2006.12.01 e 02 - Below The Radar:Outsider Music From The UK - Casa da Musica, Porto

Intifada
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2006.12.01 e 02 - Below The Radar:Outsider Music From The UK - Casa da Musica, Porto

Mensagempor Intifada » sexta dez 01, 2006 2:56 pm

Casa da música apresenta:

Dia 1 - Alexander Tucker + Blood Stereo + Volcano The Bear
Dia 2 - Bohman Brothers + Aufgehoben + Spring Heel Jack

Sala 2
A Casa da Música termina o ano de 2006 com um festival de música alternativa made in UK. Co-programado e apoiado pela revista WIRE, este evento traz os novos valores da cena outsider britânica ao Porto durante dois dias. Fundada em 1982 por Anthony Wood, a WIRE é uma publicação independente mensal que privilegia a música e comunidade underground.

«Below The Radar: Outsider Music From The UK», segundo a WIRE:
O termo 'Outsider Art' (arte estranha) foi inventado pelo crítico de arte britânico Roger Cardinal, em 1972, como sinónimo para o termo inglês 'Art Brut' (arte rude/crua), um selo criado pelo artista francês Jean Dubuffet para descrever a arte criada à margem dos limites da cultura oficial.
Por norma, os apelidados de 'outsider artists' têm pouco ou nenhum contacto com as instituições mundiais de arte mainstream e são conhecidos por usarem materiais e técnicas únicas. Tal como os artistas que integram o festival BELOW THE RADAR: OUTSIDER MUSIC FROM THE UK. Por definição, todos os músicos que fazem parte do cartaz deste evento são 'outsider artists'. Colectivamente, demonstraram-se desprendidos da sonoridade mainstream que se tem vindo a degradar e que tem alimentado a cultura de massas de um mercado insaciavelmente global.

Praticamente todos estes músicos são autodidactas. Do free-jazz à electrónica, passando pelo post-punk, minimalismo, rock progressivo e folk revivalista, estes 'outsider artists' criaram, com o seu cunho pessoal, música que existe como idioma do surrealismo do século XXI.

Assim, o festival BELOW THE RADAR: OUTSIDER MUSIC FROM THE UK foi a forma encontrada para dar visibilidade a estes projectos que, de outra forma, não a teriam, e apresentá-los a uma nova audiência sedenta de novidades refrescantes e experiências vitais.

Os artistas que preenchem este cartaz são a ponta de um imenso icebergue escondido debaixo do radar - «Below the Radar» -, ansioso por ser detectado.

Dia 1
Alexander Tucker
O guitarrista e artista visual londrino que já trabalhou com Sunn0))) e Bardo Pond estreia-se na Casa da Música com o mais recente «Furrowed Brow» (2006/ATP Recordings) onde explora a tradição folk inglesa. Versátil e com provas dadas, Alexander Tucker traz-nos algumas das suas experiências que resultaram em melodias delicadas, a partir de instrumentos celtas e grande influência de música britânica pré-guitarra. Um trabalho meticuloso com as cordas das guitarras que recorre a técnicas derivadas do transe de Terry Riley, por exemplo, e das experiências de Brion Gysin.
Recorde-se que Alexander Tucker já foi vocalista da banda pós-rock Unhome

Blood Stereo
Dylan Nyoukis com Karen Constance tornaram-se expoentes máximos do noise britânico numa estética que os aproxima a grupos como os norte-americanos Wolf Eyes e os japoneses Hijokaidan. Os Blood Stereo tornaram-se num dos projectos principais de Dylan Nyoukis, pioneiro da música "extrema" do Reino Unido, que partilha com a sua esposa Karen Constance. Juntos produzem música contemporânea densa, física e brutal.
Para além deste projecto, Karen Constance já fez parte dos Smack Music 7 e The Polly Shang Kuan Band. Por sua vez, Dylan Nyoukis tem uma carreira homónima a solo que iniciou depois de integrar os Decaer Pinga com a sua irmã Dora Doll.

Volcano The Bear
Reduzidos a dois elementos, Aaron Moore e Nick Mott, os Volcano The Bear trazem ao Porto o seu rock surrealista marcado pelo free-jazz, o free-folk, o minimalismo e a electrónica, amplamente improvisado e com uma considerável dose de experimentação sonora que passa pelo multi-instrumentalismo.
Há mais de um década a crescer na sombra da cena underground londrina, os Volcano The Bear editaram inúmeros registos que contêm algumas das mais inspiradoras respostas às inovadoras propostas dos 'outsiders' Frank Zappa, Captain Beepheart e The Residents. Para além destes, das influências fazem parte Faust, This Heat e Sun City Girls.

Dia 2
Bohman Brothers
Criadores de uma sonoridade experimental única e impura, os irmãos Adam e Jonathan Bohman criam há uma década e o álbum de estreia, «A Twist For All Pockets», foi editado em 2002.
Entre o absurdo e o grotesco, a alquimia do electroacústico e a pureza da livre improvisação, os Bohman Brothers exploram a sonoridade avant-garde através de estratégias subversivas.
Para além deste projecto, a dupla tem um papel activo no apoio a outros músicos e na gestão de um dos mais promissores clubes londrinos de música experimental, The Bonnington Center.

Aufgehoben
O misterioso grupo de Brighton tem surpreendido com doses intensas e avançadas de free rock que se destacam depois do trabalho desenvolvido pelo multi-instrumentista japonês Fushitsuha. Na bagagem trazem o mais recente «Messidor», o quarto álbum onde a discordância e a hostilidade das batidas mecânicas são confrontadas com níveis incríveis de distorção.
"Se sabe o que Francis Bacon fez ao retrato do Papa Inocêncio X de Diego Velazquez, fica com uma ideia do que os Aufgehoben estão a fazer à música rock" by Peter Marsh in BBC Experimental Reviews

Spring Heel Jack
Operacionais inovadores na cultural breakbeat britânica, o duo John Coxon e Ashley Wales deram novas formas ao cruzamento da electrónica com o drum'n'bass. Recentemente têm-se dedicado ao improviso procurando rodear-se pelos melhores do género. Na Casa da Música, os Spring Heel Jack apresentam-se com Alan Wilkinson (saxofone), Steve Noble (bateria) e John Edwards (baixo).

Bilhetes: 10euros/dia, 15 euros conjunto

Inicio: 22horas

Zyklon [RIP]

Mensagempor Zyklon [RIP] » sexta dez 01, 2006 3:08 pm

Se sabe o que Francis Bacon fez ao retrato do Papa Inocêncio X de Diego Velazquez

Imagem

"O olhar do papa retratado é um olhar de puro ódio. Algo qe duvido que uma fotografa podesse captar. Francis Bacon dizia, no século XX, que este era o maior quadro de todos os tempos"

É nestas alturas que gostava de morar nas cidades muta grandes. :? ...interessante cartaz pelo menos fiquei curioso em descobrir certos nomes aqui.

Zyklon [RIP]

Mensagempor Zyklon [RIP] » sexta dez 01, 2006 3:17 pm

Desculpa o off topic Intifada,mas apenas quer só dizer mais isto:
A capa que se segue penso que seja uma adptação/transformação/mutilação/profanação do quadro em cima.
Imagem
Sorry

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Intifada
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Mensagempor Intifada » sexta dez 01, 2006 6:58 pm

No worries!

Hoje não devo poder ir, mas tenho pena de perder um dos colaboradores de Sunn0))). De qualquer forma, amanhã lá estarei.

É sempre bom verificar estas apostas na diversidade.


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