Psychoneurosis Escreveu:Lembro-me mais ou menos da celeuma que esse festival criou. Como disse noutro post, meio a brincar meio a sério, uma das grandes diferenças entre os 60/70s e os 90s era que a droga nos 60s era mais "peace and love" e a dos 90s é daí em diante muito mais destrutiva. Enquanto que no Woodstock original a malta ficava mais a pensar na vida e era algo mais "profundo", depois dá mais para a estupidez... Salvo erro tentaram ou meteram mesmo as culpas em algumas bandas, por supostamente incitar à violência e destruição... Limp Bizkit por exemplo será?
Sim... o discurso de desculpabilização da organização (mesmo durante os acontecimentos) é espantoso (pela desfaçatez) e patético. E o Michale Lang, apesar do mérito do seu contributo no primeiro Woodstock, fica tão mal no filme. Parece alguém que não saiu de 1969 e está em ácidos, vendo elefantes cor-de-rosa.
Quanto à diferença de gerações, chegam a abordar isso, no documentário, e vai também no sentido do que dizes, mas não só. A geração do 69 combatia uma guerra real e a juventude americana, aqueles que foram ao Woodstock, combatia a mentalidade "americana". Havia mesmo o sentimento de entreajuda, ecologia, and on and on. Na viragem de século, 1999, a juventude tem uma linguagem no extremo oposto.
Zyklon Escreveu:O da HBO ainda é mais agreste....
Terei de espreitar esse, então, mesmo sendo a mesma história. Mas estou, de facto, impressionada... Não acompanhei esse filme na altura (nessa fase paria eu a segunda filha, tendo a primeira dois anos... os meus festivais eram outros ). Espantoso como não morreu gente.