aetheria Escreveu:E já que estão com os temas fraturantes, como definem "assédio"?
Isto é um exemplo de não assédio. Pura poesia!
aetheria Escreveu:E já que estão com os temas fraturantes, como definem "assédio"?
GoncaloBCunha Escreveu:aetheria Escreveu:E já que estão com os temas fraturantes, como definem "assédio"?
Isto é um exemplo de não assédio. Pura poesia!
aetheria Escreveu:E já que estão com os temas fraturantes, como definem "assédio"?
Vooder Escreveu:aetheria Escreveu:E já que estão com os temas fraturantes, como definem "assédio"?
Por acaso é um tema que me está a interessar bastante.
Não falando no teu caso, mas por acaso era interessante saber a tua perspectiva enquanto mulher.
É que um gajo agora para mandar um piropo arrisca-se a ter que ir a um notário primeiro.
Não tenho a perspectiva feminina, mas lá está, sem ser publicamente (tal como a questão do racismo), a realidade é outra coisa. Basta ir ao Instagram...
Mas achas que ele manda piropos a alguém? Um trve misantropo como ele? Psh...aetheria Escreveu:Fiquei baralhada, define-me "ele"? E entalado onde? Tu és muito complicado....costumas ter sucesso com os piropos?
schwarze_engel Escreveu:Quanto a mim, tenho uma posição muito bem definida em relação aos piropos: desde os 15 anos que não saio à rua sozinha sem fones nos ouvidos.
aetheria Escreveu:Lembram-se do "é proibido proibir"?... a minha posição vai um bocadinho por aí, alicerçada no conceito de liberdade existencialista e recuando até Santo Agostinho (perdoem-me se isto soa pretensioso, mas não me posso sentir mal por procurar ir mais fundo nas "opiniões" que defendo). Explico-me: os existencialistas defendiam que "estamos sós num universo sem Deus", ou seja, somos livres, o que acarreta uma responsabilidade individual gigantesca, total. Santo Agostinho dizia "ama e faz o que quiseres"... o que pode sugerir um "ah grande orgia! vai ser só o que EU quero e como eu quero!", o que não é o caso: amar, no seu sentido mais puro e substantivo, leva a que o eu nunca se sobreponha ao outro. Daí a liberalidade da frase do santo.
Dito isto, sendo eu uma acérrima defensora da liberdade, custa-me ver a perseguição inquisitorial e indiscriminada que hoje em dia se faz em praça pública a propósito de tudo e, a maior partes das vezes, sem conhecimento dos fundamentos. O "assédio" é um ato imoral, violenta o outro e sustenta-se numa posição de força. Um piropo de rua não é assédio. Pode importunar e, nesse sentido, "violentar", seja o homem seja a mulher. Mas é ocasional e, se for mal-educado, fica com quem o pronuncia. Tal como chamar "filho da puta" a alguém na estrada, ou paneleiro, whatever. A visão de que, sendo de cariz sexual, "oh morcona comia-te o sufixo!" (sim, tinha que escolher um piropo gramatical ), é pior traduz, a meu ver, uma visão do tabu sexual de cariz religioso que perdura há séculos (por algumas razão cristo nasceu de uma virgem...) e com o qual não me identifico.
Quando em Hollywood falam de assédio (no caso, sexual), eu depreendo que todos os casos tenham a ver com a posição de poder que alguém ocupa, valendo-se dessa posição para tentar conseguir favores sexuais. E suponho que não se estão a referir a piropos. E aqui, além de imoral, é criminoso, a meu ver. Porque um ator precisa de trabalhar e deve ser escolhido pelo seu talento, não porque abriu as pernas ou deu o cu. Tal como em meio laboral, uma pessoa não pode correr o risco de perder o emprego por ter um empregador que o/a ameaça de despedimento caso não ceda aos seus apetites sexuais.
Finalizando, a tua pergunta, Vooder, já encerra uma vertente interessante desta questão... e lá vamos nós para a questão cultural/histórica.
Por que razão, e falo nos dias de HOJE (historicamente já conhecemos bem o filme), ainda se centra esta questão na "perspetiva feminina"? Porque, culturalmente, apesar de estarmos numa sociedade dita culturalmente evoluída, ainda se assume a ideia da posição de poder do homem (porque o assédio tem a ver com poder, lembrem-se): assim, na rua, numa discoteca, com colegas de trabalho, o homem manda o piropo e faz sentido (para quem assim pensa) que a mulher se sinta ameaçada. Verdade? daí quererem até criminalizar os piropos...
Pessoalmente, eu não me sinto ameaçada pelos piropos. Se tiverem bom gosto até me divertem e é muito natural que me inspirem resposta Grosserias não aprecio, mas por uma questão de elegância. Desde que não entre na esfera de alguém que esteja numa posição de poder em relação a mim e assim me queira manipular, não considero gravoso. O mundo tornar-se-á num espaço tãoooo árido se tivermos de medir TODAS as palavras, se sentirmos uma brigada dos bons costumes à espreita em cada esquina, avaliando a intenção e o potencial perigo de cada palavra e ação... estamos a cair numa nova idade média, senhores.
Zyklon Escreveu:
Não surpreende, o Bruni é mesmo assim, tanto aposta na mais fodida banda de Death-Metal como se atira ao Dungeon Synth com os Old Tower ou se perde nestas merdas...Não está com merdas e nem se importa se gosta vai atrás.
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