Política - Discussão ou algo do género.

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Kustu Rica
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Kustu Rica » sexta nov 26, 2010 9:19 pm

Rio de Janeiro Drug War Foto reportagem.

http://totallycoolpix.com/2010/11/rio-d ... 6be567%2C0
Your wife, my bitch. Your love, my trick. Her mouth, my dick. I fucked, thats' it. Straight pimp, no shit. Gave me your chips. I drove, your whip. It's true, don't trip.

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aftermath
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor aftermath » sexta nov 26, 2010 10:26 pm

raxx7 Escreveu:O problema é que certas medidas têm efeitos práticos inversos ao desejável.

"Regular" os salários? Queres tu dizer aumentar os salários baixos e impor limites aos salários de todo?
Problema 1: Tens N (muitas, demasiadas) empresas em Portugal cujo modelo de negócio se baseia na mão de obra barata. Se tentares aumentar administrativamente os salários mais baixos, vais vê-las a fechar.
Se bem que, de facto, reduzir o peso destas empresas seria de facto bom a longo prazo. Principalmente a construção civil.

Problema 2: se começas a impôr limites aos salários de topo vais começar a ainda mais pessoas qualificadas a ir embora. Portugal, actualmente, está a sofrer a maior vaga de emigração desde os anos 70 e agora é principalmente pessoal qualificado. Não é assim que constróis uma economia baseada na qualificação.

Aplicar taxas correspondentes aos lucros gerados?
Já temos, chama-se IRC. Tu tens uma taxa de IRC sobre o lucro que é, à partida, igual para todas as empresas: 25%.
As empresas pagam menos, pagam porque, por razão A, B ou C, alguém no Governo achou importante criar deduções fiscais para incentivar X, Y ou Z.
Podes aumentar o IRC ou podes acabar com esses benefícios. Mas isso vai diminuir a rentabilidade das empresas ou diminuir os incentivos para X, Y e Z.
E uma questão importante na rentabilidade das empresas é olhar não só para o valor do lucro mas comparar esse lucro com a receita e despesas. Em muitos casos, a margem de rentabilidade é menor do que pensas.
Diminuir a rentabilidade é um problema: quanto menos rentáveis, menos tendência têm para crescer e criar emprego.
E mais dificil é atrair o investimento estrangeiro para cá e mais incentivas a fuga de capital do país para ser investido em países onde renda mais.
Se bem que, dada a competência brilhante dos nossos políticos, quase de certeza, há benefícios fiscais que precisam de ser eliminados.


Quer dizer que, basicamente, concordas com tudo só achas de dificil aplicação.

Que o modelo português se baseia, em grande parte, em salários baixos nos já sabemos - incluindo um ministro a ir à China e afirmar que somos competitivos porque ganhamos pouco - e olha o belo do resultado. Com melhores salários e incentivos adequados as pessoas trabalham mais e melhor. Se queres dissecar o caso da construção civil, temos muito que falar!

Se os mais qualificados se estão a ir embora - cerca 100 mil nos dois últimos anos, sendo uma grande parte mão-de-obra qualificada - isso não é da responsabilidade do programa defendido pelo PCP. Estás a constatar, como se fosse necessário, que o modelo actual não funciona. Se os salários e condições laborais forem melhorados (incluindo formação profissional dentro da própria empresa) os trabalhadores qualificados não vêm razão para sair e se o problema de fuga se prende com os ordenados mais elevados, como gestores e direcção, isso aconteçe em todo o lado. De certeza que um gestor no Bangladesh prefere vir para Portugal, o que não quer dizer que tal aconteça, até porque nós próprios vamos buscar muitos gestores ao estrangeiro, exemplo TAP, ou seja, it´s a two way street.

IRC igual para todos? Pois ... :roll: As tais razões A, B ou Z é que dão cabo do esquema. Obviamente que as taxas aplicáveis não seriam rigidas, podendo ser alteradas consuante a rentabilidade, o tipo de empresa, a sua relevância no panorama produtivo nacional e um largo etc.
Não consta que as empresas fujam a sete pés da Dinamarca e sabemos que o fisco deles é brutal (podendo chegar a 50% dos rendimentos individuais) e nivel de vida carissimo, têm é uma mão-de-obra imensamente qualificada e uma gestão minunciosa, seja estatal ou privada, e podes ter a certeza que trabalham menos horas que nós.

