
PS: Adoro a wolf's Curse, tem aquele cheiro moribundo de Nifelheim.
Grimner Escreveu:Mas fico sempre com a impressão que esta banda não estaria onde estava se o Jon Nodtveidt não tivesse lançado o Reinkhaos seguido de um tiro nos cornos. O álbum tem aparentemente de tudo: os leads de dissection, o thrash de bathory, a aura do de Mysteriis, de facto tem tudo menos personalidade própria. Soa a um placebo para as bandas que tão claramente os influenciam. Um placebo bastante competente, capaz de compor com mestria. Mas não deixam de ser um substituto que vai ser louvado até aos píncaros, embora bata numa fórmula que já foi explorada com igual qualidade por outros "quase dissection" como Naglfar ou Lord Belial.
"Dance! Dance! In twisting, white-eyed trance,Let us praise the flowering darkness"
Estes versos resumem mais ou menos aquilo que se ouve no novo album dos suecos Watain, banda que tem vindo a cimentar cada vez mais um autentico culto dentro do atual BM.
Mesmo sendo aparentemente estranho conseguirem ter respeito dos dois lados da barricada (coisa rara dentro do estilo), mas tanto o lado mais diehard como do lado que entra mais no mainstream os mencionam como uma das melhores e mais poderosas bandas de musica extrema atualmente.
As coisas mudaram bastante desde que o Sworn To The Dark foi editado, e mesmo com as ajudas (algumas quase fanboys) de alguns media por esse mundo fora a tripla sueca, conseguiu trilhar um caminho espinhoso e sangrento digno de respeito.
Se o Casus Luciferi é unanime no que concerne á parte dos albuns classicos do novo milenio, o STTD apenas veio enfiar um murro na cara de todos aqueles que ainda os viam como uma banda que prestava um culto fanatico aos grandes Dissection e duvidavam das suas intenções de criar BM malefico mas ás vezes tão perigosamente mainstream...
E se no STTD se sentiu isso, preparem-se que o novo Lawless Darkness vai ainda tornar as coisas mais perigosas..
Numa entrevista recente o Erik afirmou que um dos albuns que mais ouviu na vida foi o Master of Puppets e todos sabemos aquilo que coisas como o Storm of Light´s Bane ou o DMDS criaram na sua cabeça...
Pois bem pode parecer estranho, mas se conseguirem misturar aquelas três peças intemporais e se juntarem aquele sentimento épico de Bathory, então sim podem ver aquilo que o Lawless Darkness trás dentro.
Estranho ou não vou comecar pelo instrumental que dá o titulo ao album, escutem com atenção e vejam se aquilo não poderia ser uma jam session criada pelos velhos Metallica com o Euronymous...e não, não estou a brincar.
Este é tambem o album mais melodico e mais aberto no que diz respeito ás linhas de guitarra, e aqui na minha opinião as coisas por vezes funcionam mas noutras nem por isso, explico.
Se por um lado temos aqui temas onde a guitarra parece falar como a magnifica,excelente, lindissima Waters of Ain (o inicio é um tributo total a Dissection, alias o tema parece ser uma homenagem) ou na Total Funeral (refrão totalmente Mayhem), existem outras que se nota mais a perda daquela "escuridão sonora" tão caracteristica da banda.
Na minha opinião, falta aqui uma negritude total e ao invés disso abre-se antes caminho para o Metal mais basico.
Não que isto seja mau, porque bem vistas as coisas assim a escuta do album torna-se bem mais facil para muita gente, mas muitos fans mais antigos vão sentir isto de uma forma mais presente que outros.
Mas se não existe este aparentemente sufocamento antigo, os temas aqui ganham um poder estranhamente invulgar, rispido, duro e epico....mais, existem aqui linhas que vão deixar por exemplo uns Immortal roidos de inveja e a pensar como é que eles fizeram isto, porque estes andam á anos a tentar criar albuns baseados em algumas das formulas aqui exploradas, sem nunca o conseguirem...digamos com este impacto.
Por outras palavras um verdadeiro album de Metal, sim porque isto não é mais que Metal no sentido mais puro e que se atreve a homenagear tanto o passado como o presente, embora seja sempre o lado mais demoniaco a ficar por cima.
Desta forma seria impossivel ouvir uma faixa como a mortal "Reaping Death" e depois sentir uma brisa algo hibrida e meio 80´s na "Malfeitor" ou a já mencionada Waters of Ain e é aqui que acaba por residir uma das belezas deste album.
Existe equilibrio entre a melodia e a brutalidade, carisma, honestidade naquilo que se mostra, embora ligeiramente diferente daquilo que fizeram até aqui e sem duvida algo arriscado, mas com cabeça tronco e membros para ser julgado de cabeça erguida e sem receio.
Já disse algumas vezes que este album tinha/tem tudo para ser visto como o Storm of Light´s Bane do novo milenio, só é pena existir aqui a Four Thrones ,se tivesse uns teclados passava por um tema banal de Dimmu Borgir e na Wolves Curse, não gostei daquele inicio (quando ouvi a primeira vez aqueles primeiros 30 segundos iniciais, pensei foda-se será que o vizinho está a ouvir Moonspell?!).
Mas fora isto anda perto desse album mitico, não o atinge (pelo menos ainda), mas consegue provocar-lhe umas pequenas arranhadelas...
Sem duvida um marco dentro do BM este ano, goste-se ou não da abordagem que Watain faz á musica extrema e que não deve passar ao lado de nenhum fan de musica extrema, porque vale realmente cada adjetivo que tem sido usado para o louvar.
