Política - Discussão ou algo do género.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Nem mais. Se houve dumping é ilegal. Se não houve, é imoral!

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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Já sabia que a reacção pavloviana não ia demorar.
Ora bem:
Só foi irresponsável porque podiam-se ter preparado melhor para a expectada afluência de compradores. Já a falta de civismo de quem andou À batatada não é culpa da JM mas sim dos próprios.
Mais uma vez, qualquer fixação de preços, seja de um governo de "direita", seja de "esquerda", têm os mesmo resultados, sempre contrários aos pretendidos. Daí que as prateleiras vazias num qualquer país do antigo bloco de Leste fossem a regra em vez da excepção, para dar um exemplo fácil. Nem sequer chamei "fantasmas comunistas" porque, mais uma vez, se fosse um governo "liberal de direita" (lol) a fazê-lo, o resultado seria o mesmo.
Quanto ao dumping "imoral", deixo duas leituras. Mais andarão por aí, se acaso interessar.
http://www.mackinac.org/V1997-13
http://www.cato.org/publications/policy ... ry-pricing
E qual é a do Vasco Gonçalves? Fui eu a falar no que ele fez ou deixou de fazer?
Por acaso tenho curiosidade sobre o resultado prático das nacionalizações e expropriações. A grande questão aqui então não são os fantasmas comunistas ou não, mas sim se essas medidas atingiram os resultados pretendidos ou não.
Consegues responder com argumentos sérios?
Por exemplo, eu suponho, contudo sem referências à mão, que o Estado tenha sido condenado a pagar posteriormente umas quantas multas resultantes dessa acção. Já o resultante das nacionalizações foram as ainda mais brilhantes "privatizações" posteriores que tanto se critica por aqui.
Já agora, que dizer das consequentes desvalorizações da moeda pré-FMI (não que a desvalorização imposta por este tenha sido melhor)? Quanta poupança não foi evaporada no pós-1974? Em quanto foi reduzido o poder real de compra por estas sucessivas intervenções (mais uma vez, não me interessa que lado do espectro político as tenha realizado)?
Parabéns pela refutação de um conceito de teoria económica básico com o conjunto de argumentos ad hominem mais primários que podias arranjar.
Não encontro espaço sequer nessa situação, já que neste tópico deixou há muito de haver "discussão" mas sim "ou és dos nossos ou és um nazi/fascistas/anti-comuna primário. Para quê participar mais vezes, se quem berra mais alto é quem tem mais razão?
Aliás, essa resposta é uma prova disso, e é característica de todos os socialistas que nunca conseguiram refutar os argumentos económicos levantados pelos economistas clássicos e marginalistas nos últimos 200 anos.
Se te queixas do sempre diminuto poder de compra, resultante da óbvia intervenção estatal ao longo da últimas décadas, para que criticas uma acção que fez mais pelo poder de compra dessas pessoas que qualquer subsídio ou medida intervencionista que só pode resultar em ainda mais impostos futuros? O que me salta à vista é que essas mesmas pessoas aproveitaram para abastecer a despensa com o dobro de bens essenciais pela mesma quantidade de dinheiro, libertando esse mesmo dinheiro para pagar[b] outras coisas de que outra forma não poderiam pagar.
Mais ainda, depois de ontem, lá vai a JM pegar no seu rico dinheiro (ou lucro nojento) obtido ontem para alegremente repôr os stocks, pagando aos mesmos produtores de sempre. Seria mais giro apresentarem provas de que realmente alguém saiu prejudicado por isso.
Ora bem:
Spiegelman Escreveu:Gosto do Brilhando a ver fantasmas comunistas de regulação do mercadio em toda a crítica ao capital. Tem lá calma homem que a direita liberal tem carta branca para levar o país à salvação ou à ruína. se for à salvação muito bem, so for à ruína a culpa foi do Vasco Gonçalves, pronto, e não se fala mais nisso.
Esta açao do pingo doce foi irresponsável para além de em termos de concorrência, ilegal.