Terminas a afirmar que o problema é da competência politica e, como já foi aqui referido, da pouca competência e/ou preparação em termos de gestão. Fico surpreendido porque parece que neste país apenas os opinion makers, quem já não está no governo ou quem lá quer chegar a todo o custo é que sabe como proceder, nesse caso, é criar regras, reestrutar as vigentes e meter essa gente a trabalhar. Como se procedeu até agora é que não dá. Uma vez feito o diagnóstico, não sei qual o medo (até sei, mas pronto) de se começar de novo.
"Now before my demons roll the night across my eyes
I tremble as I wait perhaps to sin
Yield unto temptation and be ruler of the world
And all I do is let the beast come in"
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor JVELHAGUARDA » sábado nov 27, 2010 12:47 am

Opinion makers ao poder. 8)
(como aquele dos 19 valores, que viabilizou orçamentos e depois foi à vida por causa de uma "Vichyssoise")

Not Safe for Work: Mostrar
Agora é que é!! O orçamento aprovado a execução vai ser um passeio, tenham fé:
Imagem
O homem respira trabalho e confiança.
(a foto do dia em que mais trabalhou no poder, não me deixa mentir)
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Para a frente é que é o caminho.
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E quem não concordar com esta imagem não faz falta em Portugal. 8)
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raxx7
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor raxx7 » sábado nov 27, 2010 3:05 am

aftermath Escreveu:Quer dizer que, basicamente, concordas com tudo só achas de dificil aplicação.

Aplicar até é fácil. Evitar o "coice" das medidas é que é complicado. :)

De certeza que um gestor no Bangladesh prefere vir para Portugal, o que não quer dizer que tal aconteça, até porque nós próprios vamos buscar muitos gestores ao estrangeiro, exemplo TAP, ou seja, it´s a two way street.

Pois vamos buscá-los. E vamos buscá-los pagando o que é preciso, como é o caso da TAP.
Não vamos buscá-los indignando-nos com salários milionários -- desde que os gajos sejam competentes, claro.

IRC igual para todos? Pois ... :roll: As tais razões A, B ou Z é que dão cabo do esquema. Obviamente que as taxas aplicáveis não seriam rigidas, podendo ser alteradas consuante a rentabilidade, o tipo de empresa, a sua relevância no panorama produtivo nacional e um largo etc.

Vês? Começas por dizer que A, B ou C dão cabo do esquema, mas depois tu próprio abres a porta a uma flexibilização das taxas. :)

O que nos leva de volta à questão: podemos (devemos?) ir buscar mais algum dinheiro via IRC.
Mas não o podemos fazer com medidas ideológicas e generalistas que tomam como alvo as grandes empresas nacionais só porque são grandes. É preciso ir com algum cuidado ao código do IRC e dos beneficios fiscais.

E há mais uma coisa que diz respeito a impostos: podemos aumentar os impostos aqui e baixar ali. Mas é preciso ter em mente que isto é uma pequena parte da solução para os nossos problemas: o país simplesmente não produz para o que o Estado consome. O OE de 2011 representa 46 ou 48% do PIB.
A solução dos nossos problemas passa mesmo por reduzir a despesa do Estado e aumentar a produtividade. E como nenhuma delas chega por si, vai mesmo de ter ser as duas.
Shrödinger's cat has left the building.
When in doubt, ban!

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Pedro Lopes » sábado nov 27, 2010 7:46 am

Vooder Escreveu:Mete aí uma do PS e do PSD também...



Não percebo o teu comentário.

O PS e o PSD acabaram de negociar o orçamento de estado para 2011 pelo que as propostas de ambos estão neste documento.

O meu comentário sobre a demagogia dos mais pequenos tem a ver com o facto de terem apenas um discurso de critica ao governo e ao PS mas não conseguirem indicar uma solução válida para o brutal corte no defice que é necessário realizar.

O objectivo é ganhar apoio eleitoral com base no bota abaixo. Alternativas à descida dos salários, por exemplo, não vi nenhuma.
Eu fui aprovado nos testes de "stress"!!! E tu??

Pedro Lopes
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Pedro Lopes » sábado nov 27, 2010 8:01 am

Nando Escreveu:Em relação ao penúltimo comentário do Pedro Lopes.

O país não vive sem investidores privados mas também não pode viver obcecado neles.



Se não podes realizar investimento publico precisas do investimento privado para sobreviver.