Essencial.
Zyklon Escreveu:Grimner Escreveu:Mas fico sempre com a impressão que esta banda não estaria onde estava se o Jon Nodtveidt não tivesse lançado o Reinkhaos seguido de um tiro nos cornos. O álbum tem aparentemente de tudo: os leads de dissection, o thrash de bathory, a aura do de Mysteriis, de facto tem tudo menos personalidade própria. Soa a um placebo para as bandas que tão claramente os influenciam. Um placebo bastante competente, capaz de compor com mestria. Mas não deixam de ser um substituto que vai ser louvado até aos píncaros, embora bata numa fórmula que já foi explorada com igual qualidade por outros "quase dissection" como Naglfar ou Lord Belial.
Continua a ser engracado ler coisas destas, mas estaria no mesmo lugar dos seguidores de Bathory (por ex) se a formula destes tambem não tivesse sido explorada ao maximo ou noutro angulo se a soma de 2+3 de Mayhem não tivesse um Dead a rebentar com a tola ou um Euronymous a sentir a auto-mutilação ás maos do Varg.
Logo não faz muito sentido essa afirmação ainda mais num genero como o BM onde se continuam a fazer vénias quase autistas aos nomes primordiais do estilo.
Adiante, escrevi isto á umas semanas enquanto olhava pelo postigo da solitaria..
atitude que se está a criar em torno desta banda de novos messias do Black Metal, com direito às mesmas vénias quase autistas que mencionaste.
We are very proud to announce that, two weeks after the release of WATAIN's fourth monument "Lawless Darkness", the album entered the Swedish charts! "Lawless Darkness" ranked number 26 in the album charts on June 14th, all musical genres taken together. Congratulations guys!
Zyklon Escreveu:We are very proud to announce that, two weeks after the release of WATAIN's fourth monument "Lawless Darkness", the album entered the Swedish charts! "Lawless Darkness" ranked number 26 in the album charts on June 14th, all musical genres taken together. Congratulations guys!
Vendidos do caralho, filhas duma ganda puta, foda-se, vou queimar os albuns todos...inaceitavel.Spoiler: Mostrar
Zyklon Escreveu:atitude que se está a criar em torno desta banda de novos messias do Black Metal, com direito às mesmas vénias quase autistas que mencionaste.
Não é novidade nenhuma, mas so what?
Ao menos não caiem (pelo menos até agora) naquele discurso que me soa cada vez mais parvo do BM sem substancia nenhuma, limitam-se a fazer aquilo que sabem fazer e fazem-no bem feito.
A diferença está, tal como escrevi em cima, em jogarem sem medo nos dois lados da barricada (Underground e Mainstream) e sem receio daquilo que possa advir disso pelo menos no que dão a entender.
Continuo a achar este album muito bom com ou sem ajuda dos Media ou da legião de fanboys (nunca liguei a isso sinceramente), e mais prefiro mil vezes uns Watain a soarem assim e a lixarem a cabeça a algumas criaturas do que ouvir pseudo bandas que não dão uma para a caixa, mas são tratados de igual forma só que a uma escala menor.
Isto não os faz salvadores de nada, nem vão mudar o estilo, mas foda-se o que realmente deveria importar é a musica que se ouve e a maneira como é criada...é que o resto cada vez me parece mais um carneirismo só porque a banda do E. agora já não vende só 666 copias do que cria nem são agora um segredo de 10 pessoas e 20 amigos.
Já agora ultimamente andei de novo á volta do ultimo de D666 e encontrei algumas semelhanças entres os dois albuns...mas agora basta ter atenção e comprar as reações a ambos albuns para certa gente...falei nestes como poderia tambem falar em Tribvlation embora nestes ultimos a venia a Dissection ainda seja mais "gritante" e "Somberlain"...
È obvio que têm influencias e é tambem obvio que não tem receio de as mostrar, mas ao menos não soam bizarros tipo como aconteceu com Dimmu quando o Silenoz se lembrou de comecar a incorporar aqueles solos na musica dele.
A longa entrevista que coloquei no Asilo mostra bem aquilo que atualmente rege a banda sueca...se não gostam, todos os dias se assiste a tentativas vindas do submundo para ocupar o seu lugar dos tempos do Casus...e a partir daqui existem dois caminhos, ou se comprova que realmente são bons ou se tenta esconder na capa do trvismo...Watain optou pelo primeiro caminho e ainda bem que o fez, tiveram alguma sorte é certo, mas a sorte tambem não lhes caiu em cima do nada....ás vezes procura-se se me faço entender....soa a vendido?
Ainda não os vi numa cozinha de corpse paint a lavar a loiça, nem em fotos de meninas semi-nuas, nem com discursos ou entrevistas idiotas....aliás até agora tudo me parece normal no universo Watain embora eles percebam que já não são uma banda qualquer.
Por mim podem vender 100000 copias, ter 1000000 de downloads serem cabeças de cartaz num Wacken, porque aquilo que realmente me interessa é a musica, e aqui a musica soa muito bem, por o resto não passam de teorias e mais teorias e isto é apenas mais um album de musica extrema daqueles que é quase impossivel não gostar para quem se diz apreciador de Heavy-Metal, sim Heavy Metal.
Voltar para “Arquivo 2012 - 2003”
Utilizadores neste fórum: Nenhum utilizador registado e 5 visitantes