Política - Discussão ou algo do género.

[Audiokollaps]

Parlamento cipriota recusa taxa sobre depósitos

O Parlamento de Chipre recusou nesta terça-feira a taxa extraordinária sobre depósitos, com 36 votos contra e 19 abstenções. Nenhum deputado votou a favor e um esteve ausente, adianta a Reuters. Até mesmo os deputados do partido do Governo, assim como do partido da coligação, foram incapazes de votar a favor desta medida e abstiveram-se.

Multidões em júbilo, concentradas à porta do Parlamento, gritavam que "Chipre pertence ao seu povo". "A voz do povo foi ouvida", disse Andreas Miltiadou, um reformado de 65 anos, à Reuters.

A proposta que terá sido colocada a votação previa a isenção dos depósitos até 20 mil euros, uma taxa de 6,7% para quem tivesse entre 20 mil e 100 mil euros e um imposto de 9,9% para os montantes superiores a 100 mil euros. "O projecto foi recusado", anunciou o presidente do Parlamento, Yiannakis Omirou, citado pelo El País. O Presidente cipriota, Nicos Anastasiades, já tinha admitido que a proposta não passaria no Parlamento.

A zona euro está agora a aguardar “uma contraproposta” das autoridades cipriotas, numa altura em que o BCE já garantiu que vai fornecer toda a liquidez necessária. “Esperamos uma contraproposta com um efeito equivalente”, afirmou à AFP um responsável europeu, sob anonimato.

Certamente que arranjarão outra forma menos chocante de roubar a vida e o futuro das pessoas, assim como fizeram em Portugal.

[Indigente]

Cyprus is unique. Besides being tiny, its banking system looks different from those in most other countries. Much of the big money deposited in its banks is from foreign investors, including Russians who have long been suspected of money laundering. Those investors had fair warning that Cypriot banks were troubled. The issue has been simmering for six months. But those investors left their money in the bank, in part because they were gambling that the banks would be bailed out at no cost to them. If the current plan is approved, depositors will have lost that bet.

Would you have been better off leaving your money in a bank in the United States or in Cyprus over the last five years?

The answer: You would have been better off in Cyprus, even after the bailout, when your money was “confiscated.” If you had 100,000 euros in a Cypriot bank account over the last five years, where the interest rate has averaged about 5 percent, you would have about 127,600 euros today. Even after the bailout, which would require you to give up 10 percent of your deposit — 12,760 euros — you would be left with 114,840 euros. The American bank? The $100,000 you deposited at Bank of America five years ago is about $105,100, at the going rate of about 1 percent interest a year.

:/

[Cthulhu_Dawn]

Isto tudo só para vir cá meter isto, http://www.ionline.pt/dinheiro/chipre-r ... io-oriente

Os títulos do "i" são sempre um amor.

By the way, devia também vir aí a referência à criação de uma task-force naval permanente no Mediterrâneo por parte da Rússia.

Claro que, sendo a Rússia, deve sempre dar-se algum desconto no que diz respeito à real capacidade de projecção de forças, mas mesmo assim...

[Riddl3]

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Media/Interior.aspx?content_id=3118790

Saneamentos políticos?
Andei um bocado a leste do q se passou na RTP... alguém pode explicar por favor?

[Cthulhu_Dawn]

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Media/Interior.aspx?content_id=3118790

Saneamentos políticos?
Andei um bocado a leste do q se passou na RTP... alguém pode explicar por favor?

Podes ler aqui um bocado da novela

[Grimner]

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Media/Interior.aspx?content_id=3118790

Saneamentos políticos?
Andei um bocado a leste do q se passou na RTP... alguém pode explicar por favor?

Assim por tópicos:

- A polícia pediu às direcções de informação dos três canais imagens dos confrontos na greve e manifestação de 14 de Novembro, que acabou numa carga policial, para investigação e possíveis detenções posteriores.

- As estações privadas recusaram (e bem), ceder os brutos (imagens não editadas) sem um mandado judicial, alegando que fazê-lo é uma violação do anonimato das fontes. O MAI, que entretanto já começou a filmar manifestações apesar do parecer contrário da Comissão Nacional de protecção de Dados, reitera a "obrigação" das televisões de cooperarem com investigações em curso. A procuradoria Geral da República vem eventualmente dar razão às estações, contra a PSP e o MAI.

- A RTP, porém, ao contrário de SIC e TVI, cedeu CDs com as imagens e/ou terá permitido o visionamento das mesmas a agentes de um departamento de investigação "especial" da RTP. Na polémica que se segue, o Nuno Santos, que estava fora do país na altura em que o visionamento das imagens ocorreu, pede a demissão do cargo de director de informação.

- A Comissão de Trabalhadores (CT) da RTP, normalmente muito vocal nestas questões, não se pronuncia contra ou a favor do Nuno Santos. No entanto, estala o verniz entre o Conselho de Administração (CA) ( do qual faz parte Luís Marinho, que esteve directamente envolvido no polémico fecho do programa "Este Tempo" na Antena 1, logo a seguir a uma crónica em que o Pedro Rosa Mendes não poupa críticas a Miguel Relvas e ao prós e Contras sobre Angola), e o Nuno Santos, instaurando-lhe o CA um inquérito interno relâmpago, em que este alega nem sequer ter sido ouvido. A CT volta a pronunciar-se, criticando quer a divulgação dos brutos, quer a actuação do CA. Continua sem atacar nem defender Nuno Santos.

- Nuno Santos depõe numa comissão parlamentar, não poupa críticas ao CA, afirma-se bode expiatório, e afirma que está em curso uma tentativa de saneamento do departamento de informação da RTP, afirmando que não foi sua a decisão de disponibilizar os brutos, e acusando o CA de o ter feito nas costas da DI.