E olha que o investimento privado não tem sido tanto quanto o desejável. Pelo contrário.

Nando Escreveu:A verdade é que eu tento analisar o que se passa à minha volta (com a visão mais imparcial que consigo) e só vejo a solução que já falei atrás...



Qual solução? Podes concretizar?


Nando Escreveu:Existe muita merda de esquerda que não faz sentido, existe outra que sim. A mesma coisa para a direita. E é por isso que devemos de deixar de olhar o mundo com o filtro da dicotomia esquerda/direita. Temos de começar a ser lógicos e não ideológicos.


Não existe qualquer dicotomia esquerda/direita. Há medidas que são necessárias e, a partir do momento em que te retiraram os instrumentos cambiais e monetários para criar competitividade (ainda que ilusória) só tens de ser capaz de gerir a politica orçamental para que a economia se possa desenvolver.

Não podes viver ano após ano a gastar mais do que ganhas. Não podes, sobretudo, gastar 70% do teu orçamento em salários e prestações sociais. Se o Estado está à beira da falência tanto faz ser de esquerda como de direita. As medidas que podes tomar são muito poucas.

Já agora, sabes quais são os principais entraves à captação de investimento privado em Portugal? Aquele que gera emprego, produtividade e competitividade para Portugal? Não estamos a falar de investimento publico que gera emprego em competencias politicas inexistentes ou que resvala nos seus custos por causa do financiamento partidário.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Pedro Lopes » sábado nov 27, 2010 8:29 am

Cthulhu_Dawn Escreveu:É isto que mais me faz confusão nesta nossa terra. Podemos discutir imenso se a globalização é ou não neo-liberal, se nos deixa mais pobres ou não e se estamos ou não totalmente dominados pelos "mercados". Mas antes de mais, o nosso problema continua a ser um problema de gestão (de falta dela) e de responsabilização (de falta dela)


Sábias palavras!
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Pedro Lopes » sábado nov 27, 2010 8:59 am

spiegelman Escreveu:Raxx, tens razão, criam postos de trabalho internamente ou na área, óbvio, e até permitem aumentar os prémios dos trabalhadores e os ordenados, assim como nas telecomunicações o lucro permite investimento em inovação e tecnologia. Mas é um lucro corporativista e um pouco de pescadinha de rabo na boca. Não tem repercussão no aparelho produtivo global do país e dos seus recursos.



Humberto

Não posso concordar contigo.

A Banca é fundamental no apoio e no desenvolvimento da economia pois é através das suas linhas de crédito e dos seus apoios ao investimento que as empresas conseguem criar ou desenvolver a sua actividade.

Eu tenho muito orgulho em ter apoiado e apostado na criação e no desenvolvimento de muitas empresas.

Sobre as telecomunicações, penso que é fundamental, com a alteração do paradigma da competitividade do país que o investimento em I&D seja crescente principalmente ao nível das TI's. Felizmente isso tem vindo a acontecer.

Outro exemplo é o das energias renováveis onde, por exemplo, ao nível das eólicas, já dominamos todo o processo de montante a jusante.

Agora, concordo contigo relativamente a algum tecido empresarial português que, como dizes, é corrupto e fiel apenas ao lucro imediato. Neste sentido, esta crise deverá servir para separar o trigo do joio. Apenas com capacidade de gestão, inovação e motivação de todos, incluindo os colaboradores, se consegue ultrapassar este tempo e estes "chicos-espertos" não estão a conseguir dar a volta.

Os empresários que falas têm naturalmente de cair até porque não podem continuar a concorrer no mercado sem pagar impostos ou salarios. Lamento que isso traga naturalmente custos sociais elevados como se tem verificado sobretudo no sector da construção.

Agora, não podemos estar continuamente a ter logicas de crescimento assentes na construção civil.

Por isso é que o nosso desemprego é estrutural e se irá prolongar por muitos anos.

Mas o país tem duas alternativas: ou anda para a frente ou anda para trás.

Para mim o maior problema está na incompetência dos partidos politicos, do estado e da dependencia que este criou ao seu redor.

Agora tenho a esperança de que com a crise, a capacidade de inovação do povo portugues seja capaz de vir ao cimo e consigamos dar a volta.

Compete a cada um fazer o seu trabalho e importa sobretudo criar uma educação sustentável e responsável bem com um sistema de justiça linear e eficiente.

