East of the wall - The apologistSão americanos e lançaram o primeiro álbum em 2008, condições que se aplicam a um universo quase infinito de bandas. Alguns dos membros estiveram envolvidos em projectos prévios como
The postman syndrome e
El drugstore, até que formaram os
East of the wall. Este ano, o seu trabalho culminou com este álbum do qual gostei tanto que me fez vir aqui escrever sobre ele.
:
The apologist.
É um álbum de sludge, post-metal, o que lhe quiserem chamar, com tiques de
Intronaut,
Rosetta e
The ocean, com uma voz aqui e ali do
tamanhodooceano e com uns rasgos límpidos de
Porcupine tree, riffs de uns
Cave in. E, para o género, é totalmente catchy.
Acho difícil fazer uma viajem de autocarro, às 8h matutinas, e ouvir uma música arrastada e de poucas vozes, de pouco ritmo (pouco ritmo e pouco animador). Pois este tem tomado todas as manhãs. É brilhante, no termo luminoso da palavra e é, de uma forma geral, feliz.
Abre (
Naif) com uma guitarra suja envolvida em feedbacks, pesada, passa por interlúdios serenos e pratos de choque que vão entrando e saindo de tempos, até desembocar numa voz que me fez lembrar a do vocalista dos
Oceansize. Entretanto aparece um baixo que podia ser tocado pelo
Justin Chancellor e, de novo, o peso.
E assim se passa para a segunda música (
Linear failure) sem se dar conta, ritual que se vai manter bem camuflado durante o resto do álbum. Destaco a segunda metade desta música: um baixo magistral, um solo contente de blues, uma bateria que vagueia de forma muito pouco constante mas com um ritmo danado.
O álbum desenvolve-se de forma semelhante, unindo o peso e a harmonia; e também de forma muito pouco semelhante: há músicas de acordes, há fragmentos a roçar um metal mais técnico, há vozes pop-ófilas e há uma
Nurser of small hurts sinistra. E uma menção muito honrosa para as letras que, sem se perderem muito em círculos, têm muito que dizer!
Eu gostei muito, aconselho vivamente!