Clubbing (Casa da Música) -01/12 - Asobi Seksu, Étienne de Crécy,Estradasphere,etc...

[Intifada]

Penso que este evento merece um tópico só seu:

Sábado | 1 Dezembro 2007
23:00, Sala 2
Clubbing
Sala 2, 23:30
Preço: 20 euros

Asobi Seksu
Depois do primeiro álbum em 2004 lhes ter valido as melhores críticas e grandes prestações nos tops americanos, os nova-iorquinos Asobi Seksu voltaram a surpreender com o mais recente Citrus - um disco em que a criatividade na composição de texturas sonoras se conjuga com uma mais apurada sensibilidade pop. As canções de Yuki (voz e teclados) e James Hanna (guitarra e voz), com uma riqueza melódica que já os libertou das comparações com My Bloody Valentine e Lush, têm ainda a particularidade linguística de navegarem entre o inglês e o japonês. O concerto na Casa da Música integra-se numa intensa tournée europeia dos Asobi Seksu ("sexo divertido" em japonês coloquial), numa oportunidade para ouvir uma das melhores bandas emergentes de Nova Iorque.

Super Discount - Étienne de Crécy
Étienne de Crécy é um dos nomes mais conhecidos da música electrónica francesa. Quando lançou o álbum de house Super Discount, em 1997, tinha já atrás de si uma carreira como engenheiro de som num grande estúdio e o duo Motorbass com Philippe Zdar. Super Discount, uma paródia às famigeradas lojas dos trezentos, foi uma lufada de ar fresco na cena electrónica francesa da época, sem grandes pretensões e até com uma simplicidade desconcertante. Por outras palavras, um grande e improvável sucesso que abriria as portas ao 'french touch', uma nova abordagem à música electrónica. O regresso a este entusiasmo fluorescente era inevitável, apesar dos outros projectos entretanto desenvolvidos por Étienne de Crécy (Tempovision em 2000), e mais recentemente surgiu Super Discount 2 - uma actualização da sociedade de consumo mais imediato onde não são esquecidas as presenças do euro e da Internet.

Bar, 23.30
Junior Boys (Jeremy Greenspan DJ Set)
Oriundos do Canadá, os Junior Boys têm-se afirmado como uma das grandes bandas da cena electrónica do século XXI. Com uma sonoridade sinth-pop que remete para os anos oitenta e para nomes como Depeche Mode e Pet Shop Boys, combinam as batidas minimais com a voz sussurrante e intimista de Jeremy Greenspan.
Depois de surgirem as primeiras edições em EP, contando já com remixes pela mão de nomes tão sonantes como Fennesz e Manitoba (Caribou), o álbum de estreia Last Exit (KIN Records, 2004) incluía o êxito "Birthday". No ano passado surgiu So This Is Goodbye, nomeado para o Polaris Music Prize de 2007. Este DJ set traz à Casa da Música o fundador e vocalista dos Junior Boys, Jeremy Greenspan.

Daniel Wang
O compositor e DJ Daniel Wang tem no centro das suas preocupações musicais a melodia, a harmonia e a textura. Crítico feroz de algumas tendências da música electrónica das últimas décadas, mais baseadas em técnicas de produção e no uso de samples de formas pouco criativas, procura aqueles elementos que transformaram, por exemplo, o italo disco dos anos 70 e 80 em referência incontornável da música de dança. A combinação de recursos actuais com algumas sonoridades vintage, como a do theremin, é um dos aspectos mais inovadores da sua música. Depois de viver na Califórnia, Taiwan e Nova Iorque, Daniel Wang tem actualmente uma ligação muito forte com as pistas europeias, a partir de Berlim.