A educação depende essencialmente dos pais e deverá encontrar na escola niveis elevados de exigencia e nao de desresponsabilização. Na justiça precisamos de incrementar os sistemas de resolução de incumprimentos através dos tribunais extrajudiciais.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Pedro Lopes » sábado nov 27, 2010 9:35 am

spiegelman Escreveu:Flexibilizar o código do trabalho? Os despedimentos? Os horários? Com que objectivo? O lucro imediato para abrirem falência dois anos depois e porem toda a gente no olho da rua?



Neste momento, já nem é a questão laboral que se assume como principal entrave ao investimento privado, sobretudo estrangeiro.

Os principais entraves são ao nível da burocracia do estado e da justiça (isto apesar de algum trabalho meritório que o Basilio Horta está a fazer).

A flexibilização laboral deveria aplicar-se sim ao sector publico onde as respectivas condições deveriam ser identicas às do sector privado. Ou seja, aumentar a idade da reforma, retirar o "emprego para toda a vida", retirar as promoções automáticas e possibilitar os despedimentos.

Aliás, a burocracia do estado é, a par do financiamento partidário, o principal foco de clientelismo e corrupção em Portugal.

Ou acham que é só o Isaltino Morais que abre contas na Suiça?

Recordo-me, por exemplo, quando os notarios eram publicos, que, para eu conseguir uma escritura urgente (e "urgente" estamos a falar de um mês por exemplo) tinha de colocar duas notas de 5 contos num envelope para a empregada.

Hoje em dia, com a privatização dos notários, consigo uma escritura de um dia para o outro...sem "custos" adicionais.

Portanto, acabem com a gordura do estado e todos ficamos a ganhar.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Pedro Lopes » sábado nov 27, 2010 10:22 am

aftermath Escreveu:Com melhores salários e incentivos adequados as pessoas trabalham mais e melhor. Se queres dissecar o caso da construção civil, temos muito que falar!


Ainda não percebi se com esta regulação dos salários te estás a referir ao sector publico ou ao sector privado. Estás igualmente a partir do principio que os trabalhadores são todos iguais o que não é verdade.

aftermath Escreveu:Se os mais qualificados se estão a ir embora - cerca 100 mil nos dois últimos anos, sendo uma grande parte mão-de-obra qualificada - isso não é da responsabilidade do programa defendido pelo PCP. Estás a constatar, como se fosse necessário, que o modelo actual não funciona. Se os salários e condições laborais forem melhorados (incluindo formação profissional dentro da própria empresa) os trabalhadores qualificados não vêm razão para sair.


Mas os trabalhadores qualificados que estão a ir embora fazem-no porque os salários são baixos?


aftermath Escreveu:IRC igual para todos? Pois ... :roll: As tais razões A, B ou Z é que dão cabo do esquema. Obviamente que as taxas aplicáveis não seriam rigidas, podendo ser alteradas consuante a rentabilidade, o tipo de empresa, a sua relevância no panorama produtivo nacional e um largo etc.
Não consta que as empresas fujam a sete pés da Dinamarca e sabemos que o fisco deles é brutal (podendo chegar a 50% dos rendimentos individuais) e nivel de vida carissimo, têm é uma mão-de-obra imensamente qualificada e uma gestão minunciosa, seja estatal ou privada, e podes ter a certeza que trabalham menos horas que nós.


Estás confuso! A taxa máxima de IRC na Dinamarca é de 25% sendo inclusive menor do que a nossa taxa máxima.

Agora essa da taxa de IRC ser variável conforme a conveniência é uma ideia excelente. :shock: Por exemplo, quem gerar mais emprego terá uma taxa de IRC mais baixa, é isso?

Quanto à qualificação da mão de obra isso é indiscutível tal como a sua produtividade. Mas isso é um problema de educação nacional para além do facto dos muitos milhões que vieram para Portugal para cursos de formação terem sido desbaratados por politicos, empresários e trabalhadores.

E depois, quando tens funcionários publicos que se recusam a aprender a trabalhar com o computador e que ainda usam maquina de escrever, está tudo dito.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor OrDoS » sábado nov 27, 2010 3:21 pm

E entretanto, norte e centro vão-se afundando:

«120 mil portugueses ganham menos do que o salário mínimo»

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economi ... id=1721377
From word to a word I was led to a word...
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Pedro Lopes » sábado nov 27, 2010 6:46 pm

aftermath Escreveu:Receita para o desastre

"A crise financeira foi provocada pelo aprofundamento do fosso entre pobres e ricos. A conclusão é dessa organização de cariz socialiazante conhecida por Fundo Monetário Internacional. Tal como acontecera na Grande Depressão, a crise financeira resulta da concentração de riqueza detida pelos mais ricos e o crescente acesso ao crédito dos mais pobres, sem recursos para viver nas sociedade modernas, explica o estudo do FMI.

