Combustíveis - Soluções e alternativas?

[kleber]

Bem vamos la parar o pais de um vez entao.......

[Vooder [RIP 2011/01/03]]

Hoje fui às compras e nunca tinha visto nada assim.
Bombas encerradas a meio da tarde, e quando fui ao supermercado, não havia peixe, nem fruta. Leite só 6 pacotes por pessoa.
Vi uma mulher a levar um carro daqueles de arrastar, a abarrotar de iogurtes, que tb quase não havia.
Bifes, zero.
Se isto dura mais uns dias...
ah e estou do lado dos camionistas.

[Pedro Lopes]

ah e estou do lado dos camionistas.

Eles também contam contigo para lhes subsidiares o negócio.

[diabox]

medidas necessarias mesmo que haja falta de coisas, algo tinha que ser feito...

[jp soturno]

Hoje fui às compras e nunca tinha visto nada assim.
Bombas encerradas a meio da tarde, e quando fui ao supermercado, não havia peixe, nem fruta. Leite só 6 pacotes por pessoa.
Vi uma mulher a levar um carro daqueles de arrastar, a abarrotar de iogurtes, que tb quase não havia.
Bifes, zero.
Se isto dura mais uns dias...
ah e estou do lado dos camionistas.

Aqui por Marrocos (Algarve) ainda tá pior, mas sei que até os locais mais pequenos do Alentejo também caminha para lá. A sorte é ainda existir por lá a nossa agricultura, pesca...


Morte á zagolina e ao poluentes. Pedaleira rules!!!

[Intifada]

Mad Max!




(O filme não surgiu do nada...)

[Vooder [RIP 2011/01/03]]

ah e estou do lado dos camionistas.

Eles também contam contigo para lhes subsidiares o negócio.

Explicação

[UnderØath]

ah e estou do lado dos camionistas.

Eles também contam contigo para lhes subsidiares o negócio.

Explicação

isto , sendo eu um leigo nestas materias, parece-me que vai dar no seguinte :

1) redução os preços do combustivel - no way
2) redução de portagens ou vantages para camionistas nas mesmas - no way
3) gasoleo agricola para os camionistas- no way
4) benificios fiscais para as empresas de camionagem - yes way ( e aqui entra a parte de subsidio ao negocio)

[Pedro Lopes]

ah e estou do lado dos camionistas.

Eles também contam contigo para lhes subsidiares o negócio.[/quote]
Explicação [/quote]


Qualquer uma das medidas indicadas pelo Underoath representa uma despesa para o erário público...que é alimentado pelos nossos impostos...que tu e eu pagamos.

Não quero com isto dizer que não se deva apoiar este sector de actividade. O que se passa é que estamos a adiar um problema para o qual muitas das empresas de transportes não se prepararam, apesar de muito avisadas (eu pelo menos avisei imensas).

Quando Guterres congelou os preços dos combustíveis (medida muito aplaudida) o Estado assumiu um custo de 500 milhões de euros mas poucas empresas tomaram medidas para resolver um problema de escalada de preços do petróleo.

Naturalmente que todos nós tivemos de pagar esses 500 milhões e mais tarde a medida já foi considerada como errada.

O que me impressiona é que todos remetem a resolução dos seus problemas para o Estado, quando as oportunidades de modernização dos tecidos empresariais passaram pelas nossas mãos mas foram gastas em capital circulante (que é como quem diz jipes e mercedes).

Este é um problema cultural. Existe por aí um tópico sobre a raça e o facto é que somos uma raça de um povo que não consegue transformar em riqueza, a riqueza que lhe cai nas mãos.

Desde que nos lançamos à descoberta do mundo que passaram por nós algumas das maiores riquezas mundiais: especiarias e rotas do oriente, ouro do Brasil, escravos de Africa, depois deixamos fugir a revolução industrial e entramos numa época de sombras viradas para o império, valeu-nos depois nos anos 70 as remessas dos emigrantes e finalmente nos anos 80 e 90 a Europa resolveu dar-nos a mão e injectar largos milhões.

