Para começar, vou expor este pequeno texto, de um Senhor que leio diariamente no Jornal de Noticias:
Por outras, palavras, Manuel, António, Pina
Revelou o "Sol" que uma sociedade "off shore" comprou, em 7 de Dezembro passado (quando já eram conhecidas por alguns "happy few" bem colocados as conclusões do LNEC sobre Alcochete), uma herdade na zona onde vai ser construído o novo aeroporto por 250 milhões de euros (6,52 euros o m2). Imagine-se quanto passou a valer o terreno quando, um mês depois, o Governo divulgou a escolha, que, pelos vistos, os sócios da tal "off shore" (que, como os encapuzados que financiaram o estudo da CIP, são anónimos) já conheciam. Evidentemente que nunca haverá, no caso, prova de coisa nenhuma, muito menos de tráfico de influências. O bastonário deve, pois, calar-se sobre o assunto, já que, não podendo ordenar escutas, realizar buscas, interrogar suspeitos ou inquirir testemunhas, não terá "provas" para apresentar. Também o ex-vice-presidente da Câmara do Porto, Paulo Morais, não tinha "provas". Nem o general Garcia dos Santos, que denunciou a corrupção na JAE, onde, apesar de uma auditoria ter revelado que "voaram" 108 milhões de contos, nunca se descobriram "provas" contra ninguém. Hoje, em Portugal, só aparecem "provas" quando um Silva qualquer furta uma pasta de dentes num supermercado. As leis penais e processuais penais aprovadas pela AR encarregam-se disso.
O objectivo é postar artigos que considerem interessantes e obviamente discutir e comentar.
Comecei por este porque gosto muito da pequena coluna diária do Manuel António Pina e porque geralmente põe o dedo na ferida.
Sobre este artigo em particular, a confirmar-se que alguém comprou terrenos fruto de informações privilegiadas estamos perante um caso gravíssimo, pois o interesse de alguns grupos é sempre acautelado primeiro, deixando para segundo plano o interesse do estado e de todos nós.
São da opinião que o sistema legal/judicial está feito para apanhar a raia miúda e não os tubarões, tal como o autor deixa a entender?