Cibermúsica, 23.00
The Wire Magazine presents
Below The Radar: More Outsider Music From The UK

John Wall & L Gamble
Compositor de samples, o britânico John Wall procura as suas fontes no avant rock, free jazz e música clássica contemporânea. Mas em vez de optar pela 'colagem', realçando os contrastes entre os diferentes géneros, destila a partir deles uma música mais fluente e orgânica, com as suas atmosferas e características próprias. Enquanto os seus trabalhos iniciais tinham um carácter algo escuro e pesado, as edições mais recentes mostram-no a combinar as suas fontes numa solução mais esparsa de elementos microscópicos e espaços ressonantes. John Wall apresenta-se neste concerto em duo com o compositor e improvisador Lee Gamble, membro do colectivo britânico Cyrk.

Astral Social Club
Tendo sido membro de The A-Band, Sunroof! e Vibracathedral Orchestra, Neil Campbell é uma autoridade do circuito underground noise/avant rock do Reino Unido. O seu projecto a solo Astral Social Club leva a sua música a novas dimensões, misturando o trance "all night flight" de Terry Riley com uma abordagem arrojada ao techno minimal de que foi pioneiro Wolfgang Voight. O resultado é uma nova agitação no circuito global da electrónica.

Infinite Livez
com Kiss Akabussi - DJ Dysu, DJ Tendraw e Beth The Dancer
Baseado em Londres, o autor hip hop Infinite Livez dedica o seu tempo à improvisação de CDs Noise, ao desenho e à costura, e tem um fantoche alter-ego com o nome Barry Convex. Por outras palavras, não é um rapper comum. Os mundos bizarros de fantasia evocados pelas suas rimas tornam-no o equivalente britânico de Kool Keith; um surrealista hip hop cuja música nos atinge de forma certeira quando menos esperamos. Para este concerto especial e único, Infinite Livez convida os misteriosos Kiss Akabussi, com DJ Dysu, DJ Tendraw e Beth The Dancer.

Appleblim (Skull Disco) DJ set
Directamente de Bristol, o produtor e DJ Appleblim dirige a editora Skull Disco ao lado do produtor londrino Shackleton. Em apenas dois anos, a Skull Disco é já considerada uma das etiquetas mais inovadoras da música electrónica britânica. Ocupando um espaço nas margens do dubstep de Londres e da electrónica experimental underground, as atmosferas estranhas da Skull Disco, com percussões quase disfuncionais e linhas de baixo vacilantes, ganharam admiradores desde Digital Mystikz a Ricardo Villalobos. Para os seus DJ sets no Below The Radar, Appleblim traz faixas que influenciaram o som Skull Disco, desde This Heat a hardcore rave.

Corredor Nascente, 0.00
Notas & Trocados
Dois alquimistas estão a cozinhar uma estranha sopa no Laboratório. Parece que Stefan Weihrauch e João Ricardo de Barros Oliveira têm os mesmos interesses culinários: ambos sempre em busca de ingredientes novos e da maneira de os cozinhar. Mas ao mesmo tempo há bastantes diferenças entre os seus trabalhos para fazer sopa comum. Os ingredientes base são as combinações de instrumentos defeituosos e desafinados, assim como objectos do dia-a-dia, gentilmente condimentados para trazer ao de cima o seu rico aroma musical. Órgão de sirenes de fábrica encontra-se com máquinas rítmicas dos anos 60 e 70, cordas de contrabaixo acompanham o aquecimento central, um banjo com teclas que nenhuma enciclopédia sabe explicar; os brinquedos desobedecem e o aspirador sussurra um poema ao deserto. Uma peça musical que procura a melhor ligação de carácter visual e sonoro no concerto, partindo de uma instrumentação que mais não é do que instrumentos "out of tune" e esculturas sonoras confeccionadas através de lixo.