Pois tudo o que fizemos ao longo destes 500 anos foi receber riqueza e gastá-la. Nunca apostámos em sectores estratégicos de actividade que conseguissem penetrar a montante e a jusante nesse mundo fora. Acho que só ouvi falar disso com o fecho do Canal do Suez em que se construiu o complexo de Sines e os Estaleiros de reparação naval e depois com os clusters do Porter encomendados pelo Mira Amaral (que ficaram em banho maria).

O facto é que vamos tendo o vinho, azeite, cortiça, automóvel (enquanto a Autoeuropa se mantiver por cá) os moldes, os texteis e o calçado e pouco mais.

A Irlanda por sua vez apostou na Industria Farmaceutica e no sector tecnológico (que nós andamos agora a perseguir).

O sector dos transportes cresceu motivado por mais um erro estrategico. Reparem que 93% do transporte de mercadorias em Portugal é feito por estrada.

Nunca desenvolvemos a rede ferroviária como fez a França por exemplo ou a rede fluvial como tem a Alemanha ou a Holanda.

E o facto é que ainda não se fez neste sector, uma intervenção séria de modernização conforme Portugal teve de fazer, por exemplo, nos texteis e no calçado, nomeadamente para combater os produtos chineses.

Eu tenho imensa pena de dizer isto mas muitos dos nossos motoristas não sabem uma palavra de inglês ou frances e é fundamental que lhes seja dada formação para que possam ser capazes de representar a entidade patronal perante qualquer dificuldade no estrangeiro.

Por outro lado, as grandes empresas de transportes cometeram um crime tremendo que foi ceder (que é como quem diz vender) os camiões aos motoristas, que se constituiram como empresários, prometendo-lhes um serviço exclusivo de transporte que lhes daria muito dinheiro pois agora o lucro seria deles e quanto mais trabalhassem mais ganhavam.

Claro que avisei imensos motoristas para não aceitarem este negócio pois as suas vendas estavam dependentes de um único cliente (a empresa ex-entidade patronal) e os custos eram assumidos num contexto em que qualquer perturbação no mercado financeiro (subida de taxas de juro) e no petróleo (subida do combustivel) lhes iria trazer graves problemas.

Resultado: muitos destes motoristas, começaram desde há 2/3 anos a sentir uma quebra nas vendas pois o seu único cliente não tem serviço para todos devido à quebra na economia e os custos subiram ao nível dos juros e do petróleo.

Naturalmente que não há milagres e não lhes resta outra alternativa que não seja o de pressionar o governo em véspera de eleições para aceder às suas exigências.

E como o Cavaco já caiu por causa das portagens da ponte, imagino que Sócrates não queira passar pelo mesmo.

Mas o facto é que os problemas de fundo continuam no sector e qualquer medida que seja tomada será apenas uma anestesia pontual.

Veremos entretanto quem vai reclamar a seguir.

[Intifada]

Concordo em absoluto!

As industria das pescas é outro exemplo da burrice tuga.... mas o pior de todos é este:

Tribunal de Contas diz que CP está em falência técnica
05.12.2005 - 16h50 Lusa
A CP - Comboios de Portugal encontra-se em falência técnica, de acordo com o relatório do Tribunal de Contas (TC) da auditoria realizada este ano à empresa, que detectou "sucessivos défices de exploração e elevado nível de endividamento”.

A auditoria incidiu sobre os exercícios económicos de 2002, 2003 e 2004 e na informação disponível até Abril deste ano, explica o relatório. "De acordo com os critérios normalmente usados, a CP encontra-se em falência técnica, não cobrindo, com o valor contabilístico dos activos que possui, as dívidas a terceiros (bancos e fornecedores)", afirma o TC.