Gostava de saber qual é a opinião do Belmiro acerca desta gracinha da Jerónimo Martins.
(no communism here to see, move along, move along)
Só foi irresponsável porque podiam-se ter preparado melhor para a expectada afluência de compradores. Já a falta de civismo de quem andou À batatada não é culpa da JM mas sim dos próprios.
Mais uma vez, qualquer fixação de preços, seja de um governo de "direita", seja de "esquerda", têm os mesmo resultados, sempre contrários aos pretendidos. Daí que as prateleiras vazias num qualquer país do antigo bloco de Leste fossem a regra em vez da excepção, para dar um exemplo fácil. Nem sequer chamei "fantasmas comunistas" porque, mais uma vez, se fosse um governo "liberal de direita" (lol) a fazê-lo, o resultado seria o mesmo.
Quanto ao dumping "imoral", deixo duas leituras. Mais andarão por aí, se acaso interessar.
http://www.mackinac.org/V1997-13
http://www.cato.org/publications/policy ... ry-pricing
E qual é a do Vasco Gonçalves? Fui eu a falar no que ele fez ou deixou de fazer?
Por acaso tenho curiosidade sobre o resultado prático das nacionalizações e expropriações. A grande questão aqui então não são os fantasmas comunistas ou não, mas sim se essas medidas atingiram os resultados pretendidos ou não.
Consegues responder com argumentos sérios?
Por exemplo, eu suponho, contudo sem referências à mão, que o Estado tenha sido condenado a pagar posteriormente umas quantas multas resultantes dessa acção. Já o resultante das nacionalizações foram as ainda mais brilhantes "privatizações" posteriores que tanto se critica por aqui.
Já agora, que dizer das consequentes desvalorizações da moeda pré-FMI (não que a desvalorização imposta por este tenha sido melhor)? Quanta poupança não foi evaporada no pós-1974? Em quanto foi reduzido o poder real de compra por estas sucessivas intervenções (mais uma vez, não me interessa que lado do espectro político as tenha realizado)?
aftermath Escreveu:Olha o brilhando! Andas por aqui a farejar á procura da oportunidade de mandar o teu bitaite "anarco-capitalista", enquando não houver disso vais-te contentando "só" com o capitalismo neo-liberal, ou qualquer outra coisa que não cheire a socialismo, né filho? Não deixa de ser engraçado/ridiculo/nojento que só encontres espaço para chutar as tuas diatribes económicas quando imbecis, anti-comunas primários e facistas envergonhados andam por aqui aos berros.
Todos tão diferentes todos tão parecidos!
Parabéns pela refutação de um conceito de teoria económica básico com o conjunto de argumentos ad hominem mais primários que podias arranjar.
Não encontro espaço sequer nessa situação, já que neste tópico deixou há muito de haver "discussão" mas sim "ou és dos nossos ou és um nazi/fascistas/anti-comuna primário. Para quê participar mais vezes, se quem berra mais alto é quem tem mais razão?
Aliás, essa resposta é uma prova disso, e é característica de todos os socialistas que nunca conseguiram refutar os argumentos económicos levantados pelos economistas clássicos e marginalistas nos últimos 200 anos.
Grimner Escreveu:Que este tipo de acção foda por completo a industria de produção não interessa um chavo.
Ou que as pessoas foram motivadas a uma tal acção pela fome. Porque, derivando os seus rendimentos da tal industria de produção inexistente, têm cada vez menos poder de compra.
Se te queixas do sempre diminuto poder de compra, resultante da óbvia intervenção estatal ao longo da últimas décadas, para que criticas uma acção que fez mais pelo poder de compra dessas pessoas que qualquer subsídio ou medida intervencionista que só pode resultar em ainda mais impostos futuros? O que me salta à vista é que essas mesmas pessoas aproveitaram para abastecer a despensa com o dobro de bens essenciais pela mesma quantidade de dinheiro, libertando esse mesmo dinheiro para pagar[b] outras coisas de que outra forma não poderiam pagar.