- Na sequência destas declarações, a RTP move um processo disciplinar ao ex director, acabando por despedi-lo por justa causa por declarações proferidas 3 semanas este se ter demitido.

- Oficializada a decisão, o Nuno Santos vai a tribunal contra o Conselho de Administração.


Essencialmente, foi isto.

[Grimner]

Em versão ainda mais compacta e ilustrada:

[spiegelman]

José Sócrates será comentador na RTP

[Vooder]

Vi agora mesmo um comentário no FB que resume numa forma brilhante:
«Isto merece-me dois comentários:
1 - A falta de vergonha não tem limites;
2 -Afinal Relvas, mesmo sem estudos, é capaz de golpes geniais:
a) Vai reavivar o (justamente) odioso de Sócrates e do PS, e com isso desviar um pouco a atenção do (justamente) odioso da actuação política de Passos, Gaspar, Relvas e Portas; b) Vai colocar o Tozé e o PS em sentido e em dificuldade com os comentários de Sócrates;
c) Vai "demonstrar" que afinal a RTP é independente do governo
Brilhante!»


Noutras notícias: Vale e Azevedo vai ter programa de comentário desportivo na Benfica TV (inimigo publico)
Carlos Cruz vai ter programa de comentário no Canal Panda

[Ataegina]

Já assinei a petição contra isso, não sei é se vai valer de alguma coisa.

http://peticaopublica.com/PeticaoVer.as ... 2013N37935

[Brunhu]

E não há por aí nenhuma petição para os polícia entrarem pela bela vista a dentro e engavetar aquela cambada de criminosos??

[Vooder]

Fá-la Brunhu. Pode ser que pegue.

[Grimner]

E não há por aí nenhuma petição para os polícia entrarem pela bela vista a dentro e engavetar aquela cambada de criminosos??

Quanto a isso, e nas palavras de um polícia, há já um ano:

"-Isso era dentro da esquadra, mas como era a sensação fora da esquadra, uma espécie de forte apache?

- Era um pouco isso. Partia-se do princípio de que a Amadora era problemática. Na Damaia, como era uma esquadra rodeada por vários bairros sociais com várias comunidades, achava-se que os polícias tinham de utilizar a repressão para impor a autoridade e que a população eram só criminosos. A todo o pessoal novo que vinha era incutida esta ideia. Chegava-se depois à conclusão que muitos dos problemas que existiam se deviam a essa atitude: a população reagia à presença policial considerando que não estávamos ali para nos preocuparmos com eles. Sentiam que éramos uma espécie de força de ocupação. Resultado: tínhamos os polícias contra os cidadãos daqueles bairros e aqueles contra os polícias. Para dar um exemplo, nós fazíamos remunerados na Edifer nas ruas das Fontainhas, e o serviço era feito com uma shotgun, e isso porquê? Porque apesar de haver seguranças e cães os miúdos dos bairros tinham como passatempo tentar acertar nos polícias, nos cães ou nos seguranças com tiros de pressão de ar. E o polícia estava de shotgun para dificultar o jogo [risos]. Na altura não percebia como é que se acabava com isso. Se calhar se deixássemos a shotgun e tivéssemos uma relação diferente esta escalada acabava. Mas não havia um policiamento de proximidade que acabasse com isto.

-Isso era devido à falta de pessoas qualificadas para isso, ou a razão era não ser pedido este tipo de atitude à polícia?

Era um pouco de tudo. Não havia políticas governamentais nem habitantes que estimulassem e exigissem isso à polícia. E a polícia não estava motivada para desenvolver uma forma de policiamento que se considerava que fragilizava a força. Havia quem defendesse que se exigia uma postura mais agressiva mostrando que éramos capazes e que “não tínhamos medo deles”. Para essas pessoas a proximidade era uma fraqueza. Lembro--me de uma altura em que a SIC faz uma reportagem em que afirmava que a polícia tinha medo de entrar nas Fontainhas. Três dias depois houve uma operação enorme nas Fontainhas em que se partiu aquilo tudo. A polícia tinha de mostrar que não tinha medo de nada e aquilo que a SIC tinha dito era mentira. Era esta a mentalidade.

-E estas operações não tinham o efeito contrário?

Sim, estas operações não resolviam nada. Quando fazíamos uma operação, na semana seguinte os carros-patrulha que entravam no bairro eram recebidos à pedrada. Era este tipo de resultados que se conseguia. Era este o ambiente em que se vivia."

http://www.ionline.pt/portugal/paulo-ro ... do-governo


Convém analisar que um bairro não é escumalha, mas algo mais complexo, e que se torna mais ou menos complexo consoante lidamos com ele. Tratar toda uma comunidade como escumalha, considerar que qualquer acção contra essa comunidade é bem feita e automaticamente justificável é de um populismo que faria muito Nazi orgulhoso, e é potenciar um fosso, excluir ainda mais essa sociedade, e torná-la ainda mais agressiva.

A nível de países, vemos Israel a fazer isso rotineiramente com a faixa de Gaza. E não está a correr tão bem?

[Francis]

Nem homicidas ou pedófilos ficam lá dentro, quanto mais um molho de ranhosos..

[Grimner]

Fá-la Brunhu. Pode ser que pegue.

O populismo irreflectido costuma pegar. Seja com os "cabrões dos gunas", com os que se indignam com o Sócrates aparecer na televisão quando já damos tempo de antena regular a Catrogas e outros que tais, ou com a Pepa que quer ter Chanel. Enquanto as nossas indignações forem tendencialmente de ejaculação precoce, não me parece que avancemos muito, e até contra mim falo uma vez ou outra que ninguém está disso imune.