Esta situação resulta dos "sucessivos e substanciais défices de exploração e do elevado nível de endividamento contraído para os absorver", adianta. No último triénio (2002-2004), a CP acumulou prejuízos que ascenderam a 741 milhões de euros.

O TC constatou que as indemnizações compensatórias "têm sido sistematicamente insuficientes para fazer face aos custos operacionais" já que "nenhuma das unidades de negócio da CP tem gerado resultados positivos".

Em 2004, o Estado transferiu apenas 27 por cento do montante das indemnizações compensatórias solicitadas.

Assim, entre 2002 e 2004, os resultados operacionais negativos acumulados alcançaram 490 milhões de euros.

No último ano desse período, a CP transportou cerca de 134 milhões de passageiros e cerca de 10 milhões de toneladas de mercadorias.

Os resultados negativos não resultam apenas "do insuficiente provisionamento do Estado pelas obrigações de serviço público ou da fixação administrativa dos preços do transportes" mas também "de algumas ineficiências na exploração das diferentes áreas de negócio da empresa", diz o TC.

As unidades de negócio de carga e de longo curso, embora não abrangidas pela prestação de serviço público, têm vindo a acumular resultados negativos ao longo do triénio.

Para financiar o défice de exploração e conceder empréstimos às empresas participadas, e ainda executar o programa de investimentos tem recorrido "sistematicamente do endividamento bancário, com periodicidade mensal e valores crescentes".

No triénio em análise, a transportadora ferroviária investiu 315 milhões de euros na modernização dos comboios, financiada através de 199 milhões de euros de empréstimos bancários.

O restante foi financiado pelo Orçamento de Estado (50 milhões de euros) e pelos fundos comunitários (66 milhões de euros).

Em Abril de 2005, o endividamento total da CP ascendia a 2.395 milhões de euros.

A CP não tem tido dificuldade em contrair empréstimos, que acarretaram um custo global de 230 mil euros de encargos financeiros entre 2002 e 2004, porque tem beneficiado de garantias do Estado português, "ou seja, tem sido a posição confortável de ter a protecção do Estado".

O TC lembra, no entanto, que a agência de notação Standard & Poor's reduziu o rating para o Estado português, o que "poderá traduzir-se numa maior dificuldade do país em obter financiamentos".

E mais:

O investimento total previsto para a modernização da linha ferroviária do Norte era já, em 2005, quase 23 vezes superior ao previsto no início do projecto em 1990.


Essa é a conclusão de um relatório do Tribunal de Contas (TC), divulgado ontem, que questiona também o critério adoptado pela gestora da rede ferroviária REFER para a adjudicação de empreitadas.


Na auditoria ao Projecto Integrado da Linha do Norte, destinado à modernização da linha ferroviária, o TC refere que a inclusão do projecto no PIDDAC (Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) foi feita pela primeira vez em 1990, com um investimento total previsto de 75,8 milhões de euros e conclusão estimada para 1993.


No PIDDAC de 2005 o custo total previsto era de 1,78 mil milhões de euros, isto é, quase 23 vezes mais. E a conclusão do projecto era adiada para 2008.

Os custos com projectos, empreitadas, prestação de serviços, fornecimentos e expropriações era de cerca de mil milhões de euros acumulados até final de Dezembro de 2005, segundo o TC.

O órgão fiscalizaror das contas públicas, considera também que a REFER adjudicou empreitadas a propostas mais caras, sem que isso trouxesse "vantagens económicas reais" para o interesse público.


E conclui que na contratação de, pelo menos sete, a empresa poderia ter poupado 15 milhões de euros.

A auditoria, coordenada pelo economista Abílio Matos, critica ainda a REFER por ser alvo de pedidos de elevadas indemnizações e por deficiências nos projectos.

O TC dá o exemplo de uma empreitada, adjudicada ao consórcio Teixeira Duarte/Soares da Costa/Somafel, que pediu uma indemnização de 5,4 milhões de euros por erros e omissões no projecto , o que acrescido de IVA representa 7,9% do valor do contrato.