Mais ainda, depois de ontem, lá vai a JM pegar no seu rico dinheiro (ou lucro nojento) obtido ontem para alegremente repôr os stocks, pagando aos mesmos produtores de sempre. Seria mais giro apresentarem provas de que realmente alguém saiu prejudicado por isso.
Setze jutges d'un jutjat mengen fetge d'un penjat; si el penjat es despengés es menjaria els setze fetges dels setze jutges que l'han jutjat.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
O Vasco Gonçalves só veio chamado á conta do José Sousa, desculpa lá ter-te metido ao barulho 
E sim, é toda a irresponsabilidade da JM por "não prever" (?) a forte afluência?
Não acredito no pai natal, tu acreditas? Claro que sabiam e previam esta afluência.
Defendo que, mais uma vez, esta foi uma manobra ideológica. Escolher o dia 1º de maio, forçando os trabalhadores a trabalhar o dobro, anulando o efeito de simpatia pela massa ululante que ao ver a possibilidade de uma esmola a metade do preço pouco se estava nas tintas se os animais que estavam ali para os servir estavam a trabalhar a um feriado.
A "massa" não tem consciência de classe. A massa responde a estímulos e a Jerónimo Martins conduziu qual flautista de Hamelin a turba de ratos esfomeados a salivar ao som da campainha dos 50%.
Chama-lhe teoria da conspiração. É a minha opinião.

E sim, é toda a irresponsabilidade da JM por "não prever" (?) a forte afluência?
Não acredito no pai natal, tu acreditas? Claro que sabiam e previam esta afluência.
Defendo que, mais uma vez, esta foi uma manobra ideológica. Escolher o dia 1º de maio, forçando os trabalhadores a trabalhar o dobro, anulando o efeito de simpatia pela massa ululante que ao ver a possibilidade de uma esmola a metade do preço pouco se estava nas tintas se os animais que estavam ali para os servir estavam a trabalhar a um feriado.
A "massa" não tem consciência de classe. A massa responde a estímulos e a Jerónimo Martins conduziu qual flautista de Hamelin a turba de ratos esfomeados a salivar ao som da campainha dos 50%.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Outra pergunta: Quem realmente pagou isto? A Jerónimo Martins deu-se mesmo ao luxo de perder 50% de lucro só para ajudar os consumidores com dificuldades?
E já agora, quem é a Jerónimo Martins para decidir quem está em dificuldades? As pessoas tinham de apresentar o IRS para poderem ter o desconto? Mas agora a JM é a Santa Casa da Mesericórdia? E se for lá hoje, posso pedir os 50% de desconto? Não? Porquê? Estou eu em menos dificuldades que os outros?
Havia lá pessoas a gastar 600 euros para pagar 1200. Eu não tenho 600 euros para gastar de uma vez em compras. Quem tem 600 euros à cabeça para gastar em compras está em dificuldades?
O argumento da ajuda aos consumidores em dificuldade é uma merda de argumento.
Foi dumping, ilegal e imoral. ponto final.
E já agora, quem é a Jerónimo Martins para decidir quem está em dificuldades? As pessoas tinham de apresentar o IRS para poderem ter o desconto? Mas agora a JM é a Santa Casa da Mesericórdia? E se for lá hoje, posso pedir os 50% de desconto? Não? Porquê? Estou eu em menos dificuldades que os outros?
Havia lá pessoas a gastar 600 euros para pagar 1200. Eu não tenho 600 euros para gastar de uma vez em compras. Quem tem 600 euros à cabeça para gastar em compras está em dificuldades?
O argumento da ajuda aos consumidores em dificuldade é uma merda de argumento.
Foi dumping, ilegal e imoral. ponto final.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
"Mais uma vez, qualquer fixação de preços, seja de um governo de "direita", seja de "esquerda", têm os mesmo resultados, sempre contrários aos pretendidos."
Quando liberalizaram o preço dos combustíveis a ideia de os fazer subir, não?
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Sim, mas há dúvidas?
