Luís Bento, professor universitário e especialista em recursos humanos, alerta que o Governo e os parceiros sociais podem mudar todos os anos as leis laborais que não será dessa forma que se aumenta a competitividade da economia portuguesa.
Poucas horas depois do fim da maratona negocial entre Governo e parceiros sociais em sede da concertação social, Luís Bento professor universitário e especialista em recursos humanos, lança um alerta.
O Governo e os parceiros sociais podem mudar todos os anos as leis laborais que não será dessa forma que a economia portuguesa fica reforçada.
Para este professor universitário que esteve no Fórum TSF, esta manhã, enquanto o problema de fundo se mantiver a questão não será resolvida.
Luís Bento afirma que é preciso alterar os pilares e os modelos da competitividade portuguesa.
«A competitividade em Portugal só pode ser melhorada com uma diminuição dos custos e dos factores de produção. Neste momento os custos com pessoal não são os que pesam mais, mas antes os fiscais, de energia e logística. Portanto, é na redução desses custos que podemos melhorar as condições de competitividade das empresas», adianta.
O professor acrescenta também «que é preciso reestruturar a economia portuguesa, especializando-a em produtos de alto valor acrescentado que possam ser direccionados para os mercados que estão dispostos a pagar mais por produtos de maior qualidade».
Luís Bento considera também que os trabalhadores não têm nada a ganhar com este acordo entre o Governo e os parceiros sociais para o mundo laboral.
«O objectivo da própria negociação era diminuir os custos do factor trabalho em Portugal e nessa perspectiva esse acordo é um sucesso. O Governo vai conseguir através dos indicadores macroeconómicos no final do ano demonstrar internacionalmente que efectivamente os custos do trabalho diminuiram em Portugal. Agora o problema é saber se essa diminuição de custos vai permitir o aumento de uma riqueza criada. Podemos estar aqui meramente no plano de uma manipulação cosmética de indicadores», afirma
TSF
É isso, continuem a foder os trabalhadores que eles vão começar a produzir muito mais....
