah! e by the way... quem se fartou de lavar roupa suja foi o DeMaio

Eheh, esse vinha com a bacia da roupa e o Omo prontinhos!

Para mim este Laurus funcionou não como um festival de 3 dias, mas como um evento de 1+ 2. O primeiro dia foi para ver Manowar, e os restantes é que foram verdadeiramente o festival: diversificado, mexido e para confraternizar como deve ser.

Dia 1:
Pode-se resumir o dia a calor, sol, muita espera, Super Bock contrabandeada da mercearia do campismo, espanhóis, italianos, chilenos, e Rhapsody que eu não vi porque estive quase 1h na fila para conseguir jantar. Pqp.
Depois disso, foi um mar de gente a cantar as músicas todas de Manowar do princípio ao fim. Venha quem vier, isso é bonito de se ver.
Uma pessoa esgoelou-se, levantou os braços, fez o sign of the hammer e tudo e tudo, que ou é para se participar na festa em condições, ou não é.
E saiu-se dali consoladinho, com menos 20 anos em cima dos ombros. Até ao dia seguinte, pelo menos.

Dia 2:
Entre trocas e baldrocas, Decapitated foram o nome do dia, e onde se fez mais a festa. Se na véspera os seguranças tinham ordens para não deixar ninguém passar para a frente da grade (crowdsurfers eram empurrados para trás e nem os fotógrafos puderam ficar por uma música que fosse), agora já colaboravam e seguravam a malta que voava lá de trás. No final da noite tinha em mim terra suficiente para encher um canteiro e algumas pisaduras que não sei de onde surgiram.
Não tenho pachorra para Orphaned Land.

Dia 3:
Mais trocas e cancelamentos, e o dia acabou por valer por Benighted e Downfall of Mankind. Também não tenho pachorra para Lacuna.

Pontos negativos:
- a reorganização do espaço... Não entendi a grandessíssima volta que nos obrigavam a dar para chegar aos palcos, quando podíamos entrar no recinto logo ali à chegada.
- acabarem com os WC de loiça em contentores, como tinham na última edição, e que eu tanto agradeci. Estas caixas de fósforos portáteis são impracticáveis, especialmente depois do sol posto...
- pouca oferta de comida (e cara, bolas!)
- não terem tido os 2 palcos na zona gratuita que tinham anunciado, sem justificação.
- terem acabado com o estacionamento geral (só havia para o campismo e para mobilidade condicionada)

Pontos positivos:
- bombeiros a regar o chão e a nós, a meio da tarde.
- o vinho verde. Jazus.
- tenda da mercearia no campismo, o único sitio com preços normais (não só de cerveja, mas também de água e café).
- palcos mais próximos um do outro.
- o empenho de todos para pôr a máquina a funcionar, que é louvável e não pode passar em branco.

Edição marcada pelos cancelamentos e trocas de lineup, por causa do caos nos aeroportos e do Covid (ou nem tanto, afinal os At the Gates dispensaram um dos membros algumas horas depois de terem cancelado). Espero que a organização não tenha tido prejuízo com essa história, porque foi de herói ter conseguido arranjar substitutos tão em cima da hora.
Quanto a mim, mesmo tendo ficado com pena de não ver Hate e Human Vivisection, o bilhete que comprei em 2019 ficou pago logo no 1º dia.
Eu comprei 'blind ticket', mas depois disto percebeu-se que nos próximos tempos todos os festivais vão ser um pouco às cegas, pelos vistos... Nunca se sabe ao certo o que se vai manter do cartaz anunciado.

Faço votos que a presença de Manowar tenha sido o impulso de que o Laurus precisava para dar o salto e poder trazer nomes mais fortes, doravante. Longe vão os tempos em que do cartaz constavam nomes como Carminho e Aurea...

Venham os blinds para 2023!