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
spiegelman Escreveu:Outra pergunta: Quem realmente pagou isto? A Jerónimo Martins deu-se mesmo ao luxo de perder 50% de lucro só para ajudar os consumidores com dificuldades?
Foi dumping, ilegal e imoral. ponto final.
Atenção que supostamente não perderia apenas 50%, uma vez que em dias feriado, os funcionários deveriam ser pagos a 200%.

- Grimner
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Brilhando Escreveu:
Se te queixas do sempre diminuto poder de compra, resultante da óbvia intervenção estatal ao longo da últimas décadas, para que criticas uma acção que fez mais pelo poder de compra dessas pessoas que qualquer subsídio ou medida intervencionista que só pode resultar em ainda mais impostos futuros? O que me salta à vista é que essas mesmas pessoas aproveitaram para abastecer a despensa com o dobro de bens essenciais pela mesma quantidade de dinheiro, libertando esse mesmo dinheiro para pagar outras coisas de que outra forma não poderiam pagar.
Mais ainda, depois de ontem, lá vai a JM pegar no seu rico dinheiro (ou lucro nojento) obtido ontem para alegremente repôr os stocks, pagando aos mesmos produtores de sempre. Seria mais giro apresentarem provas de que realmente alguém saiu prejudicado por isso.
Já o Spiegelman deitou por terra a maioria dos teus argumentos. Deixou-me este, se calhar em preservação das regras anti monopólio.
Tens mesmo a lata de afirmar que esta medida faz algo pelo poder de compra? Uma baixa de preços que acontece quando e apenas quando interessa à empresa é uma melhoria de poder de compra? Onde?
Pelo contrário, é, [b]derivado do terrível poder de compra da população, uma esmola. Quando à grande superfície lhe apetece, podes desunhar-te por iogurtes. Quando dissermos que chega, voltas a ser pobre. Mais que falácia, é uma desonestidade no argumento. Ou, de contrário é outra coisa e nesse caso, manda PM, que depois de falares com o Pai Natal do Spiegelman, tenho uma ponte sobre o Tejo para te vender. Novinha. Ou quase, era usada pela minha avó para ir às compras.
O Poder de compra das pessoas só sobe realmente quando estas têm, efectivamente, mais poder de compra. Mas para isso, é preciso emprego. Pago condignamente. Até porque aí têm de facto o poder de escolha sobre onde querem comprar e a quem
Eu já vi o raxx num papo seco
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
O vice presidente da JM esteve agora na TVI a explicar que pode reduzir o preço através da margem permitida pelo facto de não ter investido em publicidade.
Não me venham agora é com merdas da "preocupação" com os consumidores. Esta foi uma ação de dumping com dois objetivos bem definidos:
- Uma ação de propaganda ideológica, reduzindo o impacto do 1º de maio, acabando com a empatia dos consumidores para com os trabalhadores do Pingo Doce por trabalharem ao feriado, ao transformar estes apenas como máquinas para servir o consumidor.
- Aniquilar a concorrência. Eliminação absoluta da presença dos supermercados da Sonae, da Auchan, do LIDL, do Leclerc, do Intermarché como opções válidas para fazer compras. Injectou-se no consumidor a ideia do "Os outros só querem é lucro, estes ao menos oferecem-nos coisas."
Estou expectante para saber qual vai ser a resposta do Belmiro e quejandos.
A Cristas curiosamente disse uma das coisas mais abalizadas do governo relativam,ente a isto: "Se as empresas podem-se dar ao luxo de fazer estas ações como as de ontem, então podem perfeitamente pagar uma taxa mínima (referindo-se à taxa de segurança alimentar)"
Aqui: http://economia.publico.pt/Noticia/camp ... es-1544400
Não me venham agora é com merdas da "preocupação" com os consumidores. Esta foi uma ação de dumping com dois objetivos bem definidos:
- Uma ação de propaganda ideológica, reduzindo o impacto do 1º de maio, acabando com a empatia dos consumidores para com os trabalhadores do Pingo Doce por trabalharem ao feriado, ao transformar estes apenas como máquinas para servir o consumidor.