Nos EUA, entre 1983 e 2007, o rendimento detido pelos cinco por cento mais ricos aumentou de 22 para 34 por cento, resultando disso mesmo, o endividamento da restante população (94 por cento) duplicou nesse período. Tudo muito semelhante ao que acontecera entre 1920 e 1928.

O estudo, pensado para os EUA, foi replicado para outros países desenvolvidos. E quando chega a Portugal revelou o que já sabemos: é o segundo país da zona euro onde há maior desigualdade na distribuição da riqueza. E isso ajuda a explicar o nosso nível de endividamento.

Podemos tirar três conclusões deste estudo: que o endivimanto não resulta de uma bebedeira consumista que leva os povos a viver acima das suas possibilidades, mas de um desvio dos recursos disponíveis de parte da população para os mais favorecidos; que a crise não resulta, como nos querem vender, de um excesso de Estado Social, [u]mas de um falhanço no papel redistributivo do Estado; e que as medidas que estamos a aplicar, com redução de prestações sociais e dos custos do trabalho, apenas agudizarão a crise.

Como em quase todos os estudos que vão saindo, os números contrariam a lenga-lenga que nos vendem todos os dias."

Daniel Oliveira
Expresso
26/11/10



Sobre a Pobreza, as desigualdades e a privação material em Portugal
20 de Outubro de 2010

Resumo

Associando-se às iniciativas “2010 Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social” e Dia Mundial da Estatística, o INE divulga hoje uma publicação com a análise dos resultados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento em Portugal, que se realiza a nível europeu desde 2004.

Aqueles resultados revelam uma tendência de redução da taxa de risco de pobreza monetária entre 2003 e 2008 , de 20,4% para 17,9%, destacando-se a diminuição de 8,9 pontos percentuais (p.p.) no risco de pobreza para a população idosa.

O risco de pobreza nas famílias com crianças dependentes era maior do que o das famílias sem crianças dependentes, respectivamente, 20,6% e 14,9% em 2008.

Os resultados apurados apontam ainda para a redução progressiva da desigualdade na distribuição dos rendimentos familiares naquele período, observando-se uma quebra de cerca de 10% na distância entre os rendimentos auferidos pelos 20% da população com maiores rendimentos e os 20% da população com menores rendimentos.

O indicador de privação material atingiu, em 2009, 21,4%, que compara com 22,2% em 2004. A privação material para a população idosa registou uma queda de 6,6 p.p. no mesmo período.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Pedro Lopes » sábado nov 27, 2010 7:29 pm

Ena, a novela começou mais cedo do que eu imaginava.

Espero que o PPC tenha mais cabeça para gerir este assunto do que teve em relação ao orçamento e à questão da revisão constitucional.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Naciona ... id=1721899
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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor OrDoS » domingo nov 28, 2010 1:45 pm

Fantástico sentido de timing e oportunidade... :roll:

«Buracos da EN 14 estão a ser reparados»

http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/co ... id=1722006
From word to a word I was led to a word...
ImagemImagem 20ª Edição - X11

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Re: Política - Discussão ou algo do género.

Mensagempor Brilhando » domingo nov 28, 2010 6:20 pm

Interessantíssima perspectiva alternativa sobre o nosso mais orgulho e feito como Nação, o lugar no conselho de segurança da ONU:

Portugal used to be an empire. Now it's about to become a colony:

[W]hich brings us back to Portugal. They won the UN vote not because they’re strong, but because they’re weak. The world’s dictators don’t want a strong democracy on the Security Council. A desperate beggar is more pliable.

Watch Portugal’s voting record at the UN Security Council. Watch them as they consider Chinese allies like Iran and Sudan. Watch them on human rights.

Portugal used to be an empire. Now it’s about to become a colony.


Também pode ser só um canadiano ressabiado, mas mesmo assim :mrgreen:
Setze jutges d'un jutjat mengen fetge d'un penjat; si el penjat es despengés es menjaria els setze fetges dels setze jutges que l'han jutjat.


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