
TEMAS...
1. Weaponization of the Mega-Self
2. Crypto Apoptosis
3. Hate Mongering Pig Pandemonium
4. Everything You Need But Nothing You Want
5. 7 Billion Imaginary Deaths
6. It's Only Attitude
7. Murdernumber
8. I Not Pose (Boss Popinnski cover)
9. If 9 Became 6
10. Repeat Repeatedly
11. Dudehammer
12. Thrashadelphia
13. Green Fire
14. Time Theft
15. Nekropunk
16. The Sunrise is a Lie
17. Meat Without Feet
18. Attack of the Supervirus 2049
19. Attack of the Supervirus 4863
20. Attack of the Supervirus 33 A.D.
21. Greenbleeder
22. Tony Hung Himself
23. Lovegrinder
24. Battle Command in Future War
25. A Cold and Lonely Place
26. Farewell Kiss
27. Human is the Bastard
Joe Sweeney - Bass, Vocais
Paul Herzog "Der Barbar" - Guitar, Vocais
Rich Hoak - Drums, Lead Vocais
Steve "Pingdum" Morasco - Guitarra
Já não faço ideia de há quanto tempo vem o meu conhecimento deste projecto, fora dos Brutal Truth, do baterista Rich Hoak . Tenho sempre seguido com a máxima atenção, tudo o que este excelente baterista faz.Os trabalhos dos Total Fucking destruction (TFD) são numerosos e vão desde demos e compilações, passado por splits e longas duração. Sempre admirei a veia exploradora de Rich Hoak e isso nota-se na forma como se manifesta em cada projecto em que se aplica.
Pessoalmente, fico muito satisfeito em, por um lado, saber que um músico com créditos já firmados, ainda tem vontade de tocar algo refrescante, e por outro, saber que este projecto ainda existe! Temia que fosse apenas para o passar o tempo.
"Hater" veio para me surpreender (coisa que com este senhor, não deveria sequer ser posta em questão).
Para mim uma obra-prima- coisa que nunca digo de ânimo leve! - que não só demonstra sabedoria em ritmos Grind, como, mesmo mantendo a cadência dos trabalhos do passado, procura não ceder à tentação de jogar pelo seguro.
O som colossal é uma mistura cáustica de várias influências, que vão desde o Rock, ao Metal e até ao Punk terrorista. Nunca perdendo de vista o assalto ultra rápido e devastador do Grind que tanto admiro.
Mas não se fica apenas por isso. Nas letras nota-se algo raro em muitas bandas de Grind ou de outros sons: um corrosivo sentido de humor! Observa o que se passa à nossa volta com uma interpretação plena de ironia. Nihilismo (inevitável decadência humana), esvaziamento de sentido e falta de esperança. Tudo com um senso de humor devastador!
É como juntar SOD com Anaal Nathrakh! O humor desopilante com a fúria sonora!
O que afasta este trabalho de muitos outros são os vocais de Rich Hoak, que não se importa de soar "limpo" e claro, como também nos assola com trovões, fazendo inveja a tantos pseudo-vocalistas que apenas sabem executar graves( e ás vezes mal!).
Os temas são curtos, por vezes mesmo muito curtos. Mas mesmo soando a grind assassino, são muitas as vezes que observei o seu afastamento para outras paragens. Sem dúvida para se afastarem do tédio que tantas vezes surge em outras bandas. Brilhantes, portanto.
"Hater" é uma entidade própria, com um som obliterante mas cerebral. Traz a loucura saudável de outros tempos. Ritmos "thrash" e Punk, com apontamentos verbais limpos e em discurso.
E para além de tudo isto, até mais importante, Rich Hoak é um baterista extraordinário! Capaz de executar cadências ciclónicas ou de pura veia punitiva, sempre acompanhado por outros excelentes executantes!
Creio que chamar a isto puro Grind não é certo. Mesmo retendo muito do que se pratica neste estilo, é bem mais vasto. Se não gostarmos de extremismos com sentido de humor, não gostaremos deste trabalho. Se apreciarmos tal, basta escutar temas como "Dudehammer" ou "Farewell Kiss" para de imediato, nos sentirmos em casa. E nos recordarmos de Stormtroopers of Death, com os seus ritmos contagiantes e letras cáusticas.
São pois, 27 minutos e 27 segundos, mais 27 temas que acabam depressa de mais. Este será um dos factores negativos deste trabalho. Mas que não deixa de ser menor.
A ouvir e repetir muitas vezes. Um dos grandes, deste ano.