- Aniquilar a concorrência. Eliminação absoluta da presença dos supermercados da Sonae, da Auchan, do LIDL, do Leclerc, do Intermarché como opções válidas para fazer compras. Injectou-se no consumidor a ideia do "Os outros só querem é lucro, estes ao menos oferecem-nos coisas."
Estou expectante para saber qual vai ser a resposta do Belmiro e quejandos.
A Cristas curiosamente disse uma das coisas mais abalizadas do governo relativam,ente a isto: "Se as empresas podem-se dar ao luxo de fazer estas ações como as de ontem, então podem perfeitamente pagar uma taxa mínima (referindo-se à taxa de segurança alimentar)"
Aqui: http://economia.publico.pt/Noticia/camp ... es-1544400
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
A ilegalidade ou não do acto ainda está para ser provada. Que eu saiba a ASAE ainda vai entrar em investigações.
Foi uma campanha transmitida de boca em boca. Espalhou-se num instante, quase toda a gente sabia e no entanto ninguém disse absolutamente nada. Não houve sequer uma campanha para tentar fazer um boicote. Ninguém a opor-se nem a falar de faltas de moral.
Toda a gente sabia, ou quase toda a gente sabia que ia haver tamanha promoção nos Pingo Doces desse país fora. E com um desconto tão grande, obviamente que era previsível dar polémica, esgotar produtos, haver pancadaria, policia, suspeitas de dumping e tudo a que isso teria direito. No entanto não vi ninguém a pronunciar-se sequer antes da "calamidade" acontecer.
A minha pergunta é. Porque é que antes do dia de ontem ninguém soltou um único piu para falar/opor/boicotar ou até comentar o acontecimento?
É que a meu ver há aqui um dilema. De facto, foi uma má escolha de dia. Poderia ser um fim de semana ou noutro dia qualquer.
Mas não vi ninguém a queixar-se ou sequer a fazer pressão para que o pingo doce mudasse de dia para fazer a promoção. Por outro lado, aconteceu outra coisa, tanto os utentes como o Pingo Doce beneficiaram e a venda de produtos não era assim tão desregrada. Havia limites rigorosos de produtos de X tipo e marca. As pessoas deixaram isto acontecer, as autoridades idem, o governo idem e só agora que o "mal está feito" vêm dezenas de pessoas a praguejar por causa duma merda dum super mercado que no dia de ontem acabou por ser uma mais valia para famílias e para o alívio das suas despesas. Óbvio que para uma família com as suas dificuldades ou até numerosa, pouco lhe importa fazer especulações, pouco lhes importa se é falta de ética, dumping ou meio dumping, pouco lhe importa ser 1 de Maio, pouco lhe importa bater o pé e entrar nessa do "falta de ética".
Óbvio que os clientes (principalmente os com famílias numerosas e mais necessitados) aproveitaram o dia e muito bem.
Longe de mim defender o Pingo Doce, não fui, não me interessou e vi logo que ia dar barraca. Da primeira vez que me pronunciei aqui ainda estava mal informado e não me tinha apercebido da dimensão do acontecimento. Só quero é fugir a teorias da conspiração que ainda estão em investigação. De facto escolher o dia de ontem foi no mínimo imoral, no entanto a shitstorm está a ser absolutamente ridícula sobre uma coisa que se deixou acontecer.
Foi uma campanha transmitida de boca em boca. Espalhou-se num instante, quase toda a gente sabia e no entanto ninguém disse absolutamente nada. Não houve sequer uma campanha para tentar fazer um boicote. Ninguém a opor-se nem a falar de faltas de moral.
Toda a gente sabia, ou quase toda a gente sabia que ia haver tamanha promoção nos Pingo Doces desse país fora. E com um desconto tão grande, obviamente que era previsível dar polémica, esgotar produtos, haver pancadaria, policia, suspeitas de dumping e tudo a que isso teria direito. No entanto não vi ninguém a pronunciar-se sequer antes da "calamidade" acontecer.