The Bug
The Bug é dos mestres do doom-dub, membro de duas cruciais bandas do underground britânico dos anos 90: os Techno Animal, criadores de híbridos de beats, dub industrial e noise, e os God, construtores de muralhas de free-jazz-metal industrial. Nas suas actuações a solo como DJ, The Bug combina materiais sonoros oriundos de diferentes linguagens da música de dança, como o dancehall, dubstep e grime, com manobras extremas de dub multidimensional e baixos sobrecarregados, para invocar criaturas sonoras que invadem o ouvinte, e não lhe dão escolha senão dançar. Os trabalhos discográficos de The Bug incluem edições na Rephlex (de Aphex Twin) e na Tigerbeat6 (de Kid606).

Estradasphere
O experimentalismo dos norte-americanos Estradasphere, oriundos de Santa Cruz (Califórnia), permite-lhes incorporar elementos que vão desde a música clássica, jazz, metal, world music de várias origens, electrónica, surf-rock e gospel, entre uma miríade inesgotável de influências. Com 4 álbuns e 2 DVDs editados e tendo começado a sua carreira apadrinhados por Trey Spruance e a sua Web of Mimicry, os membros do colectivo tocam em projectos como Secret Chiefs 3 (do já mencionado Trey Spruance) ou Cobra (de John Zorn). Têm sido frequentemente mencionados como herdeiros do legado dos extintos Mr. Bungle. Na sequência de uma digressão europeia que trará três dos seus membros à Europa, acompanhando os Secret Chiefs 3, Portugal vai poder testemunhar pela primeira vez a visita dos Estradasphere em formato trio.

Esculturas sonoras, novos instrumentos e sonoridades inéditas; esta é a oportunidade para ouvir o que se pode fazer com instrumentos construídos a partir dos mais variados e improváveis objectos, não raramente recuperados do lixo, até instrumentos antigos e muitas vezes desconhecidos. João Ricardo de Barros Oliveira, músico e escultor sonoro, desenvolve este tipo de experimentação estética e sonora há mais de 15 anos. A sua actividade artística divide-se entre Portugal e a Alemanha. O compositor e encenador alemão Stefan Weihrauch colecciona e constrói instrumentos musicais estranhos, o que está particularmente patente na sua obra: a imaginação sonora exige-lhe frequentemente a procura do som ideal: há que recuperar objectos sonoros, descontextualizá-los e combiná-los de forma a criar novos timbres.



Grande evento, com grandes nomes das mais diversas correntes alternativas. Uma grande noite em perspectiva...

[BetinhoDoSludgeDrone]

Repost.

Já agora, se fores podes-me pagar lá uma cerveja.

[vanguarda]

Estradasphere, bem bom.............. Quem náo foi, não chore, até porque a entrada era gratuita. Realço também os britânicos The Wire (bem partia a "burrinha") e a instalação de sound design de dois sonoplastas cujos nomes desconheço (mesmo antes de The Bugg, no auditório lateral).

[fua]

Estradasphere, bem bom.............. Quem náo foi, não chore, até porque a entrada era gratuita. Realço também os britânicos The Wire (bem partia a "burrinha") e a instalação de sound design de dois sonoplastas cujos nomes desconheço (mesmo antes de The Bugg, no auditório lateral).

The Wire?

Não estás a fazer uma confusãozita?
Os concertos no Cybermusica foram promovidos pela revista britanica The Wire.

[vanguarda]

esquece, era a banda da burrinha

n sei o nome

[::Andre::]

Estradasphere, bem bom.............. Quem náo foi, não chore, até porque a entrada era gratuita. Realço também os britânicos The Wire (bem partia a "burrinha") e a instalação de sound design de dois sonoplastas cujos nomes desconheço (mesmo antes de The Bugg, no auditório lateral).

The Wire é uma revista, deves estar a falar dos Astral Social Club. A instalação era de Stefan Weihrauch e João Ricardo de Barros Oliveira, e o projecto do Kevin ex Tecnho Animal e God chama-se The Bug e não The Bugg.

[vanguarda]

Escrevi essa mensagem mal cheguei a casa (todo cego) para registar a boa noite que passei. Ler também eu sei...