Em 18 anos de obras as viagens Porto-Lisboa encurtaram 11 minutos!

A CP é simplesmente a pior empresa portuguesa!
(Quem usa combóios de longa distáncia sabe do que falo)


Mercadorias por via-férrea? LOL

[Wyrm [RIP 2009/03/28]]

E certamente estão à espera do TGV para se tentarem salvar...Ou seja, é mais uma pedrada no charco.Não deixa de ser verdade que têm tentado melhorar a linha, sobretudo a do Alfa, mas não é menos verdade que além de serem lentos a fazê-lo, não o fazem como deveriam.No último mês, perdi sensivelmente 6 ou 7 horas em atrasos no Alfa, tudo à conta da nova estação de Espinho.Porque lembraram-se de inaugurar a estação, com instalações eléctricas incompletas e com o sistema de troca de carris a funcionar deficientemente.

[Inmist]

Vale a pena referir que a tentativa de exploração estudantil contribuiu para isso. Todos os dias havia desconto para cartão jovem excepto domingo à tarde

Como é lógico, quase toda a gente prefere pagar muito menos (no meu caso, de 18€ para 11€), e além disso, demorar menos tempo de viagem, optando pela Rede Expressos...

[Pedro Lopes]

Em 18 anos de obras as viagens Porto-Lisboa encurtaram 11 minutos!

A CP é simplesmente a pior empresa portuguesa!
(Quem usa combóios de longa distáncia sabe do que falo)

Mercadorias por via-férrea? LOL

Intifada

O teu exemplo da CP é perfeito para caracterizar um dos principais problemas da democracia pós 25 de Abril e que é o dominio dos aparelhos partidários nas direcções e administrações das empresas públicas.

Não há nada mais fácil do que gerir o dinheiro que não é nosso e que nunca se acaba. Por isso, o pagamento de favores politicos e o controle de determinadas empresas publicas pelos aparelhos transformaram a maior parte das mesmas em autenticos buracos negros.

Eu penso que determinados individuos deveriam, inclusive, ser presos e responsabilizados pelas asneiras que causaram ao erário público.

Quando falo em empresas publicas incluo igualmente alguns municipios onde a incompetência é total.

Recordo-me particularmente de uma autarquia que, ao mudar de presidente de camara, ao mesmo lhe foi imposto um membro do partido para o lugar de director financeiro.

A ignorância era tão grande que ao fim de 6 meses, o presidente teve de contratar outro director financeiro mantendo-se o antigo com a simples actividade de ler os jornais de manhã e ir para casa depois de almoço.

Se os 2500 euros de ordenado para este artista podem escandalizar um pouco o comum pagador de impostos,
que diriam vocês se soubessem que este incompetente, ainda tinha o direito a ter uma secretária particular que custava 1000 eurinhos de ordenado e cujas funções eram a de ir comprar os jornais e utilizar o telefone para falar com as amigas.

Bolas, tanta gente que morre e cá faz falta.

Bem, mas concluindo, torna-se necessário fazer uma "limpeza" neste pessoal e chamar pessoas competentes para os lugares. E não tenho qualquer problema em pagar bem a quem apresente resultados. Veja-se o caso do Fernando Pinto na TAP.

[Vooder [RIP 2011/01/03]]

Esclarecido Pedro
Deixo uma pergunta ao ar, é para todos e para ninguém.
Se "nós" sabemos os motivos pelo qual o país não avança,
se os economistas, comentadores e outros esclarecidos bem pagos para arrotar na TV sobre os constragimentos pelos quais o país não progide,
se a sociedade civil está +/- informada das dificuldades e soluções para o país ir para a frente, pergunta-se:
O que é que se passa então?!?

[Inmist]

...Dinheiro debaixo da mesa, interesses de quem tem o poder, ou então é apenas pura burrice/incompetência.