A minha pergunta é. Porque é que antes do dia de ontem ninguém soltou um único piu para falar/opor/boicotar ou até comentar o acontecimento?
É que a meu ver há aqui um dilema. De facto, foi uma má escolha de dia. Poderia ser um fim de semana ou noutro dia qualquer.
Mas não vi ninguém a queixar-se ou sequer a fazer pressão para que o pingo doce mudasse de dia para fazer a promoção. Por outro lado, aconteceu outra coisa, tanto os utentes como o Pingo Doce beneficiaram e a venda de produtos não era assim tão desregrada. Havia limites rigorosos de produtos de X tipo e marca. As pessoas deixaram isto acontecer, as autoridades idem, o governo idem e só agora que o "mal está feito" vêm dezenas de pessoas a praguejar por causa duma merda dum super mercado que no dia de ontem acabou por ser uma mais valia para famílias e para o alívio das suas despesas. Óbvio que para uma família com as suas dificuldades ou até numerosa, pouco lhe importa fazer especulações, pouco lhes importa se é falta de ética, dumping ou meio dumping, pouco lhe importa ser 1 de Maio, pouco lhe importa bater o pé e entrar nessa do "falta de ética".
Óbvio que os clientes (principalmente os com famílias numerosas e mais necessitados) aproveitaram o dia e muito bem.
Longe de mim defender o Pingo Doce, não fui, não me interessou e vi logo que ia dar barraca. Da primeira vez que me pronunciei aqui ainda estava mal informado e não me tinha apercebido da dimensão do acontecimento. Só quero é fugir a teorias da conspiração que ainda estão em investigação. De facto escolher o dia de ontem foi no mínimo imoral, no entanto a shitstorm está a ser absolutamente ridícula sobre uma coisa que se deixou acontecer.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
A questão não foi ninguem soltar um pio para boicotar o acontecimento, a questão foi que o acontecimento teve a intenção que ninguèm soltasse o pio!
Havia um pré-aviso de greve, caso não saibas, e um boicote ao consumo marcado para esse dia (caso não saibas também), em protesto pelo Pingo Doce, entre outros, terem aberto portas no 1º de Maio (pela 1ª vez) e obrigado os trabalhadores a comparecer, ameaçando com faltas injustificadas para quem não o fizesse.
Não foi uma má escolha de dia, foi uma escolha propositada!! Pensei que isto era de conhecimento geral!
Assim sendo, com receio que o boicote fosse sério ou apenas para afrontar, resolver sacar de um trunfo que sabia que não ia deixar a população em crise (nem a outra) indiferente mas sobretudo sabia que não a ia deixar solidária.
E de facto "a merda de um supermercado" que se preocupa imenso com as familias portuguesas (deve ser por isso que paga tão bem aos funcionários e não tem situações de emprego precário) e a economia nacional, até faz questão de ir pagar impostos à Holanda!!
E se não interessa saber que essa "merda de supermercado" comete ilegalidades para atingir os fins ou, se não comete, quer dizer que afinal tem uma margem de lucro brutalíssima (que, mais uma vez, é taxada na Holanda), então é por isso que a economia nacional está de rastos. A dobrar-se perante as vontades, caprichos e interesses dos já denominados "patrões de Portugal".
Havia um pré-aviso de greve, caso não saibas, e um boicote ao consumo marcado para esse dia (caso não saibas também), em protesto pelo Pingo Doce, entre outros, terem aberto portas no 1º de Maio (pela 1ª vez) e obrigado os trabalhadores a comparecer, ameaçando com faltas injustificadas para quem não o fizesse.
Não foi uma má escolha de dia, foi uma escolha propositada!! Pensei que isto era de conhecimento geral!
Assim sendo, com receio que o boicote fosse sério ou apenas para afrontar, resolver sacar de um trunfo que sabia que não ia deixar a população em crise (nem a outra) indiferente mas sobretudo sabia que não a ia deixar solidária.
E de facto "a merda de um supermercado" que se preocupa imenso com as familias portuguesas (deve ser por isso que paga tão bem aos funcionários e não tem situações de emprego precário) e a economia nacional, até faz questão de ir pagar impostos à Holanda!!
