Metal Underground

Alguém já falou nisto? Em poucas palavras, e depois de tantos anos afastados, esperava muito melhor, mas ainda assim o álbum está uma jarda de fazer corar muita merda que aparece por aí. Acima de tudo, acho que foi um comeback publicitário, porque disponibilizam logo a única faixa digna de uns carcass do seu período áureo (Captive Bolt Pistol), e fiquei mesmo com a sensação que o álbum no geral iria ser assim, o que seria álbum do ano sem ponta de dúvida. Após a audição, não aquece nem arrefece: é bom, tem uma perspectiva muito madura e cuidada, continua com a selvajaria do costume mas... falta ali qualquer coisa. A meu ver, levam um 4 em 5, e acho que estou a ser extremamente generoso. Outras ideias?

Nas primeiras escutas soou bem melhor que agora, basicamente transformou-se num albumzão para um album que ás vezes já nem existe muita paciencia, além do mais com o tempo e com escutas cada vez mais interiorizadas as goticulas á Arch Enemy vêm demasiado ao de cima...sim eu sei que é o contrario a banda da Angela é que os ripou...mas olha para a proxima não estejam 524875872 anos sem lançar nada.
A Pistole, a Unfit e a 316 são os melhores momentos...basicamente para mim é isto.

as goticulas á Arch Enemy vêm demasiado ao de cima...sim eu sei que é o contrario a banda da Angela é que os ripou...mas olha para a proxima não estejam 524875872 anos sem lançar nada

Exactamente o que pensei quando ouvi o álbum pelas primeiras vezes. Mas gosto bastante do álbum. Para mim é um excelente regresso dos tipos, contra o que esperava sinceramente. Já o ouvi umas boas dezenas de vezes e ainda não senti aquele desgaste que alguns álbuns acabam por provocar. Não consigo destacar uma música porque acho que o álbum está muito equilibrado.

Em termos de comparação com as bandas de DM de hoje em dia:

1) Conseguem escrever riffs propriamente ditos e não andam com artifícios para esconder falhas de composição e como tal;
2) Não precisaram de ir roubar a produção ao "Onward To Golgotha" para que a música tenha impacto no ouvinte;
3) Conseguem um notável equilíbrio entre peso e melodia, groove e agressividade (precisamente o que fez do Heartwork e Necroticism discos clássicos) e não caíram na tentação de seguir a moda vigente no DM actual e tentar ser a cena mais opressiva/pesada de sempre (o que até poderiam fazer, visto que a maior parte das bandas que segue esse caminho ficam a milhas do Symphonies of Sickness).

A meu ver, conseguiram ser fieis ao seu som e ao mesmo tempo, mostrar algo refrescante que (pelo menos de minha parte) irá garantir audições repetidas. Houvessem mais álbuns/regressos assim.

Não é seguramente O álbum de Carcass, mas também não o tinha que ser, seria estranho até se assim fosse. Concordo com o Indigente, é um álbum equilibrado, é genuíno, teria que ser assim após uma paragem tão longa. Continuarei a ouvi-lo, porque ao contrário de outros álbuns, este não perde identidade à medida que o tempo passa.

Indigente Escreveu:2) Não precisaram de ir roubar a produção ao "Onward To Golgotha" para que a música tenha impacto no ouvinte;

compreendo 100% e fizeste-me esboçar um sorriso pois acho que o comentário foi mesmo na mouche
mas prefiro esse tipo de produção e sujidade ao aspeto limpinho com que os carcass ficaram desde o heartwork...

Para mim já está no pódio.
Tenho-o ouvido praticamente todos os dias. Musicalmente está intenso, que é o que esperava.
E como comeback foi dos melhores de sempre, sem dúvida.

Se calhar vou dizer uma heresia, quer dizer, é mesmo verdade mas o Necroticism e o Heartwork metem os anteriores a um canto. Ok, os outros são mais românticos, mas a essência dos Carcass são do Necroticism para a frente. Basta olhar para os gigs e para este disco. Há muitas outras bandas que são ou tiveram regressos precisamente ao contrário, ex. Atheist, Gorefest, Pestilence, etc...

Só uma falha quanto a mim. Se o Bill tivesse acompanhado o Owen com uns growls seria mesmo

Grande regresso!
A Thrashers Abattoir é a malha do album mas a Mount of Execution também não está nada mal...

Acho que ninguem aqui estava a espera de um album de Carcass a soar a Grave Miasma...e nem eu nem ninguem queria isso.
Quanto á cena da produção o Colin mesmo se fosse só o reco-reco de uma serrilha de autopsia acho que o rapaz conseguia meter aquilo a soar bonito...quanto aos riffs foda-se era o minimo que se poderia pedir aquelas antas não?

É um dos melhores comebacks no que ao metal diz respeito e conseguiram manter a identidade de Carcass imaculada sem que soem à repetição dum álbum ou duma fase passada da banda em particular.
Provavelmente teve mais impacto porque não estava nada à espera de algo tão forte.
Para mim o álbum só falha na perda de repeat value de audição para audição.

Acho que apesar de algumas opiniões contrárias se pode concluir:

1 » é um album bom e poderoso.
2 » é um bom regresso e em força
3 » vai cansar rapidamente... porque lhe faltam grandes temas apesar de ser equilibrado,

Zyklon Escreveu:Acho que ninguem aqui estava a espera de um album de Carcass a soar a Grave Miasma...e nem eu nem ninguem queria isso.
Quanto á cena da produção o Colin mesmo se fosse só o reco-reco de uma serrilha de autopsia acho que o rapaz conseguia meter aquilo a soar bonito...quanto aos riffs foda-se era o minimo que se poderia pedir aquelas antas não?

Sim, não me parece que alguém quisesse o novo Symphonies, mas não me importava nada que tivesse saído à la "Mondo Medicale", se bem que seria perpetuar o Necroticsim. É uma aproximação excelente aos tempos que correm, tanto em termos de produção como de composição, e não estando um álbum excelente, está bom. Mas esperar apenas que um álbum de Carcass seja bom é o mesmo que esperar que o Usain Bolt fique em 2º lugar, bem entendido.

Continuarei a ouvi-lo, porque ao contrário de outros álbuns, este não perde identidade à medida que o tempo passa.

Subscrevo e também funciona, do mesmo modo com estes dois, Autopsy -The Headless Ritual e Gorguts - Colored Sands.

Um bom regresso para os Carcass, com um albúm a roçar no Necroticism e Heartwork, o que vai ao agrado da maioria dos fãs da banda. É um bom albúm mas também não é nada de extraordinário, e se calhar nem precisava de o ser. Um disco sólido com algums temas melhores que outros.

Vocês já disseram quase tudo, a mim apenas fica por dizer que Carcass é Carcass, não me desiludiram com este album, antes bem pelo contrário, adorei que se mantivessem fieis à SUA sonorodidade. Apesar de não haver uma malha que não se destinga mais que outras os riffs do 316 não me saiem da pinha