E se não interessa saber que essa "merda de supermercado" comete ilegalidades para atingir os fins ou, se não comete, quer dizer que afinal tem uma margem de lucro brutalíssima (que, mais uma vez, é taxada na Holanda), então é por isso que a economia nacional está de rastos. A dobrar-se perante as vontades, caprichos e interesses dos já denominados "patrões de Portugal".

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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Mas toda a gente já sabia! Há montanhas de Pingo Doces por esse país fora e notícias dessas espalham-se a velocidade da luz. Achas que eles não sabiam disso? Houve publicidade mais que suficiente para tamanha peregrinação ao PD. Qualquer pessoa que fosse ao Pingo Doce pelo menos durante a semana passada lá frente mais tarde ou mais cedo iria dar de caras com um panfleto sobre a promoção de dia 1 de Maio.
Qualquer empresa privada que veja que lá fora tem mais lucro obviamente vai lá para fora. Tens uma economia instável aqui, lá fora tens uma economia estável. Porque é que ele, que não teve nada a ver com a crise (assim como todos nós), tem de andar a pagar as asneiras dos incompetentes que andam aí a monte e deixaram o país na ruína? Porque é rico?
Obviamente vai lá para fora. Qualquer pessoa neste país com uma empresa seja ela qual for, quer por-se na alheta.
Achas que ele ia ficar aqui a aguentar o país feito heroi e salvador da pátria só porque tem pastel? Eu acho que não. Qual é a admiração?
Qualquer empresa privada que veja que lá fora tem mais lucro obviamente vai lá para fora. Tens uma economia instável aqui, lá fora tens uma economia estável. Porque é que ele, que não teve nada a ver com a crise (assim como todos nós), tem de andar a pagar as asneiras dos incompetentes que andam aí a monte e deixaram o país na ruína? Porque é rico?
Obviamente vai lá para fora. Qualquer pessoa neste país com uma empresa seja ela qual for, quer por-se na alheta.
Achas que ele ia ficar aqui a aguentar o país feito heroi e salvador da pátria só porque tem pastel? Eu acho que não. Qual é a admiração?
Re: Política - Discussão ou algo do género.
Então agora o Pingo Doce passou de vilão hipócrita que fugiu dos impostos portugueses e avança com processos criminais contra velhinhas que roubaram uma lata de atum para benemérito que ajuda as famílias em tempos de crise, sendo o principal de tópico de discussão nas internets e noticiários. Isto tudo sem gastar dinheiro em publicidade. Marketing win.
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- Venøm
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Não estou a chamar herois a ninguém.
Está tudo admirado por ver a JM a agir como a JM. Tudo a queixar-se de uma coisa que a milhas era previsível. E sobre a qual ninguém tomou medidas para impedir. Sim, talvez tivessem falado umas coisas nos facebooks, mas não vi ninguém a mobilizar-se e ir para a porta do pingo doce, não vi petições, não vi queixas ou qualquer tipo de denúncias por parte da população.
Isto diz o quê? As pessoas só se queixam depois da merda estar feita. Aqui ninguém tem razão. A Jerónimo Martins ri-se e caga-se para todos vós.
Está tudo admirado por ver a JM a agir como a JM. Tudo a queixar-se de uma coisa que a milhas era previsível. E sobre a qual ninguém tomou medidas para impedir. Sim, talvez tivessem falado umas coisas nos facebooks, mas não vi ninguém a mobilizar-se e ir para a porta do pingo doce, não vi petições, não vi queixas ou qualquer tipo de denúncias por parte da população.
Isto diz o quê? As pessoas só se queixam depois da merda estar feita. Aqui ninguém tem razão. A Jerónimo Martins ri-se e caga-se para todos vós.
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Re: Política - Discussão ou algo do género.
Só de pensar que fui banido e impedido de aceder a áreas deste fórum por ter colocado um GIF do Trio D'ataque no tópico das imagens engraçadas.... 

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